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Atualizado em 27/11/2018

Vamos conversar sobre alfabetização?

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O que é ser professora alfabetizadora na opinião de vocês?

Uma professora alfabetizadora é aquela que se encanta com os pequenos progressos e descobertas de seus alunos, seja quando compara uma letra ou quando um encontro vocálico ou consonantal nos diversos contextos do dia a dia.

Está sempre próxima de sua turma lendo e relendo, assim consiste a rotina da sala de aula.

Acredita no sócio-interacionismo, ou seja que aprendizado depende também do outro, possibilitando discussões e reflexões constantes.

Assim procura interdisciplinar com assuntos do interesse dos discentes para que o aprendizado se torne significativo, um exemplo seria explorar o tema atual: Copa do Mundo 2018

E quando alguns alunos finalizam o ano sem a compreensão do funcionamento do sistema de escrita?

A compreensão da escrita vai além do momento de escrita, um  nível se diferencia do outro. Por exemplo, o aluno Pode sim ter a compreensão do funcionamento da escrita e fazer “ditado” de uma carta com coerência por exemplo. Já a grafia desse código pode vir ao longo do ano seguinte.

Para vocês, há uma idade certa para se alfabetizar?

Alfabetização ocorre entre a educação infantil e até o final do segundo ano do ensino fundamental. Acredito que transferir o mecanismo de códigos  não define como estar ou não alfabetizado. Acredito ainda que uma educação infantil se bem estruturada, respeitando cada indivíduo, terá condição de prepará-lo neurologicamente para esse processo. Explorando espaço, lateralidade, agrupamento, criatividade (para elaborar um texto futuramente), entre outros.

O que vocês entendem quando utilizamos a palavra lúdico nos processos de alfabetização? O que esse lúdico abrange?

Entendo que o lúdico é permitir o brincar para aprender, seria uma atividade com intencionalidade pedagógica.  

Para mim, professora alfabetizadora e apaixonada nesse processo, segue pequenos anexos de meus dias nessa fase ENCANTADORA.

Essa é uma parede preparada para receber os alunos , sem informação alguma ela aguça a funcionalidade dela e exploram novas maneiras de usar, tocando sílabas de posições.
Mais um momento como no anterior, montada na porta da sala de aula, onde as crianças têm o acesso constante, uma caixa embaixo da mesa com as bolas com o alfabeto de maneira cursiva, e sobre a mesa rolos de papel com a letra bastão. A funcionalidade disto era que eles fizessem a comparação e associação das mesmas.

Nesse caso foi espontâneo da criança, ele usando as peças para brincar me chamou e disse:

-Tia, fiz letras.

Usamos apenas eu e ele (pois não houve interesse do grupo), palavras que continham a sílaba MA, independente do local que estivesse inserido.

No colégio temos a liberdade em agrupar as crianças, com isso nesse momento o grupo precisava ainda explorar os sons das vogais, por isso entreguei as placas com as consoantes fixas e deixando o alfabeto móvel apenas para as vogais.

Aqui com alfabeto móvel as crianças reproduziam a palavra já pronta acompanhada da figura.

Temos em nossa sala a sorveteria silábica, alguns momentos entre uma atividade e outra coloco meu avental, chapéu e logo sirvo um “sorvete” para cada criança, eles devem falar a sílaba que contém no seu. Algumas já se agrupam e formam palavras.

Esse aluno por exemplo me perguntou:

Tia você sabe o que escrevi?

Tentei por diversos momentos resolver tal questão, desisti com o tempo e devolvi a pergunta para ele.

-P. você consegue me mostrar por sílabas o que leu?

Ele prontamente disse:

– Lava e vaca! É claro.

Ainda sem entender disse:

-P., porque não respondeu separado?

Ele me disse:

-Não tinha dois “va”, usei o mesmo.

O que é importante garantir no processo de alfabetização?

Paz, confiança e muita tranqüilidade. A liberdade em errar, tentar, recomeçar…

Que tipo de propostas ou atividades vocês realizam com crianças em processos de alfabetização? Como as realizam e com que frequência?

Leitura diária em gêneros diferenciados

  • Segunda – feira livro sugerido por um aluno
  • Terça – feira Poema
  • Quarta – feira Receita
  • Quinta –feira clássicos
  • Sexta –feira Fábulas ou lendas

Listas variadas;

Receita de bolo sugerida por alguma mãe;

Escrita do passeio no final de semana;

Organização da rotina ;

Calendário;

Que conselhos ou lições, a partir das práticas e teorias de vocês, vocês dariam para uma professora alfabetizadora em início de carreira no Ensino Fundamental?

Dedicação total, todo e qualquer momento pode surgir uma oportunidade de falar sobre, ou levantar um questionamento.

Aqui por exemplo o aluno fez o nome cursivo, com isso, perguntei:

  • Quem sabe alguma letra cursiva?

Que leituras prático-teóricas/teórico-práticas vocês indicariam para uma professora alfabetizadora em início de carreira no Ensino Fundamental?

Cem linguagens da criança de Carolyn Edwards

Letramento Um tema em três Gêneros de Magda Soares

Psicogênese da Leitura e Escrita de Emilia Ferreira e Ana Teberesky

Todos os livros de Elvira Souza Lima

Alfabetização e Letramento de Magda Soares

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Aline Michelly Reino Lopes

Professora e Alfabetizadora – Colégio Genius

3 respostas para “Vamos conversar sobre alfabetização?”

  1. Esse trabalho é muito lindo, vai nos ajudar pois muitos professores, precisam entender o que está propondo para nossos pequenos

  2. Muito interessante e importante esses trabalhos, pois nos ajuda a refletir sobre o que estamos propondo em sala de aula para nossos alunos.

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