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Atualizado em 12/04/2013

RESERVA NATURAL DA VALE DO RIO DOCE

Visite a Reserva Natural da Vale do Rio Doce! Venha ver e admirar a beleza desta área de proteção ambiental. Desfrute das trilhas, passeios de barco, cachoeiras e mais. Uma experiência inesquecível! Reserve agora e aproveite!

Reserva Natural da Vale do Rio Doce

Quando aqui chegaram os primeiros colonizadores, o litoral brasileiro era formado por majestosas árvores e habitado por centenas de espécies de animais. A Mata Atlântica estendia-se por 3.500 quilômetros de comprimento, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. A selva era fechada, com um milhão de quilômetros quadrados, que em sua parte mais larga chega a alcançar o nordeste da Argentina e o Paraguai. A floresta se situava ao longo do litoral, área que os primeiros colonizadores escolheram para viver. Ao longo dos anos, a floresta pagou o preço do progresso: hoje, está reduzido a 4% de seu tamanho original.

A Mata Atlântica é hoje um dos ecossistemas mais ameaçados do mundo. Algumas espécies que nela viviam como a arara vermelha, praticamente já não existem mais. Outras espécies, como o mutum, estão ameaçadas de extinção. Há 20 anos o Espírito Santo ainda tinha 30% de seu território coberto por florestas tropicais e hoje elas sobrevivem em apenas 1,5% da área do Estado.

A Reserva se formou a partir de 1951, quando a Companhia Vale do Rio Doce adquiriu as primeiras propriedades na região. O objetivo desta aquisição era formar um estoque de maneira para a produção de dormentes, que seriam utilizados na estrada de ferro Vitória a Minas, de sua propriedade. Havia plena consciência de que, num curto espaço de tempo, as florestas desapareceriam e, portanto, estaria comprometido a fabricação de dormentes.

Ao longo dos anos, diversas alternativas de uso da Reserva foram apresentadas, mas nenhuma efetivada. Desta forma, a cobertura florestal observada é a mesma da época de aquisição das propriedades. As formações originais foram quase que totalmente dizimadas, exceção à região da Reserva Biológica de Sooretama. Elas foram substituídas por pastagens e plantios de cana-de-açúcar na forma tradicional, onde nem mesmo as matas ciliares foram protegidas. As grandes dificuldades no início da administração da Reserva foram as invasões de terras e a existência de quadrilhas especializadas no roubo de Jacarandá.

No ano de 1973, a partir de um convênio entre a CVRD e o Ministério das Minas e Energia, foi instalada a primeira pesquisa silvicultural com as espécies ocorrentes. O objetivo era conhecer espécies aptas à recuperação as áreas de empréstimos às margens dos lagos construídos para a produção de energia elétrica.

Em 1978, a CVRD adotou uma política/ambiental rígida e dinâmica, que tinha como finalidade a pesquisa e a manutenção.

Em 1998, a CVRD, em conjunto com o Banco Mundial, conclui o Plano Diretor de Uso da Reserva que estabeleceu as diretrizes para a proteção ambiental e auto-sustentação econômica.

Atualmente, a Reserva tornou-se um referencial obrigatório para os que estudam e lidam com o ecossistema tropical, servindo como base de treinamento para agricultores e profissionais dessa área. Estima-se que a CVRD tenha investido cerca de US$14 milhões na Reserva até os dias de hoje.

A Reserva localiza-se ao norte do Estado do Espírito Santo, predominante no Município de Linhares, nos arredores de Sooretama e de Jaguaré. Geograficamente situa-se entre os paralelos 19° 06 – 19° 18 de latitude sul e entre os meridianos 39° 45 – 40° 19 de longitude. A Reserva tem aproximadamente 22 mil hectares, está inserida num dos mais importantes ecossistemas do mundo em termos de biodiversidade. No centro há uma exposição permanente sobre a Mata Atlântica. Pela floresta pode-se conhecer a trilha do Pequi Vinagreiro, sinalizada, com acompanhamento de um monitor treinado. Com aproximadamente mil metros de extensão, a trilha é um bom exemplo da exuberância da Mata de Tabuleiro, um dos ecossistemas que compõem a Mata Atlântica.

O seu relevo se caracteriza por uma seqüência de colinas tabulares, com uma altitude variável entre 28 65m, entre vales amplos e rasos. Mais próximo ao litoral existem as planícies aluviais, onde mistura-se os sedimentos Barreiras contornam essas planícies, com pequenas escarpas que constituíram falésias antes da linha da costa.

O clima é quente e úmido e a temperatura média é de 24 graus.

O solo predominante é o podzólico vermelho-amarelo de caráter distrófico.

