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Atualizado em 10/08/2024

Resumo do Livro: A Abordagem Gestáltica

Explore como a Abordagem Gestáltica pode melhorar sua vida e desenvolver habilidades para lidar com problemas do dia a dia, promovendo um estilo de vida saudável e a resolução de conflitos.

A Abordagem Gestáltica


PERLS, Fritz. A Abordagem Gestáltica e Testemunha Ocular da Terapia. 2 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1988.


1. FUNDAMENTOS

A PSICOLOGIA DA GESTALT

O homem moderno vive num estado de baixo grau de vitalidade.

Seu mundo lhe oferece amplas oportunidades de enriquecimento e diversão, e ele ainda vagueia sem objetivo, não sabendo o que quer, e por isso, completamente incapacitado de imaginar como alcançá-lo. Sequer aborda a aventura de viver com excitação ou interesse. Parece sentir que o tempo para diversão, prazer, crescimento e aprendizagem é abdicado quando atinge a maturidade. Reduziu a vida a uma série de exercícios verbais e intelectuais, substituindo o processo de viver pelas explicações psiquiátricas da vida.

Compreender o comportamento humano é a meta da Psicologia, visando atingir o autoconhecimento, a satisfação e a auto-sustentação. A abordagem Gestáltica constitui a exploração de um enfoque relativamente novo à totalidade do comportamento humano, tanto em sua realidade quanto em sua potencialidade. Partimos do princípio de que a crença de que o homem pode viver uma vida mais plena e rica do que a maioria vive agora. O homem ainda não começou a descobrir o potencial da vida e da energia que nele repousa.

Se não podemos nos compreender nem entender o que fazemos, não pretendemos resolver nossos problemas nem esperar viver vidas gratificantes.

A primeira premissa básica deste livro é a organização de fatos, percepções, comportamentos ou fenômenos, e não os aspectos individuais do que são compostos, que os definem e lhes dão um significado específico e particular.

Originalmente, este conceito foi desenvolvido por um grupo de psicólogos alemães que trabalhavam no campo da percepção, e que mostraram que o homem não percebe as coisas isoladas e sem relação, mas as organiza no processo perceptivo como um todo significativo.

Podemos exemplificar esta questão relacionando-a com o rapaz que entra em uma festa e, no meio da multidão, só vê sua namorada. Ela é sua figura e todo o restante do conjunto, como demais convidados e ambiente, fica em segundo plano, ou seja, o fundo.

A Escola de Psicologia que desenvolveu estas observações é chamada Escola Gestáltica. Gestalt é uma palavra alemã para a qual não há tradução equivalente em outra língua. Uma gestalt é uma forma, uma configuração, o modo particular de organização das partes individuais que entram em composição. A premissa básica da Psicologia da Gestalt é que a natureza humana é organizada em partes ou totalidades, que são vivenciadas pelo indivíduo nestes termos, e que só podem ser entendidas como uma função das partes ou totalidades das quais é feita.

HOMEOSTASE:

Os cientistas chamam de homeostase o processo pelo qual o organismo mantém seu equilíbrio e, consequentemente, sua saúde sob condições diversas; o processo através do qual o organismo satisfaz suas necessidades. A esse processo, os leigos chamaram adaptação.

Poderíamos chamar o processo homeostático de processo de auto-regulação, o processo pelo qual o organismo interage com seu meio.

O organismo, para atingir esse equilíbrio e essa adaptação, necessita do contato tanto psicológico quanto fisiológico. Essa necessidade é sentida sempre que o equilíbrio psicológico e fisiológico é alterado. Podemos chamar estas necessidades de correlato psicológico do processo homeostático.

Podemos dizer que a necessidade dominante do organismo, em qualquer momento, se torna a figura do primeiro plano e as outras necessidades recuam, pelo menos temporariamente, para o segundo plano. O primeiro plano é aquela necessidade que exige agudamente ser satisfeita, quer seja relativa à necessidade de preservar a vida, ou seja relacionada a áreas fisiologicamente menos vitais: sejam fisiológicas ou psicológicas.

A DOUTRINA HOLÍSTICA:

O homem é um organismo unificado e está profundamente concentrado para entender o que o outro está dizendo. Quando falamos que estamos trabalhando nesse problema, estamos concentrando nossas percepções sensoriais, estamos fantasiando.

A atividade fantástica, no sentido amplo em que usamos o termo, é aquela em que o ser humano, através da adoção de símbolos, tende a produzir a realidade em uma escala reduzida. Em primeiro lugar, mantendo uma conversa sobre meu problema, depois, reproduzo com o olhar de minha mente a situação que minha decisão precipitará em mim. Eu antecipo em fantasia o que acontecerá na realidade e, embora a correspondência entre minha antecipação imaginária e a situação real possa não ser absoluta, assim como a correspondência entre a palavra e o objeto é só aproximada, é suficientemente forte para que eu me baseie nela minhas ações. Pensamos nos problemas, em imaginação, para sermos capazes de resolver na realidade.

