As Diversas Visões Sobre a Infância
Para conceituar a infância, há inúmeros estudos que resgatam as concepções de infância na história da humanidade (Postaman, 1999; Silveira, 2000; Áries, 1978). Em geral, esses estudiosos esclarecem que as crianças sempre existiram desde a pré-história, mas com visões diferentes, em que a sociedade e os adultos determinam.
A modernidade trouxe à tona uma preocupação maior com a infância, percebendo que a criança tem características e pensamentos diferenciados dos adultos. Começou-se a ver e perceber a criança por outro ponto de vista, em que as condições sociais e os paradigmas vigentes definem. Só sabe conceituar o que é criança quem já viveu e passou por essa fase que, hoje em dia, leva-se muito em conta.
Desde a antiguidade, na Grécia Antiga, as crianças viviam em um mundo encantado, desde que conseguissem sobreviver durante a primeira quinzena de sua vida. A primeira passava por um minucioso exame; caso constatasse alguma deformação ou fosse fraca, era deixada em lugares públicos para que morresse. Caso contrário, sua vida seria repleta de muita atenção de sua mãe, que a incentivava para o esporte.
Ao completar seis anos de vida, meninos e meninas eram separados. As meninas ficavam em casa para aprender os afazeres domésticos, enquanto os meninos iam para a escola para aprender a seguir o ideal grego de “ser homem”, em que o principal objetivo era estar preparado para a guerra, aguentar o sofrimento, e o Estado tinha total poder.
O ponto principal era saber obedecer; caso contrário, recebiam ameaças e pancadas.
Existia o escravo (pedagogo), que estava em escolas particulares, visto que havia professores dóceis que ministravam diariamente as aulas, com o intuito de ensinar a ler e escrever: aritmética, poesia e música. Não existia a obrigação do Estado em fornecer educação.
Já na Roma Imperial, ocorreu uma supervalorização da cultura e tradição. A criança, ao nascer, recebia os primeiros cuidados da ama e depois era levada ao pai, que poderia aceitar ou rejeitar o filho. Caso a criança tivesse alguma deficiência, era abandonada à margem da estrada para que alguém a salvasse ou morresse ali mesmo.
Ao nascer, recebia um nome e uma “bulla”, que as meninas utilizavam até casar e os meninos até a maioridade, que ocorria aos 16 anos, após terminar o ensino secundário. Os pais eram responsáveis por criar, educar e ensinar seus filhos.
Os imperadores Plínio e Trajano investiram na área da educação.
A Idade Média retratava que ser criança era algo muito próximo e vinculado ao mundo adulto, visto que o índice de mortalidade era alto.
As escolas aplicavam conteúdos não vinculados com a idade. A partir do Iluminismo, com o auxílio da pedagogia, dá-se início às diferentes fases da vida e sua respectiva valorização, tratando a criança como criança, sendo uma fase de extrema importância para o futuro.
A partir do século XX, nasce um novo conceito de “criança”, compreendendo-se que é um ser que tem suas características bio-psico-sociais diferentes do adulto, que merece ter uma atenção especial com seu desenvolvimento, saúde, família e escolaridade, surgindo uma legislação que assegura. A infância também é caracterizada através do lúdico, jogos e campeonatos.
Devemos respeitar cada indivíduo em sua singularidade e perceber como ser integrante da sociedade.
Para saber mais sobre a importância da educação infantil, acesse Educação Infantil.
Autor: Patricia Renata Johansson
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