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O Papel dos Jogos e Brincadeiras na Educação Física Escolar

Descubra como o uso de jogos e brincadeiras na Educação Física pode ajudar a criar um ambiente divertido e estimular o desenvolvimento físico dos alunos. Saiba mais sobre os benefícios para a saúde e a capacidade de aprendizagem dos estudantes.

O Papel dos Jogos e Brincadeiras na Educação Física Escolar

A vida da criança sempre esteve permeada de jogos e brincadeiras das mais diversas classes, instigando a curiosidade e criatividade, favorecendo seu processo de desenvolvimento. Muito se descobre através de jogos e brincadeiras que potencializam habilidades e competências, preparando essas crianças para a convivência adulta.

Dessa forma, busca-se o entendimento do significado, as possibilidades e controvérsias do jogo e das brincadeiras, a partir de diferentes enfoques. Utilizando-se de uma visão bibliográfica, partiu-se de uma definição de termos como jogo e brincadeira em diferentes fases do desenvolvimento da criança, bem como o brinquedo enquanto objeto e suas qualidades, na tentativa de compreender a atividade lúdica infantil nos dias atuais, diante da atividade lúdica e os prejuízos de sua ausência.

A educação eficiente deve proporcionar às crianças momentos com estas atividades de forma orientada e uma educação voltada para a autonomia, onde estas crianças possam usufruí-la nas diversas fases de sua vida, de maneira a atender suas necessidades intrínsecas. Deve-se destacar que o contato com a variedade de brinquedos, brincadeiras e jogos estimula a ação, a representação e a imaginação da criança, ajudando-a a superar diferentes barreiras e proporcionando o desenvolvimento de habilidades e competências.

O simples ato de brincar é uma característica comum aos seres humanos. Sua linguagem é de fácil assimilação por todas as crianças e exige uma concentração durante uma determinada quantidade de tempo, que varia de acordo com a etapa de desenvolvimento em que a criança se encontra. Para Friedmann (1996) e Volpato (1999), a brincadeira refere-se ao comportamento espontâneo ao realizar uma atividade das mais diversas naturezas. Os autores entendem que quando esta brincadeira envolve certas regras elaboradas pelos próprios participantes, passa a possuir características de um jogo.

A brincadeira apresenta um fator de grande importância no processo de desenvolvimento e socialização da criança, proporcionando-lhe novas descobertas a cada momento, refletindo diretamente no contexto social onde está inserida. A diversidade de brinquedos e brincadeiras na atual era tecnológica parte do resgate de valores tradicionais até as mais avançadas tecnologias eletrônicas.

Esses aspectos afetam diretamente a vida da criança, influenciando a qualidade da atividade lúdica infantil. Considerando esta relevância e como a criança reflete e interage com o mundo através da brincadeira, devemos levar em conta a maneira como esta brincadeira está sendo inserida no contexto escolar e praticada por esta criança no âmbito escolar. Para mais informações sobre a importância da ludicidade, veja 5 brincadeiras no campo de futebol para Ensino Fundamental.

Segundo Friedmann (1996), Kishimoto (1997) e Volpato (1999), apesar do “conteúdo social da brincadeira” ter se alterado ao longo do tempo, a essência da brincadeira dificilmente se modificará, mantendo as mesmas características lúdicas presentes nos mais variados tipos de brincadeiras existentes.

HAIDT (2000) afirma que o jogo é uma atividade física ou mental organizada por um sistema de regras. É uma atividade lúdica, pelo fato de se jogar pelo prazer de realizar esse tipo de atividade, de buscar satisfação própria. O autor considera que quando estamos envolvidos num jogo, nos desligamos do mundo, preocupando-nos momentaneamente, exclusivamente com o prazer proporcionado por este.

Analisando friamente o jogo, é possível perceber o tamanho de sua contribuição para a formação de cidadãos responsáveis, conhecedores das regras sociais, com respeito e dignidade ao próximo, solidários e cooperativos. É inquestionável o poder de formação do caráter que possui o jogo, trabalhando nossa concentração, atenção, conhecimento e desafiando nossa criatividade, testando nossos limites e oferecendo modelos de convivência grupal, sem falar do trabalho da competência de lidar com o emocional.

Através dos jogos, quebram-se regras e objetivos rígidos ao mesmo tempo que se estabelece uma curiosa e contraditória ligação com a liberdade, pois os envolvidos neste processo aceitam estas condições livremente, sem imposições. Outra característica do jogo é um fim específico em si mesmo, envolvendo os praticantes num mundo lúdico, praticando diversas ações com vontade, e às vezes até com excessivo vigor, mas com a certeza da volta ao mundo real quando o jogo terminar.

Porém, a mais marcante característica do jogo é que, dentro deste ambiente fechado e assumido livremente, os praticantes enfrentam múltiplos sentimentos e experiências educativas diferentes que podem ser repassadas para a vida cotidiana. Por isso, os jogos são fundamentais ferramentas para a educação de diversas faixas etárias escolares, tanto para crianças, adolescentes e adultos, tanto no âmbito social, escolar, como empresarial. Neste pensamento, CARVALHO afirma que:

“Desde muito cedo, o jogo na vida da criança é de fundamental importância, pois quando ela brinca, manuseia e explora tudo aquilo que está à sua volta, através de esforços físicos e mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade, portanto real valor e atenção às atividades vivenciadas naquele instante” (1992, p.14).

Mais adiante, acrescenta:

“E o ensino absorvido de maneira lúdica passa a adquirir um aspecto significativo e afetivo no curso do desenvolvimento da inteligência da criança, já que ela se modifica de ato puramente transmissor a ato transformador em ludicidade, denotando-se portanto em jogo” (1992, p. 28).

Considerações Finais

Considero e sugiro que, com o perfil atual da educação comprometida, é indispensável que os educadores físicos revejam suas práticas pedagógicas no sentido da utilização de jogos e brincadeiras como ferramentas pedagógicas, sugerindo com educadores de outros eixos disciplinares as possibilidades de estarem realizando a ligação de seus conteúdos com a prática de jogos e brincadeiras.

Devemos levar em conta esta possibilidade, considerando que no jogo educativo e na brincadeira, por serem praticados de forma lúdica e espontânea, os alunos buscam a alegria e o prazer. Não há momento mais propício do que se desenvolver o aprendizado enquanto se brinca. Para enriquecer a experiência lúdica, considere também a utilização de brinquedos educativos que podem ser incorporados nas atividades.

Referências Bibliográficas

Jogos e brincadeiras na Educação Infantil, disponível em:

O papel do jogo na educação da criança, disponível em: http:// www.crmariocovas.sp.gov.br/dea_a.php?t=018

A contribuição cultural dos jogos no âmbito escolar, disponível em: http://cev.org.br/biblioteca/a-contribuicao-cultural-dos-jogos-ambito-escolar.

KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 1997.

FRIEDMANN, A. Brincar: crescer e aprender – o resgate do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 1996.

VOLPATO, G. O jogo, a brincadeira e o brinquedo no contexto sócio-cultural criciumense. 1999. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1999.

ALMEIDA, A.; SHIGUNOV, V. A atividade lúdica infantil e suas possibilidades. Revista da Educação Física/UEM, Brasil, 11 jun. 2008. Disponível em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/view/3793/2608.

Autor: IDELCÓPIO VARANDA – Acadêmico do Curso de Educação Física do Ceulp/Ulbra, Educador Físico, 37 anos, Funcionário Público, Assistente Técnico da Administração Pública do Estado do Tocantins, compositor.


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