A Necessidade da Leitura no Processo de Ensino/Aprendizagem
Descubra o quão importante é a leitura para o processo de ensino e aprendizagem. Saiba como a leitura pode lhe ajudar a alcançar maiores resultados educacionais e aprimorar seus conhecimentos.
Este trabalho objetiva, num primeiro momento, levantar dados bibliográficos que visem comprovar as implicações do processo de construção da leitura e, consequentemente, da escrita nos altos índices de repetência nas séries iniciais do ensino fundamental. A forma como aprendemos a ler na infância determina os usos que lhe damos na idade adulta. Se a ênfase é dada apenas à parte mecânica, será difícil para o aprendiz perceber a gama de possibilidades e significados, julgando a leitura um meio para fins restritos. A leitura exerce um papel fundamental não só na pré-escola, mas também nas demais etapas do processo escolar pela parcela de responsabilidade na formação do leitor. A falta de leitura provoca problemas graves na expressão escrita, dificultando o ensino-aprendizagem, por exemplo, da redação. O hábito de leitura, contudo, só consegue ter êxito se associado ao prazer, ao jogo e à arte, de modo que o leitor sinta-se motivado em contato com formas de comunicação que caracterizam a arte da palavra. Num segundo momento, foi feita uma pesquisa na E. E. José Dias Pedrosa com o intuito de levantar dados para análise da prática em leitura, feita pelos professores da referida escola, e do suporte que o pedagogo escolar pode oferecer, no sentido de auxiliar a equipe docente no ensino da leitura.
Introdução
O processo de ensino-aprendizagem da leitura é, sem dúvida, muito instigante e desafiador, tanto para o aluno quanto para o professor.
Adquirir a capacidade de ler significa, sobretudo, a condição de compreender um mundo que vai se mostrando cada vez maior e mais surpreendente. São nessas descobertas que alguns alunos apresentam mais dificuldades do que os outros.
O interesse pelo tema “Necessidade da leitura no processo ensino-aprendizagem” surgiu durante a observação que venho fazendo ao longo de minha carreira, através da qual tenho percebido que a maioria dos alunos ainda não têm consciência da importância e da necessidade da leitura em seu processo de aprendizagem, isto é, na maioria das vezes lêem por obrigação, lêem somente o que lhes é determinado, sem dar à leitura seu valor real, sem perceber a necessidade de ler; ler para buscar informações, conhecimentos, para enriquecer seu vocabulário, para visualizar palavras e perceber sua ortografia.
Esse desconhecimento sobre a importância e a necessidade da leitura torna-se um entrave no processo de desenvolvimento do aluno, uma vez que ele não a vê como algo prazeroso, não se sente motivado a ler diariamente e espontaneamente, deixando para trás chances de vivenciar ricas experiências de enriquecimento.
A princípio, atribuía este fato ao meio em que leciono: um meio rural, sem biblioteca e o ambiente familiar que não estimula a formação de leitores, uma vez que os alunos são originados de famílias de renda baixa e pais analfabetos ou semi-analfabetos. Mas hoje verifico que não é só o ambiente que influencia, pois farei esta pesquisa de estudo numa escola de zona urbana, onde há uma biblioteca vasta, um ambiente alfabetizador e estimulador muito maior, e o problema é o mesmo: os alunos não dão apreço à leitura.
Segundo Murilo Avellar Hingel, ex-secretário da educação de Minas Gerais, “A leitura pode nos conduzir por tempo, lugares e acontecimentos que não são os nossos. A leitura é necessária para a construção da cidadania, para a formação de homens livres e aptos a participar da grande obra que é a humanidade.” (LIÇÕES DE MINAS, 1999).
A educação recebe atualmente uma expressiva atenção por parte dos governos. A erradicação do analfabetismo tornou-se um ícone do desenvolvimento e, por isso, uma forma de melhorar a imagem do país frente aos bancos internacionais. Para tanto, investem pesado, esforçam-se em matricular o maior número possível de crianças e evitar a evasão.
Nos países da América Latina, quase todos possuem mais de 70% de sua população infantil nas primeiras séries do Ensino Fundamental. No Brasil, programas como Bolsa Escola dão ajuda financeira às famílias das crianças carentes para que mantenham uma frequência escolar superior a 75%. Com certeza essas medidas contribuem para a diminuição do analfabetismo, mas o que se observa é que estes números são parte de um discurso oficial que leva em consideração aqueles que apenas fazem a decodificação de sinais gráficos, mas não entendem a necessidade de ler. (LIÇÕES DE MINAS, 1999).
Nos anos 60, afirmavam categoricamente que o mundo da escrita daria lugar ao mundo da imagem. Mas o que se viu nesses quarenta anos aponta em outra direção. Ser usuário competente da linguagem, leitura e escrita é cada vez mais condição para efetiva participação social.