A atividade mental parece ser a atividade que a pessoa total exerce em um nível energético inferior ao das atividades que denominamos físicas.

Cada geração herda as fantasias de todas as gerações anteriores, e assim, acumula maior conhecimento e compreensão.

LIMITE DE CONTATO:

O tipo de relação homem/meio determina o comportamento do ser humano. Se o relacionamento é mutuamente satisfatório, o comportamento do indivíduo é o que chamamos de normal. Se é de conflito, trata-se do comportamento descrito como anormal. O meio não cria o indivíduo, nem este cria o meio; cada um é o que é, com suas características individuais, devido ao seu relacionamento com o outro e o todo.

Há pessoas que literalmente não veem o que não querem ver, não ouvem o que não querem ouvir, não sentem o que não querem sentir – tudo isso para acabar com o que consideram perigoso – os objetos ou situações que, para eles, têm catéxis negativas. A aniquilação mágica é uma fuga parcial, um substituto para fuga real.

Catéxis é a força, energia, impulso que nos leva a realizar algo, pode ser positiva se nos aproximar de algo, ou negativa se nos afastar ou proteger de algum perigo.

A insônia, uma queixa frequente dos neuróticos (indivíduos que sofrem com a adaptação ao meio e não se sentem pessoas totais), é um exemplo da incapacidade de fugir. O fenômeno do tédio é outro. O tédio ocorre quando tentamos ficar em contato com algo que não fixa nosso interesse. Rapidamente exaurimos qualquer excitação; nos tornamos cansados e desinteressados e queremos fugir das situações.

O neurótico perde sua liberdade de escolha, não pode selecionar meios apropriados para seus objetivos finais porque não tem oportunidade de ver as opções que lhe estão abertas.

A Gestalt vai estudar estas questões para que o indivíduo ajuste-se ao meio e possa deixar de ser neurótico, vivendo em harmonia mente e corpo, e consigo mesmo no âmbito de sua totalidade.


2. MECANISMOS NEURÓTICOS:

No nível psicológico, o homem necessita de contato com outros seres humanos; no nível fisiológico, necessita de comida e bebida. Psicologias mais antigas descreviam a vida humana em um conflito constante entre o indivíduo e o meio.

A Gestalt vê como uma interação entre os dois dentro da estrutura de um campo constantemente mutável.

O indivíduo tem que mudar constantemente se quiser sobreviver. Quando ele se torna incapaz de alterar suas técnicas de manipulação e interação, é que surge a neurose. O homem parece nascer com um sentido de equilíbrio social e psicológico tão acurado quanto seu sentido de equilíbrio físico.

Quando a busca do equilíbrio do homem o leva a retirar-se mais e mais, a permitir que a sociedade o influencie demais, a subjugá-lo com suas exigências, ao mesmo tempo a separá-lo do convívio social, a pressioná-lo e moldá-lo passivamente, nós o chamamos de neurótico. O neurótico não pode claramente perceber suas próprias necessidades e, portanto, não pode satisfazê-las.

O que permite que tais distúrbios no equilíbrio surjam no campo organismo/meio?

O desequilíbrio surge quando vivificam necessidades diferentes e, quando o indivíduo é incapaz de distinguir qual é dominante.

O indivíduo que é parte desse grupo vivencia a necessidade de contato com ele, com um dos seus primitivos impulsos psicológicos de sobrevivência, mas quando sente uma necessidade pessoal, para cuja satisfação necessita, podem surgir os problemas.

Em todos os seres humanos há uma tendência inata para rituais e essa necessidade parece formar a base das neuroses obsessivas e compulsivas, aquelas que se rebelam através de necessidades tão ridículas como a compulsão de lavar as mãos a cada vinte minutos. Mas também pessoas normais sentem necessidade de rituais. O ritual parece dar forma, ordem e objetivo a tal experiência. Em termos Gestálticos, poderíamos dizer que torna mais evidente, faz a figura sobressair mais nitidamente.

Os distúrbios neuróticos surgem da incapacidade do indivíduo encontrar e manter o equilíbrio adequado entre ele e o resto do mundo e todos têm em comum o fato de que na neurose o social e os limites do meio sejam sentidos como se estendendo demais sobre o indivíduo.

As neuroses traumáticas são essencialmente padrões de defesa e se originam numa tentativa de o indivíduo se proteger contra uma intromissão completamente apavorante da sociedade ou de um choque com o meio.

