Como usar fidget toys em intervenções psicopedagógicas para TDAH
Descubra como usar fidget toys em intervenções psicopedagógicas para TDAH, melhorando concentração e funções executivas de forma lúdica e científica.

Em contextos de psicopedagogia, integrar recursos que aliem estímulo sensorial e controle atencional pode transformar significativamente a prática com crianças com TDAH. Os fidget toys ganham destaque como ferramentas acessíveis para favorecer a regulação emocional e o aumento da concentração. Além disso, muitos modelos podem ser facilmente encontrados em marketplaces especializados, como um kit variado de fidget toys disponível em Amazon, oferecendo opções de cubos, spinners e pop-its.
Ao planejar uma intervenção psicopedagógica, é essencial compreender as características sensoriais de cada criança. Por isso, se você deseja potencializar a atenção e as funções executivas em sala de aula ou em atendimentos individuais, este guia detalhado irá ajudá-lo a aplicar fidget toys de forma estratégica, com base em evidências científicas.
Por que fidget toys são úteis no TDAH
Os fidget toys, que incluem desde cubos de rotação até anéis de borracha, atuam como suportes táteis para crianças que apresentam inquietação motora e dificuldade de foco. Pesquisas em neurociência aplicadas à educação indicam que a estimulação sensorial leve, promovida por esses brinquedos, ajuda a manter níveis adequados de ativação cortical, essenciais para a atenção sustentada.
Em intervenções psicopedagógicas, observar a resposta adaptativa ao estímulo sensorial é fundamental. Ao oferecer um spinner ou um cube em formatos que cabem na palma da mão, a criança pode canalizar o excesso de energia motora sem perder a concentração na tarefa principal, reduzindo comportamentos impulsivos e facilitando a autorregulação.
Além disso, fidget toys contribuem para o desenvolvimento das funções executivas, como inibição de respostas imediatas e planejamento. Estudos recentes demonstram que o uso consistente, por períodos curtos e acompanhados de metas claras, potencializa habilidades cognitivas sem gerar distração excessiva.
Como escolher os fidget toys adequados
Nem todo fidget toy é indicado para todas as crianças. A escolha deve considerar características sensoriais individuais, preferências táteis e nível de destreza. A seguir, algumas orientações:
1. Material e textura
Fidget toys podem ser de silicone, plástico rígido, metal ou tecido. Crianças que apresentam hipersensibilidade tátil podem preferir texturas macias, como cubos de silicone, enquanto outras se adaptam melhor a opções rígidas, como spinners metálicos. Testar diferentes materiais em atendimentos iniciais ajuda a mapear preferências e tolerâncias.
2. Nível de complexidade
Brinquedos simples, como anéis massageadores, são ideais para crianças mais novas ou com baixa tolerância à estimulação. Cubos de descompressão com vários botões e spinners oferecem desafio motor e cognitivo mais elevado, sendo úteis para sessões de intervenção avançada.
3. Portabilidade e discrição
Em contextos de sala de aula inclusiva, segundo as diretrizes da BNCC, a discrição pode ser essencial para não expor o aluno. Opte por fidget toys compactos e silenciosos. Avalie também a facilidade de higienização, principalmente em ambientes coletivo.
Estratégias de aplicação em sala de aula e atendimentos
Integrar fidget toys de forma mediada é o segredo para resultados efetivos. Veja algumas abordagens:
Sessões individuais
Em atendimentos psicopedagógicos, inicie apresentando o fidget toy e explicando seu uso. Defina metas claras: por exemplo, usar o spinner por até cinco minutos enquanto realiza atividade de leitura. Monitorar o comportamento e registrar ganhos atencionais ajuda a ajustar a dosagem do estímulo.
Dinâmica em grupo
Para pequenos grupos, distribua diferentes tipos de fidget toys e proponha atividades colaborativas, como jogos de tabuleiro. Isso pode ser articulado com jogos de tabuleiro para funções executivas, promovendo alternância entre tarefas motoras e cognitivas. Observe interações sociais e favoreça o compartilhamento de estratégias de foco.
Momento de transição
Utilize fidget toys em momentos de transição de atividades, para reduzir a agitação. Oferecer o brinquedo antes de iniciar uma nova tarefa ajuda a criança a regular o nível de ativação e a se preparar cognitivamente.
Exemplos de atividades com fidget toys
Aplicar fidget toys de forma lúdica potencializa a adesão e o engajamento. Confira sugestões de atividades práticas:
Atividade sensorial guiada
Proponha um exercício de atenção plena sensorial utilizando um cubo de silicone. Peça para a criança explorar cada face, descrever a textura e as sensações percebidas. Essa prática estimula o circuito atencional, reforçando a consciência corporal e a regulação emocional.
Jogo de associação de cores e padrões
Utilize fidget toys coloridos (como pop-its) para criar sequências de cores que a criança deve reproduzir. Essa atividade trabalha memória de trabalho e planejamento, integrando estímulos visuais e táteis. Para ampliar o escopo, combine com mapas mentais sensoriais, relacionando cores a conceitos estudados.
Desafio de coordenação motora
Em um cronômetro, peça para a criança manusear um spinner por 30 segundos enquanto resolve um problema simples de matemática. Esse duelo entre tarefa cognitiva e estímulo sensorial reforça o controle inibitório e a velocidade de processamento.
Cuidados e considerações na intervenção
Embora os fidget toys sejam recursos poderosos, seu uso deve ser equilibrado. Evite dependência excessiva ao impor limites claros de tempo e espaço. Registre observações sobre comportamentos, impactos na atenção e eventuais preferências sensoriais.
Além disso, respeite as orientações de pais e equipe multidisciplinar. Em casos de comorbidades, como dislexia ou TEA, alinhe o uso de fidget toys com outras estratégias, como brinquedos sensoriais caseiros e exercícios de neurobic, garantindo abordagem integrada.
Recursos complementares e materiais recomendados
Para aprofundar seus conhecimentos, considere estes materiais:
- Bibliografia sobre neurociência aplicada: “Neuroeducação em Sala de Aula” (livro técnico).
- Kits de fidget toys variados, com cubos, spinners e pop-its disponíveis em Amazon.
- Jogos pedagógicos que estimulam funções executivas, como puzzles e desafios de raciocínio.
- Materiais sensoriais complementares, como bolas de apertar e tiras de borracha elástica.
Conclusão
Integrar fidget toys em intervenções psicopedagógicas para TDAH oferece uma estratégia prática, baseada em evidências, para melhorar a concentração, autorregulação emocional e funções executivas. Ao escolher os modelos adequados, planejar metas claras e combinar com outras abordagens sensoriais, o educador potencializa o desenvolvimento cognitivo de forma lúdica e eficiente. Experimente as atividades sugeridas e avalie continuamente os resultados, ajustando a intervenção conforme as necessidades individuais de cada criança.