Diante disso, percebemos que o domínio instrumental da leitura é necessário para garantir ao aluno autonomia no contato com o texto como fonte de lazer e enriquecimento.
Qual é a necessidade da leitura no ensino-aprendizagem? Por que os alunos não lêem espontaneamente? Qual é a dificuldade dos alunos em ter o hábito de ler? Compreendem a leitura como meio de formação e informação?
A partir destes questionamentos, propõe-se a pesquisar sobre a necessidade e dificuldades da leitura no ensino-aprendizagem. A presente pesquisa poderá servir de orientação para discussões de docentes sobre a importância da leitura no cotidiano do ser humano.
O tema da pesquisa foi escolhido devido a constatações em nossa prática cotidiana, tendo em vista o grande índice de alunos repetentes nas séries iniciais, por não apresentarem conhecimentos mínimos necessários para a sua aprovação, visto que é cobrado cada vez mais a capacidade de interação e integração no meio social ao qual o indivíduo encontra-se inserido.
Formar leitores faz parte do processo de emancipação de um país, e o ato da leitura e da escrita conduz a um processo de aprender, de conhecer, de apreender novos significados que ajuda os educandos a viverem com mais plenitude. Um dos primeiros passos nesse sentido é a oferta de uma educação que esteja próxima à realidade de cada educando, que suscite sugestões e ações significativas para a sua vida.
Importante se faz a construção de relações de confiança entre professor e aluno, pois são aspectos que constituem-se num estímulo para que o educando possa perceber-se como cidadão e como ser social e histórico. O professor precisa reconhecer e valorizar a diversidade cultural dos alunos, superar discriminações, trabalhar a autoestima consciente de que poderá estar revertendo um dos mais fortes mecanismos de exclusão social, a marginalização pela negação do direito ao domínio da cultura escrita, cumprindo assim uma tarefa essencial para a promoção da cidadania.
Toda instituição escolar tem características que lhe são peculiares e que influenciam o comportamento de seus membros. Essa influência tanto pode ser para a dominação como para a libertação, dependendo do nível de consciência despertado pelo processo vivido.
Tendo essa visão sobre a educação, buscou-se compreender: Quais as implicações no processo de aprendizagem da leitura e da escrita na repetência nas séries iniciais?
Diante dessa proposta, a pesquisa teve como objetivo compreender, a partir da visão de teóricos que abordam a questão, as implicações do processo de aprendizagem da leitura e da escrita na repetência nas séries iniciais. Para isso, buscou-se uma bibliografia contextualizada e pertinente ao assunto, buscando identificar aspectos subjacentes à prática que são apontados como facilitadores ou não do crescimento do aluno em relação à leitura e à escrita.
Pressupostos Teóricos
Em tempos modernos, nos quais a TV, o computador e a Internet são peças-chave da sociedade, a leitura e a escrita não perderam seu valor como necessidade social. O grande desafio da escola é mostrar a sua importância, considerando que, por falta de conscientização sobre o hábito da leitura e da escrita, cada vez mais os alunos apresentam sérios problemas na organização do pensamento e da escrita. Falta-lhes o senso crítico diante da realidade e condições de fazerem escolhas pessoais para o seu futuro, o de sua comunidade e de seu país. Pois educar hoje tem outra conotação, a de formar seres críticos e conscientes de sua função social.
A atividade fundamental desenvolvida pela escola para a formação dos alunos é a leitura. Mas, na realidade, ela não vem cumprindo bem este papel, confundindo o processo de ler com um simples reconhecimento de palavras em páginas impressas, ou seja, vem trabalhando a leitura como um simples ato de decifrar códigos. Existe uma nítida separação entre os mecanismos da leitura e o pensamento, reduzindo a leitura a um ato mecânico de decifrar letras.
A escola não tem formado leitores que levam adiante pela vida esse interesse; quando muito, forma aqueles que buscam em leituras exploratórias apenas informações necessárias a finalidades imediatas. O desinteresse pela leitura tem origem na pré-escola e deve-se, em grande parte, ao tipo de literatura que é oferecido às crianças, não considerando o interesse e a faixa etária, tornando assim o primeiro contato com o livro desinteressante.
É comum uma criança ler um texto, podendo-se dizer que até de maneira correta (pronúncia, pontuação…), mas, se for solicitada a contar ou falar sobre o texto, não sabe. Na verdade, essa criança não leu, pois ler não é decifrar, como um jogo de adivinhações, o sentido de um texto.
A falta de interesse pela leitura prova que a leitura significativa não foi ativada na infância. No momento da aprendizagem, o aluno não considerou que fosse valer para sua vida futura.
A leitura é a realização do objetivo da escrita. Quem escreve, escreve para ser lido. Às vezes, ler é um processo de descoberta, como a busca do saber científico. Outras vezes, requer um trabalho paciente, perseverante, desafiador, semelhante à pesquisa laboratorial. A leitura pode também ser superficial, sem grandes pretensões, uma atividade lúdica. É uma atividade profundamente individual.
