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Atualizado em 10/08/2024

Celestin Freinet – Biografia, Contribuições e Legado

Venha descobrir como o trabalho de Célestin Freinet transformou a Educação e influenciou gerações de professores. Saiba como a sua abordagem inovadora é aplicada hoje em dia. Confira!

Freinet

Interesses didático-educativos e o forte engajamento político, voltado para posições socialistas, marcam o educador francês Célestin Freinet (1896 – 1966). Suas obras, publicadas em cerca de 25 idiomas, totalizam mais de 100 edições diferentes.

Sua Pedagogia

A Pedagogia Freinet é uma proposta pedagógica que tem em mira modernizar a escola, marcando assim uma nova etapa da evolução da mesma, através de uma gama de valores alicerçados no bom senso.

Pedagogia Freinet

A Pedagogia Freinet é uma proposta pedagógica que tem em mira modernizar a escola, marcando assim uma nova etapa da evolução da mesma, através de uma gama de valores alicerçados no bom senso. Freinet não quer uma escola à parte, mas a própria escola pública (escola do povo) é que deverá ser modernizada para atender, na sua essência, às necessidades do povo. Para isso ele põe em evidência meios que revolucionaram, tanto a educação de um modo geral, quanto à escola em particular, estabelecendo uma verdadeira relação professor-aluno.

Trata-se de um movimento de reação contra tudo o que existe de tradicional na escola. A sala de aula passa a ser o lugar onde professor e alunos discutem conjuntamente, em clima de harmonia e disciplina, tanto os conhecimentos básicos da aprendizagem, como os problemas da vida cotidiana.

É uma educação que respeita o indivíduo e a diversidade e reencontra a identidade própria do ser humano através da individualidade de cada um; que respeita as crianças tais quais elas são, sem submetê-las a modelos pré-estabelecidos e que as ajuda na formação de sua personalidade. É uma pedagogia real e concreta que procura oferecer às crianças e aos adolescentes uma educação condizente com as suas necessidades e mediante as práticas cotidianas.

É uma escola do povo. Escola essa que procura responder aos anseios individuais, sociais, intelectuais, técnicos e morais da vida desse povo, numa sociedade em pleno desenvolvimento tecnológico e científico.
É uma pedagogia que tem em mira formar o homem mais responsável, capaz de agir e interagir no seu meio; um homem mais apto a contribuir na transformação da sociedade. Para tanto, na sua prática educativa, tem primazia o desenvolvimento do espírito crítico, o questionamento das ideias recebidas, o espírito de curiosidade.

Os fundamentos e as linhas de ação da Pedagogia Freinet estão centrados no “homem” a fim de elevá-lo à mais alta dignidade do seu ser. E a realização plena de sua personalidade através da vivência de sua cidadania.
A Pedagogia Freinet não se dá no vazio de uma ação educativa sem rumos concretos. Por essa razão ele estabelece bases de apoio que são os seus princípios.

Base de Apoio da Pedagogia Freinet

  1. O princípio da cooperação – permite desenvolver entre as crianças e entre estas e os professores, relações que conduzem à organização das diversas modalidades de trabalho como: conversa livre, conselho de classe, reunião cooperativa em acordo com a idade dos alunos. A reunião cooperativa é a mola mestra de todas as decisões, sejam relativas às práticas pedagógicas do ensino-aprendizagem, sejam no âmbito do desenvolvimento de atitudes e habilidades, que no seu conjunto constitui a “formação do homem”. A vida cooperativa muda às condições de trabalho de sala de aula instaurando novas estruturas de relações que priorizam as responsabilidades e as competências e dão ao trabalho o seu verdadeiro lugar pela valorização de todos os sucessos, pela multiplicação desses sucessos e pelo encaminhamento adequado dos erros que geram os fracassos. A vida cooperativa responderá à demanda real – a da segurança e a da ordem.- Organização cooperativa – A reunião cooperativa para a gestão do trabalho e a regulamentação dos conflitos. A divisão das responsabilidades. Elaboração das regras de vida e de trabalho.
  2. A comunicação e a expressão livre – Propicia uma aprendizagem viva e real desde que a criança tenha liberdade de expressar o seu pensamento em todas as circunstâncias que lhe são permitidas: o desenho, a palavra oral e escrita, as construções etc.- Expressão e comunicação -Conversa livre, textos livres, expressão corporal e artística, conferências, debates…
  3. A educação do trabalho, este enquanto atividade produtiva que auxilia a criança a construir a sua própria aprendizagem. Para tanto, o trabalho deve ser realmente livre, escolhido por ela e organizado no seu plano de trabalho tanto individual quanto coletivo. Numa educação pelo trabalho não tem sentido e nem lugar tarefas impostas que conduzem as crianças a se desobrigarem o mais cedo possível para se verem livres de tal tarefa como se fosse um fardo pesado em lugar de ser uma atividade prazerosa.- Trabalho individualizado e socializado: contratos de trabalho, projetos, pesquisas, avaliação formativa, trabalho com fichas, livros…
  4. O tateamento experimental – é um processo que se inscreve no “devir” global de cada criança como parte integrante da formação de sua personalidade. Não é uma técnica pedagógica tendo por objetivo a assimilação do saber, nem um simples caminhar em busca da aquisição do saber. É um ato inteligente desempenhado por um ser que busca a construção do seu conhecimento. A superioridade do “tateamento experimental” está no fato de que o homem e a criança não copiam um tateamento e sim o constroem, gerando assim a experiência. Segundo Freinet, o tateamento experimental contribui para a edificação da inteligência.- O tateamento experimental – aprendizagem graças à pesquisa nas situações verdadeiras e problemáticas…

