Prática e Aprendizagem Química na Pesquisa do Ensino de Ciências
Este artigo explora como a prática e a aprendizagem da Química podem beneficiar o ensino de Ciências, destacando a importância da pesquisa e da interação entre alunos e professores.
CENTRO UNIVERSITARIO DO NORTE – UNINORTE
COORDENAÇÃO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS
HABILITAÇÃO EM QUÍMICA
RELATÓRIO
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE INTERVENÇÃO
MANAUS
2012
FRANKLIN DE CASTRO BEZERRA
Prática e Aprendizagem Química na Pesquisa do Ensino de Ciências
(Escola Estadual Professor Jorge Karam Neto)
Projeto de Pesquisa entregue à Coordenação de Estágio do Curso de Licenciatura em Ciências, Habilitação em Química do Centro Universitário do Norte – UNINORTE, como requisito parcial de avaliação da disciplina Estágio Supervisionado de Intervenção.
Orientador: Professora Mcs Ângela Lúcia C. de Andrade
MANAUS
2012
Sumário
1. OBJETIVOS 4
1.1 Geral 4
1.2 Específicos 4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 5
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES 6
4. CONCLUSÃO 8
5. REFERÊNCIAS 9
6. ANEXOS 10
1. Objetivos
1.1 Geral:
- Proporcionar uma troca de experiências e saberes sobre questões ligadas ao cotidiano da sala de aula de Química, utilizando oficinas temáticas baseadas em atividades experimentais sobre um dado tema, construindo alguns conceitos e percebendo a relação química/sociedade. Outros objetivos complementares incluem aumentar o vínculo institucional entre o Curso de Licenciatura em Química e o Ensino Médio, permitindo um contato mais direto com a realidade atual deste ensino, indicando as áreas de maior carência e/ou interesse dos alunos do Ensino Básico.
1.2 Específicos
- Desenvolver uma proposta pedagógica que contemple a educação em química e que propicie o contato direto dos alunos de Química Licenciatura com os alunos do Ensino Médio;
- Perceber as maiores dificuldades encontradas pelos alunos do Ensino Médio na disciplina de Química, e assim, possibilitar modificações no planejamento pedagógico com problematização dos fatos cotidianos, chamando a atenção do aluno para a necessidade de estudá-los;
- Ampliar as oportunidades de acesso dos alunos da Química Licenciatura às Escolas Estaduais;
- Propiciar a produção de oficinas temáticas (utilizando a vivência dos alunos e dos fatos do dia-a-dia para organizar e promover aprendizagens), consolidando-se um vínculo entre a abordagem dos conteúdos de Química com assuntos do cotidiano, buscando a construção de um “novo olhar” da disciplina de Química.
2. Fundamentação Teórica
As contribuições dos estágios supervisionados nos cursos de formação de professores são inegáveis, pois além de promoverem um contato direto com o magistério, contribuem para uma inter-relação entre os componentes curriculares e a prática. Este artigo tem por objetivo discutir a importância do estágio supervisionado e de que forma as experiências vivenciadas durante o período de estágio podem contribuir com a formação docente.
Desenvolver projetos e alternativas para a melhoria do ensino depende não somente da aplicação dos conhecimentos adquiridos na universidade, mas também das experiências vivenciadas durante a prática. Os Estágios Supervisionados oferecem aos professores em formação a oportunidade de integrar teoria e prática para selecionar a melhor forma de oferecer aos alunos um aprendizado efetivo.
A ideia de contextualização surgiu com a reforma do ensino médio, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB-9.394/97) que orienta a compreensão dos conhecimentos para uso cotidiano. Originou-se nas diretrizes que estão definidas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), os quais visam um ensino de química centrado na interface entre informação científica e contexto social.
Contextualizar a química não é promover uma ligação artificial entre o conhecimento e o cotidiano do aluno. Não é citar exemplos como ilustração ao final de algum conteúdo, mas que contextualizar é propor “situações problemáticas reais e buscar o conhecimento necessário para entendê-las e procurar solucioná-las.” (PCN, p.93).
Diante do exposto, se faz necessário a prática de um ensino mais contextualizado, onde se pretende relacionar os conteúdos de química com o cotidiano dos discentes, respeitando as diversidades de cada um, visando à formação do cidadão e o exercício de seu senso crítico.
Um dos objetivos da química é que o jovem reconheça o valor da ciência na busca do conhecimento da realidade objetiva e insira no cotidiano. Para alcançar esta meta, buscamos trabalhar contextos que tenham significado para o aluno e possam levá-lo a aprender, num processo ativo; acredita-se que o aluno tenha um envolvimento não só intelectual, mas também afetivo. De acordo com as novas propostas curriculares (PCNs), seria educar para a vida.
