Pode-se dizer que inferências são operações cognitivas que o leitor realiza para construir proposições novas a partir de informações que ele encontrou no texto.A noção de inferência tem sido usada para descrever operações cognitivas que vão desde a identificação do referente de elementos anafóricos e exofóricos até a construção da organização temática do texto. Essa excessiva abrangência do conceito de inferência é problemática para a caracterização desse fenômeno, pois reúne sob o mesmo título operações muito diversas, trazendo assim dificuldades para o estudo dele.
Embora se possam encontrar noções comuns nos conceitos de inferência, como o fato de elas serem uma adição de informação nova ao texto, muitos deles apresentam pontos discutíveis e há diferenças entre eles, fazendo com que não haja consenso em relação à noção de inferência.
Um problema encontrado no conceito de inferência dado por McLeod (1977), por exemplo, é afirmar que inferências são feitas apenas nos casos de discurso escrito. Isso significa que não se fazem inferências no processamento da fala?
Para Morrow (1990), quando o leitor faz inferências, ativa e usa informações implícitas no texto.
Já Yekovich et. al. (1990), acreditam que elas sejam “informações não dadas explicitamente no input”. O que não está explícito no texto não tem necessariamente de estar implícito nele. Nesses casos, então, haveria uma disparidade entre esses dois conceitos.
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