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Atualizado em 10/08/2024

Resumo: Pedagogia Freinet

Descubra como a Pedagogia Freinet pode melhorar o processo de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos. Acesse agora e saiba mais sobre como a Pedagogia Freinet pode lhe ajudar a promover um ambiente de ensino mais positivo e produtivo.

Pedagogia Freinetiana

Um Pouco Sobre O Autor

Celèstin Freinet nasceu em outubro de 1896 na pequena vila de Gars, nos Alpes Franceses. Teve uma infância e juventude rural, em meio às paisagens, modo de produção artesanal, comportamentos e valores dos homens do campo do início do século. Suas próprias condições de vida vieram mais tarde a influenciar sua pedagogia. A escola frequentada por Freinet não era equipada com materiais didáticos nem possuía livros e manuais escolares. Bom aluno, Freinet foi enviado para uma cidade um pouco maior, Grasse, para complementar seus estudos e preparar-se para o concurso de ingresso na Escola Normal de Nice. Seu curso sofreu interrupção com o início da 1ª guerra mundial em 1914. Tão marcante foi esta experiência que Freinet afirma: “Minha formação como professor não se fez só na Escola Normal mas também na guerra”.

Neste período, sofreu muito com o uso dos gases tóxicos, prejudicando para sempre a saúde de seus pulmões. Teve que dar baixa no exército, pois ficou muito doente e até sem esperança de cura. Assim, encontrou o tempo e a ocasião para repensar em profundidade a sua obra pedagógica. Dedicou o melhor do seu tempo nas atividades quotidianas, como por exemplo, nas suas reflexões críticas. Foi nomeado em 1920 professor adjunto numa escola rural dos Alpes Marítimos (Ban-sur-lamp). Não se limitou a ser um mero professor. Participou de estudos e pesquisas, viajou, debateu, escreveu artigos, sempre em busca de práticas pedagógicas alternativas. Animado por Ferrière e pelos teóricos que já debatiam uma nova concepção de infância, de escola e de educação e com as ideias da Escola Nova, Freinet construiu com seus alunos não um corpo pedagógico teórico, mas práticas pedagógicas vivas em sua classe. Freinet achava que a escola devia ser aberta à vida, ao meio humano, meio social e acabar com as antigas relações entre mestre e aluno. Para ele, a pedagogia só era válida se apoiasse as necessidades do aluno, nos seus sentimentos, nas suas aspirações. Em 1927, as ideias e práticas de Freinet já haviam extrapolado os limites de sua escola e de sua aldeia.

Freinet participou de um Congresso Internacional de Educação em Tours, publicou o primeiro número da Biblioteca de Trabalho, composto por brochuras escritas por seus alunos, e publicou também o Fichário escolar cooperativo. Conheceu Elise, uma artista plástica que começou a trabalhar como sua ajudante. Depois, de algum tempo, Célestin Freinet casou-se com Elise e escreveu o livro “A Imprensa na Escola”, criando também a revista “La Gerbe” (O Ramalhete) com vários poemas infantis. Fundou a Cooperativa de Ensino Leigo e os dois foram trabalhar na cidade de Saint Paul. Começaram a receber muitas correspondências por causa das atividades desenvolvidas na Escola e na Cooperativa. Em 1932, o movimento educacional iniciado por Freinet já se espalhava pela Bélgica e Espanha. Suas ideias passaram a incomodar os conservadores franceses e Freinet foi afastado da Escola de Saint Paul. Após esta ruptura, Freinet criou uma escola privada, a célebre Escola de Vence, construída a partir de 1934 com ajuda de doações.

Aberta aos alunos em 1935, o Ministério da Educação recusou-se a reconhecê-la. Apesar disso, Freinet trabalhou arduamente criando o Conselho Cooperativo (gestão participativa), os jornais murais, a imprensa escolar, as fichas auto-corretivas, a correspondência escolar, os ateliers de arte, continuando suas aulas-passeio, o Livro da Vida. Durante a Segunda Guerra Mundial, a escola foi devastada, Célestin Freinet foi preso e encaminhado ao campo de concentração de Var. Lá, ele ficou seriamente doente, mas enquanto foi mantido preso, deu aula para os seus companheiros. Sua esposa, Elise Freinet, lutou pela sua libertação e conseguiu. Logo após a sua liberdade, Célestin Freinet se aliou ao Movimento da Resistência Francesa. Célestin Freinet criou o ICEM, na qual a cooperativa já reunia mais de 20 mil participantes. Depois da 2ª Guerra Mundial, Freinet foi acusado de espionagem, mas isso não foi o que lhe tirou a confiança na pedagogia. Apesar de ter tantos problemas, Freinet lutou até à morte pelas suas ideias de pedagogia, morrendo a 8 de Outubro de 1966 em Vence, na França.