As invariantes pedagógicas

  1. A criança é da mesma natureza que o adulto.
  2. Ser maior não significa necessariamente estar acima dos outros.
  3. O comportamento escolar de uma criança depende do seu estado fisiológico, orgânico e constitucional.
  4. A criança e o adulto não gostam de imposições autoritárias.
  5. A criança e o adulto não gostam de uma disciplina rígida, quando isto significa obedecer passivamente uma ordem externa.
  6. Ninguém gosta de fazer determinado trabalho por coerção, mesmo que, em particular, ele não o desagrade. Toda atitude imposta é paralisante.
  7. Todos gostam de escolher o seu trabalho mesmo que essa escolha não seja a mais vantajosa.
  8. Ninguém gosta de trabalhar sem objetivo, atuar como máquina, sujeitando-se a rotinas nas quais não participa.
  9. É fundamental a motivação para o trabalho.
  10. É preciso abolir a escolástica.
  11. Todos querem ser bem-sucedidos. O fracasso inibe, destrói o ânimo e o entusiasmo.
  12. Não é o jogo que é natural na criança, mas sim o trabalho.
  13. Não são a observação, a explicação e a demonstração – processos essenciais da escola – as únicas vias normais de aquisição de conhecimento, mas a experiência tateante, que é uma conduta natural e universal.
  14. A memória, tão preconizada pela escola, não é válida, nem preciosa, a não ser quando está integrada no tateamento experimental, onde se encontra verdadeiramente a serviço da vida.
  15. As aquisições não são obtidas pelo estudo de regras e leis, como às vezes se crê, mas sim pela experiência. Estudar primeiro regras e leis é colocar o carro na frente dos bois.
  16. A inteligência não é uma faculdade específica, que funciona como um circuito fechado, independente dos demais elementos vitais do indivíduo, como ensina a escolástica.
  17. A escola cultiva apenas uma forma abstrata de inteligência, que atua fora da realidade e fica fixada na memória por meio de palavras e ideias.
  18. A criança não gosta de receber lições autoritárias.
  19. A criança não se cansa de um trabalho funcional, ou seja, que atende aos rumos de sua vida.
  20. A criança e o adulto não gostam de ser controlados e receber sanções. Isso caracteriza uma ofensa à dignidade humana, sobretudo se exercida publicamente.
  21. As notas e classificações constituem sempre um erro.
  22. Fale o menos possível.
  23. A criança não gosta de sujeitar-se a um trabalho em rebanho. Ela prefere o trabalho individual ou de equipe numa comunidade cooperativa.
  24. A ordem e a disciplina são necessárias na aula.
  25. Os castigos são sempre um erro. São humilhantes, não conduzem ao fim desejado e não passam de paliativo.
  26. A nova vida da escola supõe a cooperação escolar, isto é, a gestão da vida pelo trabalho escolar pelos que a praticam, incluindo o educador.
  27. A sobrecarga das classes constitui sempre um erro pedagógico.
  28. A concepção atual das grandes escolas conduz professores e alunos ao anonimato, o que é sempre um erro e cria barreiras.
  29. A democracia de amanhã prepara-se pela democracia na escola. Um regime autoritário na escola não seria capaz de formar cidadãos democratas.
  30. Uma das primeiras condições da renovação da escola é o respeito à criança e, por sua vez, a criança ter respeito aos seus professores; só assim é possível educar dentro da dignidade.
  31. A reação social e política, que manifesta uma reação pedagógica, é uma oposição com a qual temos que contar, sem que se possa evitá-la ou modificá-la.
  32. É preciso ter esperança otimista na vida.

O Homem

Célestin Freinet, nascido em Gars (1896-1966), França, serviu na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Um ferimento aos pulmões limitou suas possibilidades físicas, mas não impediu de conceber em 1920 a ideia de uma escola moderna, fundamentada em filosofia de vida libertadora e revolucionária. Em breve espaço de tempo, com a colaboração da esposa Elise e de um grupo de companheiros, suas ideias ganharam o mundo.

Quem foi Célestin Freinet

Célestin Freinet (1896-1966) nasceu em Gars, França e serviu na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Um ferimento aos pulmões limitou suas possibilidades físicas, mas não impediu de conceber em 1920 a ideia de uma escola moderna, fundamentada em filosofia de vida libertadora e revolucionária. Em breve espaço de tempo, com a colaboração da esposa Elise e de um grupo de companheiros, suas ideias ganharam o mundo.

