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Atualizado em 09/08/2024

50 dicas para administração do déficit de atenção na sala de aula

Descubra como lidar com déficit de atenção na sala de aula com estas 50 dicas úteis de administração. Aprenda técnicas eficazes para ajudar a melhorar o comportamento e a concentração dos alunos.

Déficit de atenção em sala de aula

Para pais: estratégias para lidar com a oposição

Crianças com TDA/H frequentemente apresentam um outro problema que se soma às características centrais do transtorno (os sinais de desatenção, de hiperatividade e de impulsividade). Referimo-nos ao comportamento de reiterada oposição, teimosia, não obediência às figuras de autoridade, negativismo, provocação, e que por vezes chega às raias da conduta desafiante. Esse padrão de comportamento tem sido designado Transtorno de Desafio-Oposição, e essa terminologia já diz quase tudo sobre esse problema.

Ninguém pode duvidar que lidar com esse comportamento de oposição dos filhos constitui um dos maiores desafios para os pais. As batalhas que fatalmente se seguem a esses momentos não parecem trazer melhoras para nenhuma das partes e só servem para aumentar o clima desarmônico da relação.

Com frequência, um acompanhamento psicológico se impõe para ajudar a criança a lidar com seus sentimentos de frustração, ressentimento, e a encontrar canais mais saudáveis de escoamento de seus sentimentos de hostilidade, como também para ajudar os pais a passarem por essa difícil e desgastante tarefa.

Todavia, cabe lembrar que um determinado número (não a maioria) de crianças com comportamento de oposição evolui para mostrar, em idade maior, alterações mais sérias do comportamento que configuram um Transtorno de Conduta.

Russell Barkley, na Chadd Conference, realizada em outubro de 2002 em Miami, abordou e emitiu sua abalizada opinião sobre esse problema. Na sua visão, o comportamento de oposição é causado pelo TDA/H da criança, uma vez que na base desse transtorno estaria a dificuldade da criança modular seus sentimentos de raiva. Sabe-se que a deficiência na regulação dos afetos e sentimentos é um dos déficits (executivos) básicos do TDA/H. Por outro lado, acredita esse autor, as mães das crianças que apresentam esse comportamento de oposição, elas próprias também são portadoras do TDA/H e por essa razão elas não conseguem exercer adequadamente a função de moduladoras dos afetos dos filhos. Em outros termos, elas não conseguem exercer as funções executivas que faltam a seus filhos, porque também faltam para elas mesmas.

Conseqüentemente, o ideal é que essas mães, paralelamente ao acompanhamento dos seus filhos, abordassem seu próprio TDA/H, e nessa empreitada vale lembrar que o momento mais importante é o conhecimento e a “apropriação” do transtorno. Conhecimento, informação e saber como o transtorno está comprometendo suas relações já é tratamento.

Ao mesmo tempo, o conhecimento de certas estratégias comportamentais pode ajudar muitos pais a corrigirem hábitos que, longe de serem efetivos, vêm contribuindo para aumentar a tensão no lar.

Mencionaremos a seguir na verdade aquelas ordens que não devem ser dadas porque estimulam a desobediência.

Ordens à distância

Falar de um cômodo da casa diferente de onde está a criança habitualmente desatenta em nada vai cooperar para que ela se ligue no que está sendo esperado dela.

Ordens complexas

Se a criança já tem dificuldade em fixar na memória de curto prazo as atividades a fazer, a solicitação de várias tarefas seguidas só servirá para tornar sua realização menos provável.

Ordens acompanhadas de muitas explicações

Muitos pais, preocupados em não soarem autoritários para seus filhos, estendem-se em argumentações sobre as necessidades das ordens que estão fazendo. Como a criança com TDA/H apresenta um déficit da sustentação da atenção, ou dito de outra forma, sua atenção tem curta duração, é bastante provável que ao final da explanação do pai ela já não se lembre da maior parte do que foi dito.

Ordens vagas

Pedir à criança que se comporte “como um bom menino” ao sair para uma festinha na casa de amigos não deixa muito claro o que se espera e o que não se espera que ele faça.

Ordens sob a forma de pergunta

Se um pai fala para seu filho “Você pode ir tomar banho agora?”, evidentemente ele está deixando margem a que seu filho diga não.

Ordens em tom de ameaça ou com irritação

Já antevendo a batalha que vai ser formada após uma solicitação, muitas vezes os pais já saem no ataque e ordenam como se a recusa já tivesse sido feita. Isso predispõe a criança a reagir no mesmo tom uma vez que o clima de animosidade já está instalado.

Ordens com antecedência

Avisar a uma criança que quando terminar o programa de TV daqui a uma hora ela vai ter de tomar banho e lavar bem a cabeça só serve para interromper o prazer que ela está tendo ao assistir seu programa predileto.

Ordens repetidas

Mandar uma criança fazer algo, permitir que ela recuse, esperar algum tempo e retornar com o mesmo pedido para ela recusar de novo é a melhor maneira de treinar a desobediência.

Então, se já sabemos tudo que devemos evitar, passemos a ver como devemos nos dirigir a nossas crianças quando desejamos que ela realize determinada tarefa. Segundo Barkley, os pais devem falar de perto, com voz firme, sem deixar de serem amorosos, usando o verbo na forma imperativa. De preferência, olhando nos olhos da criança, e se houver resistência, fazendo uma ajuda com uma discreta pressão física. E, jamais devem retardar ou desistir de uma ordem uma vez proferida.


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50 DICAS PARA ADMINISTRAÇÃO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO EM SALA DE AULA (2)

 

 

Para mais informações sobre a inclusão de alunos com dificuldades, você pode conferir o artigo sobre a inclusão de alunos autistas em sala de aula.

Além disso, é importante considerar o uso de brinquedos que ajudam na concentração para auxiliar no aprendizado.

Por fim, é essencial que os educadores estejam cientes das estratégias de inclusão escolar para garantir um ambiente de aprendizado positivo para todos os alunos.


Este texto foi publicado na categoria Educação Inclusiva e Especial.

 About Pedagogia ao Pé da Letra

Sou pedagoga e professora pós-graduada em educação infantil, me interesso muito pela educação brasileira e principalmente pela qualidade de ensino. Primo muito pela educação infantil como a base de tudo.

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