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Atualizado em 10/08/2024

Resenha do filme “Sociedade dos Poetas Mortos” – Uma crítica cinematográfica imperdível

Descubra o que os críticos estão dizendo sobre o filme Society of Dead Poets. Leia nossa resenha completa e veja como o filme se destaca em temas como a liberdade de expressão, a consciência social e a vida acadêmica. Descubra hoje porque este filme é tão bem avaliado!

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RESENHA DO FILME: SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS

O filme Sociedade dos Poetas Mortos, dirigido por Peter Weir, é um drama ambientado na Academia Welton no ano de 1959, nos Estados Unidos. Trata-se de uma escola tradicional de segundo grau que aplica um ensino rígido, semelhante ao de uma academia militar, e adota uma concepção didática racionalizada com foco na formação superior.

No início do filme, ocorre uma solenidade de abertura do ano letivo, onde os alunos adentram o auditório com trajes formais, exibindo os brasões, a farda e o comportamento sisudo exigido pela escola. Na plateia, pais e funcionários acompanham o hino que exalta a herança histórica e os legados da colonização. O discurso formal do diretor Nolan (Norman Lloyd) enfatiza os cem anos da escola e o orgulho baseado nos quatro pilares que garantem o sucesso daquela instituição: Tradição, Honra, Disciplina e Excelência. A menção a esses princípios empolga os pais dos alunos no auditório, pois sabem que ali as chances são muito maiores de seus filhos ingressarem em cursos superiores e garantirem um futuro promissor.

A apresentação do novo professor John Keating (Robin Williams), que já fora aluno dessa escola, marca um ponto de virada.

Na sua primeira aula, o professor Keating inicia a leitura com uma frase de um poema de Walt Whitman a respeito de Abraham Lincoln: “Meu Capitão, Meu Capitão”, o que pode ser entendido como uma homenagem ao seu mestre que o inspirou. Ele pede aos alunos que leiam o primeiro verso do poema “Às virgens para aproveitar o tempo” da página 542 do livro de hinos:
“Pegue seus botões de rosas enquanto podem…”. O professor explica que o termo em latim para esse conceito é Carpe Diem – Aproveite o dia. Viver cada dia intensamente como se fosse o último.

Na aula seguinte, solicita a leitura da introdução do livro “Entendendo a Poesia”. O texto diz que a poesia pode ser demonstrada com gráficos matemáticos, o que não parece ser uma aplicação da interdisciplinaridade, mas apenas um método antiquado de olhar a poesia. Keating pede que arranquem essa e outras páginas semelhantes. Ele afirma: “Poesia é para ser vivida e não calculada”. Os alunos devem pensar por si mesmos, e não apenas como são mandados. Com certa dificuldade, ele consegue convencê-los. O professor sobe na mesa e pede aos alunos que façam o mesmo, para que vejam as coisas de uma nova perspectiva.

O professor Keating é do tipo que entra na sala assobiando, descontraindo os alunos, levando-os para aulas ao ar livre e pedindo que façam poesias espontâneas. Ele incute neles o desejo de viver cada momento intensamente, adotando um estilo divergente da escola tradicional. Os alunos começam a se interessar pela literatura e a perceber a sensação de viver a poesia. O ambiente, que é propício para aulas ao ar livre, evoca a tradição inglesa: árvores altas, extensos jardins e a exuberância da natureza. Os alunos se sentem à vontade com o professor Keating, permitindo que suas inspirações fluam. As aulas começam a produzir efeitos.

Neil Perry (Robert Sean) é um dos alunos que descobre o anuário do professor Keating e o questiona sobre a Sociedade dos Poetas Mortos, da qual ele fazia parte. O professor hesita, mas fala dos hábitos e do local secreto onde costumavam se reunir para ler poesia. Isso aguça a curiosidade do grupo, que, nas horas de folga, consegue chegar até a caverna onde começaram suas primeiras leituras, ainda tímidas. Tomaram gosto pela atividade, e as idas até lá se tornam seu hobby preferido, às vezes até com a participação de garotas.

