fbpx Skip to main content

Atualizado em 24/01/2022

MONOGRAFIA: FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA MODALIDADE À DISTÂNCIA – UM NOVO ESTILO DE PEDAGOGIA

Descubra como as novas tecnologias estão mudando a forma como os professores são formados e conheça os avanços da Pedagogia à Distância! Acesse agora e saiba mais sobre a Monografia Formação de Professores na Modalidade à Distância.

 

RESUMO

 Este estudo trata das determinantes que impulsionaram a criação de uma proposta de parceria público privada (PPP) com o objetivo de solucionar o problema da formação dos professores do ensino fundamental de 1ª a 4ª séries, possibilitando a graduação e Licenciatura Plena em Pedagogia. As exigências da sociedade capitalista contemporânea em expandir a educação básica e a determinação de universalizar a etapa de ensino fundamental levaram os órgãos públicos internacionais e nacionais a se posicionarem sobre a qualidade do ensino público no país e a providência tomada é via Educação à Distância, desdobrada em Proposta de Parcerias Público Privadas, para superação dos problemas detectados na educação atual. A apreensão dos fatores que determinaram a Educação à Distância como estratégia de qualificação, exigiu que a pesquisa transpusesse os limites de um levantamento de dados puramente quantitativos para buscar, no confronto entre o movimento da sociedade e a teoria nela produzida, os dados que caracterizam o objeto em discussão. Dessa forma, a categoria entendida como movimento material da vida dos homens respalda a análise do objeto, pela sua capacidade de apreendê-lo na teia das relações sociais.

Palavras-chave: Proposta de criação de curso; Educação à Distância; Parceria Público Privada; Formação Superior; Novas Tecnologias.

1- INTRODUÇÃO

Este trabalho visa compreender a política pública de Educação à Distância (EAD), focalizando sua importância como metodologia inovadora, estabelecendo um elo entre a sociedade extremamente avançada tecnologicamente e a escola. Pretende ainda responder ao seguinte questionamento: A Educação à Distância é uma solução viável para a formação superior dos professores com magistério e leigos no extremo sul da Bahia?

A formação superior de professores para as séries iniciais do ensino fundamental é hoje uma tendência predominante no Brasil e expressa na nova LDB (Lei nº. 9394/96) e representa uma conquista dos educadores brasileiros, amplamente tematizada nas Conferências Brasileiras de Educação (CBEs), a partir de 1981.

Desde então a formação desses professores no Ensino Superior tem sido experimentada em cursos de Pedagogia. Alguns desses cursos implantaram propostas inovadoras de formação com importantes resultados sociais e profissionais, principalmente quando sua clientela é composta de professores que já atuam nos sistemas de ensino. Tem sido freqüente nesses cursos tomar a prática docente como objeto de formação teórico-prática, contribuindo para ampliar o conhecimento no campo da formação de professores.

Esta temática, escolhida como trabalho final do Curso de Pós-graduação em Docência do Ensino Superior, justifica-se por duas finalidades: a primeira refere-se à necessidade da construção de um trabalho científico e a segunda diz respeito à exigência de familiarização com a análise da educação à distância que é uma realidade a ser implementada cada vez mais na esfera educacional e que, neste momento, se encontra em fase de expansão.

Ao analisar a Parceria Pública Privada (PPP) proposta à Suzano Papel e Celulose S.A. vislumbra-se a solução da problemática da Universalização do Ensino através da EAD para a área do extremo sul baiano.

Na organização desta monografia priorizou-se a Educação à Distância dividida em dois itens:

1- Educação à distância: um breve histórico;

2 – A educação à distância na contemporaneidade com o objetivo de compreender o objeto de pesquisa, uma forma de Educação à Distância, em suas raízes, para que seja possível compreender os fatores que levaram os homens em sua caminhada civilizatória a criar a Educação à Distância na Modernidade.

Foram examinadas algumas das produções intelectuais sobre o objeto deste estudo, averiguando a posição dos pesquisadores sobre a educação à distância e ainda uma reflexão e exposição da proposta de PPP.


2 – EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: UM BREVE HISTÓRICO

Esta parte do trabalho tem como objetivo compreender o objeto de pesquisa, o Programa EAD-Mucuri, uma forma de Educação à Distância, em suas raízes, em sua gênese, para que seja possível analisar os fatores que levaram os homens em sua caminhada civilizatória a criar esta modalidade de ensino na Modernidade na busca de melhor qualidade do processo de produzir a vida em sociedade.

A obra Educação à Distância: algumas considerações de Landim (1997) retratam o histórico da educação à distância, reportando-se às civilizações antigas na busca de definir a origem do ensino por correspondência, célula embrionária da atual Educação à Distância (EAD).

Landim, em seus estudos, afirma que a Mesopotâmia, o Egito e a Índia, antes da Grécia e em Roma, já se encontravam com uma rede de comunicação escrita que permitiu um significativo desenvolvimento da correspondência. A autora destaca as cartas de Platão a Dionísio; as cartas de Cícero, especialmente as enviadas de Roma a seu filho Marco, que estudava em Atenas; as numerosas Cartas de Santo Agostinho, as 124 cartas de Sêneca (Epistelário a Lucílio); as de Abelardo a Heloísa, contendo afeto, doutrina e instrução; as de Nilton a Bentley, apresentando os argumentos sobre a existência de Deus; as de Rousseau a Voltaire e inúmeras outras. LANDIM (Op. Cit. 1977).

De acordo com ela, desde os primeiros séculos depois de Cristo, os Padres da Igreja:

[…] ditavam suas obras (catequéticas, por excelência, ainda que também de controvérsias e refutações) a seus estenógrafos, que, juntamente com os copistas, se encarregavam de multiplicá-las, com a finalidade de ensinar e divulgar a Boa Nova do Messias de Belém. Toda a África do norte, o Oriente Médio e a Europa geraram e trocaram estes exemplares, lidos, explicados e até avaliados’, no caso dos catecúmenos e dos interrogatórios de mártires, por exemplo. As cartas patrísticas são um eloqüente testemunho de ensino à distância, se tomada à expressão no seu sentido largo, (p. 1).

Portanto, afirma que as mensagens escritas constituíram a primeira estratégia estabelecida de comunicação personalizada quando a distância não permitia o encontro dos interlocutores.

Nos tempos Modernos, mostra que a Educação à Distância não é uma novidade recém-criada, apenas está recebendo novos enfoques, alicerçada nos meios de comunicação de cada momento histórico. Assim, destaca uma grande lista de meios de que a pedagogia se serve para veicular os conhecimentos e informações, dentre outros, exemplifica-se:

-1728 – A Gazeta de Boston, em sua edição de 20 de março, oferece, num anúncio: “material para ensino e tutoria por correspondência”.

– 1856 – Em Berlim, a Sociedade de Línguas Modernas patrocina os professores Charles Toussain e Gustav Laugenschied para ensinarem Francês por correspondência, Talvez se possa dizer que, é, verdadeiramente, a primeira instituição de ensino por correspondência.

– 1858 – A Universidade de Londres passa a conceder certificado a alunos externos, que recebem ensino por correspondência.

– 1894 – Na Inglaterra, cria-se a Wolsey Hall. Nesse mesmo ano o Rutinsches Fernlehrinstitut de Berlim organiza cursos por correspondência para obtenção do Abtur (aceitação de matrícula na Universidade).

– 1911 – Na Austrália, com a intenção de minorar o problema das enormes distâncias, a Universidade de Queensland começa uma experiência para solucionar a dificuldade.

1939 – Nasce o Centro Nacional de Ensino a Distância na França (CNED), que, em princípio, atende, por correspondência, as crianças refugiadas de guerra. É um centro público, subordinado ao Ministério da Educação Nacional. (LANDIM, 1977).

Mostra ainda que a partir de 1940, os países europeus iniciaram essa modalidade de ensino, devido aos avanços técnicos, como a utilização do rádio, por exemplo. Em 1963, a Espanha cria o Centro Nacional de Ensino Médio por Rádio e Televisão, que substitui o Bacharelado Radiofônico, criado no ano anterior e, em 1968, torna-se Instituto Nacional de Ensino Médio a Distância. Em 1972, cria-se em Madrid, a Universidad Nacional de Educación a Distancia (UNED).

A partir do século XX, observa-se que o aperfeiçoamento dos serviços de correios, a agilização dos processos de transportes e, principalmente, o desenvolvimento tecnológico e da informática aplicada ao campo da comunicação e da informação influíram no desenvolvimento da EAD.

Landim (1977) discute em sua obra os diversos fatores, fortemente inter-relacionados, que propiciaram o surgimento e o posterior desenvolvimento da EAD, tais como:

2.1 PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

2.1.1 Cultural e Educação Permanente – Refere-se às exigências impostas pelo avanço tecnológico, pela globalização da informação e dos mercados, que pela crescente necessidade de treinamento e aperfeiçoamento contínuo dos profissionais, o que se convencionou chamar de educação permanente, impulsionam a organização do ensino à distância dada a forte demanda da sociedade atual. Hoje, o discurso é o de que a formação dos indivíduos não pode ficar circunscrita ao período escolar, pois impossibilitaria a atualização profissional e o progresso social.

2.1.2 Sociopolítica – Parte do pressuposto de que a escola tradicional propiciou educação e informação a uma elite privilegiada e preparou uma massa escolarizada para a execução de tarefas elementares. Quando essa escola atendeu as massas, não atendeu aos anseios da democratização da educação e da igualdade de oportunidades de acesso ao processo ensino-aprendizagem. Assim sendo, várias camadas da população não tinham (e não têm) acesso à educação, não podiam (e não podem) freqüentar a escola.

Dessa forma, a EAD surge como a modalidade educativa que pode atender aos setores sociais não alcançados pelo ensino presencial, como, por exemplo, os residentes em áreas geográficas distantes, onde não há escolas convencionais ou com número insuficiente de vagas para todos; os trabalhadores adultos que, cumprindo suas jornadas de trabalho, não podem freqüentar a escola tradicional; as donas de casa que não podem cumprir os horários letivos; os hospitalizados; os presos; os imigrantes; as pessoas que já não se encontram na faixa etária para freqüentar a escola, mas que desejam continuar seu processo educativo e os trabalhadores que buscam qualificação.

