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Atualizado em 09/08/2024

Abordagem Cognitiva

Aprenda sobre a abordagem cognitiva e como ela pode ser aplicada para melhorar sua saúde mental. Descubra como ela pode ajudar a lidar com problemas de ansiedade, estresse e depressão. Comece a sua jornada para uma saúde mental melhor hoje!

O termo “cognitivo” refere-se ao processo central do ser humano.

Uma abordagem “cognitivista” implica, dentre outros aspectos, estudar cientificamente a aprendizagem como sendo mais que um produto do ambiente, das pessoas ou de fatores que são externos ao aluno.

Este tipo de abordagem é principalmente interacionista.

Homem e Mundo

Em Piaget, encontra-se a noção de desenvolvimento do ser humano por fases que se inter-relacionam e se sucedem até que atinjam estágios de inteligência caracterizados por maior mobilidade e estabilidade. Para ele, o conhecimento é produzido da interação entre homem e mundo.

O ser humano, como todo organismo vital, tende a aumentar seu controle sobre o meio, colocando-o a seu serviço. E, fazendo isso, modifica o meio e se modifica.

Além disso, também é importante ressaltar que a afetividade e a inteligência são interdependentes.

O desenvolvimento humano se dá pela soma de maturação biológica e complexificação do sistema nervoso, consistindo, de forma genérica, em alcançar o máximo de operacionalidade em suas atividades, sejam estas motoras, verbais ou mentais.

Sociedade-Cultura

Os fatos sociológicos variam de acordo com o nível mental médio das pessoas que os constituem.

Conhecimento

Para os epistemólogos genéticos, conhecimento é considerado uma construção contínua. A passagem de um estado de desenvolvimento para o seguinte é sempre caracterizada pela formação de novas estruturas que não existiam anteriormente no indivíduo.

Em se tratando de aquisição de conhecimento, Piaget admite pelo menos duas fases:

  • Fase Exógena: fase da constatação, da cópia, da repetição.
  • Fase Endógena: fase da compreensão das relações, das combinações.

Educação

O processo educacional, consoante a teoria de desenvolvimento e conhecimento, tem um papel importante ao provocar situações que sejam desequilibradas ao aluno, fazendo com que este desenvolva as noções e operações ao mesmo tempo em que a criança vive intensamente cada etapa de seu desenvolvimento.

Para Piaget, a educação é um todo indissociável, considerando-se dois elementos fundamentais: o intelectual e o moral.

O objetivo da educação, portanto, não consiste na transmissão de verdades, informações, demonstrações, modelos, etc., mas sim em que o aluno aprenda, por si próprio, a conquistar essas verdades, mesmo que tenha de realizar todos os passos pressupostos por qualquer atividade real.

Escola

Segundo Piaget, a escola deveria começar ensinando os alunos a observar.

A escola deveria dar a qualquer aluno a possibilidade de aprender por si próprio.

Uma escola coerente a esse tipo de abordagem deverá oferecer às crianças liberdade de ação.

Metodologia

Não existe um modelo pronto. A ação do indivíduo é o centro do processo e o fator social ou educativo constitui uma condição de desenvolvimento. Para Piaget, o trabalho em equipe pode ser usado como estratégia. O ambiente ao qual o aluno está inserido precisa ser desafiador, promovendo sempre desequilíbrios.

O jogo adquire importância fundamental em sua aplicação ao ensino.

As experiências não devem ser feitas na frente do aluno, mas sim pelo aluno.

Ensino-Aprendizagem

A concepção piagetiana de aprendizagem tem caráter de abertura e comporta possibilidades de novas indagações, assim como toda a sua teoria em epistemologia genética.

Aprender significa assimilar o objeto a esquemas mentais.

O ensino compatível com a Teoria Piagetiana deve ser baseado no ensaio e erro, na pesquisa, na investigação, na solução de problemas por parte do aluno, e não na aprendizagem de fórmulas, nomenclaturas, definições, etc.

O ponto fundamental desse ensino, portanto, consiste em como o aluno vai obter e construir esse conhecimento.

Professor-Aluno

O professor deve propor problemas aos alunos sem ensinar-lhes a solução, fazendo desafios. Cabe a ele evitar rotina, fixação de respostas e hábitos.

O saber deve ser socializado, dessa forma, compartilhar experiências e pesquisar a fim de que o aluno se sinta seguro.

Cabe ao aluno um papel essencialmente ativo, e suas atividades básicas, entre outras, deverão consistir em: observar, experimentar, comparar, relacionar, analisar, justapor, compor, encaixar, levantar hipóteses, argumentar, etc.

E ao professor cabe a orientação necessária para que os objetos sejam explanados pelos alunos, sem jamais oferecer-lhes solução pronta.

Avaliação

No que se refere à avaliação tradicional, realizada através de provas, testes, notas, exames, etc., ela encontra pouco respaldo nesse tipo de abordagem. Sendo assim, o controle do aproveitamento deve ser apoiado em múltiplos critérios, considerando-se principalmente a assimilação e a aplicação em situações variadas. Não há padrões a serem seguidos.

O conhecimento não é mensurável dentro dessa abordagem; as soluções erradas também são consideradas.

Autor: Thays Simoka

Referências

MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: As abordagens do processo. Abordagem Cognitivista.  São Paulo: EPU, 1986.119p.p.59-86.

Para saber mais sobre a importância da educação, confira a importância da educação de valores.

Se você está interessado em desenvolver habilidades práticas, explore atividades variadas para educação infantil.

Se você busca recursos para melhorar a aprendizagem, considere o método Montessori.

Para mais informações sobre a relação entre professor e aluno, veja a relação pedagogo/educador.


Este texto foi publicado na categoria Saúde Mental e Psicológica.

 About Pedagogia ao Pé da Letra

Sou pedagoga e professora pós-graduada em educação infantil, me interesso muito pela educação brasileira e principalmente pela qualidade de ensino. Primo muito pela educação infantil como a base de tudo.

4 respostas para “Abordagem Cognitiva”

  1. Esta parte parece que tem algum erro de ortografia ou concordância: “das pessoas os de fatores que são externos ao aluno.”

    • Obrigada! Foi um erro de digitação. Colocamos “das pessoas os de fatores” ao invés de “das pessoas ou de fatores”.

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