Fala-se muito sobre a genialidade de Freinet e Elise ao criarem e aperfeiçoarem as práticas da Escola Moderna. Freinet, filho de camponeses, soube unir as experiências e as expectativas do dia a dia, transformando tudo em um novo método de aprender e ensinar. Fala-se pouco do homem, marido, pai, companheiro, amigo… Hoje, resgato um pouco da história de “Freinet Homem”, baseada em relatos de companheiros que compartilharam durante anos a vida diária, as lutas e alegrias desta pessoa que não se deixou abater pelos pesares da vida, mas fez deles alavanca para construção de melhores condições para as crianças do povo que tanto amou.

Foi numa linda noite de verão, no início da RIDEF de Lisboa (1975) que uma inquietação surgiu em minha mente: “-Como Freinet conseguiu “seduzir” a tantas pessoas, de tantas nacionalidades?” Qual foi o segredo? O que teria, Freinet Homem, em sua pessoa que atraía, convencia, conquistava?

Éramos mais de 100 companheiros, reunidos no encontro de abertura ao ar livre que caracteriza todas as RIDEF; cada delegação levara pratos típicos de seu país. Pela primeira vez o Brasil era representado oficialmente e coloquei na mala alguns quilos de feijão, farinha de mandioca, cocadas e “chips de banana”. Entre pratos saborosíssimos, tortas francesas, portuguesas, salmões nórdicos defumados, compotas, grande foi meu espanto ao ver a fila de colegas repetindo da minha simples feijoada. A farinha, segundo eles, dava um toque “especial à la brésilienne”. Quem diria… o feijão nosso de todo dia foi o sucesso da noite, isso sem falar nos “chips de banana”…

E, naquela noite de tanta abundância e regalos, momento que simboliza as reuniões do primeiro grupo formado por Freinet, teve início uma pesquisa que se prolonga pelos anos afora. Contatei, entrevistei, insisti com muitas pessoas querendo respostas a uma pergunta: “Abstração feita da pedagogia, das ideias, dos ideais, como foi que te tornaste amigo de Freinet? Como ele te conquistou? O que lembras dele como pessoa?” Como foi difícil obter respostas… Os olhos revelavam inicialmente surpresa, em seguida hesitação. Tentavam falar na Escola Moderna, em filosofia de vida e eu insistia que não se tratava disto. Eu queria as recordações do homem Freinet. E, com o decorrer dos dias, as respostas chegaram. Na RIDEF vive-se Freinet 24 horas por dia, em grupo, e fiquei surpresa descobrindo o quanto de reflexão profunda havia sido necessário para que os colegas me respondessem.

No início da década de 20, era frequente manter diários pessoais ou pequenos cadernos para anotações. Ainda fazia parte da educação formal na escola, e no lar, exigir que as crianças mantivessem seus registros “de vida”. Tal hábito acompanhava a criança pela vida afora. Entrevistando, trocando ideias com o maior número de pessoas, frequentemente foram consultadas “anotações” que faziam parte dos guardados, e lembranças, acontecimentos, fatos esquecidos ganharam atualidade.

Uma linda “jovem” de mais de 70 anos, tão ativa de causar inveja a muitos de menos idade me disse textualmente: “-Hoje não posso falar-te em datas e lugares porque não quero errar e a guerra me obrigou a tantas andanças que receio trocar alguma coisa, mas te prometo que ao chegar em casa, consulto meu diário e te escrevo” (ela era polonesa e nos encontrávamos na RIDEF de Turim, Itália). E a resposta chegou: “-Agora posso responder-te como eu vejo Freinet se eu fecho os olhos e o recordo. Ah, como ele era bonito, tão bonito! Os olhos grandes e escuros, parece que olhavam fundo na tua alma… mas gentilmente porque sempre ele foi gentil. E de tanto em tanto, ajeitava os cabelos pois se orgulhava de seus cabelos. Aliás, parecia ser sua única vaidade”.

Eu insistia brincando: “-Amiga, amiga, estavas apaixonada?” E ela: “-Claro, todo mundo se apaixonava por ele, mas ele sempre era “um senhor”, bem vestido, elegante, mesmo que a roupa fosse a mesma. Ele era elegante e tinha classe!” E eu: “-Então foram os belos olhos e cabelos que te atraíram?” Ela, após profunda reflexão, já bem séria, me disse: “-Não, o principal foi sempre a voz. Uma voz que te seduzia, transmitia equilíbrio interior, convicção profunda, segurança…” Naquele dia agradeci e prossegui em meu propósito deixando-a sonhadora e sorridente, extremamente jovem, curtindo a tarde de um verão glorioso, na companhia de Freinet e suas aprazíveis reminiscências.