2.1.3 Econômica – Trata-se da análise do custo da educação à distância, ficando esta 50% mais barata do que a educação formal. A EAD atinge grande quantidade de pessoas com a mesma qualidade impressa pelos programas presenciais. Constata-se, por parte das autoridades, que a escolaridade é fator determinante do desenvolvimento de um povo, desenvolvimento não mais encarado como industrialização, mas como qualidade de vida, assim como forma de diminuição das desigualdades sociais.

2.1.4 Pedagógica – Discute as deficiências do sistema convencional de ensino, estruturalmente insuficiente, rígido e pouco inovador, não satisfazendo as reais necessidades da sociedade, aos novos tempos e às exigências sociais. Essas características atribuídas ao ensino público contemporâneo impulsionaram a expansão da EAD como alternativa para atender, mais depressa e com boa qualidade, aos que demandam educação.

Nessa perspectiva a autora fala, também, que a aprendizagem pessoal, reflexiva e significativa pode se realizar sem a presença física do professor, pois, o desenvolvimento das Ciências da Educação e da Psicologia propiciou o planejamento de recursos didáticos e a adoção de uma metodologia que, não prevendo a presença direta do professor, possibilita o estudo independente e, através dele, a personalização da aprendizagem.

2.1.5 Tecnológica – Trata do avanço tecnológico dos dias atuais possibilitando a redução da distância entre a instituição que promove EAD e os alunos, dia a dia. Com uma metodologia adequada e o uso da tecnologia à disposição, como a Internet, possibilita superar a educação presencial.

Esse breve histórico da EAD mostra que o homem busca o caminho civilizatório dia a dia, em decorrência da vontade coletiva de superar os problemas que a própria sociedade coloca, em termos de educação. A educação à distância não existe apenas como uma organização metodológica de ensino, mas como prática e pensamento formulados no interior de uma totalidade, ou seja, de uma teia de relações construídas pelos homens ao longo da história. A compreensão da EAD passa necessariamente pela compreensão do complexo social no interior do qual ela teve sua origem e se desenvolveu.

Desde os primórdios, o homem teve necessidade de se corresponder, de socializar suas idéias, de trocar pensamentos, de transmitir conhecimentos, de informar o outro. De acordo com Maffesoli apud Vinholi, (2002):

[…] uma sociedade é produzida pelas interações entre indivíduos, mas estas interações produzem um todo organizador, o qual retroatua sobre os indivíduos para co-produzi-los na sua qualidade de indivíduos humanos, o que eles não seriam se não dispusessem da educação, da linguagem e da cultura. Assim, o processo social é um elo produtivo ininterrupto em que, de alguma forma, os produtos são necessários à produção do que os produz.

Isso significa que a educação formal e sistematizada é essencial para a vida dos homens e a tecnologia criada por ele é sua aliada na busca da cidadania. Os recursos tecnológicos atuais, como a multimídia, a Internet e a telemática, podem possibilitar uma revolução no ensino. O Ensino extrapola os muros da escola convencional. Dentro da sala de aula ou dentro da casa das pessoas é grande o poder de socialização das informações e dos conhecimentos. Segundo MORAN, 1987, a TV, por exemplo, combina e integra as linguagens: visual, oral, sinestésica, musical e escrita; encontra fórmulas que se adaptam à sensibilidade do homem moderno. O potencial e as conseqüências da utilização da televisão, do vídeo e da antena parabólica na educação requerem um estudo das possíveis relações dessa tecnologia com a escola.

2.2 A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NA CONTEMPORANEIDADE.

Na obra Educação e arte no mundo digital, Alonso (2000), aborda, em seu artigo a educação à distância e um programa institucional de formação de professores em exercício, a questão da EAD nos dias atuais.

Para Alonso (2000), tratar da especificidade da EAD, hoje, significa pensar em processos de comunicação e sistematização do conhecimento que são muito diferentes daqueles propostos no início da década de 70, momento em que a EAD toma impulso importante nos países mais industrializados. Ela afirma que:

[…] é necessário se considerar alguns elementos, entre eles, o que é específico à EAD e quais objetivos formadores se quer trabalhar. […] Pensar em projetos de formação que se utilizem da EAD para seu desenvolvimento requer reconhecer possibilidades e limites da modalidade. Mais do que nunca a EAD não pode e nem deve ser entendida como panacéia educativa passível de solucionar os problemas crônicos da educação em nosso país. (p. 142).

Esclarece, ainda, que entre a década de 70 e o mundo globalizado de hoje existem imensas diferenças e a EAD vem tomando novos significados. Questiona-se, hoje, a pertinência ou não do termo “à distância”, uma vez que não se refere mais a distância puramente física ou geográfica. Considera, também, que a EAD não pode ser tratada como uma educação para a distância, porque com a crescente interação proporcionada pelas tecnologias, esta distância é muito mais retórica do que um problema real para a organização de novos processos educativos. (p.146). Alonso analisa o pensamento de Neder 1999, apud. ALONSO, 2000, p. 148, destacando que para ele, o rompimento com:

[…] a relação espaço/tempo escolar condicionado pela modernidade, a EAD, justamente por transgredir essa relação, surge como uma possibilidade de se repensar processos educativos que venham a ocorrer em espaços e tempos diferentes e submetidos a contextos também diferentes. O desafio neste sentido será o de pensar “modelos pedagógicos” que sejam realmente transgressores e não “reaplicáveis” a qualquer situação de aprendizagem.

Para ALONSO, a análise do autor remete à crítica a modelos pedagógicos que sejam aplicados a tudo e a todos. De acordo com sua fala, tudo indica que o caráter transgressor da EAD se “colocará na medida em que se pensar essa forma de ensino como um processo que poderá ocorrer em tempos e espaços distintos, porém vinculados a contextos e situações específicas”. (p. 149).

Deixa bem claro que organizar processos formativos com base na EAD significa pensar em projetos que ao definirem clientela, objetivos da formação, currículo, entre outros elementos, os defina, a partir de um modelo pedagógico que transgrida o caráter homogeinizador da escola moderna.

MARASCHIN, (2000), no Artigo A sociedade do conhecimento e a educação à distância, preocupa-se em definir a educação como o processo de mudança estrutural da convivência; isto para ela pressupõe sempre um encontro que, para ter efeitos de aprendizagem, produz transformações nos modos de interagir, conviver e pensar. Se não há possibilidade de convivência, não há aprendizagem. E, quando analisa a educação à distância, a autora afirma que:

O encontro implica numa suspensão da distância, seja ela espacial ou temporal. Nesse sentido, podemos afirmar que não existe educação à distância temporal ou espacial, se pensarmos no livro. Trata-se de uma tecnologia que suspende um tipo de distância […] Podemos ter acesso a idéias de pessoas que viveram mais de dois mil anos atrás. Existem outras tecnologias que nos possibilitam uma aproximação espacial. O telefone, por exemplo. […] O que a tecnologia faz em realidade é eliminar a distância, ou construir outras interações diferentes daquela presencial. (p.25)

Hoje, as interações múltiplas são necessárias, mas só são possíveis, segundo a autora, por meio da utilização das tecnologias digitais. As tecnologias de comunicação, como o livro e as televisivas propiciam interações unidirecionais. De forma que, a tendência é que os meios digitais se proliferem, pois, além de possibilitarem a suspensão das distâncias espaciais, permitem a convivência com pessoas diferentes.

Existem, hoje, segundo MARASCHIN (2000), softwares educacionais que simulam professores, os tutores inteligentes, programas baseados em inteligência artificial. Interage e estabelece convivências com outras organizações cognitivas não humanas.

Enfatiza a possibilidade de se construir, hoje, laços sociais estruturados pelo conhecimento. Ela fala que:

Existem vários estudos que demonstram que a nossa sociedade se estrutura pelo poder, pela dominação, pelo consumo. […] seria uma sociedade onde estariam presentes mecanismos de inteligência coletiva. Coletivos inteligentes seriam constituídos em torno de suas competências, de seus saberes que realimentariam a rede social […] a tecnologia digital possibilita pensarmos uma espécie de vida do conhecimento. (p.28).

Vislumbra educação à distância apenas propiciando aprendizagens compartilhadas o que implica pensar a participação da sociedade do conhecimento pela diferença, onde diferentes percepções e sensações seriam exploradas e discutidas. Acredita-se na igualdade de oportunidades de troca das proposições, não equivalentes como unidades de pensamento.

Tanto Alonso como Maraschin apontam a operacionalização da EAD pela tecnologia digital, respeitando a especificidade da clientela e diversificando o trabalho, tendo como pressuposto fundamental a democratização da educação e o compromisso social e político de desenvolver formas alternativas de acesso à mesma, sem com isto perder a qualidade do ensino.

A educação à distância vem crescendo rapidamente em todo o mundo. Incentivada pelas possibilidades decorrentes das novas Tecnologias da Informação e das Comunicações (TICs) e por sua inserção em todos os processos produtivos, cada vez mais cidadãos e instituições vêem nessa forma de educação um meio de democratizar o acesso ao conhecimento e de expandir oportunidades de trabalho e aprendizagem ao longo da vida.

Ocasionalmente, debate-se, nacional e internacionalmente, qual a terminologia mais apropriada, já que, com os inúmeros recursos tecnológicos, eliminam-se as distâncias e fronteiras e torna-se enorme a diversidade de arranjos e combinações possíveis. Não é intenção desse trabalho discutir esta questão. Mais proveitoso é encararmos educação à distância como uma expressão idiomática que significa, na verdade, educação independente de distâncias. E o tempo do debate em torno de um nome mais adequado pode ser dedicado ao desenvolvimento de projetos de qualidade – este sim, um grande desafio.

Assim considera-se que a diferença básica entre educação presencial e a distância está no fato de que, nesta, o aluno constrói conhecimento – ou seja, aprende – e desenvolve competências, habilidades, atitudes e hábitos relativos ao estudo, à profissão e à sua própria vida, no tempo e local que lhe são adequados, não com a ajuda em tempo integral da aula de um professor, mas com a mediação de professores (orientadores ou tutores), atuando ora a distância, ora em presença física ou virtual, e com o apoio de sistemas de gestão e operacionalização específicos, bem como de materiais didáticos intencionalmente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados através dos diversos meios de comunicação.