3. Resultados e Discussões
Foi percebido no início do estágio de intervenção que alguns alunos sentiam muita dificuldade em assimilar a disciplina. Então, o projeto abrangeu essa carência utilizando softwares de ensino da química (ACD LABS), onde trabalha-se as moléculas de forma ilustrada (3D) para facilitar sua compreensão.
Foi instalado os softwares nas máquinas do laboratório de informática e pegamos a turma do 1° 03 para uma apresentação experimental, onde observamos que os alunos se sentiram satisfeitos com a experiência feita.
Foram trabalhadas com os discentes do 2° 01 e 2° 03 algumas moléculas inorgânicas onde eles puderam verificar como elas se comportavam na natureza e sua rotação.
Este projeto atendeu 71 discentes nas seguintes turmas:
1º ano 03: (29 alunos)
2º ano 01: (22 alunos)
2º ano 03: (28 alunos)
Com o projeto em andamento, foi percebido também a interação e o interesse de grande parte das turmas monitoradas. Houve também uma redução de evasão dos discentes na disciplina de Química, melhorando também o desempenho em outras disciplinas.
Houve um aumento no índice de produtividade dos discentes em conversa com o professor regente da turma, que expôs que os alunos ficaram mais atentos para a disciplina e suas notas subiram significativamente.
Em conversa com o gestor da escola, o Sr. Cleucimar Roberto, informou que em um simulado aplicado na escola, o rendimento da disciplina de química foi um dos mais altos, isso ele deu em decorrência ao projeto de intervenção aplicado para estes discentes.
Foi aplicado um questionário aos discentes para medir o índice de satisfação do projeto desenvolvido ao fim deste estágio de intervenção, dados estes representados em gráficos.
4. Conclusão
O estágio de intervenção foi uma realização gratificante onde busquei vincular aspectos teóricos com aspectos práticos visando uma aprendizagem com princípios de valores, habilidades e competências dentro do aspecto metodológico da química. Sobretudo, percebe-se a necessidade em assumir uma postura não só crítica, mas também reflexiva da nossa prática educativa diante da realidade e a partir dela, para que possamos buscar uma educação de qualidade, que é garantida na Lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB – Lei nº 9394/96).
Neste projeto de intervenção, chamei a atenção para a utilização de jogos virtuais em química, pois acredito que estes recursos tecnológicos aumentaram a curiosidade desses discentes em explorar esse universo da Química, tornando as aulas do professor mais interessantes, onde todos os alunos participaram efetivamente. Foi constatado que houve uma melhora significativa no ensino-aprendizado desses discentes, onde também houve uma queda do índice de reprovação e evasão na disciplina.
5. Referências
Bianchi, Anna Cecília de Moraes. Orientação para estágio em Licenciatura. Pioneira Thomson Learning – SP, 2005.
GIL, A. C. Como elaborar projeto de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.
FONSECA, Osório José de Menezes; BARBOSA, Walmir de Albuquerque; MELO Sandro Nahmias. Manual de normas para elaboração de monografias, dissertações e teses. Manaus: Editora da Universidade do Estado do Amazonas, 2005.
Piletti, Claudinho. Didática Geral. Claudinho Piletti; 23 ed. São Paulo, SP: Editora Ática, 2003
Perrenoud, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Philippe Perrenoud; trad. Patricia Chittoni Ramos. -Porto Alegre: artes médicas no sul, 2000.
Furasté, Pedro Augusto. Normas Técnicas para o Trabalho Científico. Explicação das normas da ABNT. – 13. Ed.- Porto Alegre: s.n., 2005
Brandão, Carlos da Fonseca. Estrutura e Funcionamento do Ensino. Carlos da Fonseca Brandão. – São Paulo: Avercamp, 2004.
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAYKMAJ/projeto-pesquisa (29/08/12 às 08:30 h)
http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/x_enex/ANAIS/Area4/4CCENDQPEX01.pdf ( acessado em 29/08/12 às 08:40 h)
http://www.ufpel.edu.br/cic/2009/cd/pdf/CH/CH_01002.pdf (29/08/12 as 09:00 h).
6. Anexo
Figura 1 – Frente da Escola
Figura 2 – Ensinando aluno do 2º ano 03 a trabalhar os Softwares de Química
Figura 3 – Aplicação do questionário de satisfação do projeto
Figura 4 – Vista Geral do Laboratório de Informática
Figura 5 – Alunos do 1° ano 03 trabalhando os jogos virtuais de química
Figura 6 – Alunos do 2° ano 01 trabalhando jogos virtuais de química
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