De uma colega portuguesa ouvi: “-Freinet foi o mais maravilhoso correspondente que alguém pode ter. Nunca deixou uma carta, um cartão ou um bilhete sem resposta. Aonde encontrava tanto tempo? Escrevendo em todo o lugar. Escrevia em pé, encostado de preferência em uma árvore, à mesa, em seu escritório, sentado em uma pedra, deitado. Amava escrever. Foi certamente um dos motivos que o levou a criar a correspondência interescolar. Considerava com toda propriedade o escrever, uma força poderosa, a escrita uma arma legítima. Tinha prazer em lembrar sempre aos seus colegas que foram os pensadores – escritores que fomentaram as revoluções e as guerras”. Na época em que Freinet viveu, o analfabetismo, as injustiças sociais, a miséria e as doenças oprimiram o povo que ele tanto amava. “-Eu guardo tudo o que ele me escreveu”. “-Amiga, além das cartas o que em Freinet mais te atraiu?” “-A voz! Impossível esquecer a voz. Falava com convicção, mas suavemente e ele não te largava até verificar em teus olhos que tinha absorvido a mensagem”.

Mais tarde, no alojamento, aquela fila de rostos e histórias desfilavam em minha memória. Exemplos da vida, experiências pedagógicas e peculiaridades – Freinet por Freinet.
De tantos contatos e relatos, emergiu uma figura de Freinet homem: amigo, sábio, alegre, divertido, bom companheiro, generoso, humorista, belo homem, sedutor, perseverante, elegante, vaidoso de sua vasta cabeleira, falante, acessível…

Freinet Amigo

Assim o descreve um colega:

_Freinet tal como o conheci em Agosto de 1926, me pareceu, como já imaginava, um belo homem sedutor, bom companheiro e brincalhão, sorridente e “falante”.

Tornou-se um amigo indispensável, com ele a vida valia a pena ser vivida. Tudo nos atraía para o genial e criativo colega. Ele sabia melhor do que ninguém colocar uma pitada de bom humor em suas respostas.

Freinet generoso

O homem pelo qual eu tive a maior admiração, depois de meu pai, é sem dúvida Célestin Freinet que teve a generosidade de incluir-me entre seus amigos e a qual não sabia negar nada.

Freinet era muito acessível e o contato com ele sempre fácil. A bondade emanava de seu olhar e a simplicidade do seu porte, o charme de seu sotaque meridional, a modéstia da sua fala, tudo contribuía para estabelecer um contato amigável e frutuoso durante o qual cada um dava um pouco e recebia muito, tanto a conversação com ele era enriquecedora… Nossa amizade e colaboração durou até a sua morte.

Freinet foi também e sobretudo um homem bom e generoso. Um dia, em que me fazia perguntas a respeito de meus pais, suas idades, profissões, contei-lhe que eles nunca haviam visto o mar. E ele respondeu: “_Eles nunca viram o mar? Mas isto é um absurdo! Escuta, daqui a quinze dias, eu, Elise e Baloulette (sua filha) partimos para Queryas. Escreva logo para seus pais e se eles quiserem passar uma quinzena aqui, oferecemos nosso apartamento!” E assim foi feito.

Freinet da terra

Inicialmente senti uma intimidação porque Freinet era impressionante. Apesar do sorriso atraente, uma severidade emanava do rosto em tanto arredondado e não era necessário ser psicólogo para descobrir nos olhos castanhos, uma grande tenacidade que acompanharia este homem ao longo de toda a vida.

Freinet perseverante

O caminho de Freinet foi duro, teve que vencer seus sofrimentos físicos que trouxe ao voltar da guerra, a apatia de alguns, a indiferença de outros, o ciúme que beirava ódio daqueles que em nome de uma ética hipócrita viam-no como um revolucionário destruidor de almas e consciências.

Freinet família

Em agosto de 1929, Freinet participava do Congresso de Besançon da Federação dos Sindicatos do Ensino quando Elise deu à luz a uma graciosa menina. Neste mesmo dia, veio a falecer o pai de Elise, sr. Lagier Bruni, que Freinet admirava muito. Assim é a vida: enquanto uns começam, outros terminam.

Casando com Elise, Freinet que já decidira devotar a sua vida em prol de uma educação para o povo, entrou para uma família da qual os pais mais quatro filhos, escolheram os mesmos objetivos se bem que por caminhos diversos. Esta família foi atingida duramente pela desgraça, mas se manteve sempre unida, amorosa, enfrentando os tristíssimos acontecimentos.

Marie-Louise, a mais velha, seguiu de vez Freinet, aceitando completamente suas teorias. Quem viu o filme: L’École Bussonière – A escola gazeta, que retrata tão bem parte da caminhada de Freinet há de lembrar o texto: “O Gatinho que não queria morrer”. A historinha foi orientada por Marie-Louise e escrita por seus alunos.

Fernand era um professor de séries iniciais e convocado para a guerra, onde pilotava aviões, voltou sem ferimentos. Dono de um espírito muito independente, não quis aderir à Escola Moderna que estava nascendo.