O desafio de educar e educar-se à distância é grande, por isso o objetivo é apresentar referenciais que orientem alunos, professores, técnicos e gestores na busca por maior qualidade dessa forma de educação ainda pouco explorada no Brasil.

A base sobre a qual se fundamenta este trabalho é a de que o compromisso ético daquele que educa à distância é o de desenvolver um projeto humanizador, capaz de livrar o cidadão da massificação, mesmo quando dirigido a grandes contingentes. Para isso, é preciso ter como foco a aprendizagem do aluno e superar a racionalidade tecnológica que valoriza meios em detrimento dos fins.

A superação da racionalidade tecnológica, todavia, exige domínio das linguagens e tecnologias de que vamos dispor e abertura para a mudança de modelos “presenciais”, no que diz respeito a aspectos culturais, pedagógicos, operacionais, jurídicos, financeiros, de gestão e de formação dos profissionais envolvidos com a preparação e implementação desse curso.

As técnicas, tecnologias e métodos de educação à distância têm sido incorporados pelas melhores universidades do mundo em seus cursos presenciais. Essa forte tendência sinaliza, para um futuro próximo, o crescimento da educação combinada – a que harmoniza presença e distância, balanceando-as de acordo com a natureza do curso e as necessidades do alunado. Em outras palavras, em algum tempo, não mais usaremos essa distinção tão comum hoje em nosso vocabulário: falaremos em educação, sabendo que ela incorpora atividades de aprendizagem presenciais e atividades de aprendizagem à distância.

A Portaria 2.253/2001 incentiva as instituições superiores brasileiras a um trabalho nessa direção.

Tem como objetivo primeiro contribuir para a melhoria da qualidade da educação do Brasil, oportunizando a todo o cidadão acesso ao saber escolar de qualidade através de uma proposta curricular inovadora, implantando e dinamizando Projetos de Ensino Superior.

O homem não pode participar ativamente na história, na sociedade, na transformação se não for ajudado a tomar consciência da realidade e da sua capacidade para a transformação. (FREIRE, 1987 p.32).

Empenhados no combate às diferenças culturais, buscando levar mais uma opção de ensino superior de qualidade a todos os lugares, onde se encontra o interesse de crescimento pessoal, profissional e social.

Com essa visão pretende disseminar o sistema de Educação à Distância com tutoria semipresencial, a todos que, por direito pretendam alcançar sua realização pessoal, profissional, cultural e educacional. Têm consciência de que: a educação à distância é o modelo de ensino que conseguirá alcançar os mais distantes rincões. Além dos rincões, a educação à distância pode ser amplamente utilizada nas grandes cidades, pois permite aos habitantes administrar o seu tempo que é escasso em face das necessidades de trabalho e das dificuldades de deslocamento. Nas pequenas e médias cidades, nos dias de hoje, o mundo do trabalho é igualmente exigente e a maioria dos seus jovens e adultos não tem acesso à escola convencional, ou por que esta não atende às suas condições de trabalhador, ou por que está fora da faixa etária de atendimento, estando ou não engajado na força de trabalho local.

A partir dessas definições e cenários a proposta é de adotar uma concepção de educação à distância centrada na escola-função e que com seu Núcleo-Avançado (NA) e os Setores de Apoio Pedagógico (SAP) vai ao encontro do aluno onde quer que se encontre, respeitando sua individualidade, suas necessidades e possibilidades, que se fundamenta no auto-estudo, com o suporte de uma tutoria, orientando o aluno no processo de “aprender a aprender”, constituindo, por conseguinte, a melhor alternativa de liberação ideológica e conceitual no processo de aprendizagem e de democratização da educação, quando permite o acesso, da população marginalizada.

No limiar do novo milênio ninguém pode negar a oportunidade de aprender por estar isolado geograficamente, dificuldades de mobilidade, ter que trabalhar ou por ser pobre e/ou por qualquer outro motivo.

Através de convênios com Instituições Empresariais e/ou Acadêmicas, realizará cursos na região de abrangência nas mais diversas áreas e níveis voltados aos interesses destas instituições e em particular aos interesses do cidadão que necessita realizar seus sonhos.

Nesta perspectiva buscam firmar convênios que viabilizem cursos do Ensino Superior para atender a demanda de profissionais no que se refere ao Núcleo Nacional do Ensino Fundamental e Médio.


3 – MÉTODO

A pesquisa não se configura como um estudo de caso na medida em que se projeta para a análise, a qual se espera abrangente, de uma unidade social, tomada como um todo. Esta unidade está sendo dissecada com o objetivo de ser compreendida em seus próprios termos, o que exige uma abordagem qualitativa (REY, 2002 p.13) dos dados obtidos no processo de pesquisa.

3.1 PARTICIPANTES.

O que deu estofo à presente monografia foi o projeto de pesquisa realizado no Município de Mucuri que teve como participantes, a Secretaria Municipal de Educação na pessoa de sua Secretária, bem como o Corpo Pedagógico que se envolveu como um todo, cooptando os Diretores Escolares e Professores das 22 Escolas Municipais e com a colaboração de 2(duas) Escolas Estaduais instaladas no Município.

Tendo em vista a dificuldade de se alcançar o universo dos sujeitos inscritos no projeto, num total de 200 (proposta elaborada pelo estado da Bahia em 2002 – UNEB 2000 e frustrada pelo Gestor Municipal à época), optou-se por trabalhar com uma amostra intencional, englobando 26 sujeitos (professores leigos em sua maioria), todos eles vinculados às redes públicas do estado e do município de Mucuri/BA. Esta amostra não probabilística foi assim definida em função da facilidade que um dos pesquisadores tem de estar em contato direto com os participantes nos momentos presenciais, todos eles realizados na cidade de Mucuri-Sede e distrito de Itabatã; esse pesquisador é coordenador do projeto em questão, embora se saiba que as amostras intencionais se tornam mais vulneráveis à subjetividade e à influência do investigador; elas apresentam vantagens, pois são obtidas com maior rapidez e facilidade (BUNCHAFT; KELLNER, 1998).

3.2 INSTRUMENTO

Neste sentido, até o presente momento, foi aplicado, nos momentos presenciais, um questionário de sondagem e três entrevistas previstas de serem conduzidas até o final do projeto, obedecendo-se à seguinte seqüência: primeiro momento – questionário; segundo, terceiro e quarto momentos, respectivamente entrevistas I, II e III. Todos os instrumentos foram elaborados em conjunto pelos pesquisadores após: a leitura cuidadosa do projeto do curso; a navegação no ambiente virtual de modo à com ele se familiarizar; e estudo de textos que tratam de formação continuada e do ensino on–line. Os instrumentos construídos foram submetidos à apreciação de dois especialistas na área da educação à distância. As perguntas do questionário de sondagem, fechadas e abertas, buscaram essencialmente obter um perfil resumido dos cursistas e determinar suas expectativas em relação à formação. Já as entrevistas, constituindo um “continuum”, se voltaram para a percepção dos sujeitos quanto ao processo de formação que estão vivenciando. Nelas também são apresentadas questões abertas e fechadas, focalizando elementos que se destacam no processo didático on–line. Assim, a entrevista I congregou questões que investiga o que os sujeitos pensam sobre os objetivos do curso, suas ferramentas e o ambiente virtual; a entrevista II englobou perguntas relativas ao tempo para aprendizagem, aos textos e temas de estudo e às propostas de atividades; a entrevista III concentrou suas questões na relação teoria – prática: no papel do tutor e no papel do aluno em situação de ensino à distância.

3.3 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE INFORMAÇÕES.

A observação de campo é procedimento bastante usual nas pesquisas que se valem da abordagem qualitativa. Implica na presença do pesquisador no contexto de estudo, realizando uma observação apurada, a qual é detalhada no diário de campo (RIZZINI et al, 1999). Como se trata de uma formação on–line, considerou-se que tal observação deveria se ajustar ao ambiente virtual. Desse modo, definiu-se que os pesquisadores teriam de navegar sistematicamente, pelo menos uma vez por semana, observando a movimentação e a produção dos cursistas e o atendimento dos tutores. Nesta navegação pode-se, entre outros aspectos, observar a troca de experiências e de informações entre os diferentes atores, dimensionar os acessos, o teor das dúvidas, a profundidade das discussões dos textos, as ferramentas mais valorizadas. Embora a observação seja livre, os pesquisadores, tanto nas navegações individuais ou em grupo, tiveram a preocupação de anotar o que viram para poderem organizar a sua discussão.

3.4 PROCEDIMENTOS DE PROCESSAMENTO E AMOSTRA DOS DADOS.

As questões fechadas de todos os instrumentos foram tabuladas, gerando gráficos que facilitam a visualização do conjunto das respostas obtidas, portanto sofreram um tratamento quantitativo. Já as questões abertas ou de resposta livre, foram analisadas à luz da técnica de análise de conteúdo (BARDIN, 1992), através da qual se verifica que temas ou idéias se apresentam como mais recorrentes no contexto do grupo de respostas oferecidas em uma determinada pergunta. As anotações relativas à observação de campo foram discutidas a partir de algumas abordagens teóricas, previamente selecionadas, que se voltam especificamente para as questões desta pesquisa. Assim, buscou-se neste estudo tecer a complementaridade entre a abordagem quantitativa e a qualitativa (SANTOS FILHO, 1997; ALVES-MAZZOTTI; GEWANDSZNAJDER, 2000)

Constituiu a última etapa da pesquisa e nela aliar o rigor da análise dos resultados à criatividade dos pesquisadores, no sentido de identificar os limites e as possibilidades da formação continuada de professores on-line. As conclusões finais exigiram a revisão de alguns pontos da presente; entende-se, no entanto, que esta demanda é inerente a todo processo de pesquisa, pois como situa Minayo: “nada existe eterno, fixo, absoluto”. Portanto não há nem idéias, nem instituições e nem categorias estáticas. Toda vida humana é social e está sujeita a mudança, a transformação; é perecível (1999 p.67/68). Cabe salientar que os resultados aqui expressos não podem ser generalizados; devem ser entendidos como um olhar questionador dos pesquisadores sobre um determinado objeto de investigação. Trata-se de um esforço de aproximação da realidade, pois é no questionamento constante da realidade e na não aceitação de resultados definitivos que se dá a renovação do conhecimento (DEMO, 1992 p.47).


