Os Caminhos da Educação
Financiamento da Educação Básica
A partir da LDB, estabeleceu-se a descentralização da gestão da Educação Básica, passando para os estados e municípios a gestão orçamentária da Educação Básica.
Financiamento X Avaliação
Avaliação da Educação Básica
Avaliação que o estado faz sobre a implantação das políticas públicas de ensino
Referenciais Curriculares Nacionais determinam as competências
e habilidades para os níveis e etapas da Educação Básica.
Os Caminhos da Educação
Desde a pré-história, o homem começou sua busca pelo conhecimento. Observamos na disciplina de Fundamentos Históricos e Políticos da Educação fatores importantes do processo de aprendizagem do homem pré-histórico e sua construção de conhecimento através da troca. A partir disso, a história da educação seguiu sua jornada e sofreu diversas modificações. Os objetivos em relação à educação e conhecimento foram muitos, assim como as relações de poder da palavra e verdade. Esses objetivos ainda são questionados e, provavelmente, continuarão sendo, pelo menos enquanto as pessoas tiverem livre arbítrio e capacidade de questionar.
As Concepções Epistemológicas
Trabalhamos com a professora Clarice Scott, em Teorias Psicogenéticas do Conhecimento, as concepções epistemológicas, que são modelos de “como se dá o conhecimento”. São elas: o empirismo; o apriorismo e o sócio-interacionismo. Analisamos cada uma delas juntamente a uma dinâmica onde compartilhamos lembranças positivas e negativas da escola. Comparamos os relatos com as concepções. Para mais informações sobre as teorias educacionais, consulte Educação x Competência.
Dentro desta análise crítica, percebemos os absurdos do empirismo e sua forma limitada, desrespeitosa, e até pouco humana de educar. Percebemos que frequentávamos escolas com muitos aspectos empiristas. O abuso da autoridade do professor, a falta de interesse no bem-estar emocional do aluno, o tabu de que a criança nada sabe, entre outros. Como diz Eric Berne, psiquiatra norte-americano, “Nascemos príncipes. A educação faz de nós sapos.” Na disciplina de Psicologia do Desenvolvimento, estudamos os complexos e as modificações que as crianças sofrem antes do período escolar se introduzir em suas vidas. São muitos conflitos e conquistas que a escola, seguindo um pensamento empirista, não percebe e nem valoriza.
Na análise, percebemos também a inviabilidade e liberalismo inconsequente do apriorismo, onde o professor, em seu papel de facilitador, pouco estimula seus alunos e espera que a criança desenvolva sozinha seu próprio conhecimento. Acredito que estas duas concepções foram criadas seguindo alguma lógica da qual desconheço. Mas, em teoria, elas tinham um objetivo de educar, porém sem a preocupação sobre o que realmente importa. No empirismo, pouco importava o aluno e seu universo particular como criança e ser humano. No apriorismo, não se considerava o questionamento, a construção do conhecimento.
A partir do descontentamento com estas duas concepções apresentadas anteriormente, que descartavam o desenvolvimento mental e todo seu contexto na vida da criança, sentiu-se a necessidade de criar algo novo, uma nova proposta de ensino. Surge neste momento o sócio-interacionismo, uma prática inovadora e compreensiva de educar. O sócio-interacionismo buscou referências para suas teorias a partir de estudo de teóricos, entre eles Piaget, Wallon, Vygotski, entre outros. Vamos, agora, conhecer Jean Piaget.
Jean Piaget
Jean Piaget estudou inicialmente Biologia na Suíça, tornou-se doutor em Ciências Naturais e, a partir de 1921, dedicou-se aos estudos de psicologia, epistemologia genética e educação. Iniciou sua pesquisa sobre o desenvolvimento mental estudando o comportamento de moluscos e sua adaptação ao serem transferidos de ambiente. Concluiu então que o desenvolvimento não se dá apenas pela maturação, mas também pelas variáveis do ambiente. Deu continuidade ao seu trabalho descobrindo as mudanças ontogenéticas (genéticas ou mudanças internas) no funcionamento cognitivo, do nascimento à adolescência.
