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Acusia: uma deficiência auditiva

O artigo aborda a acusia, uma deficiência auditiva que afeta a capacidade de ouvir. Discute suas causas, tipos e a importância de cuidados especiais para crianças com essa condição, além de estratégias de comunicação e inclusão.

Acusia: uma deficiência auditiva

Acusia: uma deficiência auditiva

Nome um pouco esquisito, mas pela sua formação denota uma interação com acústica, isto é, o som. A acústica deriva do francês acoustique, parte da física que estuda as oscilações e ondas ocorrentes em meios elásticos, e cujas frequências estão compreendidas entre 20 e 20.000 Hz. Estas oscilações e ondas são percebidas pelo ouvido como ondas sonoras. Qualidade de um espaço arquitetônico sob o aspecto das condições de propagação do som. A acusia se refere a uma deficiência na audição de algumas pessoas.

Classifica também como surdez total, que é a incapacidade de receber os sons. Nominaremos essas pessoas de deficientes auditivos. As crianças em idade escolar com essa deficiência merecem uma atenção especial, pois não estão enquadradas nos parâmetros legais de outros estudantes sem deficiência de aprendizagem. Acusia, nome feminino derivado do grego ákousis, (“audição” + -ia) na medicina refere-se à abolição das sensações acústicas produzida por alterações do ouvido, do nervo acústico ou dos centros nervosos. A deficiência auditiva é o nome usado para indicar perda de audição ou diminuição na capacidade de escutar os sons.

Qualquer problema que ocorra em alguma das partes do ouvido pode levar a uma deficiência na audição. Entre as várias deficiências auditivas existentes, há as que podem ser classificadas como condutiva, mista ou neurossensorial. A condutiva é causada por um problema localizado no ouvido externo e/ou médio, que tem por função “conduzir” o som até o ouvido interno. Esta deficiência, em muitos casos, é reversível e geralmente não precisa de tratamento com aparelho auditivo, apenas cuidados médicos. Para mais informações sobre a inclusão de alunos com deficiência auditiva, veja a inclusão de alunos autistas em sala de aula.

Ocorre uma lesão no ouvido interno, há uma deficiência que recebe o nome de “neurossensorial”. Nesse caso, não há problemas na “condução” do som, mas acontece uma diminuição na capacidade de receber os sons que passam pelo ouvido externo e ouvido médio. A deficiência neurossensorial faz com que as pessoas escutem menos e também tenham maior dificuldade de perceber as diferenças entre os sons. A deficiência auditiva mista ocorre quando há ambas as perdas auditivas: condutiva e neurossensorial numa mesma pessoa.

Segundo consta no site: crfaster.com/ São várias as causas que levam à deficiência auditiva. A deficiência auditiva condutiva, por exemplo, tem como um dos fatores o acúmulo de cera no canal auditivo externo, gerando perda na audição. Outra causa são as otites. Quando uma pessoa tem uma infecção no ouvido médio, essa parte do ouvido pode perder ou diminuir sua capacidade de “conduzir” o som até o ouvido interno. Manter o ouvido limpo é sinal de asseio, mas não podemos introduzir cotonetes para retirar até a última porção de cera. Retiramos apenas o excesso, pois a cera é uma defesa natural do ouvido.

O cuidado que devemos ter com as crianças é evitar deixá-las brincar com objetos pequenos ou mesmo alguns caroços, que por inocência ou curiosidade irão colocá-los no ouvido. Se esse ato errado não for notado logo, alguns problemas sérios poderão surgir, como otites e outras infecções. Se notarmos a criança impaciente querendo colocar o dedo no ouvido, é bom tomar ciência e providências urgentes, pois alguma coisa de errado a criança deve ter praticado.
No caso da deficiência neurossensorial, há vários fatores que a causam, sendo um deles o genético.

Algumas doenças, como rubéola, varíola ou toxoplasmose, e medicamentos tomados pela mãe durante a gravidez podem causar rebaixamento auditivo no bebê. Também a incompatibilidade de sangue entre mãe e bebê (fator RH) pode fazer com que a criança nasça com problemas auditivos. Uma criança ou adulto com meningite, sarampo ou caxumba também pode ter como sequela a deficiência auditiva.

Infecções nos ouvidos, especialmente as repetidas e prolongadas, e a exposição frequente a barulho muito alto também podem causar deficiência auditiva. O ouvido é um órgão do corpo humano que requer muitos cuidados. Segundo o decreto 3.298, de 20 de dezembro de 1999, a deficiência auditiva é uma “perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando em graus e níveis”. Há diferentes tipos de perda auditiva. São chamados de surdos os indivíduos que têm perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da capacidade de compreender a fala através do ouvido.

Com base no trabalho de Roeser & Downs, Martinez (2000), é possível classificar a pessoa com deficiência de acordo com seu grau de perda auditiva, avaliada em decibéis. Evitar ouvir objetos sonoros em alto volume é muito saudável para a audição.

O que é decibel? Decibel é uma unidade de medida da intensidade do som. Essa grandeza poderá ser definida como uma relação logarítmica entre duas potências (elétricas ou sonoras). É válida a seguinte fórmula matemática: dB =10 log 10 (I 1 /I 2). No estado do Ceará, em Fortaleza, existe a Lei Estadual Nº 13.100 de 12 de Janeiro de 2001, que reconhece oficialmente no Estado do Ceará como Meio de Comunicação objetiva e de uso corrente a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, e dispõe sobre a implantação da LIBRAS como Língua oficial na Rede Pública de Ensino para Surdos.