Ao contrário da escrita, que é uma atividade de exteriorizar o pensamento, a leitura é uma atividade de assimilação de conhecimento, de interiorização, de reflexão. Por isso, a escola que não lê muito para os seus alunos e não lhes dá a oportunidade de ler muito está fadada ao insucesso e não sabe aproveitar o melhor que tem para oferecer aos seus alunos.
Nos estudos sobre a formação de leitores no ambiente escolar, uma quantidade significativa de professores de 1° grau se mostra insatisfeita em razão do tipo de envolvimento dos alunos com a leitura, sentindo-se, muitas vezes, sem subsídios para refletir sobre suas práticas cotidianas e, a partir daí, modificá-las.
Em primeiro lugar, constatam-se condições de (des)conhecimento, por parte de professores e bibliotecários, quanto à variedade e à qualidade textual de obras de literatura com as quais os alunos poderiam se envolver. Em segundo lugar, revelam-se atos de leitura decorrentes talvez dessas primeiras condições: um trabalho muitas vezes mecânico, controlador, punitivo e, por conseguinte, pouco agradável e pouco frutífero com o texto literário na escola. Estas atitudes do professor, seguidas da falta de vontade dos alunos, dificultam o desenvolvimento do hábito de ler.
Magda Soares, em uma entrevista para a TV Escola, faz a seguinte citação: “Mais do que nunca, e não só os livros, mas também revistas, jornais, outdoors, contratos, contas, notas fiscais, é preciso aprender a ler, não só como meio, mas como objeto de conhecimento.”
Torna-se necessário ler, não simplesmente para extrair informações da escrita, decodificando-a letra por letra, palavra por palavra, e sim para compreender o sentido da escrita.
De acordo com os PCN (1998), a leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a partir de seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a língua: características do gênero, do portador, do sistema de escrita… (p.94).
Dessa forma, é fundamental compreender as ações que se processam na mente dos alunos quando estes estão tentando absorver os símbolos gráficos e saber quais estratégias utilizar para auxiliá-lo no ato de ler e escrever.
Nessa oportunidade, surge a psicopedagogia, capaz de oferecer alternativas de ação no sentido de uma transformação, o que possibilita à escola e aos alunos uma melhoria nas condições de aprendizagem.
Leitura e escrita: passaporte para a cidadania
Nas últimas décadas, vem surgindo nova proposta de práticas pedagógicas. Existe o docente que se propõe a buscar cada vez mais inovações para melhorar suas ações e metas, com a preocupação de refletir sobre sua prática.
Vygotsky, um estudioso importante para a educação, demonstra em seus estudos preocupação constante com a questão do desenvolvimento e com a importância dos processos de aprendizado. Para Vygotsky, o desenvolvimento individual se dá no ambiente social determinado e na relação com o outro.
Considerando que o desenvolvimento do ser humano é produto de sua interação com o meio, tanto físico quanto social, faz-se necessário agir para possibilitar que as crianças aprendam pensando, ou seja, construindo sua escrita e buscando formas para solucionar situações-problemas surgidas em seu cotidiano.
Sabe-se que o indivíduo não nasce pronto e acabado, muito menos é cópia do ambiente externo, portanto é necessário que o professor conheça o nível de aprendizagem em que se encontra o seu aluno para que possa contribuir em sua educação em todos os aspectos.
Ferreiro e outros pesquisadores mostraram que a criança não chega à escola sem saber nada, pois traz consigo sua bagagem histórica, cultural e social. Assim sendo, devemos trabalhar a partir do que a criança nos mostra que sabe, ou seja, o que ela já domina, e assim tornar a aprendizagem mais desafiadora.
No texto de Ana Maria Lunardi Padilha (1997), “Dirigindo o olhar para a sala de aula e conhecendo José”, a autora nos relata a história da importância da intervenção pedagógica no caso do aluno José, que possuía dificuldades de disciplina, organização, concentração durante as aulas e aprendizado. A intervenção ajudou José a resolver seus problemas de aprendizado, através de uma intervenção psicopedagógica. Sobre isso, a autora nos relata que:
A psicologização da educação é uma tendência que ganha forma com a consolidação da Psicopedagogia – campo de atuação profissional de caráter preventivo e terapêutico – que prioriza a resolução de problemas de aprendizagem fora da escola. Frequentemente isso é feito buscando-se corrigir as disfunções do aluno, o que resulta num deslocamento, para outro espaço, da tarefa que a escola deixou de realizar. Tipicamente, a partir de diagnósticos realizados através de testes, propõe-se tratamento clínico nas áreas de psicologia, psicomotricidade, psicopedagogia, fonoaudiologia. (PADILHA, 1997, pág.54).
