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Atualizado em 27/12/2021

A inclusão de alunos autistas em sala de aula

Descubra como preparar sua sala de aula para incluir alunos autistas de forma eficaz e acolhedora. Aprenda técnicas de ensino inclusivo para ajudar cada aluno a desenvolver seu potencial.

O sujeito autista possui suas especificidades, no qual o autismo é uma síndrome com sintomas bem diferentes em cada indivíduo. A escola necessita ser realmente inclusiva e não apenas integrar o aluno fisicamente em seu espaço, mas se adequar a ele. Segundo Cunha (2009, p.22)

Poucas são as escolas do ensino comum que têm espaços adequados e profissionais capacitados para trabalhar na educação inclusiva. São necessárias ações que materializem as políticas educacionais que tratam da inclusão no cotidiano das escolas. É um grande desafio. É preciso promover a preparação docente, adaptação do espaço escolar, investimento financeiro na aquisição de materiais pedagógicos e apoio à família do aluno com necessidades educacionais especiais.

A inclusão de pessoas autistas em salas de aulas potencializa o seu aprendizado, pois na sala de aula elas têm a oportunidade de ter experiências que auxilia no seu desenvolvimento. É importante que o professor tenha um olhar atento a singularidade de cada aluno, tendo uma observação constante e sabendo que as aprendizagens são lentas, mas extremamente significantes. È necessário dar prioridade às potencialidades de cada aluno. É importante ressaltar que toda equipe da escola deve está capacitada a inclusão do aluno autista e que o papel da família é ter uma participação ativa na vida escolar desse aluno.

A sala de recursos é uma das possibilidades de inclusão dentro da escola, no qual trabalha o desenvolvimento das potencialidades dos alunos atendidos, ou seja, a mesma vem para contribuir com o ensino regular trabalhando as habilidades do educando.

A educação nas escolas inclusivas, independentemente do grau de severidade, deve ser vivenciada individualmente na sala de recursos e na sala de ensino comum, favorecendo a sociabilidade, porque incluir é aprender junto. (CUNHA, 2014, p. 32)

A escola que possui sala de recursos terá condições de desenvolver habilidades específicas. Entretanto, a educação precisa ser vivenciada igualmente na sala comum, com os demais alunos.

De acordo com Cunha (2009):

Compreendemos que tão importante quanto vivenciar uma pedagogia inclusiva na escola é reconhecer que inclusão não se refere tão somente a pessoas com necessidades educacionais especiais. Refere-se, em sua essência e legitimidade, a toda a educação. Pois a educação é um direito de todos, e todos nós somos, por natureza, inacabados. Isto nos traz, inescusavelmente, sempre a necessidade de sermos incluídos em algum momento e em algum lugar. Por esta razão, é preciso compreender o quanto somos humanamente iguais por possuirmos necessidades e sonhos; e o quanto somos humanamente diferentes por possuirmos diferentes necessidades e diferentes sonhos (p. 24).

É essencial que a educação seja centrada prioritariamente no ser humano e não na doença, tornando indispensável um currículo que torne a prática pedagógica rica em experiências educativas, transformando as necessidades em movimento de aprender e de construir, possibilitando autonomia e identidade.

Durante muitos anos, acreditou-se que o autismo estava ligado a problemas na relação da mãe com a criança. Atualmente, compreende que o autismo é um transtorno complexo resultante de causas ainda desconhecidas, mas com grande contribuição de fatores genéticos.

A inclusão de alunos autistas na escola é um grande desafio, pois para que a inclusão seja uma realidade é necessário que os professores e o corpo escolar estejam qualificados. A inclusão é um processo que envolve família, escola e comunidade escolar, é necessário estar atento às condições para a efetivação da mesma.

O grande objetivo da educação escolar deve estar no processo de aprendizagem e não nos resultados, pois nem sempre eles virão da maneira que esperamos. É necessário o olhar atento do docente ao comportamento do aluno autista para que compreenda quando algum estímulo está sendo positivo ou negativo, desta forma o professor poderá intervir da melhor maneira possível.

Referências

CUNHA, Eugênio. Autismo na escola: um jeito diferente de aprender, um jeito diferente de ensinar – ideias e práticas pedagógicas. 2 ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2014.

CUNHA, Eugênio. Autismo e Inclusão: psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2009.

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