4 – RESULTADOS

4.1 – FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES EM UM AMBIENTE VIRTUAL.

O ambiente oferecido pelo curso é um espaço virtual que utiliza a Internet e permite diversas ações, tais como cursos à distância, complemento a cursos presenciais, projetos de pesquisa, projetos colaborativos e outras formas de apoio ao processo ensino-aprendizagem.

A Proposta apresenta os sites do Participante e do Administrador. No primeiro os interessados podem se inscrever e participar de cursos ou outras propostas oferecidas por instituições conveniadas, tendo acesso a conteúdos, informações e atividades organizadas por módulos, além de poderem interagir com coordenadores, instrutores, tutores, orientadores, professores, monitores e colegas. Neste ambiente virtual existem recursos para as atividades, entre eles: Tira-dúvidas, Notícias, Avisos, Agenda, Diário e Biblioteca. Há também ferramentas para a interação, a saber: e-mail, Chat, fórum de discussões e banco de projetos, e para avaliação de desempenho, como questionários e estatísticas de atividades.

Os conteúdos do curso oferecem subsídios à construção de projetos de aprendizagem. Neste sentido, serão desenvolvidos seminários temáticos sobre aspectos metodológicos e psico-pedagógicos do ensino-aprendizagem e oficinas relativas a aspectos tecnológicos. Cada seminário é organizado a partir da leitura de textos, de debates com questões problematizadoras elaboradas pelos professores para todas as turmas do curso.

Os requisitos para um professor participar do curso são: experiência como professor regente; domínio do uso do computador / rede; liberação de 20 horas semanais para os estudos do curso; ter interesse em ser multiplicador de conhecimentos de informática na educação.

4.2 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS DO ESTUDO.

 Entre os aspectos que definem hoje a importância de estudos continuados de docentes pode-se destacar: a precária formação recebida nos cursos de magistério e a rápida obsolescência dos conhecimentos, pedagógicos ou relativos ao próprio ensino. A formação permanente tem sido objeto de estudos distintos e entre eles pode-se citar o de CARVALHO e SIMÕES (1995) que analisaram 30 artigos sobre este tema. Neste estudo as autoras salientam que essa formação tem se expressado através de quatro dimensões, a saber: atualização, treinamento, aperfeiçoamento e educação permanente. Elas criticam essas dimensões afirmando que não dão conta dos três eixos centrais do processo de formação continuada: (a) a pessoa e a experiência do professor; (b) a profissão e seus saberes; e (c) a escola e seus projetos (NÓVOA, 1992). Afirmam que os conceitos – chaves predominantes no discurso expresso nos artigos analisados referem-se, entre outros pontos, às seguintes questões: articulação dos saberes docente; processo de conhecimento na ação; reflexão na ação; e reflexão sobre a reflexão na ação.

Para RAMOS (1991) a formação continuada se caracteriza como trabalho coletivo, isto é, trabalho com e não trabalho para professores. O confronto de saberes e práticas de todos os componentes do grupo dá margem à instauração de um sistema de trocas cujo resultado se reveste em desenvolvimento individual. A essência desse processo de formação reside no seu caráter crítico-pedagógico.

Não se pode esquecer, no entanto, que a formação continuada que nos interessa especificamente é a conduzida on-line. Para PALLOFF e PRATT (2002) a incorporação do computador na sala de aula redefiniu a educação à distância. No ensino on-line, ainda que o professor defina e dirija o conteúdo do curso, há espaço para que os alunos o explorem de forma colaborativa, segundo seus interesses. Os estudantes se transformam em sujeitos concreto-ativos, isto é, aprendem através de experiências concretas que lhes são propostas. Em muitas situações tais experiências de aprendizagem começam com a prática e terminam com a teoria, como acontece nos trabalhos em conjunto ou colaborativos, nas discussões, na elaboração de projetos, na leitura e resposta a estudo de caso, em dramatizações e em simulações. Assim, os resultados de um processo on-line não podem “ser medidos pelo número de fatos memorizados ou pela quantidade de matéria decorada, mas, avaliados pela profundidade do conhecimento e pelas novas competências adquiridas” (PALLOFF e PRATT, 2002 p.28).

Esses dois pontos cruciais – a formação continuada não pode ser um “pacote instrucional”, mas deve ser, sobretudo, produção reflexiva e crítica de conhecimento na ação; e – a formação continuada on-line deve ensejar a aprendizagem colaborativa, valorizando os interesses específicos de cada aprendiz, partindo da prática para a teoria e a esta retornando para atualizar a ação, estão sendo tomados como pressupostos teóricos básicos. No final da pesquisa foram indicados os acertos e as dificuldades que a proposta teve para conduzir a formação continuada na vertente de “construção colaborativa do conhecimento crítico-reflexivo sobre a ação na ação”.

Quem são os profissionais que procuraram o curso e o que esperavam dele?

A resposta a essa questão da pesquisa veio através da tabulação dos dados do questionário de sondagem, aplicado no primeiro encontro presencial a 25 participantes (96% dos sujeitos).

Trata-se de um grupo predominantemente feminino (87%); mais da metade (61%) só tem curso de graduação (39% fizeram algum tipo de pós-graduação lato-sensu); também mais da metade (57%) tem sua formação na área das ciências humanas e sociais; a grande maioria (70%) atua em colégios ou escolas estaduais (30% pertencem à rede municipal); um grupo significativo (65%) está em sala de aula; todos têm experiência de magistério (100% com mais de seis anos) e acesso à internet, sendo que a maioria deles (78%) concretiza esse acesso via telefone; 91% têm computador em casa, lan-house ou no trabalho; menos da metade (48%) já usa o computador como ferramenta de ensino-aprendizagem; 83% acessam o curso no trabalho ou lan-house.

Perguntados sobre o que esperam do curso, 96% revelou que desejam vir (ou continuar) a ser multiplicador. Na pergunta do questionário sobre “como viam o curso”, indicaram visualizá-lo na perspectiva de crescimento / enriquecimento profissional.

Como esses sujeitos estão vendo a sua formação on-line?

As entrevistas (I, II e III), aplicadas nos momentos presenciais que se seguiram ao primeiro encontro, já oferecem algumas respostas.

Da entrevista I, respondida por 19 cursistas (73% dos participantes), inferiu-se que o objetivo geral do curso é considerado adequado pela totalidade (100%) desses respondentes. Verificou-se, também, que o curso atende às pretensões profissionais – 90% se posicionaram favoravelmente. Um significativo percentual de sujeitos (74%) disse que as ferramentas de aprendizagem eram compatíveis com as propostas do curso. Em contrapartida, 58% dos sujeitos afirmaram ter dificuldade de compreender a organização do ambiente virtual e também um grupo expressivo (48%) se queixou da dificuldade de manusear essas ferramentas. Neste particular, a ferramenta situada como a mais difícil foi o gerenciador (47% dos usuários assim se posicionaram). Para outros 48% a quantidade de ferramentas é insuficiente. Merece destaque o fato de ter sido apontada como a ferramenta preferida para obter conhecimentos; a mais prazerosa; e que concentra maior número de horas de estudo (63, 53 e 33% respectivamente).

Na entrevista II, respondida por 13 sujeitos (portanto, apenas 50% da amostra inicial), um percentual elevado (67%) afirmou ser inviável dedicar 20 horas semanais de estudos ao curso; aliado a esse problema verificou-se, também, que o horário preferido para acessar o curso é o noturno (73%). A quantidade de textos indicados para estudo foi situada como adequada (53%); a qualidade foi considerada muito boa (73%). O conteúdo dos textos foi qualificado de genérico (87%). Para 54% desses respondentes a autonomia da aprendizagem foi favorecida; já 33% afirmaram que estava se ajustando ao processo interativo virtual. Segundo um percentual elevado (73%) o pensamento crítico foi favorecido pelas atividades do curso.

E, finalmente, na entrevista III, cujas perguntas foram mais abertas, mas respondidas por apenas 11 sujeitos (43% da amostra inicial), obteve-se as seguintes informações básicas: 10 a totalidade desses respondentes considera que o curso concretiza a relação teoria-prática, sendo que sete docentes (63%) esclareceram que esta relação se dá na construção dos mapas conceituais, nas aprendizagens colaborativas, na montagem dos quadros cognitivos, nos seminários e no uso adequado das ferramentas; 20 mais da metade do grupo (seis cursistas – 54%) registrou que é importante que o tutor participe do planejamento do curso; 30 sete alunos (63%) indicaram que gostariam de ser tutor ou por que já possuem essa experiência, ou por que gostariam de possuí-la. As últimas perguntas dessa entrevista levantaram: (a) funções básicas do tutor – esclarecer dúvidas (54%); interagir com os alunos (54%); ajudar o grupo em suas atividades (45%); estar engajado nas atividades do curso (36%); estar atualizado (27%); colaborar com sugestões e críticas (18%); incentivar constantemente os alunos (18%); e ser claro (18%); (b) requisitos básicos para o aluno fazer um curso à distância – saber administrar o tempo (73%); dispor de tempo (54%); ter interesse (36%); ter conhecimentos sobre a EAD e suas ferramentas (36%); ser dedicado (27%); ser organizado (27%); saber manusear o computador (18%); ter disciplina (18%); gostar de conhecimentos e de ler (18%); e (c) dificuldade do aluno em curso à distância  falta de tempo (100%); dificuldade financeira (36%); dificuldade de acessar a internet (27%).

O grupo iniciante (26 sujeitos) possuía os requisitos básicos para participar da experiência. Além da formação superior, todos têm computador e acesso à rede, visualizando a proposta como possibilidade de crescimento profissional ou oportunidade para se tornarem multiplicadores, seja em NTEs ou na própria escola. Perceberam o objetivo do curso como adequado e factível. Assim, as condições essenciais ao bom desenvolvimento da proposta estavam presentes no começo do curso. No entanto, no decorrer da pesquisa dois problemas foram detectados: a desistência de alunos e a baixa interatividade em determinadas ferramentas do ambiente virtual. Por que ocorreram estes problemas?

