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Atualizado em 09/08/2024

Vamos conversar sobre alfabetização?

Venha conosco e descubra todos os benefícios da alfabetização! Aprenda como melhorar seus conhecimentos e aprimorar sua vida. Seja mais preparado para o futuro!

O que é ser professora alfabetizadora na opinião de vocês?

Uma professora alfabetizadora é aquela que se encanta com os pequenos progressos e descobertas de seus alunos, seja quando compara uma letra ou quando um encontro vocálico ou consonantal nos diversos contextos do dia a dia.

Está sempre próxima de sua turma lendo e relendo, assim consiste a rotina da sala de aula.

Acredita no sócio-interacionismo, ou seja, que o aprendizado depende também do outro, possibilitando discussões e reflexões constantes.

Assim, procura interligar assuntos do interesse dos discentes para que o aprendizado se torne significativo. Um exemplo seria explorar o tema atual: Copa do Mundo 2018.

E quando alguns alunos finalizam o ano sem a compreensão do funcionamento do sistema de escrita?

A compreensão da escrita vai além do momento de escrita; um nível se diferencia do outro. Por exemplo, o aluno pode sim ter a compreensão do funcionamento da escrita e fazer “ditado” de uma carta com coerência. Já a grafia desse código pode vir ao longo do ano seguinte.

Para vocês, há uma idade certa para se alfabetizar?

A alfabetização ocorre entre a educação infantil e até o final do segundo ano do ensino fundamental. Acredito que transferir o mecanismo de códigos não define como estar ou não alfabetizado. Uma educação infantil bem estruturada, respeitando cada indivíduo, terá condição de prepará-lo neurologicamente para esse processo, explorando espaço, lateralidade, agrupamento, criatividade (para elaborar um texto futuramente), entre outros.

O que vocês entendem quando utilizamos a palavra lúdico nos processos de alfabetização? O que esse lúdico abrange?

Entendo que o lúdico é permitir o brincar para aprender, seria uma atividade com intencionalidade pedagógica.

Para mim, professora alfabetizadora e apaixonada nesse processo, seguem pequenos anexos de meus dias nessa fase ENCANTADORA.

Essa é uma parede preparada para receber os alunos, sem informação alguma, aguça a funcionalidade dela e exploram novas maneiras de usar, tocando sílabas de posições.
Mais um momento como no anterior, montada na porta da sala de aula, onde as crianças têm o acesso constante, uma caixa embaixo da mesa com as bolas com o alfabeto de maneira cursiva, e sobre a mesa rolos de papel com a letra bastão. A funcionalidade disto era que eles fizessem a comparação e associação das mesmas.

Nesse caso foi espontâneo da criança, ele usando as peças para brincar me chamou e disse:

-Tia, fiz letras.

Usamos apenas eu e ele (pois não houve interesse do grupo), palavras que continham a sílaba MA, independente do local que estivesse inserido.

No colégio, temos a liberdade em agrupar as crianças. Nesse momento, o grupo precisava ainda explorar os sons das vogais, por isso entreguei as placas com as consoantes fixas e deixei o alfabeto móvel apenas para as vogais.

Aqui, com alfabeto móvel, as crianças reproduziam a palavra já pronta acompanhada da figura.

Temos em nossa sala a sorveteria silábica. Em alguns momentos entre uma atividade e outra, coloco meu avental, chapéu e logo sirvo um “sorvete” para cada criança. Eles devem falar a sílaba que contém no seu. Algumas já se agrupam e formam palavras.

Esse aluno, por exemplo, me perguntou:

Tia, você sabe o que escrevi?

Tentei por diversos momentos resolver tal questão, desisti com o tempo e devolvi a pergunta para ele.

-P. você consegue me mostrar por sílabas o que leu?

Ele prontamente disse:

– Lava e vaca! É claro.

Ainda sem entender, disse:

-P., porque não respondeu separado?

Ele me disse:

-Não tinha dois “va”, usei o mesmo.

O que é importante garantir no processo de alfabetização?

Paz, confiança e muita tranquilidade. A liberdade em errar, tentar, recomeçar…

Que tipo de propostas ou atividades vocês realizam com crianças em processos de alfabetização? Como as realizam e com que frequência?

Leitura diária em gêneros diferenciados:

  • Segunda-feira: livro sugerido por um aluno
  • Terça-feira: poema
  • Quarta-feira: receita
  • Quinta-feira: clássicos
  • Sexta-feira: fábulas ou lendas

Listas variadas;

Receita de bolo sugerida por alguma mãe;

Escrita do passeio no final de semana;

Organização da rotina;

Calendário;

Que conselhos ou lições, a partir das práticas e teorias de vocês, vocês dariam para uma professora alfabetizadora em início de carreira no Ensino Fundamental?

Dedicação total, todo e qualquer momento pode surgir uma oportunidade de falar sobre ou levantar um questionamento.

Aqui, por exemplo, o aluno fez o nome cursivo. Com isso, perguntei:

  • Quem sabe alguma letra cursiva?

Que leituras prático-teóricas/teórico-práticas vocês indicariam para uma professora alfabetizadora em início de carreira no Ensino Fundamental?

Cem linguagens da criança de Carolyn Edwards

Letramento: Um tema em três gêneros de Magda Soares

Psicogênese da Leitura e Escrita de Emilia Ferreira e Ana Teberesky

Todos os livros de Elvira Souza Lima

Alfabetização e Letramento de Magda Soares

Para mais informações sobre práticas de alfabetização, você pode conferir nossas práticas institucionais na educação infantil.

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Aline Michelly Reino Lopes

Professora e Alfabetizadora – Colégio Genius

3 respostas para “Vamos conversar sobre alfabetização?”

  1. Esse trabalho é muito lindo, vai nos ajudar pois muitos professores, precisam entender o que está propondo para nossos pequenos

  2. Muito interessante e importante esses trabalhos, pois nos ajuda a refletir sobre o que estamos propondo em sala de aula para nossos alunos.

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