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Atualizado em 09/08/2024

A Metodologia do Ensino da Matemática no Ciclo II: Críticas e Sugestões

Este artigo explora a metodologia do ensino da matemática no ciclo II, apresentando críticas e sugestões para melhorar o processo de ensino-aprendizagem. A pesquisa aborda a importância de uma abordagem mais interativa e prática na disciplina.

A Metodologia do Ensino da Matemática no Ciclo II: Críticas e Sugestões

Introdução

A Metodologia do Ensino da Matemática no Ciclo II – Críticas e Sugestões é o tema do estudo deste projeto, por se tratar de um assunto de interesse e que preocupa aqueles que estão empenhados com a melhoria do ensino-aprendizagem.

A reprovação em matemática é uma constante, o que me obriga a refletir, criar meios e formas para reduzir o insucesso dessa fascinante tarefa de ensinar. Onde está o nosso fracasso? No sistema? No aluno? Não será o professor? É prioritário rever os métodos de ensino-aprendizagem, não sem antes observar e avaliar fatos que contribuem para o fracasso do aluno.

É objetivo ainda observar como ocorre o ingresso da criança na escola, conhecer sua história de vida e sua vivência de aprendizagem da Matemática, que venha a valorizar as experiências empíricas da criança.

Portanto, o objetivo deste projeto é mostrar que a deficiência do aluno em relação à matemática não é apenas resultado de sua falta de vontade, ou do professor que não faz ou faz incansáveis tarefas. A metodologia pode ser um dos fatores pela falta de estímulo referente à disciplina.

A minha preocupação é incluir temas que sejam reais e coerentes dentro do aspecto escolar, favorecendo um interesse por parte dos alunos em relação aos conteúdos matemáticos.

Outro momento do trabalho destaca a disciplina da Matemática e sua importância inserida na etapa do ensino fundamental para a aquisição de competências e equilíbrio do conteúdo de matemática, para que haja uma aprendizagem satisfatória.

Em toda elaboração deste trabalho, a pesquisa bibliográfica foi importante na busca de outras informações mediante autores que vêm constatar nossas questões levantadas. A pesquisa realizada com os alunos favoreceu um conhecimento mais direto do que pensam sobre a disciplina aqui estudada.

Na resposta coletada pela pesquisa, na análise verifica-se como é importante que a escola veja, e junto aos anseios dos alunos, abra espaço para que questionem as várias metodologias adotadas pela escola na sua missão de formadora.


Justificativa

O presente projeto surgiu conforme a realidade da disciplina da matemática dentro do contexto atual, principalmente com referências às inovações do ensino de matemática, o que se inclui a avaliação do período do ensino fundamental, proporcionando tranquilidade aos alunos. Mas tomei como referência a Escola de Ensino Fundamental e Médio Maria Thomásia, para aplicação da pesquisa com o intuito de reforçar as ideias dos conceitos adquiridos pela pesquisa bibliográfica.

A proposta deste trabalho é explicitar as experiências associadas às queixas individuais que podem ser resolvidas com interatividade entre aluno e professor. Isso ocorre quando o professor valoriza a troca de experiências entre alunos como forma de aprendizagem, visando bem o intercâmbio de ideias como fonte de conhecimentos, respeitando o pensamento e a produção dos alunos, desenvolvendo um trabalho livre de preconceitos e salientando a matemática no desempenho e formação básica do cidadão. A modernidade oferece um leque de busca e outras áreas de conhecimento que ocupam, desse modo, atividades interdisciplinares, que nos dias atuais evidenciam mais a importância da visão de mundo universal.


Objetivos

3.1. Geral

Contribuir para a melhoria na qualidade do processo do Ensino e Aprendizagem na disciplina de matemática na escola pública, como também o procedimento do professor em sala de aula em relação aos conteúdos.

3.2. Especificações

  • Ensinar a disciplina da matemática e despertar interesse no aluno.
  • Identificar a dificuldade enfrentada à metodologia aplicada pelo professor.
  • Observar procedimentos adequados e inadequados pelo professor na sala de aula.
  • Sequenciar conteúdos de acordo com o projeto pedagógico.
  • Integrar uma relação com alunos que se dizem atrasados nos conteúdos.
  • Propiciar horário para exposição dos conteúdos.
  • Organizar atividades correspondentes aos conteúdos.
  • Contribuir para uma boa relação entre professores e alunos.
  • Sugerir para que aconteça uma aula de matemática de forma dinâmica e participativa.

4. Análise e sugestões

A partir desses objetivos específicos, realizei a pesquisa colocando à disposição de dez alunos, dez questões que deveriam ser respondidas conforme os itens selecionados.

Com os questionamentos respondidos, passei a avaliar suas respostas e traçar um perfil do papel da metodologia da disciplina da matemática para o aluno do ensino fundamental.

Diante do questionamento sobre o fato da disciplina despertar interesse nos alunos, obtivemos 100% dos alunos afirmando que há um interesse pelos conteúdos. Para mais atividades que podem ajudar nesse processo, veja as atividades de matemática com níveis de dificuldade.