Considerando todos os dados coletados nos instrumentos (questionário e três entrevista) e os obtidos através da observação do contexto de aprendizagem, algumas explicações podem ser oferecidas.

A primeira refere-se ao ambiente virtual, tido como de difícil compreensão. É indispensável que o aluno adquira intimidade com o gerenciador, condição sine qua non para as atividades de aprendizagem. Talvez fosse interessante promover um período de adaptação ao ambiente virtual antes do início do curso.

A segunda está intimamente relacionada ao tempo que o aluno trabalhador (no caso, o professor) possui para estudar. Sem a diminuição da carga horária de trabalho, o que leva a grande maioria dos cursistas a acessarem o curso a noite, após o desgaste das atividades diárias de magistério, e sem uma obrigatoriedade de horário para entrar e navegar no ambiente virtual (todos juntos), o que se observa é a diminuição do entusiasmo e, consequentemente, do rendimento. Os próprios cursistas admitiram que para se ter sucesso em curso dessa natureza é preciso, além de ter tempo para estudar, saber administrar o tempo. Portanto, o elemento tempo é peça-chave neste tipo de proposta. Cabe, pois, repensar a seleção de cursistas em função do fator tempo nas suas múltiplas dimensões.

A terceira explicação considera o conteúdo do curso. Pela observação de campo verificou-se que as exigências iniciais de leitura eram suaves: tratava-se de textos bem pequenos. Depois, as leituras se tornaram mais abrangentes, porém genéricas, mas de quantidade suficiente e de boa qualidade, conforme indicação dos alunos. Tendo em vista que na EAD é valiosa a aprendizagem que parte de problemas ou enfoques práticos para daí trabalhar-se a teoria, voltando-se sempre à prática, caberia indagar: teria sido esta abordagem adequada? Os textos mais lights no início do curso não poderiam ter estimulado um ritmo mais lento de aprendizagem? As exigências de leitura não deveriam ser bem maiores desde o início do curso para imprimir um ritmo mais intenso ao trabalho?

A quarta explicação refere-se à necessidade do tutor participar do planejamento do curso. Tendo em vista o elenco bem rico de atividades que o tutor deve desempenhar, indicado pelos próprios cursistas, cabe indagar se não seria indispensável que ele participasse, ou pelo menos acompanhasse, a estruturação do curso. É provável que a sua prática de orientação seja facilitada pela compreensão mais ampla do curso como um todo.

Paralelamente, não se podem omitir os registros positivos dos alunos sobre diversos aspectos do curso. Para esses sujeitos a relação teoria-prática está sendo concretizada em diversos momentos. Esta relação também pôde ser observada no campo, quando os pesquisadores acompanharam as atividades de construção dos projetos individuais. Por outro lado, também afirmou que o curso favorece o pensamento crítico e a autonomia.

Em função desses resultados e conclusões parciais, algumas sugestões podem ser oferecidas:

(a) melhor seleção do aluno para a formação continuada via EAD:

(b) período de adaptação ao ambiente virtual, preparatório ao curso propriamente dito;

(c) participação dos tutores no planejamento do curso, ou no mínimo no período de adaptação ao ambiente virtual;

(d) compatibilizar o conteúdo do ensino (textos de leituras) com a aprendizagem colaborativa definidora do uso das novas tecnologias em educação.


5 – A PROPOSTA

Os entes constitutivos da PPP (PARCERIA PÚBLICO PRIVADA) definiram que a região primordial de atuação é o sul da Bahia e adjacências e por influência de aproximação leste de Minas Gerais e norte do Espírito Santo e o semi-árido da Bahia e ainda onde oportunamente houver demanda.

A região de abrangência é muito extensa e com uma população superior a 500 mil habitantes.

A região se destaca pelas suas belezas naturais que favorecem um amplo desenvolvimento turístico representando uma importante fonte de renda para a região.

Entre as principais atividades econômicas dessa região figuram:

Na área de agricultura, com avançadas tecnologias de irrigação destaca-se o mamão, com uma previsão de um plantio de um milhão de pés para o próximo ano, o coco, melancia, abóbora e tomate.

A pecuária vem apresentando expressivo crescimento.

O artesanato regional tem sempre destaque nas áreas de turismo.

Setor industrial: predominando as indústrias de celulose tendo como matéria prima o eucalipto.

Principais indústrias: Suzano Papel e Celulose S.A., Tecflor, Aracruz Celulose e Veracel Celulose.

O acesso a essa região se dá basicamente pela BR 101 e Estrada do Boi – BR 418 e via aérea com aeroporto em: Mucuri, Teixeira de Freitas, Nanuque e Caravelas.

A população tem acesso à Educação Básica através da rede Estadual, Municipal e Particular, na área técnica conta com poucos cursos.

O Ensino Superior atende a demanda através da UNEB – UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA atuando em Teixeira de Freitas bem como duas Faculdades Particulares, a FACULDADE DO SUL DA BAHIA-FASB e FACULDADE DE TEIXEIRA DE FREITAS – FACTEF e mais recentemente em Nanuque e São Mateus (Universidade Federal do Espírito Santo -UFES).

A demanda escolar é atendida por professores que buscam uma adequação às exigências da LDB e a competitividade do mercado para garantirem a sua sobrevivência. Conta-se um preocupante quadro de:

  • Leigos 09 %
  • Não graduados 71 %
  • Graduados 16 %
  • Pós-graduados 04 %

Fonte: INEP (2004)

A recuperação da qualidade da Educação Básica está intrinsecamente ligada na profissionalização e capacitação do magistério, que serão os mediadores e intérpretes dos ideais da sociedade.

Apresentação do Projeto: Curso de Pedagogia.

A PPP (Parceria Público Privada) tem a finalidade de buscar parcerias para operacionalizar projetos com o objetivo de ensinar, formar e aperfeiçoar pessoas interessadas, através da educação e da pesquisa, a busca de realização pessoal e profissional, para o desempenho de atividades de docência, visando elevar o padrão científico, técnico e/ou didático através do ensino à distância.

Com estes objetivos pretende disseminar esta metodologia de ensino moderno e revolucionário a todos que, por direito, pretendam alcançar sua realização social, cultural, profissional e educacional, gerando oportunidade de qualidade para o desempenho do homem e da sociedade.

Reconhece que precisa preparar ou adequar a consciência para o alcance dos objetivos maiores que hoje são determinados pela qualidade de vida e pelo novo sentido de educação que está se implantando em todo o mundo. Fundamentada nesta afirmativa é que apresenta o Projeto do Curso de Graduação em Pedagogia à Distância.

Justificativa.

O importante é que se construa a educação à distância como um sistema que possa possibilitar atendimento de qualidade, acesso irrestrito a todos quantos dele necessitem, principalmente porque se constitui uma forma inquestionável de democratização da educação, do saber, do conhecer, do questionar, do participar, da perspectiva do exercício consciente da cidadania.

(Mário Sérgio Mafra – EAD – Conceitos e Preceitos).

A EAD, preconizada pela primeira vez no seu artigo 80 pela nova LDB é o modelo de educação que tanto conseguirá alcançar os mais distantes rincões quanto ser amplamente utilizada nas grandes cidades.

Nas pequenas e médias cidades, o mundo de trabalho é igualmente exigente e a maioria de seus jovens e adultos não têm acesso à escola convencional e ao Curso Superior.

Hoje, a ninguém se pode negar a oportunidade de aprender por estar isolado geograficamente, por ter de trabalhar, por ser pobre, pois a educação é um direito inalienável.

Os profissionais da educação perseguem ansiosamente uma possibilidade de se adequarem, ainda na Década da Educação, às exigências da LDB 9394/96, para garantirem um lugar no mercado de trabalho na área de educação, assim como outros tantos cidadãos são impulsionados a buscarem a legalização de suas profissões para estarem aptos a enfrentarem os paradigmas, do novo milênio. A EAD com certeza será a solução.

A presente proposta é uma contribuição no sentido de oportunizar condições fundamentadas na metodologia da EAD, a uma demanda, que a muito vem sendo excluída, dificultando aos mesmos o acesso ao mercado de trabalho e/ou a garantia da sua própria sobrevivência, o que fere os princípios da cidadania.

Objetivo geral

Formar profissional competente, conhecedor de técnicas modernas de ensino e capaz de através de ações autônomas e criativas, ser agente de transformação social.

Objetivos Específicos:

Formar profissionais especializados no processo ensino/aprendizagem, capazes de transmitir conhecimentos.

Desenvolver interesses sociais, humanistas, técnico-científicos, artísticos e atitudes às crianças e adolescentes.

Promover os valores nacionais e sociais, adequando-os ao nível básico do sistema escolar.

Meta.

Atender com qualidade e eficiência a 100% da demanda que venha ingressar no curso oferecido.

Metodologia.

A metodologia de Ensino à Distância (EAD) é uma nova postura do processo de ensino/aprendizagem. Constitui uma das mais eficazes formas de operacionalizar a teoria de que o ensino deve ser baseado no educando interagindo com o professor (facilitador-monitor). O aluno tem que assumir a responsabilidade pelo seu próprio estudo e pesquisa desenvolvendo hábitos de autonomia que lhe serão importantes para a vida. Segundo PRETI (1999):

…devem estar constantemente em um sistema de educação à distância, a comunicação e a estrutura organizativa, para garantir com qualidade o processo de aprender a aprender, respeitando sua individualidade, suas necessidades e possibilidades.

Justificativa para implantar o Curso de Pedagogia.

O extremo sul da Bahia é uma realidade cheia de contrastes. Uma região de estupenda riqueza natural, mas com deficiências marcantes na formação profissional principalmente na área da educação para atender o Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série.

O quadro de distorção de idade-série é das mais altas do Brasil.

Quadro comparativo:

  • BA – 70,0 %
  • ES – 36,6 %
  • MG – 37,4 %
  • PA – 65,5 %

Fonte: INEP

A LDB reservou um espaço para a educação profissional, especificamente no título que trata dos níveis e modalidades de educação e ensino. Essa inclusão pode ser entendida vista sob dois ângulos:

A nova ordem econômica mundial, a formação profissional e fator estratégico de competitividade e de desenvolvimento;

Pelo fato da educação profissional de qualidade “respaldar a educação básica de qualidade”.