Filosofia Da Educação Freinetiana

Célestin Freinet (1896-1966), crítico da escola tradicional e das escolas novas, foi criador, na França, do movimento da escola moderna. Seu objetivo básico era desenvolver uma escola popular. Na sua concepção, a sociedade é plena de contradições que refletem os interesses antagônicos das classes sociais que nela existem, sendo que tais contradições penetram em todos os aspectos da vida social, inclusive na escola. Para ele, a relação direta do homem com o mundo físico e social é feita através do trabalho (atividade coletiva) e liberdade é aquilo que decidimos em conjunto. Em suas concepções educacionais, dirige pesadas críticas à escola tradicional, que considera inimiga do “tatear experimental”, fechada, contrária à descoberta, ao interesse e ao prazer da criança. Analisou de forma crítica o autoritarismo da escola tradicional, expresso nas regras rígidas da organização do trabalho, no conteúdo determinado de forma arbitrária, compartimentados e defasados em relação à realidade social e ao progresso das ciências.

Mas, critica também as propostas da Escola Nova, particularmente Decroly e Montessori, questionando seus métodos, pela definição de materiais, locais e condições especiais para a realização do trabalho pedagógico. Para Freinet, as mudanças necessárias e profundas na educação deveriam ser feitas pela base, ou seja, pelos próprios professores. O movimento pedagógico fundado por ele caracteriza-se por sua dimensão social, evidenciada pela defesa de uma escola centrada na criança, que é vista não como um indivíduo isolado, mas fazendo parte de uma comunidade. Atribui grande ênfase ao trabalho: as atividades manuais têm tanta importância quanto as intelectuais, a disciplina e a autoridade resultam do trabalho organizado. Questiona as tarefas escolares (repetitivas e enfadonhas) opostas aos jogos (atividades lúdicas, recreio), apontando como essa dualidade presente na escola reproduz a dicotomia trabalho/prazer, gerada pela sociedade capitalista industrial. A escola por ele concebida é vista como elemento ativo de mudança social e é também popular por não marginalizar as crianças das classes menos favorecidas.

Propõe o trabalho/jogo como atividade fundamental. Freinet elabora toda uma pedagogia, com técnicas construídas com base na experimentação e documentação, que dão à criança instrumentos para aprofundar seu conhecimento e desenvolver sua ação. “O desejo de conhecer mais e melhor nasceria de uma situação de trabalho concreta e problematizadora. O trabalho de que trata aí não se limita ao manual, pois o trabalho é um todo, como o homem é um todo. Embora adaptado à criança, o trabalho deve ser uma atividade verdadeira e não um trabalho para brincar, assim como a organização escolar não deve ser uma caricatura da sociedade”. Dá grande importância à participação e integração entre famílias/comunidade e escola, defendendo o ponto de vista de que “se se respeita a palavra da criança, necessariamente há mudanças”.

Técnicas Empregadas Na Pedagogia De Freinet

Freinet construiu com seus alunos diversas práticas pedagógicas que tinham como objetivo aproximar a escola da vida.

As aulas-passeio atendiam a esta finalidade. Em vez de discutir temas desvinculados da vida da comunidade, Freinet saía com seus alunos passeando pelas proximidades, fazendo observações e descobertas sobre aspectos da natureza, da vida social, econômica e cultural da região.

Debates eram realizados e registrados no Livro da Vida. Não só os alunos tinham a oportunidade de realizar observações sobre fatos relevantes, como conceitos e conteúdos se organizavam. Isto requeria uma série de habilidades que iam sendo desenvolvidas: atenção, observação, análise, síntese, capacidade de organização de ideias, poder de argumentação, habilidades de expressão oral e escrita. Gradativamente, Freinet criou a imprensa escolar. Esta criação possibilitou a construção de textos mais próximos dos interesses dos alunos.

Através da imprensa escolar, os alunos elaboravam jornais cuja leitura era compartilhada por amigos e familiares. A correspondência inter escolar abriu ainda mais estas fronteiras. Os alunos enviavam fotos, desenhos, cartas, jornais para colegas distantes. Foi assim que as crianças da montanha passaram a conhecer o mar, a pesca e os costumes de comunidades que viviam em aldeias marítimas. E estes, ficavam sabendo das colheitas, da vida dos pastores, dos tecelões, das histórias das comunidades do interior.

Freinet desenvolveu a educação pelo trabalho. Seus alunos lidavam com impressoras, tipos de impressão, com teares, ateliers de artes, com a horta e até com a organização de encanamentos que levavam água da aldeia até a escola.

A livre expressão é muito valorizada na Pedagogia Freinet. Nos ateliers de arte, os alunos tinham oportunidade de exercitar a criatividade exprimindo seus sentimentos, suas emoções, suas impressões, suas reflexões.

Os suportes para a livre expressão eram variados: a palavra oral e escrita, a música, a pintura, o teatro. Freinet se utilizava de diferentes recursos: máquinas fotográficas, projetor de diapositivos, câmeras, toca-discos.

Outra técnica criada por Freinet foram as fichas auto-corretivas para trabalho individual. Seus alunos também faziam trabalhos agrícolas, de marcenaria, de jardinagem e horta.