Com certeza já é um avanço na qualidade do ensino para crianças portadoras dessa deficiência. Para ornamentar mais a nossa matéria, já que a sinonímia da palavra é muito diminuta, inserimos alguns aspectos importantes retirados do site saci, que nos orienta no seguinte: “Que língua ensinar para a criança surda? Esta é uma pergunta difícil e polêmica”. As respostas são várias e dependem da postura assumida pelo profissional, das expectativas da família, da natureza da criança, do grau de deficiência auditiva e dos recursos existentes no lugar onde que ela mora. Se tomarmos uma atitude capacitadora, é porque estamos dispostos a abarcar dentro de nós todas as possibilidades que temos de fazer alguma coisa benfeita.

Algumas crianças surdas têm possibilidade de adquirir e desenvolver a linguagem oral, utilizando a fala para se comunicar. Outras, por características pessoais e também em decorrência do ambiente familiar em que cresceram, apresentam linguagem oral mínima, que deve ser complementada com outras formas de comunicação (escrita e por sinais). A construção da linguagem oral no indivíduo com surdez profunda é uma tarefa longa e bastante complexa, envolvendo aquisições como: tomar conhecimento do mundo sonoro, aprender a utilizar todas as vias perceptivas que podem complementar a audição, perceber e conservar a necessidade de comunicação e de expressão, compreender a linguagem e aprender a expressar-se.

Na abordagem oralista, ainda hoje adotada por algumas instituições, a comunicação se baseia na fala; não se aceita a utilização dos gestos ou sinais para representar ou indicar coisas, objetos etc. No oralismo, os resíduos de audição servem como parâmetros para a aquisição da fala e da linguagem, sendo associados à leitura da expressão facial. O bilinguismo é a abordagem mais recente e defende a ideia de que ambas as línguas – de sinais (LIBRAS) e a oral (português) – sejam ensinadas e usadas sem que uma interfira na outra, ou seja, em situações diferentes.

Entre os mais jovens, e particularmente, entre aqueles que apresentam perdas auditivas severas e profundas, existe um movimento para que assumam a própria surdez. Lutam por seus direitos e buscam divulgar a Língua Brasileira de Sinais, mostrando que se trata de uma língua com regras próprias, como a língua portuguesa. Essas orientações são por demais importantes para nós, alunos do curso de psicopedagogia da faculdade Vale do Jaguaribe (FVJ). Poderíamos nos estender mais, mas o conteúdo aqui implícito já nos dá uma noção muito boa de como lidar com crianças portadoras de deficiência auditiva.

No dia a dia, na prática, na convivência, nas experiências adquiridas, as barreiras serão vencidas e com certeza obteremos nessa missão tão espinhosa que é lidar e ensinar pessoas portadoras de deficiências de qualquer natureza. Alguns conselhos importantes no lidar com deficientes auditivos: “Como posso me comunicar melhor com o portador de deficiência auditiva?” Não é correto dizer que alguém é surdo-mudo. Muitas pessoas surdas não falam porque não aprenderam a falar. Muitas fazem a leitura labial, outras não; Quando quiser falar com uma pessoa surda, se ela não estiver prestando atenção em você, acene para ela ou toque em seu braço levemente.

Quando estiver conversando com uma pessoa surda, fale de maneira clara, pronunciando bem as palavras, mas não exagere. Use a sua velocidade normal, a não ser que lhe peçam para falar mais devagar; Fale diretamente com a pessoa, não de lado ou atrás dela. Faça com que a sua boca esteja bem visível. Gesticular ou segurar algo em frente à boca torna impossível a leitura labial. Usar bigode também atrapalha; Se você souber alguma linguagem de sinais, tente usá-la. Se a pessoa surda tiver dificuldade em entender, avisará. De modo geral, suas tentativas serão apreciadas e estimuladas;

Seja expressivo ao falar. Como as pessoas surdas não podem ouvir mudanças sutis de tom de voz que indicam sentimentos de alegria, tristeza, sarcasmo ou seriedade, as expressões faciais, os gestos e o movimento do seu corpo serão excelentes indicações do que você quer dizer; Enquanto estiver conversando, mantenha sempre contato visual, se você desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a conversa terminou; Nem sempre a pessoa surda tem uma boa dicção. Se tiver dificuldade para compreender o que ela está dizendo, não se acanhe em pedir para que repita. Geralmente, as pessoas surdas não se incomodam de repetir para que sejam entendidas; Se for necessário, comunique-se através de bilhetes.

O importante é se comunicar, seja qual for o método; Quando a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete, dirija-se à pessoa surda, não ao intérprete, supondo que ela não possa entendê-lo. Um assunto de muita responsabilidade nos chamou a atenção no tocante às crianças hiperativas. A hiperatividade, assim como afirmou Sucupira (1986), trata-se de um rótulo. Igualmente, somos levados a deduzir que tal termo tem se prestado a “inocentar” a instituição escolar, sua política educacional e a sociedade como se configura hoje, na determinação das causas das condutas de indisciplina e para servir aos interesses das indústrias farmacêuticas. Pode Freud? Claro, no Brasil tudo é possível. Tolere o ignorante e ajude-o. Lembre-se de que há almas sublimes que nos suportam com heroica bondade. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES – MEMBRO DA ACI – DA ALOMERCE – DA UBT – DA AOUVIRCE E DA AVSPE


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