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Atualizado em 09/08/2024

Projeto Educacional: Projeto Sítio do Pica-Pau Amarelo

Conheça o Projeto Sítio do Pica-Pau Amarelo, que visa estimular a leitura, a criatividade e a educação ambiental através das aventuras de Monteiro Lobato. Descubra como essa obra pode enriquecer a educação das crianças.

Projeto Sítio do Pica-Pau Amarelo


Metas traçadas:

  • Desenvolver um projeto coletivo envolvendo as turmas de Educação Infantil e Ensino Fundamental.
  • Estabelecer uma parceria constante entre os profissionais, a fim de obter cooperatividade.
  • Instigar a curiosidade dos alunos e abrir espaço permanente para suas colocações.
  • Proporcionar a integração entre as turmas na busca e na socialização dos conhecimentos.
  • Atualizar a biblioteca escolar na medida em que forem surgindo as necessidades.
  • Envolver a comunidade e funcionários no projeto de pesquisa escolar.

Questão Orientadora:

É viável associar os conteúdos programáticos com a Literatura de Monteiro Lobato?
A obra de Monteiro Lobato poderá ser uma alternativa para despertar o interesse pela pesquisa, sem que seja descaracterizado o “ler pelo prazer de ler”?

Objetivo:

  • Levar a Literatura de Monteiro Lobato ao conhecimento das crianças, demonstrando a importância da leitura, ajudando-as a perceber o quanto podem aprender de forma prazerosa.
  • Oportunizar aos alunos da Educação Infantil o contato com a obra de Monteiro Lobato e os personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo.
  • Estimular o interesse pela pesquisa.
  • “Viajar” com a turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo, em busca de novos conhecimentos.

Nossa Caminhada:

  • Escolha do tema.
  • Coleta de materiais.
  • Organização do espaço.
  • Apresentação da obra de Monteiro Lobato às crianças.
  • Explanação aos pais sobre a Pesquisa como princípio educativo e o tema a ser trabalhado.
  • Desenvolvimento dos projetos em sala de aula.

“CERTEZAS PROVISÓRIAS”:

  • A obra infanto-juvenil de Monteiro Lobato é de excelente qualidade.
  • Na obra de Monteiro Lobato existem histórias adequadas para crianças de 4 a 6 anos.
  • As crianças se identificarão com os personagens das histórias.

DÚVIDAS TEMPORÁRIAS:

  • As histórias contadas em capítulos serão uma atividade prazerosa para as crianças?
  • As crianças conseguirão concentrar-se na leitura das histórias, visto que as mesmas contêm poucas ilustrações?
  • A fantasia, a curiosidade, a solução de problemas e a busca do conhecimento, fatores presentes nas histórias, despertarão o interesse pela pesquisa?

OS PRIMEIROS PASSOS:

Tendo definido um tema comum para desenvolver os trabalhos na Unidade Escolar durante o ano, iniciamos as atividades organizando cooperativamente o espaço, para recebermos os alunos, decorando a escola com motivos referentes ao Sítio do Pica-Pau Amarelo. Buscamos, desta forma, despertar a curiosidade das crianças sobre os estranhos personagens de Monteiro Lobato.
Num segundo momento, realizamos uma reunião com os pais para levar ao seu conhecimento a proposta de se trabalhar a Pesquisa Escolar como Princípio Educativo e o tema escolhido para dar suporte às atividades. Sabíamos que seria indispensável a compreensão e a colaboração destes, para que o trabalho a que nos propúnhamos realizar realmente acontecesse.
Iniciando o trabalho em sala de aula, “apresentamos” Monteiro Lobato e sua obra às crianças, manuseando os livros e comentando as ilustrações. Os alunos da 3ª série, usando as fantasias adquiridas pela APP – Associação de Pais e Professores, apresentaram os personagens para as turmas de Educação Infantil. Montamos um livro com as figuras e descrição destes personagens, utilizando o material encontrado na INTERNET, no site do Sítio do Pica-Pau Amarelo.
Definimos as histórias a serem contadas e a forma como isso aconteceria, visto que eram extensas e com pouca ilustração. “Reinações de Narizinho”, “Caçadas de Pedrinho” e “Viagem ao Céu” foram as histórias selecionadas e optou-se por contá-las em capítulos, logo no início das aulas.
Os três livros deram origem a três projetos diferentes:
“O Reino das Águas Claras”, “Bicho Fera, Bicho Bom” e “Brincando com o Universo”.

O REINO DAS ÁGUAS CLARAS
O PONTO DE PARTIDA:

As aventuras de Narizinho e seus amigos, no riacho existente no Sítio do Pica-Pau Amarelo, despertaram o interesse das crianças para o rio localizado nesta comunidade e, desta forma, foi definido o tema do nosso primeiro projeto de pesquisa deste ano.
Levantamos com as crianças o que sabiam e o que queriam saber sobre o assunto.