Atos cognitivos: organização e adaptação ao meio
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Esquemas-estruturas mentais
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Processos cognitivos:
•Assimilação (integração de um novo dado)
•Acomodação (integração de novos e velhos dados)
•Equilibração ou Adaptação
(regula e permite incorporação de novas experiências)
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Mecanismo de auto-regulação
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Desenvolvimento cognitivo:
•Conteúdo
•Função
•Estrutura
•Ação
•Conhec. físico
•Conhec. Lógico matemático
•Conhec. Social
Estágios do Desenvolvimento segundo Piaget e alguns de seus aspectos:
“Conforme vou crescendo, vou mudando e podendo aprender mais”
Estágio sensório motor (0 aos 2 anos):
- a lógica é motora
- esquema reflexo
- jogo circular ou de repetição
- objeto permanente (representação mental dos objetos)
- maturação neurológica
- correspondência termo-a-termo
Estágio pré-operatório (2 aos 7 anos):
- desenvolvimento da linguagem e outras formas de representação
- função simbólica ou semiótica
- jogo de imitação; faz-de-conta; lúdico
- egocentrismo
- realismo nominal
- “o corpo é organizador da linguagem”
Estágio operatório concreto (7 aos 11 anos):
- desenv. lógico-operatório
- aplicar o pensamento a situações concretas
- jogo de regras
- conservação e reversibilidade
- pensa no outro, sai do egocentrismo
- autonomia
- sabe estabelecer relações de cooperação
Estágio formal (acima de 12 anos):
- estruturas cognitivas do sujeito alcançam seu nível mais elevado de seu desenvolvimento
- as crianças tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas
- capacidade hipotética-dedutiva e possibilidade de cooperação
PENSANDO EM PIAGET...
Percebo, no trabalho de Piaget, a preocupação com o desenvolvimento cognitivo e moral. Seu trabalho é bem amplo e complexo, por isso, demorei um certo tempo para compreender suas etapas. Fizemos atividades práticas em sala que auxiliaram na assimilação do conteúdo, como a confecção de objetos com sucata e a sistematização dos atos cognitivos segundo Piaget. Colocar a mão na massa faz pensar! 🙂
Lev Vygotsky
Lev Semenovich Vygotsky (1896-1934) fez seus estudos na Universidade de Moscou para tornar-se professor de literatura.
O objetivo de suas pesquisas iniciais foi a criação artística. Foi só a partir de 1924 que sua carreira mudou drasticamente, passando Vygotsky a dedicar-se à psicologia evolutiva, educação e psicopatologia.
A partir daí, ele concentrou-se nessas áreas e produziu obras em ritmo intenso até sua morte prematura em 1934, devido a tuberculose.
– Exemplo de inferior: piscar os olhos quando alguém bate palmas em frente ao seu rosto.
– Exemplo de superior que se torna inferior: frear no trânsito. O que nas primeiras aulas práticas de direção você precisava pensar antes de fazer, após algum tempo você apenas faz, se torna um reflexo.
b) Cultura -> sistema de símbolos
A mediação ocorre para auxiliar o indivíduo e, conforme este vai assimilando os fatos, a mediação vai se afastando, até que o indivíduo possa agir sozinho.
2. Processo Interpsíquico -> mediação
Em 1902, com 23 anos, formou-se em filosofia pela Escola Normal Superior, cursou também medicina, formando-se em 1908.
Viveu num período marcado por instabilidade social e turbulência política. As duas guerras mundiais (1914-18 e 1939-45), o avanço do fascismo no período entre guerras, as revoluções socialistas e as guerras para libertação das colônias na África atingiram boa parte da Europa e, em especial, a França.
Em 1914, atuou como médico do exército francês, permanecendo vários meses no front de combate. O contato com lesões cerebrais de ex-combatentes fez com que revisse posições neurológicas que havia desenvolvido no trabalho com crianças deficientes. Até 1931, atuou como médico de instituições psiquiátricas. Paralelamente à atuação de médico e psiquiatra, consolida-se seu interesse pela psicologia da criança.
(fonte: http://www.centrorefeducacional.com.br/wallon.htm)
2. Desenvolvimento descontínuo -> rupturas, retrocessos e reviravoltas
3. Conflitos Exógeno (de fora para dentro) e Endógeno (orgânico/neurológico; de dentro para fora)
4. Passagem de um estágio para outro -> não é uma simples ampliação, mas uma reformulação.
5. No desenvolvimento -> existem etapas alternadas no predomínio da afetividade e cognição.
6. Afetividade -> sem afeto não existe desenvolvimento cognitivo
7. Movimento -> corpo
8. Cognição -> inteligência
● Qual a origem da pesquisa-ação?
Pesquisa-ação tem suas origens no trabalho de Kurt Lewin, em 1946, no conceito pós-guerra, dentro de uma abordagem experimental, de campo.
● Concepção inicial de pesquisa-ação: é uma abordagem experimental, de campo. Que modifica estruturalmente. Em 1980, quando absorve seus pressupostos e perspectivas dialéticas (relação de ir e vir), na melhoria da prática educativa.
● QUALIFICAÇÃO DA PRÁTICA EDUCATIVA: exige reflexão, estudos e ação-reflexão-ação.
Pesquisa-ação crítica não pretende apenas compreender ou descrever, mas transformar.
Existem pelo menos três conceituações diferentes de pesquisa-ação:
● Colaborativa: pesquisador faz parte do grupo, então avaliam-se.
● Pesquisa-ação crítica: quando visam suas críticas como transformação.
● Pesquisa-ação estratégica: quando o pesquisador acompanha os resultados dos sujeitos para a mudança.
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