No centro da Pedagogia Freinet estavam os princípios da cooperação, solidariedade e autonomia.

São criações de Freinet:

  • Aula-Passeio
  • Biblioteca
  • Cantos de Atividades
  • Complexos de Interesse
  • Correspondência Inter escolar
  • Estudo do Meio
  • Fichário Autocorretivo
  • Fichário Escolar Cooperativo
  • Imprensa na Escola
  • Jornal Escolar
  • Jornal Mural
  • Livro da Vida
  • Planos de Trabalho
  • Texto Livre

A Escola Centralizada Na Criança

A escola tradicional estava baseada na matéria a ensinar e nos programas que definiam esta matéria, hierarquizando-a. A escola do futuro girará à volta da criança, membro da comunidade.

“A própria criança constrói a sua personalidade com a nossa ajuda”. Trata-se de uma verdadeira correção pedagógica racional, eficiente e humana, que deve permitir à criança enfrentar com o máximo de realização o seu destino de homem.

A criança deve ter a possibilidade de escolher o seu caminho consoante as suas aptidões, gostos e necessidades.

A escola do futuro deverá preparar os jovens para uma vida profissional, enfim, para a realidade que as espera “lá fora”.

A Educação Pelo Trabalho

A educação pelo trabalho é mais do que uma vulgar educação pelo trabalho manual, mais do que uma pré-aprendizagem prematura.

Ela é assente na tradição, mas prudentemente impregnada pela ciência e a mecânica contemporânea, o ponto de partida de uma cultura cujo centro será o trabalho.

Essa ideia de educação pelo trabalho não significa que tenhamos que andar na escola, a tratar de plantas, animais, a trabalhar de pedreiro e ferreiro.

Para muitos, essa concepção de trabalho é menosprezante, pois reservamos para os outros as tarefas de pensamento.

O trabalho é um todo, pode haver um bom senso, inteligência. O homem, através da especulação filosófica, constrói um muro.

O objetivo da educação pelo trabalho é essencialmente a integração do mesmo, evitar o mecanismo que é embustecedor, tentar restabelecer uma interdependência entre as diversas funções.

Por um lado, a atividade física; por outro, a afetividade e o pensamento.

Objetivos Gerais

Impõe-se, portanto, uma readaptação da nossa escola pública a fim de oferecer às crianças do século XX uma educação que responda às necessidades individuais, sociais, intelectuais, técnicas e morais da vida do povo no tempo da eletricidade, da aviação, do cinema, da rádio…

A escola do povo não poderá existir sem a sociedade popular.

A escola nunca está na vanguarda do progresso social. Pode estar em teoria, o que nunca é suficiente, mas na prática, seu desenvolvimento está demasiadamente condicionado pelo meio familiar, social e político para que se possa conceber para ela uma hipotética libertação autônoma.

A escola, pelo contrário, acompanha, sempre com um atraso mais ou menos lamentável, as conquistas sociais.

Primeira Etapa Educativa

Trabalhar eficazmente graças a utensílios e a uma técnica apropriada para se instruir, se enriquecer, se aperfeiçoar, subir e crescer.

Grandes Etapas Educativas

Consideramos:

  • 1º O período de Pré-ensino, do nascimento até por volta dos dois anos.
  • 2º As reservas de infância e os jardins de infância, dos dois aos quatro anos.
  • 3º A escola maternal e infantil, dos quatro aos sete anos.
  • 4º A escola primária, dos sete aos catorze anos.

Seus Prós e Contras

Vemos que Freinet considera a aquisição do conhecimento como fundamental, mas essa aquisição deve ser garantida de forma significativa.

Podemos afirmar que Freinet é um dos pedagogos contemporâneos que mais contribuições oferece àqueles que atualmente estão preocupados com a construção de uma escola ativa, dinâmica, historicamente inserida em um contexto social e cultural.

Logicamente, em termos de nossa realidade atual, podemos levantar questionamentos a algumas de suas concepções, tais como: uma visão otimista demais do poder de transformação exercido pela escola, a identificação da dimensão social aos fatores de classe, deixando de fora os aspectos discriminativos relativos a questões de cor e sexo, da proposta do professor ser o “escriba” dos alunos, quando as investigações mais atuais da psicolinguística nos levam para outra direção.

Turmas Numerosas

Embora seja desejável que o número de alunos das turmas não ultrapasse a média de 30 ou 35, não é impossível trabalhar a Pedagogia Freinet em turmas com número mais elevado de alunos.

No seu tempo, Freinet também lidava com turmas numerosas e heterogêneas. Havia na mesma classe alunos que sabiam ler, outros que ainda não sabiam. Enfim, o tom daquela época eram turmas multisseriadas, nas escolas rurais. Isto não impediu o bom trabalho desenvolvido por Freinet.