INTROJEÇÃO:

Os conceitos, fatos, padrões de comportamento, a moral, os valores éticos, estéticos ou políticos, todos nos chegam, originalmente, do mundo externo. Não há nada em nossas mentes que não venha do meio e não há nada no meio para o qual não haja necessidade orgânica, física ou psicológica. Estas devem ser digeridas e dominadas se quiserem se tornar nossas de verdade, realmente uma parte da personalidade. Mas se simplesmente as aceitamos completamente e sem críticas, tornam-se um peso para nós. São realmente indigeríveis. Tais atitudes não digeridas, modos de agir, sentir e avaliar, a psicologia chama de introjeções e o mecanismo pelo qual estes acréscimos estranhos são anexados à personalidade, chamamos de introjeção.

A introjeção é, pois, o mecanismo neurótico pelo qual incorporamos em nós mesmos normas, atitudes, modos de agir e pensar que não são verdadeiramente nossos.

PROJEÇÃO:

O contrário de introjeção é a projeção; assim como a introjeção é a tendência a tornar o indivíduo responsável pelo que na realidade faz parte do meio, a projeção é a tendência a fazer o meio responsável pelo que se origina na própria pessoa. Na projeção, pois, deslocamos a barreira entre nós e o resto do mundo exageradamente a nosso favor, de modo que nos seja possível negar e não aceitar as partes de nossa personalidade que consideramos difíceis, ofensivas ou sem atrativos.

A personalidade introjetiva que se torna um campo de batalha para ideias contrárias não assimiladas é acompanhada pela personalidade projetiva, que faz do mundo o campo de batalha em que devem ser vencidos seus conflitos íntimos. A pessoa excessivamente alerta e cautelosa, que diz que quer muitos amigos e quer ser amada, mas diz, ao mesmo tempo, que “você não pode confiar em ninguém, que todos estão afim de saquear o que puderem”, é uma projetiva por excelência.

CONFLUÊNCIA:

Quando o indivíduo não sente nenhuma barreira entre si e o meio, quando sente que ele próprio e o meio são um, está em confluência com esse meio. O homem que está em confluência patológica amarra suas necessidades, emoções e atividades em um amontoado de completa confusão até que não mais se dá conta do que quer fazer e de como está impedido de fazê-lo.

RETROFLEXÃO:

O quarto mecanismo neurótico pode ser chamado de retroflexão, o que significa, literalmente, voltar-se rispidamente contra.

O retroflexivo diz: “Estou envergonhado de mim mesmo.” Ou “tenho que me forçar a fazer este trabalho”, faz uma série quase interminável de afirmações deste tipo, todas baseadas na surpreendente concepção de que ele mesmo está dividido em duas pessoas diferentes. Na verdade, esta confusão de identificação é, de fato, a neurose; e se ela se apresenta inicialmente pelo uso dos mecanismos de introjeção, projeção, retroflexão ou confluência, seu sinal característico é a desintegração da personalidade e a falta de coordenação entre pensamento e ação.


3. E AQUI TEMOS O NEURÓTICO:

Ligado ao passado com modos obsoletos de agir, vago quanto ao presente porque o vê apenas através de óculos escuros, torturado em relação ao futuro porque o presente lhe escapa. Quaisquer que sejam as fantasias que passem por sua cabeça quando chega, seja qual for sua aparência, o paciente vem para tratamento porque está numa crise existencial – isto é, sente que as necessidades psicológicas com as quais se identificou e que lhe eram vitais como ar que respira não estão sendo satisfeitas por seu modo de vida social.

Quaisquer que sejam as necessidades existenciais, o fato de vir para a terapia é a admissão por parte do paciente de que elas não estão sendo satisfeitas. Ele pensa que, com a ajuda do terapeuta, será capaz de satisfazer essas necessidades que nem ele nem seu meio podem agora suprir satisfatoriamente.

A terapia bem-sucedida lhe dará, pois, maior autoafirmação. Não é tarefa do terapeuta fazer julgamento de valor sobre as necessidades existenciais de seus pacientes; não é tarefa do terapeuta reduzir todos os seus pacientes à uniformidade, dando a eles o mesmo conjunto de necessidades existenciais, feitas sob medida para se ajustar a cada um deles, o menos e o mais capacitado. Sua tarefa é facilitar a cada um o desenvolvimento que lhe habilitará a encontrar objetivos que lhe sejam significativos e trabalhar por eles, de um modo maduro. Mas está trabalhando o suficiente para que o desequilíbrio produza uma necessidade de corrigi-lo e esta necessidade é sentida como uma catéxis positiva do terapeuta.

Bem, que necessita o paciente de nós? Ele não pode conseguir por si só, nem por intermédio do seu meio ambiente. Uma vez que não foi bem-sucedido, vem até nós frustrado e sem ter adquirido uma satisfação completa. Não chega, porém, de mãos vazias. Traz consigo seus meios de manipulação, seus meios de mobilizar e usar o meio para que faça a tarefa que lhe compete.

O neurótico não é um bobo. Tem que ser bastante astuto para sobreviver, uma vez que lhe está faltando, em alto grau, uma das qualidades essenciais que promovem a sobrevivência: a autoconfiança. Infelizmente, no entanto, todas as suas manobras são dirigidas para minimizar os efeitos de uma desvantagem ao invés de superá-los. As manobras podem ter sido deliberadas numa determinada época e agora serem tão habituais que o neurótico não tem consciência delas.

