Desafios e avanços da Educação Infantil
Muitos desafios foram encontrados durante o processo de garantir os direitos das crianças, que antes eram tratadas como qualquer coisa, e agora se tornam essenciais na vida social. Porém, mesmo após a legislação que garante os direitos das crianças e o reconhecimento da infância, ainda existem muitos desafios a serem superados para avançarmos e alcançarmos o ideal de educação para nossos “pequeninos”.
As dificuldades em relação à educação infantil vão desde o conflito educar x brincar até as condições sociais em que vivem nossas crianças. A escola deve educar a criança, garantindo-lhe o acesso gratuito e a permanência na escola. As instituições, antes assistencialistas, agora se configuram de uma forma diferente, visando não só cuidar das crianças enquanto as mães trabalham, mas também desenvolver nelas, mesmo que ainda pequenas, o interesse pelo estudo. Através do currículo específico da educação, as crianças aprendem a contar, reconhecer as cores, interagir com os colegas e saber conviver na escola, pois afinal, conviverão por muito tempo.
O atendimento às crianças, um direito imposto por lei, ainda enfrenta desafios. Apesar da expansão do atendimento na educação infantil, muitos aspectos deixam a desejar, principalmente porque as crianças de famílias de baixa renda têm menor oportunidade que as de nível socioeconômico mais elevado. Porém, com a ajuda que o governo oferece através de seus programas públicos, o quadro de crianças atuais nas escolas é diferente do que era há 10 anos. Para mais informações sobre a inclusão de alunos, veja a inclusão de alunos autistas em sala de aula.
As condições socioeconômicas das famílias no atual Brasil influenciam muitas áreas da vida social, inclusive a educação, que é de extrema importância. Apesar da educação infantil não ser obrigatória, é muito importante e interessante que a criança seja inserida no meio escolar desde cedo, até como forma de garantir a vaga do filho para as posteriores séries do ensino fundamental. Há uma enorme desigualdade social e regional em relação à entrada e permanência da criança e do adolescente no ensino público, aplicando-se à educação infantil também.
Outro importante fato que precisa ser destacado é a valorização e formação dos professores dedicados à área da educação infantil. Um dos problemas encontrados na configuração curricular dos cursos que formam professores no Brasil refere-se à falta de clareza sobre o perfil profissional daqueles que atuarão junto à criança pequena (Kishimito, 2002). Os educadores da área infantil precisam estar altamente qualificados para o ensino, pois qualquer equívoco cometido com a criança nas creches e pré-escolas pode causar traumas e complicações que a criança carregará por toda a vida. É através da sala de aula que percebemos os alunos com déficit de atenção e problemas de autismo, quando não detectados pelas famílias, devido às condições socioeconômicas. A formação dos professores é o fator mais importante para a promoção de padrões de qualidade na educação, seja em qualquer grau ou modalidade. É preciso suprir as deficiências teóricas e práticas de uma formação acadêmica mal feita, buscando a capacitação em serviço e a atualização constante, aprofundando experiências científicas e cotidianas que estão vivendo e as vividas anteriormente (Barreto, 1998).
A educação infantil vai além de carregar a criança no colo, dar brinquedos ou soltá-los no parquinho. O planejamento do currículo precisa incluir uma organização que enriqueça o universo infantil. Ao utilizar o tempo, os materiais disponíveis, as brincadeiras e as músicas, deve-se procurar encaixar o desenvolvimento do saber às atividades junto às crianças. Para mais sobre a importância da rotina, veja A Importância da Rotina na Educação Infantil.
Não é fácil discutir sobre essa questão do trabalho pedagógico em instituições de educação infantil, pois é muito fácil imaginarmos um cotidiano em sala de aula e os professores vivenciarem outros, já que cada escola está inserida em uma comunidade que influencia de forma negativa ou positiva, além das crianças que compõem a escola, que fazem toda a diferença.
Apesar de todos os problemas, houve muitos avanços e continuarão ocorrendo diversos avanços. Precisamos olhar criticamente e perceber que, da forma como a criança era tratada na Idade Média, posta de lado sem seu direito à infância, os dias atuais avançaram pouco mais. A educação saiu de assistencialista para educar a pequena criança, afinal, como disse Montesquieu, é na criança que se encontra o homem de amanhã.
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