A LDB no seu artigo 62 exigindo graduação plena para atuar na Educação Infantil e Ensino Fundamental (1ª a 4ª séries) leva o professor a buscar exaustivamente por curso que lhe garanta a preparação profissional para garantir uma vaga no mercado de trabalho.

Para oportunizar aos professores da Educação Infantil e Ensino Fundamental (1ª a 4ª séries) o acesso ao conhecimento e a habitação exigida pela Lei 9394/96, busca junto a Instituições de Ensino Superior (IES) a viabilidade legal de cursarem Pedagogia próximo de suas residências e dentro de uma viabilidade financeira.

O advento desse curso, por certo, marcará a arrancada que nos conduzirá ao crescimento educacional e cultural tão sonhado.

Para atender a esta demanda de professores em busca de uma graduação apresentam o Projeto de Pedagogia e/ou outras habilitações para atender o Núcleo Nacional do Ensino Fundamental, enquadrando os professores dentro das exigências da LDB 9394/96.

Perfil do aluno.

O interessado a ingressar no projeto deve dotar-se no mínimo de maturidade e motivação para que possa adquirir os conhecimentos necessários para o alcance de seus objetivos.

Para defesa da alta qualidade do ensino e do processo organizacional, além da defesa moral e acadêmica das IES envolvidas será exigida uma participação efetiva e responsável do aluno matriculado.

Estrutura Funcional.

Nos dias atuais a capacitação profissional é uma forte moeda e uma grande aliada, principalmente quando se pode estudar a qualquer hora, em qualquer lugar. É a maneira mais prática para quem não pode e não quer perder tempo.

A metodologia terá como pressuposto o aluno como partícipe do processo de conhecimento, numa tendência construtivista, tendo como ponto de partida a realidade e a experiência do aluno.

O trabalho acadêmico será desenvolvido centrado na Escola – Função que vai ao encontro do aluno onde quer que se encontre por meio do Núcleo Avançado (NA) que chegará próximo do aluno com os Núcleos de Apoio Pedagógico – NAP.

Sistema de Apoio à Aprendizagem.

Por ser a metodologia de educação à distância desvinculada da cultura regional, a autonomia de estudo é algo que se adquire paulatinamente sob variada estimulação, primordialmente pelo processo da descoberta igualmente provocada pelo material didático, tutoria e multimeios à aprendizagem.

Para que a objetividade e efetividade sejam inquestionáveis será disponibilizado ao aluno:

Flexibilidade de espaço nos NAPs. Assistência ao estudante respeitando o seu ritmo de aprendizagem e incentivo para que se torne agente de sua própria aprendizagem e, em conjunto de técnicas, métodos e recursos.

Os recursos humanos serão conhecedores dos elementos e características básicas, assim como capacitado nas técnicas específicas planificadas para a metodologia proposta. Segundo RAMOS (1998):

…espera-se do professor uma atuação técnica, ligada ao desenho dos cursos e a sua avaliação, uma atividade orientadora, capaz de estimular, motivar e ajudar o aluno, além de estimulá-lo à responsabilidade e à autonomia; um comportamento facilitador do êxito e não meramente controlador e sancionador da aprendizagem alcançada, e a utilização eficaz de todos os meios para a informação e o ensino.

A prática educativa na metodologia de educação à distância tem como especialidade a mediatização. Nela a prática educativa é operacionalizada predominantemente à distância, através de materiais instrucionais e meios de comunicação.

A estrutura do curso seguirá conforme o esquema abaixo:

Total da carga horária do curso:

1 – Aula presencial – 30% (total da carga horária por disciplina)

2 – Tutoria – 40%

3 – Auto-Estudo – 30%

AULAS PRESENCIAIS

As aulas presenciais objetivam apresentar uma visão geral da matéria, resolver as dúvidas do aluno motivá-lo e orientá-lo em seus trabalhos e avaliar seus conhecimentos.

TUTORIA

O que é tutoria e qual a sua função?

A metodologia de Ensino à Distância significa uma revisão e uma postura nova do inteiro processo de ensino / aprendizagem.

O Ensino à Distância constitui uma das mais eficazes formas de operacionalizar a teoria de que o ensino deve ser baseado no educando. O aluno tem que assumir a responsabilidade pelo seu próprio estudo e pesquisa, desenvolvendo hábitos de autonomia. É imprescindível a existência de facilidades para acesso à tutoria.

No ensino à distância, o processo ocorre, através de:

  • Tutoria.
  • O uso dos meios tecnológicos.
  • Formas de expressão mediatizadas pelos materiais didáticos.
  • Avaliação.

 

O material instrucional é o elemento pedagógico mediador entre o que se pretende disponibilizar em termos de conhecimento, e o que se pretende que seja aprendido. O material didático é fundamental para quem aprende e vital para quem ensina e pretende a eficiência e eficácia do sistema. A base é o material on-line e impresso, que permite constantes consultas e reestudo, caminhos alternativos e auto-avaliações.

O material didático deve estabelecer o elo de diálogo do estudante com o autor, com o professor, com suas experiências, com sua vida, mediando seu processo de aprendizagem.

CONSELHO DE TUTORES

O Conselho de Tutores concentra tutores de todas as disciplinas e áreas de ensino e o coordenador pedagógico tem a função de coordenar todas as atividades pedagógicas.

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

O ensino será desenvolvido de forma a propiciar aos alunos o acesso ao conhecimento historicamente produzido, organizado e sistematizado.

Será também tratado de forma interdisciplinar, desenvolvido de forma a promover e sedimentar a capacidade crítica frente aos conteúdos abordados e à realidade em geral que permitirá ao aluno possuir uma visão globalizada do conhecimento científico.

O programa oferecido na Primeira Parte – Integração ao Ensino Superior, abrange assuntos de cultura geral e básica do aluno para seu embasamento educacional, oportunizando conhecimento e fortalecimento para sua integração ao ensino superior.

LINHAS PROGRAMÁTICAS

Para a consecução do ensino são definidos programas que se compõem de Planos de Cursos específicos de cada conteúdo a ser desenvolvido, incluindo estágio supervisionado profissionalizante, bem como programações de enriquecimento: seminários temáticos, encontros, mesas redondas, semanas de estudo, congressos, conferências e palestras.

PROGRAMA:

Disciplinas Carga Horária Nº. de Créditos

Primeira parte – Integração ao Ensino Superior

01 – Qualidade de vida 90 6

02 – Ciências do comportamento 90 6

03 – Humanidades 90 6

04 – Linguagem 120 8

05 – Cálculos 105 7

06 – Ciências Físicas e Biológicas 105 7

07 – Artes 45 3

08 – Língua Estrangeira Moderna 60 4

Segunda parte – Disciplinas Básicas

01- Didática I 30 2

02- Didática II 30 2

03- Metodologia da Pesquisa Científica 45 3

04- Comunicação – (Técnicas de Redação) 45 3

05- Psicologia Social e do Comportamento 60 4

06- Psicologia da Aprendizagem e do Desenvolvimento 60 4

07- Introdução a Psicologia da Educação 60 4

08- Introdução a Filosofia 45 3

09- Filosofia da Educação 60 4

10- Sociologia Geral 45 3

11- Sociologia da Educação 60 4

12- História da Educação 90 6

13- Biologia Aplicada a Educação 60 4

14- Didática da Educação 45 3

15- Projetos 45 3

16- Introdução a Informática Educacional 45 3

Terceira parte – Disciplinas Específicas

01- Distúrbios da Aprendizagem 60 4

02- Estrutura e Funcionamento da Educação Básica 105 7

03- Construção do Currículo na Educação Básica 105 7

04- Práxis Pedagógica na Educação Infantil e Fundamental 60 4

05- Psicolingüística 60 4

06- Avaliação e Currículo 90 6

07- Bases psicopedagógicas-sociais da Educação de Jovens e Adultos 45 3

08- Fundamentos e metodologia da Educação de Jovens e Adultos 60 4

09- Processo de Alfabetização 45 3

10- Sócio Lingüística 30 2

11- Alfabetização e Lingüística – Op. 30 2

12- Lingüística Textual 30 2

13- Antropologia Cultural 30 2

14- Direitos humanos em Educação 30 2

15- Economia e Educação 30 2

16- Política e Educação – Op. 30 2

17- Administração Educacional 45 3

18- Literatura Infantil e Juvenil 30 2

19- Fundamentos e Metodologia do Ensino da Matemática 120 8

20- Fundamentos e Metodologia do Ensino do Português 120 8

21- Fundamentos e Metodologia do Ensino da História e Geografia 120 8

22- Fundamentos e Metodologia do Ensino das Ciências 120 8

23- Fundamentos e Metodologia do Ensino da Comunicação 120 8

24- Fundamentos e Metodologia do Ensino da Educação Infantil 120 8

25- Fundamentos e Metodologia do Ensino da Educação Artística 45 3

26- Introdução a Educação Especial 45 3

27- Introdução a Pesquisa Educacional 45 3

28- Jogos e Recreação 45 3

29- Arte e Educação 45 3

Total = 3.750 250

Quarta parte – Estágio Supervisionado / Prática de Ensino

Carga Horária: 405 N° créditos: 27

Obs.: um crédito vale 15 horas.

DURAÇÃO DO CURSO / INGRESSO

O Curso de Pedagogia terá a duração de 3.750 horas perfazendo 250 créditos que serão divididos em 30 meses e/ou em 5 semestres.

O ingresso será normatizado pela entidade conveniada e legalmente autorizada pelos órgãos competentes.

PERFIL PROFISSIOGRÁFICO

Pretende-se com o Curso de Pedagogia formar o profissional conhecedor das técnicas educacionais modernas, capaz de construir a si mesmo e a história através da ação. Capaz de atuar como mediador entre a cultura elaborada, acumulada pela humanidade e o educando. Nesse caso, é necessário que possua conhecimentos e habilidades suficientes para poder auxiliar o educando no processo de elevação cultural, compreendendo o nível em que o educando se encontra, para, a partir dele, trabalhar no sentido de elevá-lo a um novo e mais complexo nível de conduta, em termos de conhecimentos, habilidades e convivência social.