O problema do neurótico não é que não possa manipular, mas sim que suas manipulações são mais dirigidas para preservar e nutrir sua desvantagem do que para se livrar dela. Sua capacidade de manipular é o seu ponto forte, como a falta de capacidade para enfrentar sua crise existencial é seu ponto fraco.

Quando o paciente perceber que está manipulando seu meio de um modo que, não obstante quão complicado seja, é autodefensivo, e quando tiver consciência das próprias técnicas manipulatórias, estará apto a fazer mudanças. Pode se zangar e entrar em greve; acima de tudo, ele manobra com dissociações e perguntas. Com relação a suas perguntas mascaradas de um apelo à nossa onisciência, elas têm a finalidade de arrancar-nos informações que são esquecidas no minuto seguinte; nos testam, pretendem nos pôr em ridículo e pegar-nos desprevenidos, são as principais ferramentas do paciente para não enfrentar seus problemas.

As resistências são tão valiosas para nós quanto foram para os aliados os movimentos da resistência durante a Segunda Guerra Mundial. O neurótico, como todo mundo, está ajustado para viver manipulando seu meio. De qualquer modo, o paciente não pensa em sua resistência como resistência; geralmente a vivência como ajuda; quer ajudar, pois o que ele receia é a rejeição, a não aprovação e, finalmente, a alta por parte do terapeuta. Trata-se frequentemente de um conceito completamente errôneo de si próprio, em que cada característica representa exatamente o oposto de sua realidade. Este autoconceito não pode dar ao paciente qualquer tipo de apoio; ao contrário, se ocupa em resmungar, desaprovar, esmagando toda autoexpressão genuína.

Ao faltar o apoio fornecido pela autoestima, o resultado é uma necessidade constante de apoio externo: a necessidade de ser estimado pelos outros. A verdadeira natureza do homem é a integridade; somente numa integração de integridade, somente numa integração de espontaneidade e propósito pode ele fazer uma escolha existencial eficiente. O só dar conta e se responsabilizar pelo campo total, pelo si mesmo tanto quanto pelo outro, dão significado e configuração à vida do indivíduo.

Na maior parte das formas de terapias não se dá atenção suficiente à camada de confusão que separa o si mesmo da autoestima. Uma vez que a confusão é extremamente desagradável, funciona como um poderoso impedimento e o paciente mobiliza todos os meios à sua disposição para evitar ver claramente suas áreas de confusão. A confusão é o problema de orientação inadequada, e a confusão não reconhecida é uma das características da neurose; quando estamos confusos e não o sabemos, não temos liberdade de escolha, lidamos com nossas experiências como se certas técnicas específicas de manipulação fossem necessidades absolutas.

Na terapia, se o apoio ambiental que o paciente espera de nós não estiver aparecendo, se não lhe damos as respostas a que ele se julga com direito, se não apreciamos suas boas intenções, admiramos seu conhecimento psicológico, se não nos congratulamos com ele devido a seus progressos, receberemos a catéxis negativa de sua frustração. Mas a terapia gestáltica também lhe dá constantemente muito do que quer: atenção, atenção exclusiva e não o censuramos por suas resistências; deste modo, a terapia começa com um certo equilíbrio entre frustração e satisfação.

Cada uma dessas contribuições é válida, mas todas elas falham no ponto básico, porque ainda estão limitadas por um enfoque que não vê o campo organismo/meio como um todo. Todas são abstrações do processo total; o ser humano simultaneamente e, por natureza, como um indivíduo e um membro do grupo, uma neurose é um estado de desequilíbrio no indivíduo, que surge quando ele e o grupo do qual é membro vivenciam, simultaneamente, necessidades distintas e o indivíduo não sabe dizer qual é a dominante. Se este tipo de vivência desta espécie é suficientemente marcante, o sentido de equilíbrio do indivíduo no campo ficará alterado o bastante para que perca a capacidade de julgar adequadamente o estado de equilíbrio ou desequilíbrio em qualquer situação. Ele responderá, então, às situações de um modo neurótico que não tem conexão intrínseca com a vivência ou vivências em que a maneira do neurótico enfrentar as situações é interrompendo a si mesmo; o criminoso interrompe o ambiente.

Acreditamos que qualquer situação ou situações – agudas ou crônicas – que o indivíduo aprendeu a manipular por um processo insatisfatório de auto-interrupção pode estar por trás da neurose. A fantasia é a realidade diminuída e o pensamento é a ação reduzida, de modo que podemos usar o fantasiar como meio terapêutico, na medida em que é relacionado com a ação, e podemos usar a atuação enquanto relacionada com o fantasiar.