O pedagogo francês sabia como organizar seus alunos em grupos de acordo com seus interesses. Havia momentos em que todos participavam das mesmas atividades e, em outros momentos, Freinet dedicava atenção especial a pequenos grupos, atendendo-os em suas especificidades.

O trabalho diversificado, o apoio dos colegas mais experientes aos outros com menos experiência, é a tônica da Pedagogia Freinet.

A Avaliação

“Professores e pais, no entanto, apoiam essa prática porque nas atuais condições da escola, com crianças que não têm desejo de trabalhar, as notas e as classificações são ainda o meio mais eficaz de sancionar e estimular. Se bem que este meio tenha uma contrapartida sumamente perigosa: como se trata de dar notas com um mínimo de erro, recorre-se, em Pedagogia, a tudo o que é mensurável. Um exercício, um cálculo, um problema, a repetição de um curso, tudo isso pode supor, efetivamente, uma nota aceitável. Mas a compreensão, as funções da inteligência, a criação, a invenção, o sentido artístico, científico, histórico, não se podem mensurar. Ficam então reduzidos ao mínimo, na escola, e são abolidos da competição”. (Célestin Freinet)

Célestin Freinet acreditava que a avaliação deveria ser contínua e significativa, ou seja, não deveria existir apenas aquela semana de provas, como é a realidade (infelizmente) de muitas escolas. Os alunos que frequentavam a escola de Freinet, assim como outros alunos da França, eram avaliados de tempos em tempos por inspetores escolares. Na época, essa inspeção era muito rígida, porém, o resultado dos seus alunos não poderia ser diferente. Como eram avaliados o tempo todo, eles não apresentavam dificuldade alguma nos resultados que obtinham.

Para Célestin Freinet facilitar essa avaliação contínua e significativa, ele desenvolveu as fichas de auto-correção. Cada aluno, usando dessas fichas, tem a chance de fazer sua própria correção, percebendo exatamente onde errou e porque errou. No final desse processo, o aluno estará se autoavaliando. Essa auto-correção deve ser complementada e concluída nos encontros semanais dirigidos pelo educador da sala, onde é aberto espaço para discussão sobre as dificuldades e os avanços de cada um sobre cada tema abordado durante as aulas.

Esse tipo de avaliação contínua e significativa deve ser participativa e transparente, não sendo apenas de responsabilidade do educador, mas de cada aluno, tornando-se assim responsável pelo seu próprio progresso.

Livros Didáticos

Freinet escreveu um artigo intitulado “Abaixo os manuais escolares” que, à época, revolucionou as ideias sobre os pesados compêndios escolares que serviam de apoio à educação de crianças e adolescentes.

Para Freinet, manuais daquele tipo, enciclopédicos, não tinham nenhuma relação com a vida e lidavam com os conteúdos de forma fragmentada.

Freinet sugeria que professores e alunos construíssem seus próprios textos e fichas de estudos.

Ser Humanista Segundo Freinet

Ser humanista na visão de Célestin Freinet é a capacidade que todo educador tem de desenvolver plenamente todas as capacidades da criança. Ele procurou aprimorar todas as suas atividades, tendo como concepção o bem-estar e a dignidade da criança como ser humano. Ele foi muito além do que se refere a valores ideológicos e até mesmo religiosos, levando em conta a “ética humana”. Muitas das palavras ditas por Célestin Freinet ao longo da sua vida vêm de encontro com a Declaração Universal dos Direitos das Crianças da ONU.

Quem estuda a Pedagogia Freinet e trabalha com ela diariamente percebe que se trata muito mais do que uma simples “Proposta Pedagógica”, diria que é uma “Filosofia de Vida”. A criança é vista como um ser autônomo, para o qual é capacitada a escolher, sobre orientação, quais as atividades a serem desenvolvidas segundo o seu próprio interesse. É vista também como um ser racional, capaz de, desde muito cedo, opinar e criticar diante de fatos ou assuntos que lhe são expostos, sendo-lhe dado o direito e a oportunidade de raciocinar sobre tudo aquilo que lhe é proposto, tornando tudo mais significativo. O livre arbítrio também é respeitado entre as crianças, sendo respeitadas nas suas escolhas e recusas, sempre analisando o motivo de tal decisão.

Assim como no adulto, toda criança já possui dentro de si mesma uma consciência moral, cabe ao educador ajudar a desenvolver e a aprimorar essa moral primitiva. Quem conhece o trabalho da Pedagogia Freinet na prática pode presenciar um dos direitos do ser humano sendo respeitado e valorizado, que nada mais é do que o direito de desenvolver a capacidade criativa e imaginativa que cada um de nós tem dentro de si como seres humanos. Geralmente, as crianças que crescem sob essa pedagogia são mais criativas e ousadas do que outras, que são educadas sem terem os seus direitos humanos respeitados.

