Os desafios da educação inclusiva
Este artigo explora os principais desafios enfrentados na implementação da educação inclusiva, destacando a importância da aceitação das diferenças e a necessidade de um sistema educacional que promova a igualdade de oportunidades para todos os alunos.
Os desafios da educação inclusiva
INTRODUÇÃO
Para os portadores de necessidades especiais, hoje, organiza-se para a “igualdade de oportunidade de ensino”, proporcionando ao aluno a integração e a inclusão (a evolução desses direitos são dispositivos legais de âmbito educacional).
A evolução desses direitos baseia-se em princípios diferentes do convencional, pois implica na aceitação das diferenças individuais, valorização de cada pessoa, convivência dentro da diversidade humana e aprendizagem por meio de cooperação. A preocupação por uma escola inclusiva e professores competentes são partes integrantes de outros movimentos sociais, que lutam pela construção de uma sociedade mais justa e solidária.
A deficiência no Brasil é considerada: Pessoas portadoras de deficiência; Pessoas com deficiência.
Esse termo é genérico e se refere a todo segmento, independente do tipo de sequela ou característica de deficiência.
Quando utilizamos o termo “pessoas portadoras de deficiência” estamos nos referindo a cegos, surdos, paraplégicos, paralisados cerebrais e outros, agrupados em áreas de deficiências físicas, sensoriais ou mentais.
Termos como: aleijado, retardado mental, débil mental, anormal, mongol, mongolóide, embora ainda encontrados, são carregados de preconceitos e, portanto, contrários aos critérios dos técnicos; não admitimos. Geralmente se adota: pessoas portadoras de necessidades especiais. Para aclarar melhor as diferentes deficiências, passaremos a definir uma a uma as principais áreas:
1 – Deficiência Sensorial
Se divide em “visual e auditiva”.
Deficiência Visual – Se refere a uma perda total (cegueira) ou parcial da visão.
Deficiência Auditiva – Se refere a uma perda total (surdez) ou parcial da audição.
2 – Deficiência da Fala
Se refere a um padrão de fala limitada ou dificultosa. Obs.: Os termos “mudo” ou “surdo-mudo” são incorretos, pois geralmente a dificuldade de fala, no caso dos surdos, é uma consequência da falta de audição.
3 – Deficiência Mental
Se refere a um padrão intelectual reduzido, consideravelmente abaixo da média normal.
4 – Deficiência Física
Refere-se à perda ou redução da capacidade motora. Um procedimento comum, embora equivocado, é referir as pessoas portadoras de deficiências em geral como deficientes físicos, desconsiderando-se as áreas sensoriais e mentais.
Engloba vários tipos de limitação motora. Os principais são:
- Paraplégica – Paralisia total ou parcial do corpo, comprometendo as funções dos braços e pernas, possuindo as mesmas causas da paraplegia.
- Hemiplegia – Paralisia total ou parcial das funções de um lado do corpo, como consequência de lesões cerebrais causadas por enfermidade, golpe ou trauma.
- Amputação – Falta total ou parcial de um ou mais membros do corpo.
5 – Paralisia Cerebral
Termo amplo para designar um grupo de limitações psicomotoras resultantes de uma lesão no sistema nervoso central – geralmente os portadores de paralisia cerebral possuem movimentos involuntários, espasmos musculares repentinos, chamados espasticidade, que é também verificada em outros tipos de deficiência, com menos intensidade.
O portador de PC oferece diferentes níveis de comprometimento, dependendo da área da lesão cerebral. É impróprio considerar que uma pessoa P. C. também possui deficiência mental. Embora haja casos regulares, ambas as deficiências não ocorrem ao mesmo tempo.
6 – Distúrbios de Comportamento
Criança que não se ajusta social e psicologicamente aos padrões médios de comportamento socialmente estabelecido. Entre os vários estigmas que criam à população, há uma tendência comum em considerar, por exemplo, “deficiência” como o oposto de “eficiência” – um conceito cem por cento falso.
O oposto de eficiência é ineficiência, o que nos remete a outra avaliação fundamental: uma deficiência deve ser compreendida como a falta de uma parte e não como a falta do todo.
Considerando também que a terminologia reflete a postura social em relação ao tema, a ONU adotou a nomenclatura: “pessoas portadoras de deficiência”. Ela caracteriza que a deficiência está na pessoa, mas não é a pessoa. A abordagem que reduz a pessoa à sua deficiência gera e reforça o preconceito.
Entender que as pessoas são iguais, respeitando-se as diferenças individuais, é o primeiro passo para uma abordagem mais substantiva, menos adjetiva, mas pertinente ao papel do profissional.
Em parceria com órgãos do Ensino Superior, realizar programa de formação e, ou especialização de professores que trabalham com alunos que apresentem defasagens ou dificuldades de aprendizagem. Para mais informações sobre a inclusão de alunos autistas, consulte a inclusão de alunos autistas em sala de aula.
Estabelecer ação conjunta com entidades especializadas nestas áreas, garantindo o atendimento à criança e jovens que necessitam deste serviço especializado.