4. TERAPIA AQUI E AGORA:

Do ponto de vista de Gestalt, o neurótico não é uma pessoa que meramente teve um problema; é uma pessoa que teve um problema contínuo, aqui e agora, no presente.

O objetivo da terapia, então, deve ser lhe dar meios para que possa resolver seus problemas atuais e qualquer outro problema que surja amanhã ou no próximo ano. Este instrumento é a autoestima.

O neurótico é uma pessoa cujas necessidades tornam infeliz a sua vida atual. É uma pessoa que engaja, cronicamente, em se auto-interromper, que tem um sentido de identidade inadequado (e, portanto, não pode distinguir adequadamente entre si mesmo e o resto do mundo).

A terapia gestáltica é uma terapia experiencial, mais que uma terapia verbal ou interpretativa. Pedimos ao paciente para não falar de seus traumas e problemas da área remota do passado e da memória, mas para re-experienciar seus problemas e traumas – que são situações inacabadas no presente – aqui e agora.

A técnica gestáltica exige do paciente que ele experiencie a si mesmo tanto quanto possa, que ele se experiencie tão completamente quanto possa no aqui e agora. Pedimos ao paciente que se dê conta de seus gestos, de sua respiração, de suas emoções, de sua voz e de suas expressões faciais, tanto quanto dos pensamentos que mais o pressionam.

O EU: O “eu” é usado como um antídoto, para “estar” ou “aquela” parte minha e desenvolver o sentido de responsabilidade do paciente por seus sentimentos, pensamentos e sintomas. O “sou” é um símbolo existencial. As situações vivenciadas pelo paciente como apenas uma parte do seu ser são trazidas a ele juntamente com o agora e o seu vir a ser.


5. DESCASCANDO A CEBOLA:

“Agora me conscientizo”, a área de autopercepção do paciente, no princípio, fica limitada às impressões sensoriais externas. Mais tarde, se expande para incluir muitos outros fatores externos e internos, à medida que ela continua. O simples começar a dar-se conta de que se conscientiza aumenta nossa área potencial de operação. Propicia uma orientação mais ampla e maior liberdade de escolha e ação.

Não lhe falta a habilidade de manipular o meio, mas definitivamente lhe falta uma orientação dentro dele. Ele está fechado em sua falta de consciência de si mesmo e da situação externa, e tem pouco espaço em que manobrar. Mas logo que aumenta sua conscientização, sua orientação e mobilidade também aumentam.

O neurótico tem pouca consciência de si mesmo; está sempre interrompendo a si próprio. Este só raramente se conecta a ele. Consequentemente, ele não pode se expressar. Mesmo este modo de expressão rudimentar e um tanto simples é um grande passo à frente.

Se o terapeuta se limitasse em seu trabalho a responder apenas a três perguntas, poderia, eventualmente, ter sucesso com todos os seus pacientes, menos os seriamente perturbados. São estas as três perguntas que se constituem, essencialmente, na reformulação da afirmação “agora me conscientizo?”: “O que você está fazendo?”, “O que você sente?”, “O que você quer?”.

Dão a ele um sentimento de mesmice porque são dirigidas a si mesmo. E é um indicador de sua personalidade total. Além das respostas apropriadas, que são sempre prontamente acessíveis a ele, haverá quase sempre alguma reação adicional – uma confusão, uma hesitação, um franzir a testa, um balançar os ombros, um “que pergunta boba!”.

Cada uma dessas respostas é muitas vezes mais importantes que a resposta verbal. Cada uma delas é uma indicação do si mesmo e do estilo do paciente. No início, o comportamento do paciente pode ser de maior valor para o terapeuta do que para o próprio paciente. Pode ver o comportamento como uma função da personalidade total, estalo também na conscientização do paciente. Este será o primeiro grande passo que ele dá na terapia.

O terapeuta não pode fazer descobertas para o paciente, só pode facilitar o processo no paciente. Através de suas perguntas, pode levar o paciente a ver mais claramente seu próprio comportamento e ajudá-lo a determinar para si mesmo o que representa aquele comportamento.

Necessita apenas olhar. Mesmo isto não é tão fácil, pois olhar e ver exige que o terapeuta esteja completamente imparcial e sem a priori. Uma vez que o contato sempre ocorre na superfície, é na superfície que o terapeuta deve ver. Mas não nos enganemos a respeito – esta superfície é bem mais ampla e mais significativa do que admitirá o terapeuta ortodoxo.

Tudo que o paciente faz, óbvio ou oculto, é uma expressão de si mesmo. Estes são os únicos materiais com que pode trabalhar o terapeuta.

As perguntas do terapeuta serão baseadas então em suas observações e dirigidas para trazer certos fatores à área da conscientização do paciente. Suas perguntas são, realmente, traduções de suas observações.