Todo indivíduo é sócio-político, ou seja, tem a sua parte de responsabilidade na sociedade na qual está inserido e, consequentemente, é envolvido politicamente, mesmo não querendo. Célestin Freinet tinha tanta consciência disso que se envolveu em vários movimentos políticos e foi perseguido por isso. Ele, como todo humanista, lutava por uma igualdade universal, sempre voltada para a área da educação, que era o que realmente lhe interessava e preocupava mais. Em suas atividades, ele tentava ensinar aos seus alunos a serem mais solidários através de cooperativas que criava dentro das escolas. Ele também lutava por uma educação democrática, onde todos tinham voz para opinar, tentando passar o significado de justiça e, acima de tudo, tentando ensinar aos seus alunos a serem mais humanos.

Célestin Freinet tinha compromisso em ajudar a todos os indivíduos que necessitassem, quer estando envolvidos dentro da escola ou não. Ele se preocupava em aperfeiçoar e desenvolver as potencialidades de cada um, como ser humano. Sua proposta pedagógica é humanista e liberal, busca educar a criança para ser um homem livre e crítico, apropriando-se da sua vida humana por completo, assimilando a cultura em que vive e a cidadania, primordial para qualquer ser humano.

Um dos objetivos da educação na visão de Célestin Freinet é o alcance da vida humana plena e dignamente, apropriando-se da cultura e da cidadania. A educação humanista é democrática, pluralista, aberta e crítica, acima de tudo, é sensível e atenta às diferenças e necessidades culturais e até mesmo individuais, e é nessa visão que todas as crianças são educadas na pedagogia freinetiana. Ele foi um educador humanista contemporâneo, que tinha como uma de suas metas humanizar seus alunos e seus seguidores. Freinet tinha um espírito libertador intelectual, era autônomo moralmente e pluralista em seus pensamentos, tentou em sua pedagogia libertar seus alunos da ignorância, do preconceito, do capricho, da alienação e da falsa consciência, buscando assim desenvolver as potencialidades humanas de cada um.

De forma clássica e humanista, a perfeição humana deveria servir de modelo para regularizar a educação e servir de ideal para todos os seres humanos, em especial os educadores. A educação humanista é formadora de pessoas livres, construtores de um juízo sólido e de nobre caráter em seus alunos. Para Célestin Freinet, nenhum homem pode ser considerado educador se não for fiel às suas tradições, sendo crítico e liberal. Na sua pedagogia, é necessário se praticar as virtudes, enobrecendo o homem e a sabedoria humana. O exercício das faculdades naturais, a espontaneidade, o interesse pelas coisas naturais fazem parte da filosofia embutida na pedagogia de Célestin Freinet. A autenticidade pessoal, a auto-realização e o ambiente democrático que é construído também fazem parte da sua filosofia.

Isso tudo faz parte do processo de crescimento do jovem-humano como ser realizador e conquistador, é o lado romântico intrínseco na forma de educação humanista. Célestin Freinet foi atento, como todo humanista e educador, à natureza interior de cada um de seus alunos e criou meios para que tal natureza desabrochasse de forma saudável e plena. E é assim que seus seguidores pensam e tentam agir com seus educandos.

Célestin Freinet respeitava a essência do homem como ser livre e pensante. Cabe a seus seguidores definirem e criarem situações para tal desenvolvimento de cada ser humano, tentando criar verdadeiros autores e, portanto, assim responsáveis. Os alunos, nessa visão na qual são educados, não são obrigados a aceitar as verdades alheias, mas cabe sim a eles a opção de escolha, dando-lhes oportunidades de criarem suas próprias identidades e traçarem os seus projetos de vida.

Muitos fatos da vida cotidiana afetam direta e indiretamente o desenvolvimento emocional, intelectual, moral e até mesmo físico das crianças. Portanto, não se pode negar a relação existente entre a política e a educação. Para que ambas caminhem juntas e bem, seria necessário que a pedagogia se tornasse mais política e que a política se tornasse mais pedagógica. Célestin Freinet tinha esse pensamento também. Assim sendo, todos os educadores deveriam passar a ter uma visão emancipada sobre todos os problemas sócio-culturais, transmitindo e criando oportunidades para que seus alunos estejam capacitados criticamente, tendo consciência e autocontrole de suas próprias vidas.

Todos os educadores devem lutar coletivamente, assim como Freinet fez na sua época, agindo como sujeitos transformadores, fazendo das escolas um local democrático, com o objetivo de ensinar suas crianças a respeito do que é viver em uma sociedade justa como ser humano, independente de sua raça, classe, sexo ou idade. Há apenas uma preocupação para a educação humanista de Célestin Freinet, e esta preocupação é a de viver a vida em todas as suas manifestações. Um dos primordes do educador humanista Freinet nada mais é do que orientar e capacitar seus alunos como indivíduos capazes de levarem uma vida completa e intensa, tendo envolvimentos políticos e uma boa conduta moral, com sensibilidade para apreciar o que é belo tanto na natureza quanto na arte, além de se preocupar em formar pessoas íntegras e com conhecimento geral. Ele também achava necessário transmitir como se deve utilizar desses conhecimentos. As crianças educadas na Pedagogia de Célestin Freinet não têm problemas de integração, quer seja em pequenos grupos ou em grandes comunidades; apesar disso tudo, elas possuem um senso de individualidade bastante apurado, de autonomia e são bastante autênticas. Os educadores humanistas são vistos pelos seus alunos como um exemplo de vida. Deve-se criar um clima na escola de confiança, diálogo, respeito, tolerância, zelo, liberdade, compromisso e responsabilidade. Se algum desses ingredientes vier a faltar, de nada adiantará os ensinamentos deixados pelo nosso saudoso Célestin Freinet.