A autora ainda chama a atenção para a necessidade da escola se organizar de forma que as necessidades dos alunos sejam sanadas na própria instituição, cujo objetivo é ensinar. Com professores bem preparados, não existe a necessidade de buscar ajuda externa para o aprendizado das crianças.
A escola tem um papel fundamental a desempenhar nesse processo. Em primeiro lugar, porque é o espaço em que pode se dar à convivência entre crianças de origens diferentes daquelas que cada uma conhece, com visões de mundo diversas daquela que compartilha em família. Em segundo, porque é um dos lugares onde são ensinadas as regras do espaço público, pois a escola apresenta à criança conhecimentos sistematizados sobre os países e o mundo, e aí a realidade plural de um país como o Brasil fornece subsídios para debates e discussões em torno de questões sociais. A criança na escola convive com a diversidade e poderá aprender com ela.
Assim, a alfabetização como educação é um dos elementos motores da transformação histórica. Por isso mesmo, é um instrumento necessário às mudanças sociais, enquanto insere as pessoas na cultura e no mundo.
Tanto o ato de alfabetizar quanto o ato de educar são políticos, sociais e não podem ficar à margem das estruturas econômicas, políticas e administrativas que, em última instância, delineiam suas diretrizes.
Portanto, o que se propõe ao alfabetizar é que o aluno, além de dominar o mecanismo da leitura, seja capaz de usá-la como instrumento auxiliar no seu crescimento e desenvolva o gosto pela mesma, para que se utilize cada vez mais desse poder como elemento de ajustamento pessoal e social.
O cidadão transformado em leitor e usuário da escrita constrói o conhecimento com uma visão crítica da realidade, sempre descobrindo o saber para a construção de um novo mundo através da leitura.
Processo de Construção da Leitura e Escrita Significativa
Formar leitores faz parte do processo de emancipação de um país, e o ato da leitura e da escrita conduz a um processo de aprender, de conhecer, de apreender novos significados que ajuda os educandos a viverem com mais plenitude. Um dos primeiros passos nesse sentido é a oferta de uma educação que esteja próxima à realidade de cada educando, que suscite sugestões e ações significativas para a sua vida.
Gadotti (2003, p.21) afirma que “O papel da educação não pode ser confundido apenas com sua ligação fundamental e intrínseca com o conhecimento e, muito menos, com a pura transmissão de informações. Educação no mundo globalizado tem função menos lecionadora e mais organizadora do conhecimento.”
O professor não é a única variável a interferir no processo da aprendizagem, mas é quem possui um papel muito importante para o desenvolvimento dos indivíduos nas escolas. O professor que conhece os processos de evolução da escrita e detecta a hipótese a qual seu aluno se encontra, poderá propiciar-lhe conscientemente um melhor desenvolvimento. Segundo Emilia Ferreiro, “Conhecer quais são esses processos de compreensão infantil dota o alfabetizador de um valioso instrumento para identificar momentos propícios de intervenção nesse processo.” (Ferreiro, 1993, p.25).
Conhecer as hipóteses utilizadas pelos alunos na construção da escrita favorece ao professor aplicar atividades que possibilitam avanços nas aprendizagens. Quanto melhor o professor entender o processo de construção do conhecimento, mais eficiente será seu trabalho.
O professor deve ser um parceiro na aprendizagem de seus alunos. É fundamental que o professor crie um ambiente que facilite situações de diálogo e participação, no qual seja possível que os alunos se sintam seguros, sem medo de errar.
Para o estabelecimento desse ambiente, o professor deve mostrar confiança a seus alunos a partir do respeito mútuo, acreditando sinceramente nas capacidades dos mesmos e os incentivando com atividades desafiadoras que favoreçam a observação do processo.
Outro fator que acredita-se ser fundamental para um melhor desempenho do aluno é o afeto, pois, sentindo-se seguro e valorizado, o aluno não terá medo de errar, testando suas hipóteses e, certamente, poderá avançar no processo de construção do conhecimento.
Atualmente, fala-se muito da importância de se partir das experiências das crianças, de aceitar os erros que a criança produz, rever os métodos de alfabetização, de conhecer os processos de aquisição da língua escrita.
O professor não pode deixar seu papel de mediador do processo pedagógico para ser apenas um conferencista que não estimula a pesquisa e o esforço, se contentando com a transmissão de soluções já prontas.
A aprendizagem da leitura constitui uma relação simbólica entre o que se deve e diz, com o que se vê e lê. A leitura deve ser vista, igualmente, como um fenômeno duplo que envolve o compreender e a compreensão. É necessário fazer uma distinção entre ler e aprender a ler. Ler é estabelecer uma comunicação com textos, por meio da busca da compreensão.
A aprendizagem da leitura constitui uma tarefa permanente que se enriquece com novas habilidades na medida em que se manejam adequadamente estes textos cada vez mais complexos. Por isso, a aprendizagem da leitura não se restringe ao primeiro ano de vida escolar. Atualmente, sabe-se que aprender a ler é um processo que se desenvolve ao longo de toda a escolaridade e de toda a vida. (Zilberman, 1988, p.13).