As perguntas “por quê?” só produzem respostas no passado, defesas, racionalizações, desculpas e a ilusão de que um evento pode ser explicado por uma causa única. O porquê não discrimina finalidade, origem ou motivo. Nada disso acontece com o “como”. O como averigua a estrutura; todos os porquês são automaticamente respondidos.

Se gastarmos nosso tempo procurando causas em vez de estruturas, podemos também abandonar a ideia de terapia e nos juntarmos ao grupo de mães preocupadas, que atacam suas presas com perguntas tão sem graça como: “Por que você pegou este resfriado?”

O terapeuta tenta resolver o paradoxo psicoterapêutico de trabalhar tanto com o apoio como com a frustração; seus procedimentos se tornarão adequados. “O que você quer dizer” e “o que significa o que você diz”.

A maior parte das perguntas que faz o paciente são seduções do intelecto, ligadas à noção de que explicações verbais são um substituto para o entendimento.

A ideia de frustrar as perguntas dos pacientes é tão velha quanto a própria psicoterapia. Mesmo uma resposta simples como “por que você faz esta pergunta?” se destina a devolver o paciente a seus próprios recursos. Mas como queremos trazer à tona a estrutura da pergunta do paciente, sua pressa; e possivelmente podemos alcançar o si mesmo no processo. E assim nossa técnica é pedir ao paciente que converta suas perguntas em proposições ou afirmações.

As perguntas iniciais propiciadoras da conscientização são um meio do terapeuta atingir o si mesmo do paciente, de modo que suas afirmações e modos de manipular o terapeuta nos dão a chave para atingir os mecanismos neuróticos, nos quais se apoia contra o que se considera um desmoronamento existencial. As afirmações do paciente são, sempre, chaves para perguntas posteriores, possivelmente mais específicas.

O que faz o paciente, através destes mecanismos, é em essência, esquivar-se da responsabilidade por seu comportamento. Para ele, a responsabilidade por uma acusação, e medroso como é de ser acusado, ele está pronto para acusar.

Para reintegrar o neurótico, temos que usar qualquer parcela de responsabilidade que ele deseje assumir. O mesmo se aplica ao terapeuta. Este tem que assumir inteira responsabilidade por suas reações ao paciente. Ele não é o responsável pela neurose do paciente, nem por sua miséria ou incompreensão, mas é responsável por seus próprios motivos e sua manipulação do paciente na situação terapêutica.

O terapeuta pode sempre trabalhar com os eventos presentes, tanto na realidade física quanto na fantasia. Em segundo lugar, pode integrar imediatamente o que quer que surja no curso da sessão, e não precisa que se acumulem situações inacabadas. E, finalmente, o terapeuta pode trabalhar com experiências e não só com verbalizações ou lembranças.

Um problema na terapia gestáltica é que o paciente se ajusta a nossas técnicas. Pode, então, começar a manipular o terapeuta com experiências fabricadas e irrelevantes, só para agradá-lo e, ao mesmo tempo, evitar lidar com suas reais dificuldades. Neste caso, a técnica deve mudar do vivenciar para o representar, e o terapeuta tem que lidar com a atitude de “vamos fazer de conta” do paciente.

A meta da terapia é dar ao paciente um instrumento – o auto-suporte – com o qual possa resolver suas próprias dificuldades; podemos trabalhar efetivamente com cada situação como ela se apresenta. Num momento podemos abrir uma porta, e noutro podemos descascar uma camada de cebola. Cada camada é uma parte da neurose, e à medida que se lida com ela muda o problema; à medida que muda o problema, também mudam os medicamentos. A cada passo do caminho, desde que a auto-suficiência do paciente seja aumentada, a cada sessão o próximo passo se torna mais fácil.


6. IR E VIR, PSICODRAMA E CONFUSÃO:

Reconhecido a relação entre fantasia e realidade, podemos na terapia fazer uso integral da fantasia e de todos os seus crescentes estados de intensidade na direção da realidade.

É a técnica do ir e vir. Como abordagem, não é nada de novo. Os freudianos manipulam o sonho exatamente deste modo, quando pedem ao paciente para ir e vir entre os conteúdos manifestos de um sonho e suas associações. O recordar de uma lembrança e o aqui e agora. Como se fosse aqui e agora, pois conscientizar-se e vivenciar só podem ocorrer no presente. O conhecimento de que ela é algo do passado permanece em segundo plano.

O próximo passo é ir e vir entre os sentimentos do paciente e suas projeções. Pedimos para ele se visualizar falando com eles ou, psicodramaticamente, para falar com o terapeuta como se ele fosse a mulher, filhos ou o que lhe fosse desagradável.

Três posições entre as quais ir e vir: as queixas do paciente, sua autoexpressão inadequada e suas inibições.

Adquirir esta conscientização pela atuação – na terapia, no nível da fantasia – seja o que for que haja para ser completado. Na verdade, este é o conceito básico da terapia gestáltica. O paciente se sente compelido a repetir no cotidiano tudo que não pode levar a uma conclusão satisfatória.

