fbpx Skip to main content

Atualizado em 09/08/2024

Uma nova concepção de Educação Física

Aprenda a revolucionar a sua abordagem para Educação Física com nossas novas técnicas de treinamento. Aproveite nossos recursos gratuitos para melhorar seu desempenho e saúde. Comece o seu treinamento hoje!

No século XX, a educação física escolar no Brasil sofreu influências de correntes filosóficas, tendências políticas, científicas e pedagógicas.

Até a década de 50, a educação física foi influenciada pela área médica (higienismo), pelos militares ou acompanhou mudanças no próprio pensamento pedagógico. Nesse mesmo período histórico, eram importados modelos de práticas corporais, como os sistemas ginásticos alemão e sueco e o método francês. Os conteúdos de educação física eram repetições mecânicas de gestos e movimentos.

Na década de 60, com a introdução do Método Desportivo Generalizado, começou a haver uma certa confusão entre educação física e esporte. Nessa mesma época, as concepções teóricas e a prática real nas escolas se distanciaram. Ou seja, os processos de ensino e aprendizagem nem sempre acompanharam as mudanças do pensamento pedagógico.

Na década de 70, a Seleção Brasileira de Futebol conquistava o Tricampeonato Mundial de Futebol, e o regime autoritário utilizou o esporte como propaganda. O governo militar investiu na educação física principalmente com o objetivo de formar um exército composto por jovens sadios e fortes. Para isso, foi criado o chamado “modelo piramidal”, de que a educação física escolar seria a base.

A escola seria o “celeiro de novos talentos”. A maior meta desse modelo era projetar cada vez mais a imagem do país através do desempenho dos seus atletas. Por isso, as aulas de educação física da época começaram a contemplar o aluno mais habilidoso em detrimento dos demais. Como o Brasil não se tornou uma potência olímpica conforme se pretendia, esse modelo faliu.

Na década de 80, ocorreram profundas mudanças. A educação física escolar, que estava voltada mais para os alunos de 5ª a 8ª série, começou a ser direcionada para a pré-escola e para os alunos de 1ª a 4ª série. O objetivo agora era o desenvolvimento psicomotor do aluno.

Atualmente, os Parâmetros Curriculares Nacionais nos apresentam quatro grandes tendências pedagógicas:

Psicomotora

Nessa tendência, a educação física está envolvida com o desenvolvimento da criança, com os processos cognitivos, afetivos e psicomotores, buscando garantir a formação integral do aluno. O conteúdo predominantemente esportivo é substituído por um conjunto de meios para a reabilitação, readaptação e integração que valoriza a aquisição do esquema motor, da lateralidade e da coordenação viso-motora. A principal vantagem dessa abordagem é a maior integração com a proposta pedagógica da educação física. Porém, abandona completamente os conteúdos específicos dessa disciplina, como se o esporte, a dança, a ginástica fossem inapropriados para os alunos. Para saber mais sobre a importância da educação física, confira A Educação Física Escolar.

Construtivista

A intenção dessa tendência é a construção do conhecimento a partir das interações da pessoa com o mundo. Para cada criança, a construção do conhecimento exige uma elaboração, uma ação sobre o mundo. A proposta teve o mérito de considerar o conhecimento que a criança já possui e alertar o professor sobre a participação dos alunos na solução dos problemas.

Crítica

Passou a questionar as atitudes alienantes da educação física na escola, sugerindo que os conteúdos selecionados para a aula devem propiciar uma melhor leitura da realidade pelos alunos e possibilitar, assim, sua inserção transformadora nessa realidade.

Desenvolvimentista

Busca nos processos de aprendizagem e desenvolvimento uma fundamentação para a educação física escolar. Grande parte do modelo dessa abordagem relaciona-se com o conceito de habilidade motora, pois é por meio dela que as pessoas se adaptam aos problemas do cotidiano. Para essa abordagem, a educação física deve proporcionar ao aluno condições para que seu comportamento motor seja desenvolvido pela interação entre o aumento da variação e a complexidade dos movimentos.

Essas quatro abordagens se desdobram em novas propostas pedagógicas. Nesse contexto, surge uma nova ordem nas propostas da atual Lei de Diretrizes e Bases, orientando para que a educação física se integre na proposta pedagógica da escola. Essa nova ordem dá autonomia para se construir uma nova proposta, passando para a escola e para o professor a responsabilidade da adaptação da ação educativa escolar.

Referências:

LEAKEY, R. A evolução da humanidade. Brasília, Editora da Universidade de Brasília, 1981.

MACEDO, L. Ensaios construtivistas. São Paulo, Casa do Psicólogo, 1994.

PIAGET, J. O nascimento da inteligência na criança. Rio de Janeiro, Editora Guanabara, 1987a.

_____. O possível, o impossível e o necessário. In: LEITE, L.B.; MEDEIROS, A.A. Piaget e a Escola de Genebra. São Paulo, Cortez Editora, 1987b.

_____. O possível e o necessário, evolução dos possíveis na criança. Porto Alegre, Artes Médicas, 1985.

SCHMIDT, R.A. Motor control and learning: a behavioral emphasis. Champaign, Human Kinetics, 1982.

TANI, G. Perspectivas para a educação física escolar. Revista Paulista de Educação Física, v.5, n.1/2, p.61-9, 1991.

TANI, G.; MANOEL, E.J.; KOKUBUN, E.; PROENÇA, J.E. Educação física escolar: fundamentos de uma abordagem desenvolvimentista. São Paulo, EPU/EDUSP, 1988.

Autor: Gilson Brun

Para melhorar seu desempenho e saúde, considere investir em equipamentos de treinamento. Confira algumas opções de equipamentos de treinamento que podem ser úteis.


Este texto foi publicado na categoria Formação e Desenvolvimento Profissional.

 About Pedagogia ao Pé da Letra

Sou pedagoga e professora pós-graduada em educação infantil, me interesso muito pela educação brasileira e principalmente pela qualidade de ensino. Primo muito pela educação infantil como a base de tudo.

Escreva um comentário

Não se preocupe, seu email ficará sem sigilo.