Lucien era engenheiro e compartilhava das ideias de Freinet sobre educação. Casou-se com uma professora, amiga do casal Freinet, e levou as ideias da Escola Moderna para região de Savoie. Criou uma das primeiras obras documentadas pela Biblioteca do Trabalho: A Ponte de La Balme: uma obra prima, ecológica.
A última moça, France, vivia para estudar. Freinet dizia dela: “_Trabalha e estuda demais. Deveria pensar em pouco mais em ter bons amigos de sua idade. Trabalho é bom, mas devemos viver a vida!”. France tinha 20 anos quando faleceu de uma encefalite letárgica, causada pela revacina contra a varíola.

A mais velha, Marie-Louise, era professora em Vallouise. Um dia, tropeçou no estrado e teve uma percussão craniana falecendo instantaneamente. Deixou órfão o pequeno Didi, do qual Freinet filmara os primeiros passos alguns dias antes.

Outra tragédia absurda que atingiu a família de Freinet foi a morte de Madeleine. Ela era enfermeira-chefe e tinha como superior um médico que havia servido nas Colônias da África e contraído febres malignas, passando a ser acometido por constantes acessos de febres que o transtornaram, deixando-o violento e colérico.

Um dia perturbado por uma dessas crises, o médico chefe entrou na sala de trabalho de Madeleine e, sem mais nem menos, desfechou-lhe um tiro na cabeça. Elise nunca conseguiu refazer-se desse golpe.

Estas misérias da vida atingiram profundamente o casal Freinet, mas os dois as enfrentaram bravamente superando a dor e a adversidade, continuando com tenacidade em sua obra.

Freinet grupo

Tanto o pai diretor de escola como a mãe de Elise, foram professores de renome que defenderam uma escola laica, gratuita e obrigatória para todas as crianças. Fato necessário numa época em que havia poucas escolas públicas e uma grande demanda. As crianças do povo eram em grande número preteridas.

A disseminação das ideias de Freinet foi muito rápida. Ele era bem falante e criava rapidamente novos amigos que aderiam às suas ideias e o acompanhavam em viagens – assistindo às conferências, participando das reuniões e incentivando outros colegas.

Freinet nunca esteve só, e mesmo em família, além da esposa e dele próprio, outros seis membros estavam engajados no magistério ampliando o círculo. Em todos os momentos de sua vida, nas lutas e nos sucessos, o grupo foi força e apoio.

Freinet clarividente

Freinet foi astuto, perspicaz, persuasivo, clarividente. Falando da Unesco, esta grande instituição internacional, ele me dizia desejar que lá existisse uma antena, um escritório, um telefone e um número pois assim seria fácil, a Unesco viria até nós. Hoje no Assessorado da Instrução Pública de Aosta, eu tenho o telefone e o escritório. Preparo meu estágio de setembro, anuncio a nossa exposição permanente. Freinet havia imaginado tudo com tanta antecedência: há 40 anos… Na abertura do estágio, o delegado da Unesco virá para trazer cumprimentos e o reforço de sua organização”.

No Centenário do Nascimento de Freinet, no mês de outubro de 1996, em Paris, em evento oficial reuniu personalidades do mundo da educação e do mundo político e social resgatando o papel decisivo e a universalidade do pensamento e da obra de Célestin Freinet. Justa homenagem!

Apresentei depoimentos de colegas holandeses, portugueses, italianos, belgas e sobretudo franceses. Alguns que responderam com tanta boa vontade ao meu questionamento, e espero não ter sido por demais impertinente na minha insistência, hoje nos deixaram. Mas como estou grata por eles terem revivido comigo suas reminiscências. Sua disponibilidade me permitiu partilhar com a mais profunda amizade e gratidão. Agradeço também ao casal Emile e Mimi THOMAS que me ajudou a enriquecer este trabalho, contribuindo com uma série de relatos compilados pelo companheiro Raoul Faure*. Somos amigos no mais profundo sentido, mantendo bem viva nossa crença de que com amor e atividade bem dirigida podemos ajudar a criança a vencer.

O perfil do Homem Freinet que emerge através dos depoimentos

  • bom
  • humorista
  • elegante
  • generoso
  • belo
  • amigo
  • bom companheiro
  • excepcional
  • vaidoso
  • brincalhão
  • sedutor
  • bela voz (o mais citado)
  • impressionante
  • genial
  • naturalista
  • atraente
  • criativo
  • perseverante
  • tenaz
  • acessível
  • inventor
  • falante
  • grande viajante

— por Flaviana Marchesi Granzotto
Psicanalista e psicopedagoga
Ex-docente da UFSM-RS (Universidade Federal de Santa Maria)
Ex-docente da FURB-SC (Fundação Universidade Regional de Blumenau)
Presidente de honra do Movimento Regional Freinet de Santa Catarina