Outros atalhos que podemos usar para chegar à conscientização. A técnica de ir e vir aguça a conscientização, dando ao paciente uma consciência mais clara das relações estabelecidas em seu comportamento. Essas outras técnicas, encorajando a autoexpressão, produzem ambas maior conscientização e maior autoapoio. Há muitas escolas, além da nossa, que fazem uso do método de autoexpressão como um meio de reidentificação. Todas são abordagens essencialmente interativas, mas eu gostaria de selecionar a técnica psicodramática de Moreno como uma das demonstrações mais vívidas do modo de aplicar a técnica de ir e vir, como demonstraremos posteriormente.

O paciente não se separará desta máscara enquanto seu sentimento de segurança por trás dela não for maior que o desconforto de usá-la, e certamente objetará a tê-la retirada de seu rosto. O fato de que ele tenha trazido sua dor de cabeça para a terapia significa que ele estava pronto para reconhecer uma situação não resolvida; neste aspecto, ele está de acordo com o terapeuta.

Quando chega o final da sessão, o paciente está em contato consigo mesmo, e este é o primeiro passo para entrar em contato com os outros.

Para ser capaz de fugir para o vazio fértil, devem ser obtidas duas condições. A pessoa deve ser capaz de permanecer com sua própria técnica de interrompê-la. Então pode entrar no vazio fértil, que é um estado um tanto semelhante a um transe, mas ao contrário deste vem acompanhado de um estado de completa conscientização. O que acontece no vazio fértil é uma experiência esquizofrênica em miniatura. A experiência do vazio fértil não é nem objetiva nem subjetiva. Nem é introspecção. Simplesmente é. É dar-se conta sem especulação sobre a coisa que se percebe.

A meta de consultar o vazio fértil é basicamente extinguir a confusão. No vazio fértil, a confusão é transformada em claridade, a urgência em continuidade, interpretação em vivência. O vazio fértil aumenta a autoafirmação, tornando-a aparente para aquele que percebe que tinha muito mais potencial do que acreditava.


7. QUEM ESTÁ OUVINDO?

Quando o paciente vem ao consultório pela primeira ou pela vigésima vez, traz consigo todos os problemas não resolvidos do passado. Todavia, desta multiplicidade de eventos possíveis, ele traz um de cada vez para o primeiro plano. Confusas como estão suas formações de Gestalt, mesmo que possuam forma e organização, se estivessem profundamente fragmentadas, ele não poderia operar de modo nenhum. O que o paciente traz para primeiro plano é sempre ditado pelo impulso de sobrevivência prevalecente que funciona na época. Embora a conexão seja geralmente remota, é nossa função na terapia determiná-la. Frequentemente descobrimos que esta necessidade dominante é de segurança ou de aprovação do terapeuta.

A psicoterapia bem-sucedida libera no paciente a habilidade de abstrair e de integrar suas abstrações. Para fazer isto, o paciente deve atingir seus “sentidos”. Deve aprender a ver o que há, e não o que imagina que exista. Deve parar de alucinar, transferindo e projetando. Deve parar de retrofletir e de se interromper. Deve liberar suas faculdades semânticas. Deve entender-se e aos outros, e parar de torcer e distorcer os significados através das lentes desfocadas da introjeção, preconceitos e convicções. Então adquirirá liberdade de ação, transcendendo os limites de sua natureza específica e aprendendo a lidar com cada nova situação como uma situação nova, e a lidar com ela usando todo seu potencial.

Há três caminhos para o terapeuta, independente de sua linha de abordagem teórica. Um é a simpatia ou envolvimento no campo total – dar-se conta de ambos, do si mesmo e do paciente. Outro é a empatia – um tipo de identificação com o paciente que exclui o próprio terapeuta do campo, portanto exclui meio campo. Na empatia, o interesse do terapeuta se centra exclusivamente em torno do paciente e suas reações. O terapeuta ideal que mencionei anteriormente é um empático. Por último, há a apatia – desinteresse – representada pela velha piada psiquiátrica, “quem ouve?”. Obviamente, a apatia não nos leva a lugar algum.

Não pode ocorrer qualquer desenvolvimento antes que o paciente adquira satisfação em todas as áreas nas quais está confuso, vazio ou paralisado. E o pré-requisito para a total satisfação é o sentido de identificação do paciente com todas as ações das quais ele participa, inclusive suas auto-interrupções. Uma situação só pode ser terminada se o paciente estiver totalmente envolvido nela.

A terapia gestáltica estabelece o postulado básico de que falta ao paciente autoapoio, e que o terapeuta simboliza o si mesmo incompleto do paciente. O primeiro passo na terapia, portanto, é descobrir o que o paciente necessita. E se ele não é psicótico, o paciente se dá conta, parcialmente, de suas necessidades e pode, pelo menos parcialmente, expressá-las.