Jean Piaget Fala De Célestin Freinet

(Texto de Jean Piaget, retirado do livro “Psicologia e Pedagogia”, Rio de Janeiro, Editora Forense, 1985).

Quanto às iniciativas individuais de mestres de escola particularmente inventivos ou devotados à infância e que encontram por meio da inteligência do coração os processos mais adaptados à inteligência propriamente dita (como outrora Pestalozzi), poder-se-ia citar um grande número nos países mais diversos de língua francesa, alemã (um esforço considerável foi realizado na Alemanha e na Áustria depois da queda do nazismo), italiana, inglesa etc. Entretanto, limitar-nos-emos, como exemplo do que pode ser feito com os modestos meios e sem nenhum incentivo particular por parte dos ministérios responsáveis, a lembrar a notável obra realizada por Freinet, que se espalhou às mais diversas regiões francófonas, entre as quais inclui o Canadá francês.

Sem cuidar muito da psicologia da criança e movido sobretudo pelas preocupações sociais (mas guardando a devida distância frente às doutrinas que põem mais em evidência a transmissão pelo mestre, de que falamos acima), Freinet interessou-se mais em fazer da escola um centro de atividades permanecendo em comunicação com as da coletividade ambiente.

Sua célebre ideia da imprensa escolar constitui a esse respeito uma ilustração particular entre outras, mas especialmente instrutiva, porque é evidente que uma criança que imprime pequenos textos chegará a ler, a escrever e a ortografar de uma maneira bem diferente do que se não possuísse qualquer ideia sobre a fabricação dos documentos impressos de que se serviu. Sem querer visar explicitamente o objetivo de uma educação da inteligência e de uma aquisição dos conhecimentos gerais pela ação, Freinet atingiu, portanto, esses objetivos constantes da escola ativa ao pensar principalmente no desenvolvimento dos interesses e na formação social da criança.

E sem ostentar teorias, ele conseguiu juntar as duas verdades mais centrais, sem qualquer dúvida, da psicologia das funções cognitivas: que o desenvolvimento das operações intelectuais provém da ação efetiva no sentido mais completo (isto é, inclusive dos interesses, o que não quer dizer, de modo algum, que sejam exclusivamente utilitários), porque a lógica é, antes de tudo, uma expressão da coordenação geral das ações; e que esta coordenação geral das ações e sua coordenação intra-individual constituem um único e mesmo processo, sendo as operações do indivíduo socializadas todas elas, e consistindo a cooperação no sentido mais estrito em tornar comuns as operações de cada um.

Biblioteca Freinetiana

Para quem se interessar no assunto, segue abaixo uma relação de livros sobre a Pedagogia Freinetiana:

1- Para uma Escola do Povo: Guia Prático Para a Organização Material Técnica e Pedagógica da Escola Popular, Célestin Freinet. Editora Presença.

2- As Técnicas Freinet da Escola Moderna, Célestin Freinet. Editora Estampa.

3- Freinet Evolução Histórica e Atualidades, Rosa Maria Whitaker Ferreira Sampaio. Editora Scipione.

4- Pedagogia Freinet Teoria e Prática, Maria Del Cioppo Elias. Editora Papirus.

5- Freinet e a Pedagogia, Liliane Maury. Editora Martins Fontes.

6- Célestin Freinet Raízes Sociais e Políticas de uma Proposta Pedagógica, Anne Marie Milon Oliveira. Edição Papéis e Cópias de Botafogo e Escola de Professores.

7- Freinet e a Escola do Futuro, Maria de Fátima Morais. Rio de Janeiro, Bagaço.

8- A Expressão Livre no Aprendizado da Língua Portuguesa, Maria Lúcia dos Santos. Editora Scipione.

9- De Rousseau a Freinet ou de Teoria à Prática: Uma Nova Pedagogia, Maria Inês Cavalieri Cabral. São Paulo, Hemus.

10- Em Busca de Uma Metodologia para Uma Educação Libertadora: Paulo Freire e Freinet, Silvia Aranha Oliveira. São Paulo, PUC, Dissertação de mestrado.

11- A Pedagogia Freinet. Carta a um professor brasileiro, Consulado Geral da França, Michel Vibert. Centro Educacional de Niterói.

12- Criança e Poesia na Pedagogia Freinet, Glória Kirinus. Editora Paulinas.