[1] nos feriados se trabalhava, trocando experiências, revisando e criando com os trabalhos dos alunos os primeiros BT – biblioteca do trabalho, até que alguém reclamava: “Comida!”… Surgia então um penelão fumegante de sopa ou cozido e um garrafão do bom vinho. Depois, por uma meia hora (não mais) havia só descontração e se voltava ao trabalho. Os encontros de mestres prosseguiram, de regionais passaram a ser nacionais e mais tarde, internacionais, como o Mestre havia previsto. A FIMEM (federação Internacional do Movimento da Escola moderna) foi criada assim como outros encontros regulares anuais, as atuais RIDEF (Encontro Internacional de Educadores Freinet) que acontecem não mais somente na França, mas também em outros países filiados que se propõem a sediá-los. Neste ano, é a Polônia que acolhe os freinetianos, e serão centenas. Os primeiros simples encontros de Freinet e de seus amigos franceses evoluíram para importantes acontecimentos e o bom prato de alimento compartilhado permanece como símbolo da fraternidade.

Celestin Freinet nasceu no sul da França, na região de Provença, numa família de oito filhos. Seus dias de escola foram profundamente desagradáveis, e afetaram seus métodos de ensino e desejo de reforma.

Enquanto cursava o Magistério estoura a Primeira Guerra Mundial. Interrompe seus estudos e é obrigado a alistar-se. Recrutado pelo exército francês, em 1915 na ocasião teve uma lesão pulmonar causada por gases tóxicos. Esta experiência o transformou em um pacifista convicto. Em 1920 iniciou seu trabalho como professor de escola primária, antes mesmo de concluir o curso normal. Foi quando Freinet começou a desenvolver seus métodos de ensino. Ele atuou como professor-adjunto em Le Bar-sur-Loup e docente em Saint-Paul.

Em 1923 Freinet comprou um tipógrafo, para auxiliar a atividade de ensino, já que seu ferimento do pulmão dificultava que falasse por períodos longos. Foi com este tipógrafo que imprimiu textos livres e jornais da classe para seus alunos. As próprias crianças compunham seus trabalhos, os discutiam e os editavam em pequenos grupos, antes de apresentar o resultado à classe. Os jornais eram trocados com os de outras escolas. Gradualmente os textos do grupo substituíram livros didáticos convencionais.

Em 1924, Freinet criou uma cooperativa de trabalho com professores de sua aldeia, esta cooperativa suscitou o movimento da Escola Moderna na França. Neste mesmo ano inicia as primeiras correspondências escolares. Em 1925, conhece a artista plástica Élise, que começa a trabalhar como sua ajudante e em 1926 casa-se com ela, e anos depois tem com ela uma filha, Madeleine Freinet. Escreve o livro A Imprensa na Escola e cria a revista “La Gerbe” (O Ramalhete) composta de poemas infantis. Os métodos do ensino de Freinet eram divergentes da política oficial de educação nacional e causavam um clima de desconfiança, especialmente devido ao grande volume de correspondências trocadas, por esta razão ele foi exonerado de suas funções em 1935 e começou sua própria escola, junto com sua esposa, pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial.

Na década de 1930, a escola de Freinet é oficialmente aberta, e, juntamente com Romain Rolland, ele lança o projeto Frente da Infância.

Em 1940, Freinet é preso e mandado para o campo de concentração de Var, onde fica gravemente doente. Todavia, mesmo enquanto esteve preso, deu aulas para os companheiros. Sua esposa Elise Freinet depois de muita luta conseguiu sua libertação. Logo após sair do campo, Freinet incorpora-se à Resistência Francesa. No final da década de 1940 Freinet criou o ICEM, Cooperativa do Ensino Leigo que reunia mais de 20 mil pessoas. Em 1956 lançou uma Campanha Nacional para quantificar os alunos nas salas de aula. Lutava por 25 alunos em cada classe.

Proposta pedagógica

Para Freinet, a educação deveria proporcionar ao aluno a realização de um trabalho real. Sua carreira docente teve início construindo os princípios educativos de sua prática. Ele propunha uma mudança da escola, pois a considerava teórica e portanto desligada da vida.

Suas propostas de ensino estão baseadas em investigações a respeito da maneira de pensar da criança e de como ela construía seu conhecimento. Através da observação constante ele percebia onde e quando tinha que intervir e como despertar a vontade de aprender do aluno. De acordo com Freinet, a aprendizagem através da experiência seria mais eficaz, porque se o aluno fizer um experimento e der certo, ele o repetirá e avançará no procedimento; porém não avançará sozinho, precisará da cooperação do professor.

Na proposta pedagógica de Freinet, a interação professor-aluno é essencial para a aprendizagem. Estar em contato com a realidade em que vive o aluno é fundamental. As práticas atuais de jornal escolar, troca de correspondência, trabalhos em grupo, aula-passeio são ideias defendidas e aplicadas por Freinet desde os anos 20 do século passado.

