A gramática é de difícil compreensão por ser muito padronizada. Dessa maneira, a aula deixa de ser apenas um conteúdo que deve ser aplicado, passando para o campo do aproveitamento intelectual do aluno. O professor, como transmissor de conhecimentos, deve trazer o ensino da língua como forma de contextualização e não apenas como parte de um conteúdo pré-estabelecido, pois de nenhuma forma pode se deixar de ensinar a gramática. O professor administra a disciplina de Língua Portuguesa diferenciando-a das demais, envolvendo os conteúdos em abordagens mais diretas e dando ênfase à vida do aluno, pois em tudo está exposto o domínio das ideias, mostrando para o aluno que ele é capaz e não um indivíduo incapacitado no que compete às regras.
Analisar a importância do ensino da língua nas escolas é fundamental, verificando em algumas circunstâncias como o mesmo é passado em sala de aula. Observamos que em muitas escolas ainda é ensinado de forma presa, com conteúdos prontos e acabados que são facilmente encontrados nos livros didáticos. Dessa forma, a aula fica monótona, chata e sem sentido. Deve-se aplicar o ensino para o campo do aproveitamento intelectual do aluno, analisando a importância do ensino da linguagem e da gramática na escola, verificando em algumas circunstâncias como é passado de forma errônea em sala de aula.
Segundo Sírio Possenti, no texto “Por que (não) ensinar gramática na escola”, ele faz uma crítica em relação ao ensino da linguagem materna nas escolas brasileiras, ou seja, a gramática é passada para os alunos de uma forma muito fragmentada. “A função da escola é permitir aos alunos o domínio da língua padrão, em especial em sua modalidade escrita.” (p. 110). Pode-se observar uma grande distância entre o ensino da gramática e a realidade de alguns alunos, propiciando ao educando o diálogo com a própria realidade e o mundo à sua volta. Assim, como se pode ensinar regras e mais regras relacionadas a concordâncias verbais ou à escrita, se encontramos em nossa realidade alunos que nem sempre sabem o básico verbalmente.
Conforme Possenti (1996), “Sou completamente contrário a um discurso que circulou durante alguns anos, é verdade que é um domínio relativamente restrito que defendia com alguma coerência e outro tanto de equívoco a seguinte proposta: Já que a Língua padrão é um dialeto do grupo de elite de um país, ensiná-la à população socialmente marginalizada como única modalidade escolar aceitável poderia significar uma espécie de violência cultural, de violência ideológica, de forma de desvalorização e destruição da cultura e da ideologia popular.” (p. 110). De acordo com o autor, isso é considerado uma violência cultural e ideológica. Diante dessa ideia, pode-se fazer uma ponte do Português com a Linguística e falar da variação linguística em sala de aula. Se a sociedade cobra o tempo todo uma língua padrão gramaticalmente correta e as pessoas que não se enquadram nessa categoria são consideradas marginalizadas ou pessoas de pouco poder aquisitivo, portanto, afirma Possenti que o indivíduo não aprende por exercício, mas através de práticas significativas. Ou seja, o professor deve trabalhar a gramática inserida em um contexto e não de forma solta, por mera obrigação, centralizando-se em regras e mais regras.
Autor: Rojane da Silva Carvalho
Atividades sobre letras maiúsculas e minúsculas podem ser uma excelente forma de contextualizar o ensino da gramática, tornando-o mais dinâmico e interessante para os alunos.
Habilidades da BNCC: Língua Portuguesa no Ensino Fundamental 2 também são essenciais para que os educadores possam planejar aulas que realmente façam a diferença na aprendizagem dos alunos.
Materiais didáticos de qualidade são fundamentais para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem, proporcionando recursos que facilitam a compreensão dos conteúdos.
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