Síndrome da Alienação Parental
Entenda a síndrome da alienação parental, suas causas e efeitos nas crianças, além de como lidar com essa situação complexa. Informações detalhadas e atualizadas sobre o tema.
Síndrome da Alienação Parental
Separação conjugal é usualmente um momento crítico na vida de qualquer um que por ela passe, principalmente para os filhos envolvidos, especialmente quando a dissolução da conjugalidade ocorre de maneira litigiosa e não amigável. A ausência de comunicação com um dos genitores pode provocar significativos sentimentos de angústia, que podem ser maléficos e deletérios na vida de uma criança. Como já afirmou a psicanalista francesa Françoise Dolto, a desqualificação contínua promovida por um dos genitores em relação ao outro pode afetar profundamente a formação psíquica e afetiva do jovem, que desenvolve em si afetos negativos para com o cônjuge “exilado”. Trata-se de uma espécie de orfandade com pai (ou mãe) viva.
O que é a Síndrome da Alienação Parental?
Em 1985, o psiquiatra Richard Gardner (EUA) elaborou e descreveu o que ele mesmo denominou de “Síndrome da Alienação Parental” (SAP). A SAP acaba sendo também uma “implantação de falsas memórias”, visto que o genitor “exilado” é evocado sempre pelos aspectos negativos (verdadeiros ou não), e a imagem que o filho vai construindo do mesmo é de uma imago parental não necessariamente condizente com a realidade. Assim, na SAP, um dos genitores, com uma tendência vingativa muito grande, utiliza-se do próprio filho(a) como objeto de sua vingança e instrumento de seu ódio pessoal contra o ex-parceiro.
Como a alienação parental se manifesta?
Segundo o Wikipédia, a SAP é um fenômeno desencadeado por um dos pais em relação ao outro, mas que também pode ser desencadeado por outra pessoa distinta do guardião do menor, como por exemplo, o novo(a) companheiro(a) do genitor que detém a guarda do filho, ou pelos avós, tios, etc. A SAP é geralmente mais encontrada em filhos que estejam envolvidos em divórcios (embora possa ocorrer com menor frequência em famílias intactas), onde o genitor responsável pela alienação promove uma espécie de “lavagem cerebral”, mediante inúmeras mensagens negativas a respeito do genitor ausente ou afastado. Ao provocar no filho uma deterioração da imagem do genitor “exilado”, desenvolve-se a SAP, onde se encontra então um ódio patológico ou um temor injustificado em relação ao pai ou mãe alienado. Tal ódio, ansiedade ou temor, conjugados à construção negativa da parentalidade no sujeito da criança, podem levá-la, na vida adulta, a encontrar dificuldade em assumir papéis de pai ou mãe. Para entender mais sobre a importância da comunicação na relação entre pais e filhos, você pode conferir o artigo sobre literatura infantil e a formação das crianças.
Consequências da Síndrome da Alienação Parental
Crianças com SAP são mais vulneráveis à depressão, ansiedade, uso abusivo de drogas como escape, baixa autoestima e, inclusive, correndo riscos de vir a cometer suicídio. Devido à relevância do assunto e à pertinência do mesmo em um momento histórico-social onde é comum divórcios e separações conjugais, aos eventuais seguidores, uma interessante reportagem publicada na revista “Ciência & Vida PSIQUE”, nº 43, que leva o título “Amor Exilado”. Leiam, se informem, vale a pena: entre a cruz e a espada: a análise psicológica.
Além disso, é importante considerar que a saúde emocional das crianças deve ser uma prioridade. Para isso, é fundamental que os pais busquem apoio psicológico e terapias que ajudem a lidar com os efeitos da alienação parental. Existem diversos recursos disponíveis que podem auxiliar nesse processo, como terapias infantis que podem ser muito benéficas.
Crédito: Enviado por Joaquim Cesário de Mello