13- A Educação do Trabalho, Célestin Freinet. Editora Martins Fontes.

14- Ensaio de Psicologia Sensível, Célestin Freinet. Editora Martins Fontes.

15- Guerra e Paz no Oriente Médio (C.História em Movimento), Célestin Freinet. Editora Ática.

16- La Escuela Moderna Francesa-Una Pedagogia Moderna de Sentido, Célestin Freinet. Editora Ernesto Reinchmann.

17- Pedagogia do Bom Senso, Célestin Freinet. Editora Martins Fontes.

18- A Pedagogia Freinet, Maria Evelyna P. Nascimento. Editora Unicamp.

19- Le Nouvel Educateur-Publications-Institut Coopératif de l’École Moderne.

20- O Texto Livre, Pierre Clanché. Editora Estampa.

21- O Itinerário de Célestin Freinet, Elise Freinet. Editora Francisco Alves.

Autor: Anderson

A Pedagogia Freinet é uma proposta pedagógica que tem em mira modernizar a escola, marcando assim uma nova etapa da evolução da mesma, através de uma gama de valores alicerçados no bom senso. Freinet não quer uma escola à parte, mas a própria escola pública (escola do povo) é que deverá ser modernizada para atender, na sua essência, às necessidades do povo. Para isso, ele põe em evidência meios que revolucionaram tanto a educação de um modo geral quanto à escola em particular, estabelecendo uma verdadeira relação professor-aluno.

Trata-se de um movimento de reação contra tudo o que existe de tradicional na escola. A sala de aula passa a ser o lugar onde professor e alunos discutem conjuntamente, em clima de harmonia e disciplina, tanto os conhecimentos básicos da aprendizagem quanto os problemas da vida cotidiana.

É uma educação que respeita o indivíduo e a diversidade e reencontra a identidade própria do ser humano através da individualidade de cada um; que respeita as crianças tais quais elas são, sem submetê-las a modelos pré-estabelecidos e que as ajuda na formação de sua personalidade. É uma pedagogia real e concreta que procura oferecer às crianças e aos adolescentes uma educação condizente com as suas necessidades e mediante as práticas cotidianas.

É uma escola do povo. Escola essa que procura responder aos anseios individuais, sociais, intelectuais, técnicos e morais da vida desse povo, numa sociedade em pleno desenvolvimento tecnológico e científico. É uma pedagogia que tem em mira formar o homem mais responsável, capaz de agir e interagir no seu meio; um homem mais apto a contribuir na transformação da sociedade. Para tanto, na sua prática educativa, tem primazia o desenvolvimento do espírito crítico, o questionamento das ideias recebidas, o espírito de curiosidade.

Os fundamentos e as linhas de ação da Pedagogia Freinet estão centrados no “homem” a fim de elevá-lo à mais alta dignidade do seu ser. E a realização plena de sua personalidade através da vivência de sua cidadania. A Pedagogia Freinet não se dá no vazio de uma ação educativa sem rumos concretos. Por essa razão, ele estabelece bases de apoio que são os seus princípios.

Base de Apoio da Pedagogia Freinet

  1. O princípio da cooperação – permite desenvolver entre as crianças e entre estas e os professores, relações que conduzem à organização das diversas modalidades de trabalho como: conversa livre, conselho de classe, reunião cooperativa em acordo com a idade dos alunos. A reunião cooperativa é a mola mestra de todas as decisões, sejam relativas às práticas pedagógicas do ensino-aprendizagem, sejam no âmbito do desenvolvimento de atitudes e habilidades, que no seu conjunto constituem a “formação do homem”. A vida cooperativa muda as condições de trabalho de sala de aula, instaurando novas estruturas de relações que priorizam as responsabilidades e as competências e dão ao trabalho o seu verdadeiro lugar pela valorização de todos os sucessos, pela multiplicação desses sucessos e pelo encaminhamento adequado dos erros que geram os fracassos. A vida cooperativa responderá à demanda real – a da segurança e a da ordem.

    – Organização cooperativa – A reunião cooperativa para a gestão do trabalho e a regulamentação dos conflitos. A divisão das responsabilidades. Elaboração das regras de vida e de trabalho.