Esse profissional deverá:

Ser capaz de conhecendo a realidade, analisar, sintetizar e atuar, criticamente, sobre ela, no sentido de transformar a sociedade, consciente das necessidades e possibilidades do cidadão frente os novos paradigmas;

Conhecer os instrumentos, métodos e técnicas necessárias ao exercício de sua profissão, em condições de liderança e comportamento ético, para responder a situações concretas e gerais;

Buscar a educação continuada e permanente;

Tomar decisões, de forma autônoma e ou em parceria a partir das necessidades regionais e da reflexão sobre as mesmas.

ATIVIDADES ESPECÍFICAS DO PROFISSIONAL

Planejar situações de ensino/aprendizagem e aplicar técnicas metodológicas motivadoras e adequadas às realidades específicas.

Organizar e executar atividades extra classe.

Planejar e executar ações educativas dirigidas aos pais e a comunidade em geral.

Aplicar e interpretar técnicas de orientação adequadas aos diferentes níveis de educação básica.

AVALIAÇÃO

Avaliação da metodologia:

É feita a longo e término de cada curso, via instrumentos científicos de mensuração.

Avaliação dos cursos:

Refere-se ao processo como um todo: inclui o desempenho dos cursistas, especialistas, tutores coordenadores, elaboradores e do pessoal administrativo e auxiliar.

A avaliação deverá investigar qual o impacto ou os reflexos dos cursos nas empresas, instituições e comunidades de influência, após a realização do curso à distância.

Avaliação da tutoria:

Esta avaliação é feita junto aos cursistas mediante questionários avaliativos.

Avaliação da aprendizagem:

Esta avaliação terá como resultado a progressão do aluno nas etapas sucessivas da aprendizagem.

A avaliação será programada para mensurar a aprendizagem o mais profundamente por etapas.

Avaliação do material didático:

Será realizada com base em dados e informações sobre dificuldades e inadequações registradas pelos tutores em fichas de acompanhamento e avaliação do material didático, tanto impresso, o on-line quanto o de multimídia.

O mapeamento dos resultados obtidos com a avaliação norteará a revisão e/ou adequação dos materiais didáticos utilizados.

ESTRUTURA ACADÊMICA / ADMINISTRATIVA

A estrutura Acadêmica / Administrativa será da Instituição de Ensino Superior (IES) legalizada com os órgãos competentes e conveniada.


6 – CONCLUSÃO.

Sabemos que a educação, não somente em nosso país como em todo o mundo, passa por uma grande crise em todos os níveis, resultante da incapacidade das Instituições Educacionais acompanharem a evolução do mundo em que vivemos.

PAPERT (1995) em sua parábola sobre os viajantes do futuro, que imagina os professores, como os únicos a não se assombrarem e capazes de assumir sua profissão em um ambiente 100 anos distante, pinta as cores fortes de um quadro de estagnação dos processos educacionais, frente ao acelerado desenvolvimento em tantas outras áreas do conhecimento humano.

A educação atravessa os tempos com o paradigma de que para se aprender algo tem que ser ensinado, que se apresenta nos dias de hoje como superado.

Como podemos ler em NÓVOA (1997) “(…) Não há ensino de qualidade, nem reforma educativa, nem inovação pedagógica, sem uma adequada formação de professores”. Ao se lançar o olhar sobre a situação atual de nossos professores, cabe a colocação de diversas questões.

Como se sentem os professores ao entrarem em suas salas de aula, deslocados como o centro do conhecimento, tendo-lhes sido retirada a relação de poder, enfrentando alunos que não querem mais aprender com professores que apenas reproduzem conhecimentos, sem chance de procurarem o novo?

Como se sentem os professores ao verem sua profissão, como instituição, colocada em xeque, olhada com desconfiança, sem reconhecimento, pressionada por baixos salários, levando-os ao acúmulo de cargos em duas, três ou mais instituições de ensino?

Como se sentem os professores enquadrados nas regras que interessam às estruturas dominantes da sociedade, sem a possibilidade de assumirem o papel de intelectuais reclamado por GIROUX (1998).

É necessário relembrar FREIRE (1990) e a sua visão do educador problematizador, ou ainda ALVES (1995) ao conclamar os educadores “(…) aqueles que habitam em um mundo em que o que vale é a relação que os liga aos alunos, em que as pessoas se definem por suas visões, paixões, esperanças e horizontes utópicos”, para assumir um novo papel, uma nova prática docente, novos modelos de comunicação interpessoal propugnados por MORAN (1998).

No estabelecimento de um novo paradigma, o professor deve assumir o papel de agente, não único, mas ainda principal, das decisões no campo educacional.

Ao professor que sai dos programas de licenciatura, com lacunas na sua formação em relação aos aspectos tecnológicos, deve-se oportunizar uma formação suplementar, que lhe permita assumir novos papéis no processo educacional da sociedade do 3º milênio.

Além da invasão das tecnologias no campo educacional, já assinalada por DEMO (1998), vemos a cada momento o surgimento de novas propostas e ofertas de cursos na modalidade da educação à distância, que identificam um momento histórico e possibilidades de novas formas de ensinar e aprender.

A Internet, rede mundial de comunicação, se afirma como uma via de mão única para a educação, com todo o seu aparato tecnológico.

Estes fatos justificam por si próprios a necessidade de se suplementar a formação dos professores de modo que os mesmos possam adquirir conhecimentos que lhes permita a integração das novas tecnologias em seus procedimentos didático-pedagógicos, em sua prática docente diária.

Todo o trabalho de pesquisa foi desenvolvido em torno deste eixo central, resultando na proposição de um modelo teórico para “Formação de professores para a educação à distância” a ser validado na prática, proposta como continuidade destes estudos.

Além do extenso levantamento bibliográfico, foi efetuada uma pesquisa de campo que buscou investigar o perfil dos docentes, que procuram este suplemento, para trabalhar em cursos ofertados na modalidade da educação à distância. Esta pesquisa de campo ofereceu outros elementos auxiliares nas conclusões do trabalho e sugestões para a construção do modelo. Um modelo que, para atingir plenamente seus objetivos, se propõe a trabalhar com professores especialistas, mestres e doutores, já formados e exercendo sua prática docente nas salas de aula dos ambientes tradicionais e que irão trabalhar em cursos ofertados na modalidade da educação à distância, agora considerados:

– como profissionais valorizados como intelectuais transformadores;

– trabalhando em ambientes onde não se estabelecem anacrônicas relações de poder, mas sim um renovado relacionamento com os alunos;

– com o olhar voltado para as mudanças da sociedade, atualizando-se constantemente, ajustando sua didática às novas realidades do mercado;

– mediando sua prática docente com as tecnologias interativas, mescladas com a afetividade que assegure a participação de seus alunos no processo de construção de sua aprendizagem em ambientes colaborativos, incentivando-os à pesquisa profícua em uma perspectiva crítica dos conhecimentos. Um modelo desenvolvido para uma escola:

– enquadrada em uma vertente filosófico-política crítica (LUCKESI, 1990), possibilitando o desenvolvimento de projetos críticos/transformadores, caracterizados por uma luta constante pela transformação da sociedade na perspectiva de sua democratização efetiva e concreta, atingindo aspectos não só políticos, mas também sociais e econômicos (LUCKESI, 1990).

– voltada para uma filosofia humanista sob um enfoque educacional cognitivista destinado a ativar ou colocar em funcionamento as concepções espontâneas ou idéias prévias do aluno (POZO, 1998), trabalhando na perspectiva do “aprender a aprender”, do ensino centrado no aluno, incentivando os processos de crescimento pessoal e de aprendizagem significativa, integrando o modo construtivista, característico da filosofia cognitivista.

– que possibilite a integração incentivadora dos alunos, estabelecida por uma estrutura comunicacional altamente interativa, apoiada na produção de materiais dialogicizados, que substituam a ausência física do professor, em um ambiente sintonizado com as necessidades do mercado para o profissional do terceiro milênio. Um modelo suportado por uma estrutura tecnológica que permita a distribuição ágil e em múltiplos meios, dos materiais que os alunos necessitam para cumprir as suas atividades à distância. Estes desenvolvidos de forma dialógica que permita suprir a ausência física do professor e que atenda todos os participantes do curso, independente do poder aquisitivo e possibilidades de acesso aos meios de comunicação evitando processos de exclusão social.

Um modelo apoiado em uma estrutura comunicacional que permita a compreensão dos participantes sobre as características da instituição, do conteúdo do curso, do suporte administrativo e do processo de avaliação utilizado. Onde os serviços de tutoria sejam implantados sob uma perspectiva afetiva que utilize a empatia como elemento agregador e de incentivo à participação do aluno. Um modelo construído em um fio condutor que define 12 (doze) eixos temáticos suplementares à formação obtida nos cursos de licenciatura que incentivem os participantes a:

– utilizar a mediação eletrônica em seus processos didático pedagógicos, alterando sua prática docente nas salas de aula online, trabalhando sobre o estado da arte dos processos educacionais à distância;

– Integrar a modalidade com as teorias da aprendizagem;

– Participar na renovação do papel da escola na sociedade contemporânea;

– Inovar na utilização dos processos de comunicação da sociedade da informação;

– Estabelecer procedimentos de pesquisa e investigação sob o enfoque dos efeitos da linguagem dos diversos meios e softwares educacionais por ela disponibilizados;

– Trabalhar em estruturas organizacionais instituídas de acordo com a legislação educacional em vigor, colaborando para a obtenção de resultados financeiros condizentes com a necessidade de reaplicação constante dos recursos na melhoria das diversas estruturas pelas quais é composta;

– Investir na formação contínua e permanente própria, contextualizando seus conhecimentos curriculares às necessidades estabelecidas pela evolução e desenvolvimento da sociedade em que vive.

Um modelo que tenha como fecho, a apresentação de toda a estrutura aos alunos, na forma de um guia didático que funcione para os seus participantes como material de apoio, pesquisa e orientação em todos os momentos que os participantes dele necessitarem em suas atividades à distância.