CERTEZAS PROVISÓRIAS

  • Existe água em diversos lugares.
  • A água do rio vem da cachoeira.
  • Existe água de cores diferentes.
  • Não podemos viver sem água.
  • É perigoso tomar banho no rio.
  • Existem peixes e outros bichos na água.
  • O polvo e o tubarão são ferozes.

DÚVIDAS TEMPORÁRIAS:

  • De onde vem a água das cachoeiras e das lagoas?
  • Por que a água do mar é diferente da água do rio?
  • Como o rio enche quando chove se a água vai para o mar?
  • Os bichos do mar podem vir até o nosso rio?
  • Quais são os bichos perigosos e os que não são perigosos que vivem na água?

POR ONDE CAMINHAMOS:

Buscamos respostas às nossas dúvidas nos livros, revistas e jornais; na INTERNET e Cd rooms; junto aos pais e familiares; com os demais alunos, professores e funcionários da escola.
Buscamos o contato com a água no rio da comunidade e na lagoa da casa de um dos alunos e organizamos um espaço com diversos tipos de água (do rio, do poço, da lagoa, da SAMAE, da cachoeira e do mar).
Fantasiamos com Monteiro Lobato montando num aquário o Reino das Águas Claras e experimentamos as receitas da Tia Anastácia, fazendo docinhos para as mães para o café que realizamos em sua homenagem.
Confeccionamos nossos Viscondes de Sabugosa com as socas de milho trazidas por um dos alunos.
No desenvolver do projeto, buscamos nas diversas áreas do conhecimento os conteúdos necessários para resolver nossos problemas e esclarecer as nossas dúvidas.

Estudamos a água (origem, diferenças, importância e cuidados) e os animais aquáticos (características e habitat). Trabalhamos com medidas de massa e capacidade. Contamos, juntamos e separamos. Registramos nossas descobertas através da escrita e do desenho. Expressamos o conhecimento adquirido através da fala, escrita, desenho, poesia e dramatização.
Encontramos as respostas para nossas dúvidas e aprofundamos o conhecimento das nossas certezas.

BICHO FERA, BICHO BOM !
O PONTO DE PARTIDA:

A leitura de “Caçadas de Pedrinho” direcionou nosso segundo projeto de pesquisa para os animais selvagens. Era consenso no grupo que as feras também eram animais bons. Só precisavam ser deixadas em paz para não prejudicarem o homem. Conhecer mais sobre esses animais deixou o grupo agitado e predisposto à pesquisa. As crianças tiveram, neste momento, mais facilidade em organizar suas certezas e suas dúvidas, que ficaram assim estabelecidas:

CERTEZAS PROVISÓRIAS

  • Os animais selvagens são perigosos.
  • Na África tem muitos animais ferozes.
  • As pessoas matam os bichos selvagens.
  • Os filhotes dos animais são mansos.
  • Tem muitos tipos de animais ferozes.
  • Na mata do nosso bairro tem animais selvagens.

DÚVIDAS TEMPORÁRIAS

  • Por que as pessoas matam os animais selvagens?
  • Existem onças e leões na mata do nosso bairro?
  • Por que não tem rinocerontes, elefantes, girafas e cangurus na floresta do Brasil?
  • Por que alguns bichos matam os outros?

POR ONDE CAMINHAMOS:

Buscamos respostas às nossas dúvidas nos livros, revistas e jornais; na INTERNET e Cd rooms; junto aos pais e familiares; com os demais alunos, professores e funcionários da escola.
Pesquisamos “in loco” o tema do nosso projeto e vivenciamos as aventuras da turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo nos mais diferentes ambientes: no rio, no museu e no paraíso das aves do Seminário de Corupá, na casa de um dos alunos e na própria escola.
Fantasiamos com Monteiro Lobato construindo uma maquete sobre as Caçadas de Pedrinho. Encontramos outras alternativas para brincar com os estilingues dos pais e irmãos que não fosse atirar nos pássaros. Andamos de perna de pau, fugindo de feras imaginárias.
No desenvolver do projeto, buscamos nas diversas áreas do conhecimento os conteúdos necessários para resolver nossos problemas e esclarecer as nossas dúvidas.
Compreendemos a importância de preservarmos as florestas e conhecemos a diversidade de árvores existente.

Conhecemos diversos animais, suas características e habitat. Trabalhamos com medidas de comprimento, contamos, juntamos e separamos. Discutimos sobre os meios de comunicação e de transporte. Registramos nossas descobertas através da escrita e do desenho. Expressamos o conhecimento adquirido através da fala, escrita, desenho, dobraduras, poesia e dramatização.

Para saber mais sobre a importância da leitura e escrita na educação, acesse este projeto educacional.

Explore opções de brinquedos educativos que podem enriquecer a experiência de aprendizado das crianças.


Este texto foi publicado na categoria Metodologias e Inovação Pedagógica.

 About Pedagogia ao Pé da Letra

Sou pedagoga e professora pós-graduada em educação infantil, me interesso muito pela educação brasileira e principalmente pela qualidade de ensino. Primo muito pela educação infantil como a base de tudo.

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