Segundo Ferreiro e Teberosky (1991, p.26), “as crianças antes da sua entrada para a escola já têm construções mentais sobre a leitura e a escrita e não se limitam a receber passivamente os conhecimentos.”
De acordo com as autoras, a criança que chega à escola já é um “bom” leitor do mundo. Desde muito nova, começa a observar, a antecipar, a interpretar e a interagir, dando significado aos seres, objetos e situações que a rodeiam. Ela utiliza estas mesmas estratégias de busca de sentido para compreender o mundo letrado.
Ainda para as autoras, essa aprendizagem natural da leitura deve ser considerada pelo professor e incorporada às suas estratégias de ensino, com o fim de melhorar a qualidade desse processo contínuo iniciado no momento em que a criança é capaz de captar e atribuir significado às coisas do mundo. Assim, a ação de ler o mundo em que a criança enfrenta progressivamente numerosos e variados textos.
O trabalho de leitura, na escola, tem por objetivo levar o aluno à análise e à compreensão das ideias dos autores e buscar no texto os elementos básicos e os efeitos de sentido. É importante que o leitor se envolva, se emocione e adquira uma visão dos vários materiais portadores de mensagem presentes na comunidade em que se vive. (Zilberman, 1988, p.18).
A leitura acontece quando se produz o sentido e, quanto mais informação, experiências de leituras anteriores, mais consciência na formação de sentido terá o leitor, pois, além do que se encontra nas linhas, é preciso atender também às entrelinhas. Só quem lê interpreta, questiona, estabelece julgamentos do que pode e deve fazer, exercendo plenamente a sua cidadania. Só quem lê pode mudar a realidade para melhor.
A língua portuguesa faz parte das disciplinas obrigatórias no currículo do Ensino Fundamental e Médio. Sem o conhecimento da mesma, é impossível que o aluno consiga compreender o meio em que vive e até discernir as tomadas de decisões que a vida nos impõe.
A leitura está basicamente relacionada ao fato de possibilitar ao ser humano o seu sucesso, e a tomada de consciência da sua importância torna-se essencial para que se valorize muito a leitura.
Um bom educador valoriza a leitura e age conscientemente cobrando do aluno a leitura diária em casa, idas à biblioteca, jornais, revistas, livros diversos, etc.
A leitura não poderá ser uma ação mecânica; pelo contrário, deverá ser cobrada, exigindo do aluno tudo que foi lido, incentivando-o sempre para que tome gosto pela mesma.
E para compreendê-la no todo, há necessidade de que se aprenda a ler e se leia muito. Agindo assim, o aluno não encontrará dificuldades em outras matérias, pois todas dependem da leitura. O ato de ler deve acompanhar o ser humano a vida toda. Isso é muito importante.
No entanto, a leitura escolar é uma das formas de se fazer LEITURA, pois, dentre os alunos que não gostam de ler na sala de aula, estão aqueles que usam a leitura na vida diária, como vendedor ou lendo jornais, revistas, listas de preços, etc.
A escola deve oferecer condições para que as interações aconteçam. Assim, o aluno avança na construção do conhecimento significativo através da contextualização e da interdisciplinaridade.
A Importância da Leitura Infanto-Juvenil
Como todos sabemos, o professor deve procurar oferecer ao aluno os mais variados textos, a fim de que ele tenha contato com discursos de características e registros de linguagem diversos. No entanto, como a compreensão é tanto mais facilitada quanto mais denotativa for a linguagem, cremos que cabe ao trabalho com o livro de literatura infanto-juvenil, na escola, um papel fundamental e privilegiado na formação de leitores proficientes, em função do caráter específico de sua estrutura e de sua linguagem. Três justificativas fundamentais alicerçam esta ideia.
Inicialmente, a literatura — uma vez que não tem comprometimento com a realidade, mas com o real que ela mesma cria — é ficção e, por natureza, da ordem da fantasia. Assim, fomenta no leitor a curiosidade e o interesse pela descoberta; permite que ele vivencie situações pelas quais jamais passou, alargando seus horizontes e tornando-o mais capaz de enfrentar situações novas. Ou seja, ao romper com as barreiras da realidade, possibilita ao leitor o acúmulo de experiências só vividas imaginariamente, o que o torna mais crítico e mais criativo, além de ensiná-lo a reagir a situações desagradáveis e de ajudá-lo a resolver seus próprios conflitos.