Com isso, posso afirmar claramente que o aluno da escola pública, ao contrário do que parece, apresenta uma motivação para com esta disciplina. Em vista dessa vontade de estudar, o professor deveria realizar uma série de atividades que favoreçam a aprendizagem real, e não somente por um período de tempo, em que os conteúdos estão sendo aplicados em sala de aula.

Em nenhum momento, nesta pergunta, encontrei algum aluno afirmando não dispor de vontade para estudar matemática. Todos os alunos confirmaram nossas hipóteses de que, pelo fato de aprender matemática antes de entrar na escola, o aluno passa a desenvolver suas potencialidades na escola, o que é bem importante para o reconhecimento do potencial do aluno da escola pública.

A dificuldade com a metodologia do professor, as respostas levaram-me a crer que o próprio aluno não tem consciência de que a metodologia interfere bastante no processo de ensino-aprendizagem, compreendendo que os instrumentos utilizados em sala de aula garantem a aquisição de conteúdos.

Verifiquei que o aluno ainda se apresenta passivo dentro da sala de aula, respondendo somente ao que o professor sugere, em conformidade com as respostas dos exercícios desenvolvidos em sala de aula, obedecendo ao currículo.

Isso mostra como o aluno ainda aprecia aquela aula totalmente discursiva, em que o professor somente fala e atribui conhecimento, fazendo-o detentor do saber.

Com isso, nosso aluno vê a impossibilidade de chegar até onde o professor já chegou, acreditando em sua incompetência e incapacidade, já que não é nenhum gênio. Essa ideia é veiculada na escola de forma muito sutil, e o aluno acaba acreditando nisso.

Diante da resposta referente ao procedimento do professor na sala de aula de matemática, os alunos pesquisados responderam que o professor deve expor corretamente os conteúdos. O meu questionamento surgiu em decorrência de que o nosso aluno também não dispõe de um conhecimento devido àquilo que deve ser apresentado em sala de aula. Por isso, é sempre viável que ao aluno sejam dados direcionamentos contínuos sobre os conteúdos.

Esses direcionamentos surgem da importância de que o aluno deve sentir o seu próprio progresso na matemática, decorrente de um trabalho individualizado pelo professor no acompanhamento da evolução do estudante.

Os alunos pesquisados, em sua grande maioria, diante da pergunta sobre os procedimentos inadequados costumeiramente pelo professor de matemática, atribuem maior evidência aos conteúdos fora da realidade de vida do estudante. Isso se aplica dentro do currículo escolar. Muitos dos conteúdos o aluno não aplicará em sua vida ou etapas posteriores de estudo.

A escola precisa analisar os conteúdos programáticos, para que eles sejam ensinados de forma mais prática e partindo da realidade do aluno, visto que é de suma importância para que aprenda verdadeiramente os conteúdos. Para mais dicas sobre como trabalhar a matemática no dia a dia, confira como trabalhar mostrando a matemática no dia a dia.

Devemos sair da esfera da teorização, para ingressar dentro de padrões da compreensão prática, que é da própria realidade do nosso aluno, quando de suas experiências sociais e comunitárias.

De acordo com o material didático recebido, o aluno percebe que o professor segue restritamente os conteúdos do programa curricular. Isso faz com que o próprio professor não disponha de tempo devido para atividades extras.

É preciso que no programa curricular, o professor possa desenvolver outros tipos de atividades sempre beneficiando a realidade do educando, na possibilidade de fazê-lo compreender a disciplina de matemática, não com aquela rigidez, mas com aquela disponibilidade para ser aplicada em todos os seus segmentos sociais.

Vi, pela resposta dos alunos nesta questão, que o professor não mais procede com diferença para com o aluno que apresenta dificuldades com os conteúdos. É uma demonstração de que o relacionamento mantido entre ambos na sala de aula está progredindo, principalmente com relação aos aspectos internacionais.

A melhor apreensão dos conteúdos, segundo o que informam os alunos pesquisados, e após a revisão dos conteúdos, em que o aluno é avaliado de seus conhecimentos e posto à prova quanto ao seu nível de entrosamento das ideias.

Dentro do processo de ensino e aprendizagem, a relação entre as atividades desenvolvidas em sala de aula se estende às que são enviadas para casa.

Pelo índice mais evidentes, ou seja, 70%, pude verificar que as atividades desenvolvidas na sala de aula procuram ser continuadas pelo aluno em casa, onde ele pode realizá-las sozinho ou sob a orientação de algum familiar, abrindo assim possibilidades de que a família também participe da aprendizagem do seu filho.

O inter-relacionamento mantido na escola entre aluno e professor é um fator preponderante para que a própria metodologia alcance os seus objetivos. É preciso que haja conscientização, tanto pelos alunos quanto pelos profissionais da escola, quanto ao poder de um bom relacionamento dentro do cotidiano escolar.

Nesse sentido, os alunos demonstram que têm essa consciência, principalmente porque sabem que, diante de um professor que toma atitudes agradáveis, o processo de aprendizagem acontece mais eficientemente.