Essa nova sensação desperta em Neil o gosto pela dramatização, e ele decide se inscrever para uma peça de teatro, onde concorre e consegue o papel principal. Empolgado, conta aos colegas, mas não consegue o apoio do pai. Fica muito triste e pede a opinião do professor Keating, que o aconselha a ser aberto com seu pai. Neil não tem liberdade para se expressar, pois seu pai é rígido e não abre mão de seus princípios, negando-lhe o consentimento. Neil forja uma autorização da escola com a assinatura falsa do diretor e se sai bem na peça. Festeja o sucesso da apresentação, recebendo aplausos do auditório e o abraço dos colegas e amigos, mas tem que suportar a dura chamada do pai. Essa é a gota d’água para sua decepção em relação à futura carreira. Desanimado, ele desiste de viver. A arma do próprio pai se torna seu carrasco. Aquela noite de glória se transforma em caos. Neil entra definitivamente para a Sociedade dos Poetas Mortos, mas de forma trágica. Sua empolgação agora deixa tristeza na família, na escola, nos colegas e amigos. A notícia se espalha rapidamente. A escola não pode perder sua reputação, e o diretor precisa punir alguém. Não poderia ser outro: o professor Keating seria demitido. Ele convoca os alunos do professor Keating e os interroga, querendo saber quem faz parte da sociedade. Eles terão que renunciar e assinar um termo de responsabilidade. Os pais estão presentes e certificam-se de que tal professor não lecionará mais ali. Os jovens não têm escolha. Grande é a sua dor em ter que se separar do professor. As aulas voltarão a ser como antes dele. O diretor assume a sala, e todos terão que pagar as matérias atrasadas.

O professor Keating entra na sala para pegar suas coisas no armário. Será o último encontro com aqueles alunos. Ao sair, mesmo sem se despedir, Anderson, um dos alunos, com uma atitude inusitada, sobe na carteira e exclama: “Meu capitão!” Esse era o apelido carinhoso que lhe deram. Os outros imitam. O diretor, que está lecionando, perde o domínio da sala. O professor Keating agradece, pois sabe que, mesmo não podendo mais continuar ali, deixou uma marca na vida daqueles garotos.

A conclusão desse episódio é que o filme Sociedade dos Poetas Mortos mostra uma crítica à educação tradicional, onde o aprendizado acontece de forma mecânica: o professor fala e o aluno ouve. O discente não inclui suas experiências do dia a dia no processo de aprendizagem. O professor Keating rompe com o tradicional e apresenta um novo ideal pedagógico, no qual a relação entre professor e aluno deve ser vivida de forma democrática e interativa, permitindo ao aluno extrair o melhor de si.

Para saber mais sobre abordagens pedagógicas inovadoras, confira também a abordagem sociocultural que pode enriquecer ainda mais o aprendizado.

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O filme é uma reflexão poderosa sobre a importância da liberdade de expressão e da busca por um aprendizado significativo, temas que também são abordados em outras obras, como a resenha sobre Infância, Educação e Direitos Humanos.

Por fim, a obra nos convida a repensar a educação e a importância de um ensino que valorize a individualidade e a criatividade dos alunos.


Este texto foi publicado na categoria Cultura e Expressão Artística.

 About Pedagogia ao Pé da Letra

Sou pedagoga e professora pós-graduada em educação infantil, me interesso muito pela educação brasileira e principalmente pela qualidade de ensino. Primo muito pela educação infantil como a base de tudo.

5 respostas para “Resenha do filme “Sociedade dos Poetas Mortos” – Uma crítica cinematográfica imperdível”

  1. Eu gostei muito pois o filme sociedade dos poetas mortos retrata um ensino rígido mas gratificante principalmente aqueles pais que se sentem emocionados de verem seus filhos formados e pensavam agora formados as chances eram maiores de ingressarem num curso superior.

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