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Atualizado em 19/08/2020

Transtorno Autista

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O Transtorno Autista ou Autismo Infantil tem sofrido uma série de modificações em seu conceito.

CONCEITO – A Visão Atual : Autismo hoje é considerado como uma síndrome comportamental com etiologias múltiplas e curso de um distúrbio de desenvolvimento (Gilberg, 1990).

Ele é caracterizado por:

  • um déficit na interação social, pela inabilidade da criança em relacionar-se com o outro
  • início antes dos 36 meses
  • problemas de alimentação e de sucção presentes e freqüentes
  • A criança autista evita o contato visual desde antes do primeiro ano
  • Alguns não balbuciam e outros emitem sons monótonos
  • Interpretam totalmente errado as expressões faciais e começam a rir quando alguém chora ou vice-versa. Não fazem gestos ou mímica.
  • Criam laços estranhos com objetos: pedras, cabelo, clips, pedaços de pau, papel, pedaços de brinquedo, lixo, etc.
  • Os objetos redondos e giratórios, como rodas de carinho, moedas, discos e fitas magnéticas despertam interesse especial.
  • Movimentos motores repetitivos (por ex., agitar ou torcer as mãos ou dedos, balanceio do tronco, rodopiar sobre si mesmo, andar na ponta dos pés) são hábitos típicos autista.
  • Se faz de surdo. Alguns tapam os ouvidos quando lhe falam ou para isolar-se dos ruídos normais.
  • Diminuição da sensibilidade a dor (morder o dorso da mão).
  • Desejo de cheirar as pessoas e objetos.

Muitos quadros de base neurológica e/ou genética foram descritos concomitantemente com a sintomatologia autística.

Podemos então listar os seguintes problemas, de ordem genética e neurológica, envolvidos no autismo infantil : Infecções na gestação (Rubéola congênita, Sífilis congênita, Toxoplasmose, Citomegaloviroses); Hipóxia neonatais; Infecções após o nascimento; Síndrome de West; Fenilcetonúria; Esclerose Tuberosa; Síndrome de Down; Síndrome do X Frágil e outras.

Ocorre de 5 a 15 casos em cada 10.000 indivíduos e atinge principalmente pessoas do sexo masculino, numa proporção de 4 homens autistas para uma mulher.

Não se pode falar em cura para o autismo. O indivíduo autista pode ser tratado e desenvolver suas habilidades; mas sempre existirá sua dificuldade nas áreas caracteristicamente atingidas pela síndrome, como comunicação, interação social, etc. Superar a barreira que isola o indivíduo autista do “nosso mundo” não é um trabalho impossível.

As medicações são uma das modalidades de tratamento para as crianças autistas, embora não possa mais ser considerada como a única. Sua finalidade é a redução de sintomas tais como hiperatividade, estereotipias (“flapping”, balançar, movimentos de mãos,etc), auto ou heteroagressividade, irritabilidade.

Esses sintomas-alvo são reduzidos visando-se a facilitação de outras formas de abordagem, embora o uso indiscriminado de medicamentos não possa ser feito. As técnicas cognitivo-comportamentais são as indicadas para ser lidar com o processo de estruturação afetivo-cognitivo da criança autista, entres elas existe o método educacional Teacch (Tratamento e Educação para autistas e crianças com déficits relacionados à comunicação ).


Dra. Gislayne Budib Poleto, psiquiatra da infância e adolescência, médica da AMA e professora substituta da UFMS.

Autor: Gislayne Budib Poleto

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