Os cursos d’água existentes na área da reserva fazem parte da bacia do Rio Barra Seca, cujo expoente principal é o Rio de mesmo nome, o qual apresenta o maior volume d’água em deságua no Oceano Atlântico.

APRESENTAÇÃO:

O ensino de História e Geografia apresenta uma proposta que, partindo do tempo pessoal do aluno e dos lugares do seu cotidiano, busca levá-los a ampliar as experiências do tempo e do espaço e a representá-las, como atividades exploratórias no processo de compreensão das relações sociais, das instituições, das regras de convivência, da pluralidade cultural, das implicações e da intervenção humana nos processos naturais permitindo ao aluno apreender significativamente realidades mais abrangentes e complexas

Cabe ao professor – pessoa mais experiente e munida de instrumental pedagógico adequado – acompanhar o aluno nesse processo, proporcionando oportunidades de vivências que lhe permitam avaliar criticamente as noções do senso comum com as quais chega à escola e, a partir daí, construir o conhecimento e assumir os valores inerentes ao exercício da cidadania e ao convívio social.

O nosso objetivo, através das atividades que iremos propor, é levar o aluno a perceber, analisar e avaliar a sua realidade imediata, constituída pelos seus contatos sociais e pelos espaços que ocupa, como forma de prepará-lo para conhecer pessoas e realidades distantes no tempo e no espaço e tornar-se capaz de intervir nos ambientes social e natural  de maneira reflexiva e crítica.

ATIVIDADES PARA TURMAS DE 45º ano

1. Organizar uma excursão na Reserva Florestal da CVRD, em Linhares, pedindo que os alunos observem com bastante atenção. Após a efetivação da atividade, solicitar que os alunos façam um relatório oral sobre as observações feitas nos aspectos físicos, tais como desmatamento, reflorestamento, mudança no curso dos rios. Aproveitar esse conhecimento para propor uma campanha de preservação ao meio que o cerca.

Explorar na campanha, tópicos como a importância da vegetação para a purificação do ar, a formação geográfica da Reserva, entre outros.

O professor, partindo do conhecimento e das observações do aluno, fazer um círculo de debate, vendo a posição dos alunos, a favor ou não das transformações causadas pelo homem, despertando a consciência ecológica e fazendo uma integração em outras disciplinas (experimentos de ciências, leitura e interpretação de textos de jornais, revistas, etc.)

2. Mostrar aos alunos fotografias de diferentes paisagens e permitir que eles as descrevam livremente. Depois, chamar a atenção para aquilo que não perceberam, e só então começar a trabalhar com significados geográficos e históricos que podem ser atribuídos às imagens.

Identifique no mapa do Brasil, em anexo, como era a Mata Atlântica no início e compare com a atual, baseado na visita feita na reserva florestal da CVRD. (Esse é um exercício básico para desenvolver a capacidade de observação e análise).

3. Organizar uma dramatização com os alunos, usando o texto apresentado:

Leia o texto abaixo e discuta as perguntas com seus colegas: (texto retirado do livro Caça ao Tesouro: uma viagem ecológica, escrito por Liliana e Michele Iacocca)

As pessoas que trabalhavam olharam assustadas para aquela máquina estranha.

– Socorro! – gritou uma mulher. – Seres de outro planeta estão invadindo a nossa plantação.

– Nós não somos de outro planeta – explicou Alexandre – Só pensamos que aqui fosse a floresta.

Um homem se aproximou, olhou bem para cada um deles, olhou muito bem para a máquina e falou:

– Aqui era a floresta mas não é mais! Agora nesta terra cresce arroz, feijão, batata, mandioca, cana, café e muitas outras coisas.

Se é mato o que vocês querem, lá adiante tem bastante mato.

O que aconteceu com a floresta?

O que você acha mais importante, a floresta ou a plantação? Por quê?

O fogo era tanto que eles tiveram que levantar vôo.

– Por que estão queimando a floresta, professor? – perguntou Dudu.

– Com certeza para fazer outro pasto ou outra plantação.

– E o que acontece com os bichos?

– Bem, aqueles que conseguem fugir, é lógico que fogem. Mas aqueles que não conseguem, coitados, não quero nem pensar.

– Quer dizer que não existe mais florestas e que nós não vamos encontrar o tesouro?

– Tem que existir floresta. Ela é tão importante na vida de todos os seres, homens e animais, que se ela tivesse acabado o mundo não seria mais o mesmo e até nossas vidas correriam perigo.

Você também acha que o mundo não seria mais o mesmo e as nossas vidas correriam perigo se não existissem as florestas. Por quê?

Autora: Soraya M. Marques

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