Em segundo lugar, a literatura possibilita a internalização, além do registro padrão da Língua, de estruturas lingüísticas mais complexas, desenvolvendo de modo globalizado o desempenho lingüístico do falante. Desta forma, por meio da leitura, é possível dominar, de acordo com o que a norma culta preconiza, a acentuação gráfica, a colocação de pronomes, o emprego dos verbos impessoais, das conjunções subordinativas, além da regência e da concordância. Tudo isso sem a necessidade de obrigar o aluno à árdua e infrutífera memorização de regras gramaticais, nunca utilizadas a não ser no momento em que “faz a prova”, e com a imensa vantagem de que a assimilação deste aspecto funcional da linguagem terá repercussões não só na escrita, mas também na fala e na própria leitura.
O último dos aspectos diz respeito à importância da leitura no desenvolvimento de estruturas de pensamento, com evidentes repercussões no desenvolvimento do raciocínio lógico do aluno. Embora as relações de interdependência entre linguagem e pensamento, ou entre pensamento e linguagem, há décadas venham originando polêmicas entre lingüistas, psicólogos e pedagogos de diversas correntes teóricas, que privilegiam, neste processo, ora o pensamento ora a linguagem.
Uma vez que o desenvolvimento da linguagem se traduz como elemento essencial ao crescimento intelectual do indivíduo, e como o desenvolvimento da linguagem depende, intrinsecamente, do domínio de habilidades de leitura, tal fator acaba por interferir de forma substantiva no desenvolvimento de estruturas de pensamento, tornando-se, conseqüentemente, essencial ao desempenho intelectual do falante, durante a vida inteira.
No entanto, há que se questionar se qualquer tipo de texto produz, igualmente e na mesma proporção, os efeitos aqui delineados, ou seja, se qualquer texto é capaz de se transformar num fator de enriquecimento das estruturas de linguagem e pensamento, promovendo o crescimento intelectual do indivíduo.
Tais objetivos serão preferencialmente atingidos por meio da leitura instigante, que ofereça a possibilidade de fazer ver o novo, proporcionando o prazer da descoberta e da elaboração de múltiplos sentidos. E tais atributos, embora possam estar presentes em outros tipos de textos, são, necessariamente, intrínsecos à natureza do texto literário. Por este motivo, a leitura de textos informativos, ainda que necessária, não supre as necessidades da formação global do leitor.
A compreensão dessa estrutura, por um lado, delega ao leitor um papel de agente, sem o qual o texto não se faz por inteiro; por outro, admite a possibilidade de que o significado profundo do texto se altere, de leitor para leitor, já que, nesse caminho, cada um tem a possibilidade de escolher suas próprias trilhas.
Mas essa estrutura — que, na verdade, é o que caracteriza o texto literário, é o que lhe confere literariedade [e entendemos “literariedade” como a capacidade que um texto tem de oferecer múltiplas leituras, a partir das múltiplas relações possíveis entre os níveis manifesto e latente de sua estrutura de linguagem] — parece ser absolutamente ignorada quando se trata do trabalho com literatura infanto-juvenil implementado na escola, como se o fato de ser preferencialmente dirigida a crianças determinasse um reducionismo em suas imagens (e a conseqüente perda de seu valor literário). Assim, equalizam-se textos literários e textos meramente informativos, monolíticos, que suportam uma única leitura – de preferência a do professor.
O Trabalho com a Leitura nas Escolas
Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizei a entrevista semi-estruturada com professores e a observação informal com os alunos do Ensino Fundamental e Médio, da E. E. José Dias Pedrosa da cidade de Cipotânea, interior de Minas Gerais.
Por se tratar de uma pesquisa voltada para a análise das dificuldades dos alunos no ensino da leitura e a prática docente, foram feitas as observações durante três semanas na biblioteca, por nos parecer mais adequada.
Durante a observação, detectamos que os alunos de Fase Inicial de Alfabetização frequentam mais a biblioteca do que os anos das séries finais. Esta observação foi feita através das fichas de livros emprestados e do movimento dos alunos visitando a biblioteca em intervalos de aulas e hora do recreio.
Como se podemos perceber, através de observações feitas na biblioteca da E. E. “J.D.P”, quanto mais os alunos avançam na escolaridade, menor a ligação que têm com a leitura, o que provoca reflexos extremamente negativos. Os alunos do Ensino Médio só procuram ler o que é recomendado pelo professor, sendo que os alunos das Fases Iniciais sempre estão em busca de livros para sanar suas curiosidades e alimentar suas fantasias.
A escolha dos professores deve-se ao fato de atuarem na escola onde está sendo desenvolvida a pesquisa, tendo ampla bagagem de experiência e são habilitados em Letras. Assim, pretendo analisar como esses professores trabalham a leitura no sentido de desenvolver o processo ensino-aprendizagem.
Após o período de observação, foi realizada uma entrevista semi-estruturada com o objetivo de captar explicações, aprofundar e esclarecer questões observadas, buscando apreender como os professores compreendem esta ação.
Sendo assim, desenvolvi essa pesquisa com professores da E. E. J. D. P no intuito de investigar o trabalho dos mesmos com a leitura na referida escola, e um dos objetivos desta pesquisa é detectar todos os problemas que os alunos enfrentam em relação à leitura.
