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Atualizado em 09/08/2024

Pais e professores têm dificuldades em encontrar problemas psicológicos nas crianças

Este artigo ajuda pais e professores a identificar e tratar problemas psicológicos em crianças, abordando comportamentos comuns e a importância da orientação profissional.

Pais e professores têm dificuldades em encontrar problemas psicológicos nas crianças

Exemplos clínicos e vários estudos vêm demonstrando que, em muitos casos, não existem problemas de comportamentos nas crianças e adolescentes, conforme afirmam professores e pais.

De forma geral, comportamentos indesejáveis (ficar mal-humorado e nervoso, matar ou “enforcar” aula, muitas vezes ser desobediente etc.) também são encontrados em crianças e adolescentes que não são encaminhados a terapia, evidenciando que são comportamentos comuns para sua faixa etária, meio cultural e social.

Muitas crianças e adolescentes dispõem de comportamentos desejáveis (ajudar os outros, expressar carinhos, fazer perguntas etc.), mas não têm a oportunidade de mostrá-los na escola, onde provavelmente se comportam segundo as normas e diretrizes das entidades. Eles percebem que, agindo de forma indesejável, encontram atenção do adulto e dos colegas e, consequentemente, são motivados a repetir tal comportamento.

Os professores, ao encaminharem as crianças e os jovens à psicoterapia, costumam levar mais em consideração os comportamentos indesejados que os desejados, mostrando que estão com a atenção mais voltada aos comportamentos negativos.

Os meninos são os mais indicados para o tratamento psicológico por apresentarem mais comportamentos indesejáveis que as meninas. Já as meninas aparentam ter comportamentos mais maduros em algumas habilidades interpessoais, como tomar iniciativas e expressar opiniões, e apresentam mais problemas internalizados (medo, timidez etc.), mais comuns em pessoas mais velhas.

As crianças e os jovens, ao interagirem com os colegas e adultos de forma socialmente habilidosa e desejável, podem conseguir atenção e também ser menos rejeitados. Consequentemente, terão mais atenção e diminuirão o número de comportamentos indesejáveis. Só temos que motivá-los sempre que esses comportamentos aparecem.

Conhecer as razões que levam pais e professores a encaminharem essa população para psicoterapia é um tema de grande relevância quando se pensa em realizar trabalhos preventivos. Quanto mais conhecimentos tiverem sobre os reais motivos para o encaminhamento psicológico infantil, mais facilmente é possível evidenciar os verdadeiros fatores que fazem os pais e professores identificarem “crianças e adolescentes problemáticos” em meio a outras consideradas ajustadas. Para mais informações sobre como lidar com problemas de aprendizagem, acesse Problemas de aprendizagem: uma abordagem psicopedagógica.

Identificar corretamente crianças e jovens que merecem atenção psicológica é ainda mais relevante quando se observa que parte dessa população que busca ajuda psicológica, na realidade, não apresenta problemas comportamentais significativos a ponto de serem encaminhadas aos consultórios psicológicos.

É evidente que pais e professores precisam receber mais orientações sobre os verdadeiros comportamentos desajustados. Esse treinamento deve ser feito por psicólogos e profissionais da área da saúde mental em escolas e centros especializados. Para isso, é importante que as instituições de ensino promovam workshops e palestras sobre saúde mental.

Autor: Anderson Xavier


Este texto foi publicado na categoria Saúde Mental e Psicológica.

 About Pedagogia ao Pé da Letra

Sou pedagoga e professora pós-graduada em educação infantil, me interesso muito pela educação brasileira e principalmente pela qualidade de ensino. Primo muito pela educação infantil como a base de tudo.

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