Além das técnicas pedagógicas, o aspecto político e social ao redor da escola não deve ser ignorado pelo educador. Isto porque sua pedagogia traz em seu bojo a preocupação com a formação de um ser social que atua no presente. O professor deve mesclar seu trabalho com a vida em comunidade, criando as associações, os conselhos, eleições, enfim as várias formas de participação e colaboração de tudo na formação do aluno, direcionando o movimento pedagógico em defesa da fraternidade, respeito e crescimento de uma sociedade cooperativa e feliz.

Há princípios no saber pedagógico que C. Freinet considerava invariáveis, ou seja, independente do local ou período histórico, certos pressupostos deveriam sempre ser levados em conta na prática educacional. Desta forma, postulou as chamadas “Invariantes Pedagógicas”, consideradas como pilares de sua proposta pedagógica.

Desde sua origem, o movimento sempre se manteve aberto a todas as experiências pedagógicas através de documentos, revistas, circulares, cartas e boletins. Freinet buscava formas alternativas de ensino, pois não conseguia se adaptar à forma tradicional, fazia também relatórios diários de cada criança. Ao que se refere às cartilhas, ele questiona seu valor, pois os conteúdos nada tinham a ver com a realidade da criança e, portanto, não traziam nenhum estímulo à aprendizagem da leitura. Freinet dava muita importância ao trabalho, pois este deveria ser o centro de toda atividade escolar, enfatizando-o como forma do ser humano ascender, exercer seu poder.

Para Freinet, o aprender deveria passar pela experiência de vida e isso só é possível pela ação, através do trabalho. O trabalho desenvolve o pensamento, o pensamento lógico e inteligente que se faz a partir de preocupações materiais, sendo que esta, é um degrau para abstração. Freinet acreditava que no e pelo trabalho o ser humano se exprime e se realiza eficazmente. Lembrando-se que, quando o autor exalta o trabalho, não está referindo-se forçosamente ao trabalho manual, pois para ele, o trabalho engloba toda pesquisa, documentação e experimentação.

Com relação à intervenção do professor, só se dava para organizar o trabalho, sem precisar de imposições ou ameaças. Para ele, a disciplina escolar se resume a executar uma atividade que envolva e torne a criança automaticamente disciplinada.

Outro aspecto importante para Freinet é a liberdade, relativa e não desvinculada da vida e do trabalho de cada um. Para ele, a liberdade é a possibilidade do ser humano vencer obstáculos. Freinet buscou técnicas pedagógicas que pudessem envolver todas as crianças no processo de aprendizagem, independentemente da diferença de caráter, inteligência ou meio social, (lembrando-se mais uma vez que ele afirmava que o conteúdo estudado no meio escolar deveria estar relacionado às condições reais de seus alunos).

Ao estudar o problema da educação, ele propunha que ao mesmo tempo em que o professor almejasse a escola ideal, criativa e libertadora, deveria também estudar as condições concretas que estariam impedindo a sua realização.

[editar] Invariantes pedagógicas

A criança é da mesma natureza que o adulto.
Ser maior não significa necessariamente estar acima dos outros.
O comportamento escolar de uma criança depende do seu estado fisiológico, orgânico e constitucional.
A criança e o adulto não gostam de imposições autoritárias.
A criança e o adulto não gostam de uma disciplina rígida, quando isto significa obedecer passivamente uma ordem externa.
Ninguém gosta de fazer determinado trabalho por coerção, mesmo que, em particular, ele não o desagrade. Toda atitude imposta é paralisante.
Todos gostam de escolher o seu trabalho mesmo que essa escolha não seja a mais vantajosa.
Ninguém gosta de trabalhar sem objetivo, atuar como máquina, sujeitando-se a rotinas nas quais não participa.
É fundamental a motivação para o trabalho.
É preciso abolir a escolástica.
Todos querem ser bem-sucedidos. O fracasso inibe, destrói o ânimo e o entusiasmo.
Não é o jogo que é natural na criança, mas sim o trabalho.
Não são a observação, a explicação e a demonstração – processos essenciais da escola – as únicas vias normais de aquisição de conhecimento, mas a experiência tateante, que é uma conduta natural e universal.
A memória, tão preconizada pela escola, não é válida, nem preciosa, a não ser quando está integrada no tateamento experimental, onde se encontra verdadeiramente a serviço da vida.
As aquisições não são obtidas pelo estudo de regras e leis, como às vezes se crê, mas sim pela experiência. Estudar primeiro regras e leis é colocar o carro na frente dos bois.
A inteligência não é uma faculdade específica, que funciona como um circuito fechado, independente dos demais elementos vitais do indivíduo, como ensina a escolástica.
A escola cultiva apenas uma forma abstrata de inteligência, que atua fora da realidade e fica fixada na memória por meio de palavras e ideias.
A criança não gosta de receber lições autoritárias.
A criança não se cansa de um trabalho funcional, ou seja, que atende aos rumos de sua vida.
A criança e o adulto não gostam de ser controlados e receber sanções. Isso caracteriza uma ofensa à dignidade humana, sobretudo se exercida publicamente.
As notas e classificações constituem sempre um erro.
Fale o menos possível.
A criança não gosta de sujeitar-se a um trabalho em rebanho. Ela prefere o trabalho individual ou de equipe numa comunidade cooperativa.
A ordem e a disciplina são necessárias na aula.
Os castigos são sempre um erro. São humilhantes, não conduzem ao fim desejado e não passam de paliativo.
A nova vida da escola supõe a cooperação escolar, isto é, a gestão da vida pelo trabalho escolar pelos que a praticam, incluindo o educador.
A sobrecarga das classes constitui sempre um erro pedagógico.
A concepção atual das grandes escolas conduz professores e alunos ao anonimato, o que é sempre um erro e cria barreiras.
A democracia de amanhã prepara-se pela democracia na escola. Um regime autoritário na escola não seria capaz de formar cidadãos democratas.
Uma das primeiras condições da renovação da escola é o respeito à criança e, por sua vez, a criança ter respeito aos seus professores; só assim é possível educar dentro da dignidade.
A reação social e política, que manifesta uma reação pedagógica, é uma oposição com a qual temos que contar, sem que se possa evitá-la ou modificá-la.
É preciso ter esperança otimista na vida.
[editar] Técnicas desenvolvidas por Freinet

