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Atualizado em 10/08/2024

Mitos e verdades sobre a deficiência mental/intelectual: desvendando os mitos e fatos

Descubra os mitos e verdades sobre deficiência mental/intelectual. Saiba como ajudar e compreender melhor as pessoas com deficiência intelectual. Descubra agora!

O mito: as pessoas com deficiência intelectual são doentes.

A verdade: a deficiência intelectual pode ser consequência de uma doença, mas ela não é uma doença; é uma “condição”. Nunca se deve usar expressões como: “doentinho”, “bobinho”, “criancinha” quando se referir a uma pessoa com deficiência intelectual. É importante também ressaltar que a deficiência intelectual não é uma doença mental.

O mito: as pessoas com deficiência intelectual são muito, ou totalmente dependentes.

A verdade: a pessoa com deficiência intelectual habilitada para o trabalho geralmente já frequentou uma escola regular e/ou instituição especializada que a preparou para ser o mais independente possível. Portanto, em um ambiente corporativo, ela deve fazer sozinha tudo o que puder e ser ajudada somente se for realmente necessário. Não se pode subestimar nem superestimar a capacidade dessa pessoa, porque suas habilidades não estão vinculadas exclusivamente às suas limitações. Existem pessoas com Síndrome de Down, por exemplo, que são muito independentes, estudam, trabalham, andam sozinhas pelas ruas, se casam, têm vida sexual ativa e ajudam a família. Existem também muitas pessoas com deficiência intelectual que vão e voltam do trabalho com total independência, além de terem autonomia para decidirem sobre sua carreira dentro de uma empresa. Para mais informações sobre a inclusão de alunos com deficiência, veja a inclusão de alunos autistas em sala de aula.

O mito: as pessoas com deficiência intelectual necessitam de superproteção.

A verdade: Não. Impedi-las de experimentar a vida é negar sua possibilidade de alcançar níveis cada vez maiores de independência e de autonomia.

O mito: as pessoas com deficiência intelectual são mais carinhosas e dóceis.

A verdade: as pessoas com deficiência intelectual são, em geral, bem dispostas, carinhosas e gostam de se comunicar. Mas não são MAIS ou MENOS. São apenas pessoas que podem ou não ter essas características.

O mito: as pessoas com deficiência intelectual são mais agressivas e/ou muito carinhosas (“grudentas”).

A verdade: a agressividade é uma forma da pessoa administrar sua convivência na realidade, desenvolvida no período de sua história de vida. Não está associada a qualquer deficiência e pode ser característica de qualquer pessoa, tendo ou não uma deficiência. As pessoas com deficiência intelectual podem ou não ser muito carinhosas, como uma pessoa sem deficiência. Os comportamentos podem ser alterados de acordo com a necessidade de um grupo de pessoas, portanto, explicar ao novo funcionário com deficiência intelectual, caso seja necessário, que naquele ambiente de trabalho ele deve agir de determinada forma, é fundamental para um bom relacionamento com essa pessoa.

O mito: as pessoas com deficiência intelectual são como crianças.

A verdade: uma pessoa com deficiência intelectual é uma pessoa com qualidades e defeitos. Quando criança, deve ser tratada como a criança que é. Quando adolescente ou adulta, deve-se tratá-la de acordo com sua faixa etária. A capacidade de interagir em sociedade, e consequentemente, no ambiente de trabalho deve ser avaliada hoje de acordo com os critérios da CIF – Classificação Internacional de Funcionalidade e Incapacidade – que equilibra fatores clínicos, comportamentais e sociais.

O mito: as pessoas com deficiência intelectual são “muito” inteligentes.

A verdade: muitas pessoas esperam menos da pessoa com deficiência, especialmente a pessoa com deficiência intelectual. Assim, quando constatam nela capacidades e produtividade, é comum dizerem “são muito inteligentes!” Na verdade, superavaliar a inteligência da pessoa é tão discriminatório quanto subavaliá-la. A pessoa com deficiência intelectual pode vir a apresentar dificuldade para aprender, especialmente quando se trata de conteúdos e conceitos abstratos, ou que dela exigem maior memorização. Seu ritmo de aprendizagem também pode vir a ser menor. Porém, o mais importante a se saber é que para cada característica identificada, há uma forma para compensar a limitação e promover sua produtividade e funcionamento.

O mito: as pessoas com deficiência intelectual só têm “condições mentais” de trabalhar em oficinas abrigadas, dentro de instituições especializadas.

A verdade: existem sim, pessoas com deficiência intelectual que devido aos seus comprometimentos e limitações se desenvolvem melhor trabalhando em instituições especializadas, mas isso não tira o total direito delas participarem de processos de seleção, junto aos seus familiares e/ou profissionais especializados (conscientizados do processo de inclusão) – caso seja necessário – com o objetivo de verificar seus potenciais para determinadas funções. Trabalhar em sociedade, no ambiente de uma abriga, loja ou escritório, por exemplo, é extremamente enriquecedor para todos. As pessoas com deficiência intelectual irão, finalmente, conquistar uma oportunidade de mostrar o quanto são capazes, e muitas vezes não puderam compartilhar suas habilidades com as que não têm deficiência. E as pessoas sem deficiência têm a grande oportunidade de conviver com personalidades, habilidades e potenciais diferentes dos quais estão acostumadas, pois a sociedade sempre marginalizou e segregou as pessoas com deficiência intelectual. Ninguém pode julgar uma experiência sem nunca ter realmente experimentado! Antes de dizer que um funcionário com deficiência intelectual não tem condições de exercer determinada tarefa, é preciso realizar um teste, assim como são avaliados (além do período de experiência de 3 meses, segundo a CLT) outros candidatos sem deficiência quando vão concorrer a uma vaga de emprego.
Fonte: Instituto MID
Texto adaptado para divulgação no site do Instituto Indianópolis
Fonte:  http://construireincluir.blogspot.com



Este texto foi publicado na categoria Saúde Mental e Psicológica.

 About Pedagogia ao Pé da Letra

Sou pedagoga e professora pós-graduada em educação infantil, me interesso muito pela educação brasileira e principalmente pela qualidade de ensino. Primo muito pela educação infantil como a base de tudo.

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