Ao abordar as professoras de Língua Portuguesa, em relação ao tempo que reservam para a leitura e como a desenvolvem em sala de aula, relatam que:
“Sempre que posso deixo um tempo para a leitura em sala de aula, mas as turmas são numerosas, e não dá tempo de dar atenção individual” (R.A.M).
“A leitura é trabalhada de maneira coletiva e, em seguida, individual; só depois é que desenvolvem a interpretação do texto lido” (R.F.T).
O paradigma adotado para os exercícios de interpretação de textos, mesmo o material elaborado pelo professor (provas, testes ou exercícios), é, em geral, o do livro didático – modelo que traz o aval da letra de forma, por um lado, e a segurança do previamente conhecido, por outro. Ali, salvo raríssimas exceções, tornam-se evidentes dois problemas fundamentais:
Em primeiro lugar, os textos apresentados seguem, normalmente, dois modelos: ou são fragmentos de livros – e nesse caso pecam porque não fornecem ao aluno o todo da história, mas apenas uma parte, adulterando a estrutura original da obra e seu sentido mais global – ou são textos escritos pelos próprios autores do livro didático, quase sempre com o objetivo de trabalhar os conteúdos de gramática ou determinados aspectos funcionais da língua. Em segundo lugar, os “exercícios de interpretação” propostos incluem uma parte de trabalho com o léxico – o que não seria propriamente interpretação, mas uma espécie de gramática disfarçada – além de questões que de interpretativas nada apresentam, na medida em que exigem, basicamente, que o aluno volte ao texto e copie fragmentos, transcreva falas, identifique falas de personagens ou ordene temporalmente acontecimentos, enfim, que redupliquem, que reafirmem o que há de óbvio no texto, além, é claro, da identificação do nome do autor, do título da obra, etc.
Uma terceira professora é abordada sobre a maneira de indicar literatura para os alunos e nos diz: “Indico livros de literatura de acordo com a série do aluno e peço para preencher uma ficha que elaborei, para verificar se o aluno realmente leu” (M.M).
Neste sentido, podemos observar que as fichas de leitura – em que se baseia o trabalho sobre as chamadas “leituras extra-classe” – se não incorrem no primeiro problema (já que lidam com a obra como um todo), voltam sua atenção, preferencialmente, para dados periféricos da obra e para o enredo, numa perspectiva análoga à do livro didático, em muito pouco ou quase nada alterando aquele modelo. Assim, ao longo da escolaridade, o aluno é instado a copiar, a reduplicar, a reproduzir e, no máximo, a achar, desenvolvendo hábitos que tendem muito mais para o opinativo do que para o argumentativo.
Isto permite concluir que o trabalho realizado na escola, numa perspectiva tradicional, contribui muito pouco para o desenvolvimento efetivo da linguagem, na medida em que rotula a diferença como erro, além de desconsiderar o prazer da leitura enquanto prazer da descoberta, tratando como convergente o que é por natureza divergente, impedindo a manifestação de leituras próprias e incutindo no aluno a ideia de que sua leitura é eternamente inferior à do professor. Para completar, todo esse trabalho se reveste de um nefasto caráter de cobranças, que associa a leitura à elaboração de uma interpretação correta, e que impede o aluno de ver o livro como um instrumento de prazer – ao menos não o livro que é pedido pela escola.
A quarta e última professora entrevistada (C.L.M), nos relata que:
“Oriento meus alunos a procurar sempre a biblioteca, permitindo que os mesmos escolham os livros de literatura de seu interesse para ler. Depois de alguns dias da orientação, os alunos contam na sala de aula o livro que leram, no sentido de estimular a curiosidade dos colegas por aquele livro. Acho que é uma atividade que dá bons resultados, pois o aluno descobre o desejo de ler a obra por si mesmo.”
Neste sentido, acreditamos que, ao interferir diretamente no processo de desenvolvimento de habilidades de leitura, estejamos contribuindo para reduzir a evasão escolar, aumentando os níveis de escolarização, principalmente entre crianças e jovens das classes populares, de modo que a democratização da escola se torne mais que uma bandeira política – uma realidade palpável, capaz de mudar, na essência, as perspectivas de futuro de muitos pequenos brasileiros.
Considerações Finais
Diante do exposto, pode-se perceber que a leitura exercitada corretamente possui vasta função social na medida em que é parte axial de uma consciência crítica que tem como fruto a formação intelectual de homens críticos e formadores de opinião, participativos no processo de evolução social.
Nesse sentido, abordamos aspectos que ajudam e dificultam o ato de ler de forma eficaz, fazendo um comparativo entre as causas e as consequências de uma leitura passiva, nociva aos leitores, em geral, mas de conformidade com os anseios das classes dominantes.