A Aula-Passeio: aulas de campo, voltadas para os interesses do estudante.
A Auto-avaliação: fichas criadas por Freinet, preenchidas pelos alunos, como forma de registrar a própria aprendizagem.
A Auto-correção: modalidade de correção de textos feita pelos próprios autores, no caso os alunos, sob a orientação do educador.
A Correspondência Interescolar: atividade largamente utilizada por Freinet, na qual os alunos se comunicavam com outros estudantes de escolas diferentes.
O Fichário de consulta: fichas criadas por alunos e professores, para suprir as lacunas deixadas pelos livros didáticos convencionais.
A Imprensa escolar: os textos escritos pelos alunos tinham uma função social real, já que não serviam meramente como forma avaliativa, já que eram publicados e lidos pelos colegas.
O Livro da vida: caderno no qual os alunos registram suas impressões, sentimentos, pensamentos em formas variadas, o qual fica como um registro de todo o ano escolar de cada classe.
O Plano de trabalho: atividade realizada em pequenos grupos que sob a orientação do educador, com base em um dado tema, desenvolvem um plano a ser realizado num certo intervalo de tempo.
O Texto Livre: tipo de texto em que o aluno não é obrigado a escrever como nas escolas tradicionais. É livre em formato e em tema. Relaciona-se com a técnica da Imprensa Escolar, Livro da vida e Correspondência Interescolar.
[editar] Obras (em Português)

FREINET, Célestin, Conselho aos Pais. Lisboa, Editorial Estampa, 1974.
FREINET, Célestin, O Jornal Escolar. Lisboa, Editorial Estampa, 1974.
FREINET, Célestin, As Técnicas Freinet da Escola Moderna. Lisboa, Editorial Estampa Ltda., 1975.
FREINET, Célestin, O texto livre. Lisboa, Dinalivros, 1976.
FREINET, Célestin e SALENGROS, R. Modernizar a Escola. Lisboa, Dinalivros, 1977.
FREINET, Célestin. O Método Natural I – A aprendizagem da Língua. Lisboa, Editorial Estampa, 1977.
FREINET, Célestin. O Método Natural II – A aprendizagem do Desenho. Lisboa, Editorial Estampa, 1977.
FREINET, Célestin. O Método Natural III – A aprendizagem da escrita. Lisboa, Editorial Estampa, 1977.
FREINET, Célestin, A Leitura pela Imprensa na Escola. Lisboa, Dinalivros, 1977.
FREINET, Célestin, Para uma Escola do Povo: guia prático para a organização material, técnica e pedagógica da escola popular. São Paulo: Martins Fontes, 1996; Lisboa: Editorial Presença, 1978.
FREINET, Célestin, A Saúde Mental da Criança. Lisboa, Edições 70, 1978.
FREINET, Célestin, Pedagogia do Bom Senso. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
FREINET, Célestin, Educação pelo trabalho. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
FREINET, Célestin, Ensaio de Psicologia Sensível. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

Fonte: freinet.org.br

Para saber mais sobre a importância da pedagogia na formação de professores, acesse Sobre a Pedagogia.

Se você está interessado em ferramentas que podem auxiliar na educação, considere explorar opções como materiais didáticos que podem enriquecer o aprendizado.


Este texto foi publicado na categoria Formação e Desenvolvimento Profissional.

 About Pedagogia ao Pé da Letra

Sou pedagoga e professora pós-graduada em educação infantil, me interesso muito pela educação brasileira e principalmente pela qualidade de ensino. Primo muito pela educação infantil como a base de tudo.

Uma resposta para “Celestin Freinet – Biografia, Contribuições e Legado”

  1. “Posições Socialistas”, não. Anarquistas! A Escola Moderna é prova disso. Freinet tinha uma concepção libertária de educação .

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