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Atualizado em 10/08/2024

Teoria Psicogenética de Henri Wallon: princípios e desenvolvimento

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Teoria de Henri Wallon

Teoria de Henri Wallon

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Henri Wallon nasceu em 15 de junho de 1879. Morreu no dia 1.º de dezembro de 1962

Introdução à obra de Wallon

A atividade da criança começa por ser elementar e é essencialmente caracterizada por um conjunto de gestos com significados filogenéticos de sobrevivência. Entre o indivíduo e o meio há uma unidade indivisível. A sociedade é para o homem uma “necessidade orgânica” que determina o seu desenvolvimento e, portanto, a sua inteligência. Antes da aquisição da linguagem, a motricidade é, pois, a característica existencial e essencial da criança. Para uma compreensão mais aprofundada sobre o desenvolvimento humano, veja também Psicologia no mundo: uma abordagem abrangente.

Evolução da Psicomotricidade

Wallon propõe uma série de estágios do desenvolvimento cognitivo. Porém, ele não acredita que os estágios de desenvolvimento formem uma sequência linear e fixa, ou que um estágio suprima o outro. Para Wallon, o estágio posterior amplia e reforma os anteriores. O desenvolvimento não seria um fenômeno suave e contínuo; pelo contrário, seria permeado de conflitos internos e externos. É natural que, no desenvolvimento, ocorram rupturas, retrocessos e reviravoltas. Os conflitos, mesmo os que resultem em retorno a estágios anteriores, são fenômenos geradores de evolução. A mudança de cada estágio se caracteriza por um tipo diferenciado de comportamento, uma atividade predominante que será substituída no estágio seguinte, além de conferir ao ser humano novas formas de pensamento, de interação social e de emoções que irão direcionar-se, ora para a construção do próprio sujeito, ora para a construção da realidade exterior.

Estágios do Desenvolvimento

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Estágio impulsivo-emocional (Recém-nascido): É um estágio predominantemente afetivo, onde as emoções são o principal instrumento de interação com o meio. A relação com o ambiente desenvolve, na criança, sentimentos intraceptivos e fatores afetivos.

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Estágio tônico-emocional (6 meses aos 12 meses): O movimento, como campo funcional, ainda não está desenvolvido; a criança não possui perícia motora. Os movimentos infantis são um tanto desorientados, mas a contínua resposta do ambiente ao movimento infantil permite que a criança passe da desordem gestual às emoções diferenciadas.

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Estágio sensório-motor (12 meses aos 24 meses): Dos três meses de idade até aproximadamente o terceiro ano de vida. É uma fase onde a inteligência predomina e o mundo externo prevalece nos fenômenos cognitivos. A inteligência, nesse período, é tradicionalmente particionada entre inteligência prática, obtida pela interação de objetos com o próprio corpo, e inteligência discursiva, adquirida pela imitação e apropriação da linguagem.

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Estágio Projetivo (2 aos 3 anos): Os pensamentos, muito comumente, se projetam em atos motores. Surge quando o movimento deixa de se relacionar exclusivamente com a percepção e manipulação de objetos. A expressão gestual e oral é caracterizada pelo pensamento como representação das imagens mentais por meio de ações, cedendo lugar à representação, que independe do movimento. A atividade projetiva produz representação e se opõe a ela, permitindo que a criança avance em relação ao pensamento presente e imediato. Wallon dá grande importância ao simulacro e à imitação, que considera imprescindíveis para novas aprendizagens. A partir deste estágio, a criança é capaz de dar significado ao símbolo e ao signo.

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Estágio do personalismo (3 aos 4 anos): Ao estágio sensório-motor e projetivo sucede um momento com predominância afetiva sobre o indivíduo: o estágio do personalismo. Este estágio, que se estende aproximadamente dos três aos seis anos de idade, é um período crucial para a formação da personalidade do indivíduo e da auto-consciência. Uma consequência do caráter auto-afirmativo deste estágio é a crise negativista: a criança opõe-se sistematicamente ao adulto. Por outro lado, também se verifica uma fase de imitação motora e social.

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Estágio categorial (6 aos 11 anos): O estágio do personalismo é sucedido por um período de acentuada predominância da inteligência sobre as emoções. Neste estágio, a criança começa a desenvolver as capacidades de memória, atenção e voluntariedade. Este estágio geralmente manifesta-se entre os seis e os onze anos de idade. Se formam as categorias mentais: conceitos abstratos que abarcam vários conceitos concretos sem se prender a nenhum deles. No estágio categorial, o poder de abstração da criança é consideravelmente amplificado. Provavelmente por isso mesmo, é nesse estágio que o raciocínio simbólico se consolida como ferramenta cognitiva.

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Estágio da adolescência (a partir dos 11 anos): A criança começa a passar pelas transformações físicas e psicológicas da adolescência. É um estágio caracterizado afetivamente, onde passa por uma série de conflitos internos e externos. Os grandes marcos desse estágio são a busca de auto-afirmação e o desenvolvimento da sexualidade. Os estágios de desenvolvimento não se encerram com a adolescência; o processo de aprendizagem sempre implica na passagem por um novo estágio. O indivíduo, ante algo em relação ao qual tem imperícia, sofre manifestações afetivas que levarão a um processo de adaptação. O resultado será a aquisição de perícia pelo indivíduo. O processo dialético de desenvolvimento jamais se encerra.

Fonte: Psicomotricidade .PPT


Este texto foi publicado na categoria Educação Inclusiva e Especial.

 About Pedagogia ao Pé da Letra

Sou pedagoga e professora pós-graduada em educação infantil, me interesso muito pela educação brasileira e principalmente pela qualidade de ensino. Primo muito pela educação infantil como a base de tudo.

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