Sugestão para que aconteça uma aula de matemática de forma dinâmica e participativa, essa pergunta foi a que constituiu o término do questionário aplicado aos alunos, em que se propunha obter dos próprios entrevistados linhas de sugestões que pudessem proporcionar uma aula dinâmica e participativa.

Vejamos alguns depoimentos dos alunos:

– “Fazendo uma gincana toda semana de matemática”.

– “Fazendo uma dinâmica de matemática toda quinta-feira”.

Diante da sugestão dos dez alunos pesquisados, colhi estas duas por serem as mais significativas. Vi, que pelas próprias palavras utilizadas por eles, que é importante que se tenha uma dinâmica concreta na sala de aula, em que os alunos aprendam sem se dar conta. O ensino formalizado tem os seus contributos, mas também a escola deve dispor de novos recursos que viabilizem uma aprendizagem significativa, fazendo com que o próprio aluno realize atividades matemáticas através de atividades lúdicas, em que os personagens principais sejam eles mesmos.

Com isso, dentro de uma proposta de ensino de qualidade, a escola deve fornecer aos seus alunos formas mais concretas de trabalhar com a matemática, levando alguns alunos a solicitarem a presença de jogos, ábacos e outros instrumentos facilitadores da aprendizagem dos conceitos matemáticos. Para mais informações sobre ferramentas essenciais para o aprendizado, veja ferramentas essenciais para o aprendizado de matemática no 4º ano.

5. Referencial teórico

Inicialmente, deve haver uma intenção de colocar o educando diante do conhecimento formal elaborado pela escola para que haja uma construção realizada pelo próprio aluno.

Assim, demonstra FREIRE (1996, p. 35) quando diz:

(…) a curiosidade humana vem sendo histórica e socialmente construída e reconstruída. Precisamente porque a promoção da ingenuidade para a criticidade não se dá automaticamente, uma das tarefas propícias da prática educativo-progressista é exatamente o desenvolvimento da curiosidade crítica, insatisfeita, indócil.

Como relata o autor, se faz necessário que o aluno seja encaminhado no pensamento crítico diante das colocações que estão se apresentando à sua frente. A transmissão do conhecimento, geralmente provida da ideologia, mostra-se como responsável por uma construção de uma criticidade voluntária capaz de perceber as falhas dentro do processo de ensino-aprendizagem. Assim, é importante que a metodologia matemática persiga os valores do aluno em seus vários aspectos.

PIAGET (1997, p.37) escreve:

Quando comparamos a criança ao adulto, ora espanta-nos a identidade das relações fala-se em uma “pequena personalidade” para dizer que a criança sabe muito bem o que deseja; age, como nós, em função de interesses precisos ora descobre-se um mundo de diferenças no jogo, por exemplo, ou na maneira de raciocinar, e diz-se então que a criança não é um pequeno adulto. Pois assim, essas duas expressões são verdadeiras ora uma, ora outra.

A explicação do autor demonstra que não se pode mensurar as aptidões infantis, pois corre o risco de cair em certos extremismos, principalmente porque há diversas formas de manifestações das capacidades cognitivas da criança por ela mesma, o que se dá condições de rotular a criança como sendo, ou não, um adulto em miniatura.

Emília Ferreiro, sobre a alfabetização espontânea de crianças pequenas, realizou pesquisas que mostram que, pouco importando suas classes sociais, meninos e meninas entram no processo regular de ensino possuindo algum conhecimento sobre a língua escrita, conhecimentos esses frutos de uma observação e reflexão, ou seja, frutos da atividade de um ser presente.

Uma das tarefas de observação e reflexão, por parte da criança, segundo Emília Ferreiro, é o estudo da matemática. Muito antes de entrarem na escola, as crianças separam, juntam, retiram, acrescentam, comparam objetos, estabelecem correspondências entre eles, etc.

Trata-se de formas valiosíssimas de organizar o mundo, formas estas construídas pela própria criança através de sua atividade espontânea de ser pensante e que, naturalmente, se construirão no alicerce de toda aprendizagem matemática futura.


Referências bibliográficas

MAIA, Lisieux T. Metodologia Básica. Fortaleza: Fundação Edson Queiroz Universidade de Fortaleza, 1994

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996 (Coleção Leitura)

FERREIRO, Emília & TEBEROSKY A. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médias, 1986

PIAGET, Jean. Seus estudos e psicologia. São Paulo: Forense, 1977

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. MEC/SEF, 1997



Autor: Ruth Maria Carvalho Souto

Atualmente mestranda em Ciências da Educação


Este texto foi publicado na categoria Metodologias e Inovação Pedagógica.

 About Pedagogia ao Pé da Letra

Sou pedagoga e professora pós-graduada em educação infantil, me interesso muito pela educação brasileira e principalmente pela qualidade de ensino. Primo muito pela educação infantil como a base de tudo.

Uma resposta para “A Metodologia do Ensino da Matemática no Ciclo II: Críticas e Sugestões”

  1. Puxa! Gostei muito de ver meu trabalho publicado nesse site, hoje se fosse reescrevê-lo faria algumas pequenas modificações, na época estava terminado a graduação em pedagogia.
    Atualmente dou mestranda em Ciências da Educação.
    Obrigada
    Ruth Souto

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