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Atualizado em 09/08/2024

Crianças superprotegidas

O artigo discute os riscos da superproteção infantil e como produtos de segurança podem impactar o aprendizado e desenvolvimento das crianças.

Crianças superprotegidas

Produtos blindam os pequenos de acidentes, o que pode prejudicar a capacidade deles de aprender

A indústria de produtos voltados para a segurança infantil cresce em ritmo alucinado no mundo. Com isso, vai longe o tempo em que se resumiam a protetores de tomada e cadeirinhas para carros – comprovadamente necessários para evitar acidentes graves. Há uma leva de novos itens: capacetes e joelheiras para bebês em fase de engatinhar, coleiras, alarmes que avisam os pais quando a criança ultrapassa os limites considerados seguros na casa e até dispositivos que soam diante de um xixi na calça. Ao mesmo tempo em que trazem mais tranquilidade aos pais, os produtos podem dificultar o aprendizado e retardar o desenvolvimento dos pequenos. Por isso, dividem opiniões. “Bebês devem ser assistidos e crianças, além de observadas, devem ser ensinadas sobre os riscos e saber obedecer”, resume Alessandra Françoia, da ONG Criança Segura. Na opinião dela, quando isso acontece, capacetes, coleiras e alarmes são totalmente dispensáveis. A importância de ensinar ética aos filhos é um aspecto que também deve ser considerado na educação infantil.

Sucesso nos EUA e cada vez mais comum no Brasil, a coleira para crianças é encontrada no País há dois anos. Segundo a responsável pela compra de produtos da loja BMart, Sheila Araújo, a aceitação da coleira entre os brasileiros aumentou com a chegada do produto na versão mochila de bichinho com cinto. “A mochila não ofende”, diz Sheila. A empresária Wanda Machado comprou uma, em forma de macaco com cinto, para o neto quando ele tinha 3 anos e se perdeu na Disney. Hoje, ela usa em lugares cheios de gente. “Ele não para e gosta de se esconder”, diz ela, que se acostumou com olhares de estranheza. “Podem falar o que quiserem, o importante é que meu neto está do meu lado.”

Para especialistas, o uso eventual não é prejudicial, o problema é a utilização frequente. “Se os pais precisam sempre de uma coleira para manter o filho ao lado, eles estão com graves questões de comunicação”, diz o pediatra Ricardo Halpern. Já o capacete e a joelheira para bebês são considerados um exagero. Alessandra, da ONG Criança Segura, explica que quando a criança cai da sua altura raramente se machuca gravemente. “É lamentável, mas muitos pais preferem substituir o seu olhar por equipamentos como esse”, afirma.
As maiores críticas recaem sobre o dispositivo sonoro que é colocado na cueca ou na calcinha de meninos e meninas e emite um alarme ao sinal da primeira gota de urina. O produto foi desenvolvido para quem sofre de enurese noturna. Porém, vem sendo usado em crianças recém-desfraldadas para evitar que fiquem molhadas. O pediatra Halpern condena a medida. “O certo é os pais ensinarem a criança a deixar a fralda e a usar o banheiro”, diz ele, frisando que o alarme pode traumatizar. A criança aprende a partir de erros e acertos. Fazer xixi na calça faz parte do aprendizado e contribui para o seu desenvolvimento. A depressão na infância é um tema que também merece atenção dos pais.

Claudia Jordão

Fonte: revista ISTOÉ

Para proteger as crianças de acidentes, muitos pais estão optando por produtos de segurança. Se você está em busca de soluções eficazes, considere explorar opções de monitoramento parental que podem ajudar a manter seus filhos seguros no ambiente online.


Este texto foi publicado na categoria Maternidade e Desenvolvimento Infantil.

 About Pedagogia ao Pé da Letra

Sou pedagoga e professora pós-graduada em educação infantil, me interesso muito pela educação brasileira e principalmente pela qualidade de ensino. Primo muito pela educação infantil como a base de tudo.

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