  2. A comunicação e a expressão livre – Propicia uma aprendizagem viva e real desde que a criança tenha liberdade de expressar o seu pensamento em todas as circunstâncias que lhe são permitidas: o desenho, a palavra oral e escrita, as construções etc. – Expressão e comunicação -Conversa livre, textos livres, expressão corporal e artística, conferências, debates…
  3. A educação do trabalho, este enquanto atividade produtiva que auxilia a criança a construir a sua própria aprendizagem. Para tanto, o trabalho deve ser realmente livre, escolhido por ela e organizado no seu plano de trabalho tanto individual quanto coletivo. Numa educação pelo trabalho, não tem sentido e nem lugar tarefas impostas que conduzem as crianças a se desobrigarem o mais cedo possível para se verem livres de tal tarefa como se fosse um fardo pesado em lugar de ser uma atividade prazerosa. – Trabalho individualizado e socializado: contratos de trabalho, projetos, pesquisas, avaliação formativa, trabalho com fichas, livros…
  4. O tateamento experimental – é um processo que se inscreve no “devir” global de cada criança como parte integrante da formação de sua personalidade. Não é uma técnica pedagógica tendo por objetivo a assimilação do saber, nem um simples caminhar em busca da aquisição do saber. É um ato inteligente desempenhado por um ser que busca a construção do seu conhecimento. A superioridade do “tateamento experimental” está no fato de que o homem e a criança não copiam um tateamento e sim o constroem, gerando assim a experiência. Segundo Freinet, o tateamento experimental contribui para a edificação da inteligência. – O tateamento experimental – aprendizagem graças à pesquisa nas situações verdadeiras e problemáticas…

As Invariantes Pedagógicas

  1. A criança é da mesma natureza que o adulto.
  2. Ser maior não significa necessariamente estar acima dos outros.
  3. O comportamento escolar de uma criança depende do seu estado fisiológico, orgânico e constitucional.
  4. A criança e o adulto não gostam de imposições autoritárias.
  5. A criança e o adulto não gostam de uma disciplina rígida, quando isso significa obedecer passivamente a uma ordem externa.
  6. Ninguém gosta de fazer determinado trabalho por coerção, mesmo que, em particular, ele não o desagrade. Toda atitude imposta é paralisante.
  7. Todos gostam de escolher o seu trabalho, mesmo que essa escolha não seja a mais vantajosa.
  8. Ninguém gosta de trabalhar sem objetivo, atuar como máquina, sujeitando-se a rotinas nas quais não participa.
  9. É fundamental a motivação para o trabalho.
  10. É preciso abolir a escolástica.
  11. Todos querem ser bem-sucedidos. O fracasso inibe, destrói o ânimo e o entusiasmo.
  12. Não é o jogo que é natural na criança, mas sim o trabalho.
  1. Não são a observação, a explicação e a demonstração – processos essenciais da escola – as únicas vias normais de aquisição de conhecimento, mas a experiência tateante, que é uma conduta natural e universal.
  2. A memória, tão preconizada pela escola, não é válida, nem preciosa, a não ser quando está integrada no tateamento experimental, onde se encontra verdadeiramente a serviço da vida.
  3. As aquisições não são obtidas pelo estudo de regras e leis, como às vezes se crê, mas sim pela experiência. Estudar primeiro regras e leis é colocar o carro na frente dos bois.
  4. A inteligência não é uma faculdade específica, que funciona como um circuito fechado, independente dos demais elementos vitais do indivíduo, como ensina a escolástica.
  5. A escola cultiva apenas uma forma abstrata de inteligência, que atua fora da realidade e fica fixada na memória por meio de palavras e ideias.
  6. A criança não gosta de receber lições autoritárias.
  7. A criança não se cansa de um trabalho funcional, ou seja, que atende aos rumos de sua vida.
  8. A criança e o adulto não gostam de ser controlados e receber sanções. Isso caracteriza uma ofensa à dignidade humana, sobretudo se exercida publicamente.
  9. As notas e classificações constituem sempre um erro.
  10. Fale o menos possível.
  11. A criança não gosta de sujeitar-se a um trabalho em rebanho. Ela prefere o trabalho individual ou de equipe numa comunidade cooperativa.
  12. A ordem e a disciplina são necessárias na aula.
  13. Os castigos são sempre um erro. São humilhantes, não conduzem ao fim desejado e não passam de paliativo.
  14. A nova vida da escola supõe a cooperação escolar, isto é, a gestão da vida pelo trabalho escolar pelos que a praticam, incluindo o educador.
  15. A sobrecarga das classes constitui sempre um erro pedagógico.
  16. A concepção atual das grandes escolas conduz professores e alunos ao anonimato, o que é sempre um erro e cria barreiras.
  17. A democracia de amanhã prepara-se pela democracia na escola. Um regime autoritário na escola não seria capaz de formar cidadãos democratas.
  18. Uma das primeiras condições da renovação da escola é o respeito à criança e, por sua vez, a criança ter respeito aos seus professores; só assim é possível educar dentro da dignidade.
  19. A reação social e política, que manifesta uma reação pedagógica, é uma oposição com a qual temos que contar, sem que se possa evitá-la ou modificá-la.
  20. É preciso ter esperança otimista na vida.


Este texto foi publicado na categoria Metodologias e Inovação Pedagógica.

 About Pedagogia ao Pé da Letra

Sou pedagoga e professora pós-graduada em educação infantil, me interesso muito pela educação brasileira e principalmente pela qualidade de ensino. Primo muito pela educação infantil como a base de tudo.

2 respostas para “Resumo: Pedagogia Freinet”

  1. Estou estudando a pedagogia freinet. E vou fazer um trabalho só vida e obra do mesmo.

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