Este modelo foi exaustivamente estudado durante o desenvolvimento deste trabalho e apresentado nos itens antecedentes, que confirme e incentive mudanças sugeridas durante um processo de avaliação institucional implantado durante o desenvolvimento de cursos ofertado na modalidade da educação à distância.

O modelo apresentado tem sua abrangência delimitada para formação de professores, já qualificados em outras áreas do conhecimento humano e que apresentam a proposta de adquirirem conhecimentos que aperfeiçoem suas qualidades e lhes permita trabalhar na educação, em cursos ofertados na modalidade da educação à distância.

A sua aplicação em outros ambientes exige ajustes que leve em conta principalmente o perfil do profissional que se pretende formar e o público-alvo que se pretende atingir.

Algumas de suas recomendações, principalmente aquelas referentes às mudanças na prática do docente podem ser aplicadas em qualquer ambiente de ensino e aprendizagem de forma a atender as novas formas de ensinar e aprender estabelecidas pelas necessidades da sociedade pós-moderna.

Dos pressupostos apresentados conclui-se que a proposta de Parceria Público Privada (PPP) de Educação à Distância é uma solução viável para a formação superior dos professores com magistério e leigos do extremo sul da Bahia.


7 – REFERÊNCIAS

ALONSO, Kátia Morosov. A Educação à Distância e um Programa Institucional de Formação de Professores em Exercício.São Paulo: Ática, 2000.

ALVES, Nilda. A formação da professora e o uso de multimeios. Brasília: MEC/ SENEB, 1992.

_____ . O espaço e suas marcas – o espaço como dimensão material do Currículo. Niterói: UFF, 1995.

ALVES, Rubem Azevedo. Conversas com quem gosta de ensinar. São Paulo: Ars Poética, 1995a.

_____. Estórias de quem gosta de ensinar: o fim dos vestibulares. São Paulo: Ars poética, 1995b.

ALMEIDA, M.E.B.T.M.P. Subprojeto de Informática na Educação. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 1997.

ARENDT, Hanna. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1999.

AZEVÊDO, Wilson. Panorama Atual da Educação a Distância no Brasil.

Disponível em: http://www.aquifolium.com.br/educacional/artigos/panoread.html. Acesso em: 22/08/2006.

BUNCHAFT, Guenia; KELLNER, Sheilah Rubino de Oliveira. Estatística sem mistérios. Petrópolis: Vozes, 1997.

DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. Campinas: Autores Associados, 1999a.

_____. Questões para teleducação. Petrópolis: Vozes, 1998a.

_____. Pesquisa princípio científico e educativo. São Paulo: Cortez, 1999b.

_____. Desafios modernos da educação. Petrópolis: Vozes, 1998b.

_____. Aprendendo a aprender com o professor: análise de experiências recentes. Curitiba: Base, 1998c.

_____. Conhecimento moderno. São Paulo: Vozes, 1997.

_____. Ironias da educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

_____. Educação & conhecimento: relação necessária, insuficiente e controversa. Petrópolis: Vozes, 2000.

FREIRE, Paulo. Ira, Medo e ousadia: o cotidiano do professor. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

GIROUX, Henry. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

_____. Cruzando as fronteiras do discurso educacional: novas políticas em educação. Porto Alegre: Artes médicas, 1999.

IBASE. Educação à Distância. Disponível em: http://www.ibase.org.br Acessado em: 12/09/2006.

LANDIM, Claudia Maria das Mercês P. Ferreira. Educação à Distância: Algumas Considerações. Rio de Janeiro: Ática, 1997.

LUCENA, M. Um Modelo de Escola Aberta na Internet: Kidlink no Brasil. Rio de Janeiro: Brasport, 1997.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994.

MACHADO, Nilson José. Epistemologia e didática: As concepções de conhecimento e inteligência e a prática docente. São Paulo: Cortez, 1995.

MAFFESOLI, Michel. O conhecimento comum: compêndio de sociologia compreensiva. São Paulo: Brasiliense, 1988.

MARASCHIN, Cleci. A sociedade do conhecimento e a educação à distância.In: CAPISANI, Dulcimira. Educação e arte no mundo digital. Campo Grande, MS: EAD/UFMS, 2000.

MORAN, Cleci. A Educação a Distância e um Programa Institucional de Formação de Professores em exercício. Campo Grande: AEAD/UFMS, 2000.

MORAN, José Manuel. Mudanças na comunicação pessoal: Gerenciamento integrado da comunicação pessoal, social e tecnológica. São Paulo: Paulinas, 1998.

MOREIRA, A.L. Informática e Educação: Casamento por Interesse. Rio de Janeiro: PC Magazine, 1998.

MÜLLER, C.A. et. al. A informática na Educação. São Paulo: Folha de São Paulo, 1997.

NEDER, Maria Lúcia Cavalli. A Formação do Professor à Distância: Diversidade como base conceitual. Cuiabá: UFMT/IE, 1999.

NÓVOA, Antonio. Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1995.

_____. Vidas de professores. Porto: Porto, 1992.

Javier Pérez de Cuellar et. al. Nossa diversidade criadora: Relatório da Comissão Mundial e Cultura e Desenvolvimento. Brasília: UNESCO, 1997.

PALLOFF, R. M. e PRATT, K. Construindo comunidades de aprendizagem no ciberespaço. Porto Alegre: Artmed, 2002.

PAPERT, S. A máquina das crianças: repensando a escola na era da informática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

POZO, Juan Ignácio. Teorias cognitivas da aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

RIZZINI, Irene, BARKER, Gary, CASSANIGA, Neide. Políticas sociais em transformação: crianças e adolescentes na era dos direitos. Curitiba: Educar em Revista, n. 15, 1999.

TODOROV, J.C. A Importância da Educação à Distância. Disponível em:
http:// www.intelecto.net/ead/todorov.html Acessado em: 27/09/2006.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Educação à Distância: Ciência e Tecnologia. Disponível em: http://penta.ufrgs.br/ead/cnpq/objetivo.html Acessado em 10/09/2006.

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO. Educação à Distância: Ciência e Tecnologia. Disponível em: http://www.dei.unicap.br/~almir/seminarios/ Acessado em: 12/09/2006.

VINHOLI, Maria da Graça Gonçalves. Utilização da TV Escola no cotidiano escolar: um estudo das possibilidades e das limitações em uma escola pública de Mato Grosso do Sul. Dissertação (Mestrado). São Carlos: Universidade Federal de São Carlos, 2002.


QUESTIONÁRIO SOBRE O “USO DA TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO PARA”.

 

Avaliando aspectos de gerais do curso: Utilizando uma escala de 1 a 5, onde 1 significa menos importante e 5 mais importante, hierarquize suas respostas dentro do aspecto apresentado.


Entrevista com os Diretores e Coordenadores

Por que utilizar a EAD?

A sua Instituição de Ensino pretende relacionar a EAD com o ensino presencial? Como?

Qual o impacto do uso da tecnologia no aprendizado do aluno e quais as limitações deste uso?

Como o modelo instrucional escolhido funcionou em termos pedagógicos e de eficiência de aprendizagem?

Questão não abordada e/ou sugestão para futuras pesquisas:

 

QUESTIONÁRIO II

O presente questionário se destina a levantar dados sobre a participação de professores, matriculados em cursos na modalidade de educação a distância.

Agradecemos a colaboração no preenchimento das respostas às questões levantadas.

1) Dados pessoais

a) Nome completo:

________________

b) Idade cronológica

25 – 30 anos ( ) 30 – 45 anos ( ) 45-55 anos 55 em diante ( )

c) Identifique a instituição onde trabalha.

Universidade ( ) Centro Universitário ( ) Faculdade ( ) Outras ( )

d) A instituição pertence:

Ao sistema público ( ) Ao sistema privado ( )

e) Já realizou experiências em EAD

Sim ( ) Não ( )

f) Caso tenha realizado experiências em EAD, estas foram:

Em curso de licenciatura ( ) Em outros cursos superiores ( ) Outros ( )

2) Utilize para as próximas questões, a escala de valores abaixo:

1) Decididamente não 0%

2) Não 25%

3) Ás vezes 50 %

4) Sim 75%

5) Decididamente sim 100%

a) A EAD é uma modalidade de ensino eficaz? ( )

b) O projeto elaborado para o curso de especialização em EAD preocupou-se em mudar a cultura docente oriunda do sistema presencial? ( )

c) A cultura discente de EAD foi trabalhada durante o desenvolvimento do curso de especialização em EAD? ( )

d) Os participantes do curso, de forma geral, apresentavam um nivelamento intelectual adequado? ( )

e) Os exercícios propostos e as unidades didáticas foram claros e relacionados com a teoria EAD? ( )

f) O sistema EAD oferece aproveitamento melhor do que aquele que os alunos demonstram em cursos presenciais? ( )

g) O sistema de tutoria, apresenta vantagens em relação às atividades de atendimento de alunos no sistema presencial? ( )

3) Utilizando a escala de valores colocada abaixo, anote seu conceito em relação a cada disciplina dos eixos temáticos propostos para o curso.

1) Nenhuma aplicabilidade 0%

2) Pouca aplicabilidade 25%

3) Aplicabilidade média 50 %

4) Grande aplicabilidade 75%

5) Aplicabilidade total 100%

a) Fundamentos e políticas de EAD ( )

b) Metodologia da investigação em EAD ( )

c) Meios interativos e redes eletrônicas ( )

d) Planejamento e produção de materiais didáticos em EAD ( )

e) Gestão de centros associados, estruturas e funcionamento em EAD ( )

f) Comunicação e informação em EAD ( )

g) Teoria e prática tutorial ( )

h) Projeto pedagógico em EAD ( )

i) Planejamento em EAD ( )

j) Avaliação da aprendizagem em EAD ( )

3) Com relação aos conteúdos estudados, você julga que alguma outra disciplina poderia ter sido incorporada ao programa do curso, como um eixo temático de importância, complementando aqueles colocados na questão anterior? Em caso afirmativo registre abaixo quais indicaria.

________________

4) Registre na seqüência outras informações que você considera necessárias, para completar este questionário.

________________

Autor: EDUARD ALOIS BALDI MAGALHAES

Escreva um comentário

Não se preocupe, seu email ficará sem sigilo.