O problema do neurótico comumente começa se, na infância, o imperativo for contra a natureza, mas, não obstante, aceito de bom grado. Então a área de confusão simples ou dupla é criada, e qualquer decisão tomada leva ao desesperado.

A exigência do paciente é um verdadeiro imperativo. Expressa suas necessidades. É significativo para ele e para o terapeuta. O terapeuta pode e deveria fazer o que pode para satisfazer tais necessidades e exigências verdadeiramente sentidas.

À medida que progride a terapia, a sessão terapêutica se torna mais o ideal da vida cotidiana. À medida que aumenta a sua experiência de si mesmo, ele se torna mais autoapoiado e mais capaz de fazer bom contato com os outros. À medida que ele afasta mais e mais suas técnicas neuróticas de manipulação, o terapeuta precisa frustá-lo menos e menos, e fica cada vez mais capaz de ajudá-lo a obter satisfação. Como dissemos antes, o autoapoio é muito diferente da autosuficiência. Quando o paciente sair da terapia, ele não perderá sua necessidade de outras pessoas. Ao contrário, pela primeira vez, ele derivará satisfações reais de seu contato com elas.


8. A GESTALT EM AÇÃO:

A ideia da terapia Gestalt é tornar pessoas de papel em pessoas reais.

A principal ideia de Gestalt é a de que uma Gestalt é um todo, um complemento em si, permanecendo um todo. Se desfizermos uma Gestalt, teremos partículas e pedaços, não mais um todo.

A gestalt quer ser completada. Se a Gestalt não for completada, ficamos com situações inacabadas, e estas pressionam a ser completadas.

Não temos que cavar à maneira de Freud, no inconsciente mais profundo. Temos que nos dar conta do óbvio. Se compreendermos o óbvio, tudo está lá; cada neurótico é uma pessoa que não vê o óbvio. Assim, o que estamos tentando fazer na terapia gestáltica é compreender a palavra agora, o presente, a dar-se conta e ver o que aconteceu no agora. E conhecer o agora o levará a qualquer lugar, de quatro semanas a vinte anos.

Agora é um conceito tão interessante e difícil porque, de um lado, você só pode trabalhar e adquirir algo se trabalha no agora e no presente. Por outro lado, logo que lhe faz uma exigência, moralista, você vê imediatamente que é impossível. Se você tenta agarrar o agora, ele já se foi.

O segundo ponto a abordar com vistas à nossa terapia é a palavra “como”. Investigamos e, quando entendemos a estrutura, podemos mudá-la. E a estrutura em que estamos mais interessados é a estrutura do enredo de nossa vida.

Assim, o que queremos fazer é reorganizar o enredo de nossa vida.


9. CONSCIENTIZAR-SE:

Definição de aprendizagem: descobrir que algo é possível. Não é apenas o armazenamento de algumas informações.

Se você tentar se conscientizar do que está acontecendo, então você observa que rapidamente deixa a base do agora e se torna fóbico. Então você começa a fugir do passado e a associar livremente, ou você foge para o futuro e começa a fantasiar as coisas terríveis que sucederão se você ficar com o que está acontecendo ou dizer todo o tipo de coisas. Subitamente você tomou muito tempo do tempo do grupo, e isso é tarefa do terapeuta. Ou, se você trabalhar com alguém mais, tarefa do seu parceiro – procurar mantê-lo no foco da experiência e fazê-lo entender aquele exato momento e descobrir o que é que está provocando a fuga. Há um processo de auto-decepção muito complicado envolvido.

O sofrimento do neurótico é sofrimento em imaginação; alguém o xinga e você pensa que está sofrendo. Mas, na realidade, não; você se sente ferido. Não há contusão, não há feridas reais aí. Seu chamado ego ou vaidade é que está ferido.

Para melhorar a sua biblioteca e transformá-la em um espaço de incentivo à leitura, considere as dicas que podem ser encontradas em nossa página sobre bibliotecas.

Além disso, se você está buscando maneiras de tornar a alfabetização mais divertida, explore as atividades lúdicas para alfabetização infantil.

Por fim, para aqueles que desejam aprofundar-se em métodos de ensino, o artigo sobre métodos e procedimentos de ensino pode ser bastante útil.

Se você está em busca de brinquedos educativos, não deixe de conferir as opções disponíveis que podem ser encontradas neste link.

Autor: Kátia Regina Beal Rodrigues


Este texto foi publicado na categoria Saúde Mental e Psicológica.

 About Pedagogia ao Pé da Letra

Sou pedagoga e professora pós-graduada em educação infantil, me interesso muito pela educação brasileira e principalmente pela qualidade de ensino. Primo muito pela educação infantil como a base de tudo.

Uma resposta para “Resumo do Livro: A Abordagem Gestáltica”

  1. Maravilhoso resumo! e, tão bom que merece uma revisão no texto, há alguns erros, falta de palavras que as vezes dificultam o entendimento de algumas linhas.

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