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Resenha do Livro: Pedagogia da Esperança (Um Reencontro Com a Pedagogia do Oprimido)

Leia a resenha do livro Pedagogia da Esperança do autor Paulo Freire para conhecer a pedagogia do oprimido. Obtenha insights valiosos sobre os temas da educação, liberdade, consciência e poder. Não perca a oportunidade de aprender com o autor de renome mundial.

Resenha do Livro: Pedagogia da Esperança (Um Reencontro Com a Pedagogia do Oprimido)

Um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. FREIRE, Paulo (1992). Pedagogia da Esperança: Um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 245 p.

A obra de Paulo Freire, intitulada: “Pedagogia da Esperança. Um reencontro com a Pedagogia do Oprimido“, é constituída de quatro momentos, os quais se contemplam em um contexto relacionado às experiências, formação e a inspiração das ideias do autor para a construção de suas pedagogias.

A esperança é ressaltada nas Primeiras Palavras de Paulo como um elo entre os sonhos e a realidade. Assume, nesse primeiro instante, um compromisso de provar a necessidade da esperança ter seu espaço na educação. Pois, através das relações históricas, econômicas e sociais, é perceptível a real importância que a mesma tem, ao passo que não é inegável que vive-se hoje um momento de lutas por um mundo melhor.

Numa segunda tomada, o autor remonta as experiências vividas desde a infância à adolescência até o início de sua carreira no SESI, onde relata que foi nessa etapa de sua vida que a Pedagogia do Oprimido começa a aflorar. A partir de angústias e saudades, o autor compreende que é preciso disciplinar as dores e os sentimentos para que a desesperança não impere sobre a vida humana.

E é por essas e outras que Paulo define que o professor é mais do que um simples professor; ele é um alfabetizador e, acima de tudo, um educador. Partindo do princípio de que o educando traz consigo a “experiência feita”, que segundo o autor é um conhecimento já adquirido da pessoa, é fundamental o educador estabelecer uma troca dessas experiências. Mas que não seja uma estagnação nessa primeira etapa, que através dessa abordagem a discussão cresça por meio de uma elaboração de conhecimento conjunto.

“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo; os homens educam-se entre si, mediados pelo mundo”. (FREIRE)
Mediante alguns aspectos da Pedagogia do Oprimido, que norteiam a Pedagogia da Esperança, tais como alfabetização para a vida, luta de classes, educação crítica, leitura de mundo e linguagem no processo de mudança, percebe-se que a esperança, motivo dessa obra, é a mesma que o autor possuía ao escrever a Pedagogia do Oprimido. Essa situação se definha na terceira etapa da obra, onde Paulo retoma o porquê de se trabalhar uma educação voltada aos oprimidos, pois para ele a educação deve preparar os educandos para a vida, numa proposta de transformação da realidade de opressão que vive-se na sociedade atual.

A Pedagogia do Oprimido remete-se a movimentos sociais, revoluções em prol da mudança e transformação. Pois os dominantes, caracterizados pelos capitalistas, influenciam todo um sistema existente na sociedade. E a educação é um dos meios usados para a manipulação, através de “donos da verdade que ensinam tão somente para reprimir, mostram-lhe a verdade e ensinam que eles dominam e ponto”, sem abrir espaço para o outro lado da moeda.

Destaca-se ainda que a história é movida pela luta de classes, e o que dá subsídio para essas lutas é a esperança de um futuro de igualdade plena. Sem sonhos, não há futuro diferente; não havendo futuro novo, a educação torna-se um adestramento.

Num último momento, repensa sua obra anterior, a do Oprimido, caracterizando que o medo que aflige as classes dominadas pode retardar o processo de evoluções, no entanto, as lideranças devem ser formadas através da linguagem e palavras que deem suporte a uma luta imunizada quanto a esse medo e desesperança.
Freire é bem claro quando expõe que a esperança e a educação são interlocutoras para as ações e atitudes da sociedade, principalmente os oprimidos que são reprimidos. A liberdade é uma consequência; o opressor se libertará quando libertar o oprimido.

A obra é de tamanho fascínio para o leitor, pois suas palavras parecem estar delineando a vida daqueles que são contra as injustiças.

Autor: Roberta Campos


Pedagogia ao Pé da Letra
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