Equipar ambientes necessários ao apoio educacional aos portadores e educadores no trabalho com estes alunos.
A nova proposta política educacional do Estado de Mato Grosso, enfocada no livro “Democracia e Atendimento Educacional”, é especializada e fundamentada no direito do cidadão a uma escola pública de qualidade, onde a solidariedade e o respeito do outro são uma vontade. As propostas enquanto política de atendimento dos portadores de necessidades especiais.
Garantir o acesso à educação, visando atender necessidades de natureza física, mental, sensorial e múltipla. A implantação desta política deverá ser orientada pela integração dos portadores de necessidades especiais em mais alunos, assegurando-se, porém, atendimento especializado suplementar em casos de dificuldades de aprendizagem ou necessidade de terapia específica e trabalho permanente com as famílias.
A orientação de organização do atendimento em classes especiais deverá ser desenvolvida apenas nos casos em que o grau de necessidade torne impossível a permanência em classes de ensino regular.
Para isso teremos como linha de trabalho:
Desenvolver ações articulares e integradas entre as áreas de educação, ação social e fundamentalmente na área de educação, saúde, assegurando uma estrutura básica para um diagnóstico diferenciado e acompanhamento destes alunos.
Na busca de adquirir conhecimentos sobre o tema abordado, estaremos pesquisando através de entrevistas e questionários com os seguintes objetivos.
- Sensibilizar a comunidade escolar quanto à integração dos portadores de necessidades especiais no meio em que vivem.
- Sensibilizar a comunidade escolar do local à integração dos portadores de necessidades especiais ao ensino regular por meio de propostas curriculares mais adequadas.
- Propor aos professores das unidades escolares do bairro que incluam em planejamento anual assuntos a serem trabalhados com os alunos e pais referente ao aluno portador de caso especial, fornecendo folhetos dando instruções sobre como se deve trabalhar o problema apresentado.
Considerando que a gestão democrática tem em seus anseios a universalização e qualidade de ensino, se firmar como organização capaz de superar a repetência e a evasão escolar.
Ao mesmo tempo, visa oferecer a cada indivíduo condição necessária a um desenvolvimento integral compatível com suas próprias necessidades.
O apoio familiar conseguido através das campanhas de conscientização elimina o estigma gerado pela discrepância entre a identidade social (a que eles idealizam para seus filhos) e a identidade real (aquela que a criança tem).
A educação especial, parte integrante da educação geral, se atém a oferecer recurso pedagógico e metodologia educacional específica para atender os portadores de necessidades especiais.
Para construir e reconstruir a competência profissional, no terceiro capítulo fala-se sobre o profissional de educação especial, os procedimentos de integração e inclusão e, finalmente, a análise sobre os profissionais de Várzea Grande e sua relação com a educação especial.
Nos dias atuais, a visão e conceitos de pessoas portadoras de deficiência têm mudado.
No passado, na Grécia Antiga, as crianças que não nasciam perfeitas eram sacrificadas, pois a beleza era um dos ideais atléticos da cultura grega. A conscientização começou na Idade Média, quando se destaca que a pessoa, mesmo sendo portadora de deficiência, é um ser humano e sacrificá-lo era pecado.
Somente no século XVIII, estudiosos começaram a preocupar-se com a educação especial, porém esta se dá em isolamento completo.
Do século passado para os dias de hoje, vêm-se aprimorando as técnicas de educação para portadores de necessidades especiais, em um enfoque oposto ao anterior, visando que a esses portadores devem ser dadas as diversas oportunidades para se integrarem à sociedade. Mesmo assim, temos consciência de que o preconceito e a discriminação persistem, embora o portador de necessidades especiais seja aquela pessoa com direitos: existe, pensa e cria. Tendo esta concepção, já em nossos dias, a preocupação de integrá-los na sociedade é fundamentada no princípio da igualdade e na construção da cidadania, ou seja, é participação efetiva em todos os aspectos das dimensões da vida social, política, econômica e cultural. Preocupa-se também que, para a inserção e integração destes indivíduos na sociedade, há necessidade de pessoas ou profissionais da área conscientes e competentes, capazes de tomar novos rumos, descobrindo suas deficiências, seja como profissional ou pessoal, na gestão escolar conscientes de transformação e mudanças, para melhor qualidade de trabalho e eficiência.
CONCLUSÃO
O crescimento não é casual, mas resultado da mobilização da sociedade brasileira. A Constituição Brasileira de 1988 garante o acesso ao ensino fundamental regular a todas as crianças e adolescentes, sem exceção, e deixa claro que a criança com necessidade educacional especial deve receber atendimento especializado complementar, de preferência dentro da escola. A inclusão ganhou reforços com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, e com a Convenção da Guatemala, de 2001, que proíbem qualquer tipo de diferenciação, exclusão ou restrição baseadas na deficiência das pessoas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL BRASILEIRA DE 1988.
LEI DAS DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL. Texto na íntegra. Lei n° 9.394, Ed. Saraiva, 1996.
Autoras: Elenilce e Teula