De qualquer forma, sejamos otimistas ou pessimistas, apocalípticos ou integrados, podemos tomar como base que uma nova leitura do mundo é necessária, que a imensa maioria não está preparada para ou não sabe como fazer essa leitura, e que esse ato de ler não será isento de ideologia. E mais ainda, não haverá o conforto de uma leitura “totalizante”: teremos que conviver tolerantemente com diferentes leituras do mundo.
O aluno, mentalmente, com o uso da leitura das histórias infantis, simultaneamente reconhece e diferencia os ambientes ora contados na história, como suas influências sobre os personagens. Sabe-se que a leitura dos quadrinhos leva a criança ao mundo extremamente mágico e magnífico, onde ela se transporta quase que totalmente a vivenciá-la e até mesmo imagina interagir.
Retrocedendo ao surgimento e conseqüente aplicação da literatura infantil e seu público (as crianças) e fazendo um paralelo entre esse período, suas minúcias observadas e os dias de hoje, foi que certificamos que seu ideal imaginário ainda possui uma constante preocupação em manter-se a cada dia inovando e despertando a fantasia de nossas crianças, porém há ainda muito a ser percorrido para conseguir provar que ela, a literatura infantil, é um meio primordial para o alcance de uma formação mister social, político e cultural da criança tanto numa Instituição Escolar quanto no ambiente familiar. Tem-se escrito e comentado muito que as crianças de hoje lêem menos textos verbais e vêem mais televisão e jogam com o auxílio do computador sem um valor literário crítico.
Todas as novas tecnologias têm o seu espaço. As crianças são muito receptivas às novidades. Portanto, o livro não deixa, mesmo assim, de ter o seu lugar e sua importância. É sabido que o texto estimula a imaginação, provoca reflexões pessoais, favorece a meditação, enriquece o patrimônio verbal e a cultura geral do leitor. A imagem, pelo contrário, suprime a interpretação e convida à contemplação passiva por falta de orientação de leitura.
O contato com os livros deve ser muito precoce. Com um ano de idade, as crianças já podem mexer em livros de pano, plastificados, com grandes desenhos coloridos, de modo que sejam atraentes e resistentes. Afirmamos ainda que há uma idade cronológica, mas também uma idade afetiva e fisiológica, uma idade lúdica e intelectual, pelo que a definição de um determinado nível etário resulta na interseção de todos estes dados. Consequência óbvia: em termos de competência de leitura, dois indivíduos com a mesma idade cronológica poderão encontrar-se em estádios de desenvolvimento distintos. Face ao número de obras existentes no mercado, a escolha de livros para as crianças tem que ser um trabalho cuidadoso e criterioso.
Língua Portuguesa. Brasília. 1998.
VII. REFERÊNCIAS
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais.
MINAS GERAIS. Série Lições de Minas. Tempo Escolar: Hora de Refletir e Organizar. Belo Horizonte. Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. V.III. Nov. 1999.
SOARES, Magda. TV Escola. N° 24. Agosto/setembro. 2001.
FERREIRO, Emília. O processo de ensino e o desenvolvimento integral do educando. São Paulo: Cortez, 1993.
FERREIRO, Emília e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Tradução: Diana Myriam Lichtenstein, Liana Di Marco e Mário Corso. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1991.
GADOTTI, Moacir. Educar é impregnar de sentido a vida. Revista Professor. Ano 1, nº 2. Novembro de 2003.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Fundamental. Programa de Alfabetização de Professores Alfabetizadores. Janeiro, 2001.
PADILHA, A.M.L. Possibilidades de história ao contrário ou como desencaminhar um aluno da classe especial. São Paulo: Plexus, 1997.
TEBEROSKY, Ana. Psicopedagogia da língua escrita. Tradução: Beatriz Cardoso. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.
VYGOTSKY, L. S. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1998.
ZILBERMAN, Regina.(Org) Leitura Perspectivas Interdisciplinares. São Paulo, Editora Ática, 1998
ANEXO I
Roteiro para entrevista com professores:
- Como você desenvolve atividades de leitura em sala de aula?
- Qual o tempo reservado para trabalhar a leitura?
- Como você procede ao trabalhar uma leitura e interpretação?
- No momento em que trabalha a leitura, como os alunos se comportam?
- O que é possível fazer para melhorar o desempenho em leitura?
- Quais são as dificuldades que você encontra ao trabalhar com leitura?
- Na sua opinião, como a escola pode interagir-se para que os alunos desenvolvam habilidades de leitura e interpretação?
ANEXO II
Roteiro de observação dos alunos:
- Como se comportam numa visita à biblioteca?
- Com que frequência procuram a biblioteca?
- Qual é a finalidade ao procurar materiais de leitura?
- Quais são as dificuldades encontradas para o aluno inserir-se com espontaneidade no processo de leitura?
- O que fazem para buscar o material necessário a uma pesquisa?