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Atualizado em 09/04/2013

ANÁLISE DO FILME O NOME DA ROSA

Saiba tudo sobre o clássico filme O Nome da Rosa. Entenda a trama, personagens e mais com análise profunda e detalhada. Descubra por que este é um dos filmes mais icônicos de todos os tempos. Não perca!

Análise do Filme  O Nome da Rosa

O nome da Rosa é um filme baseado no romance homônimo de Umberto Eco. A história do filme se passa no ano 1327, quando representantes da Ordem Franciscana e a delegação Papal se reúnem num mosteiro Benedictino, no norte da Itália, para uma conferência. Mas a missão deles é subitamente ofuscada por uma série de assassinatos.

O monge Franciscano, William de Baskerville, convidado para participar da conferência, auxiliado pelo seu noviço, Adso Melk, começam, então a investigar os assassinatos. Eles descobrem que a causa das mortes está diretamente relacionada à busca do conhecimento.

A Igreja Católica na Idade Média Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora, não apenas, do poder espiritual, ela influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento daquela época. A igreja também tinha grande poder econômico, possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando para ela.

Os monges viviam em mosteiros, eram os responsáveis pela proteção espiritual da sociedade e passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a bíblia. Eles, de acordo com os princípios da igreja, deviam manter-se em silêncio e não podiam falar o que pensavam, até que fossem questionados.

Durante a Idade Média, a Igreja Católica, mantinha o que restava de força intelectual, principalmente através da vida monástica. O homem instruído desses séculos era quase sempre um clérigo para quem o estudo dos conhecimentos naturais era uma pequena parte de sua escolaridade. Esses estudiosos viviam numa atmosfera que dava prioridade à fé e tinham a mente mais voltada para a salvação das almas do que para qualquer outro tipo de conhecimento, o conhecimento era considerado um ardil do demônio.

A posição da igreja Católica frente às ameaças de mudanças sociais No período da Idade Média, a Igreja Católica tinha poderes políticos e sócio-econômicos e, a fim de manter seus poderes, privilégios e unicidade ela era bastante resistente a mudanças, sua unidade era garantida pela Santa Inquisição – Tribunal da Igreja Católica instituído no século XIII para perseguir, julgar e punir os acusados de heresia. Eram considerados hereges aqueles que professavam doutrina contrária àquela definida pela Igreja como sendo matéria de fé. Os Hereges eram punidos severamente e muitas vezes eram executados publicamente na fogueira, pois desta forma serviam de exemplo para outros que desejassem ir de encontro aos dogmas da igreja.

No filme, a igreja, com o objetivo de manter uma fé cega e obediente, monopolizava os seus dogmas como verdades absolutas, limitando o acesso ao conhecimento, inclusive entre os clérigos, de modo que ela não pudesse ser questionada.

Com o intuito de evitar a busca pelo conhecimento e possíveis questionamentos que aquele pudesse gerar, a igreja adotava preceitos, tais como: “A dúvida é inimiga da fé.”, “Na sabedoria, há tristeza, quem amplia seu conhecimento, amplia, também o seu pesar.”, “É perigoso raciocinar demais.”. Estes e outros preceitos confirmavam a crença, do alto clero, em que os livros possuíam sabedorias diferentes das deles e que eles poderiam pôr em risco a infalibilidade da palavra de Deus. O mosteiro Benedictino era possuidor de uma rica biblioteca, porém seu acervo era bastante restrito e protegido por um labirinto construído em seu interior. Nesta biblioteca havia muitos livros que eram “proibidos” e entre eles estava o segundo livro da Poética de Aristóteles, que fala sobre a comédia. E este, seria a causa de assassinatos dentro do mosteiro.

Esse livro, dedicado à comédia, era especialmente proibido, pois o riso era considerado um pecado, coisa do demônio, portanto, os monges não deviam rir, para o riso havia os bobos.

Até que, o monge franciscano, William de Baskerville, descobrisse a verdadeira causa das mortes no mosteiro, elas eram atribuídas ao demônio, a forças do mal que estariam rondando aquele lugar.

O objetivo dos assassinatos, através do envenenamento das páginas do livro de Aristóteles, era deter aqueles que buscassem prazer e conhecimento com aquela leitura e, assim, todos aqueles que o lesse ou tentassem fazê-lo, logo morreriam. A morte era a única maneira de impedir aqueles que insistiam na busca do conhecimento.

Desta forma, a igreja mantinha sua posição, evitando possíveis questionamentos e, principalmente, as mudanças.

 

Autor: Raquel Vieira de Oliveira

 

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