Os teóricos e suas implicações na educação
Conheça os grandes teóricos e explore as implicações de suas teorias na educação. Saiba como aplicá-las na prática e transformar o ensino para o melhor. Aumente o seu conhecimento e melhore o ensino.
1.0 Introdução.
A humanidade contemporânea demonstra visíveis sinais de decadência e procura, de diversas formas, encontrar os caminhos que levem a existência humana ao equilíbrio com o ambiente. A educação é um desses caminhos. Responsável por grande parte da formação da consciência humana, a educação parece ser o caminho mais curto a ser percorrido. Infelizmente, por inúmeros fatores, a educação não é rentável para a sociedade capitalista em que vivemos, e por isso não recebe os investimentos necessários, nem a nível financeiro, nem a nível de preocupação e participação.
Mas o processo de educação, com muita luta e dedicação de seus apaixonados, continua evoluindo contra a corrente, pois toda sociedade hoje compreende que a educação é um dos investimentos mais necessários na construção de um mundo menos excludente. Os teóricos da educação, grandes responsáveis pelo processo de evolução da educação, conseguiram concretizar seus pensamentos e utilizá-los como ferramentas para a elaboração de uma nova maneira de se trabalhar a escola. Em uma sociedade globalizada financeiramente, esses teóricos, muito à frente de seu tempo, conseguiram dar um verdadeiro sentido à globalização, globalizando a informação e a educação. As próximas páginas são um ensaio sobre alguns dos mais importantes teóricos da educação.
A intenção não é rever detalhadamente cada parte de suas teorias, mas tecer comentários pessoais e quase inevitáveis sobre importantes pontos dos métodos apresentados. Qualquer processo apresenta distintas visões, e o processo pedagógico não poderia ser diferente.
Acompanhando um pouco sobre cada teoria apresentada, evidenciaremos essas ambiguidades da educação.
2.0 Abraham Maslow.
A hierarquia apresentada por Abraham Maslow organizou de forma linear o processo sobre “necessidades” dos seres humanos, configurando-se como uma importante teoria de nossa contemporaneidade. Esse método é representado em forma de pirâmide, supostamente para uma melhor compreensão dos que acompanham seu trabalho. Maslow estabeleceu uma ordem a cada necessidade que o ser humano apresenta durante sua vida, ou seja, uma concepção do desenvolvimento humano. Claro que esta hierarquia não pode ser seguida religiosamente; sabemos que os seres humanos são constituídos por diferenças e encontraremos facilmente pessoas que obtêm satisfação ou insatisfação das necessidades em graus diferentes, é o caso dos que “contentam-se com pouco” e os que “nada serve”. Passando despercebido por alguns, a teoria de Maslow comprova que homens e mulheres têm um projeto infinito de construção pessoal, pois mesmo alcançando o ápice da hierarquia das necessidades, ficam satisfeitos apenas momentaneamente e logo partem para novos desafios.
Estamos sempre perseguindo o mais; a conquista tornou-se um ciclo vicioso e necessário da existência humana. É preciso refletir sobre quando estamos com nossas necessidades satisfeitas, e de forma alguma esse questionamento pode apresentar uma resposta coletiva, e sim várias individuais, devendo estar baseado na diversidade do ser humano, respeitando eticamente as diferenças existentes. A teoria de Abraham Maslow é de grande utilidade para a questão da existência humana, pois colabora com o processo de desenvolvimento, principalmente do pensamento administrativo, e comprova que o comportamento do indivíduo e sua personalidade são determinados também por suas necessidades, e não devem, em hipótese alguma, ser reduzidos a uma derivação de instintos.
A hierarquia das necessidades permite que homens e mulheres olhem para dentro de si e para a coletividade, buscando respostas para as constantes dúvidas que surgem no cotidiano.
2.1 Carl Rogers.
Carl Rogers relacionou ao processo de aprendizagem aspectos relevantes da psicanálise, um grande acerto.
Trazer o sentimento para o ambiente pedagógico é uma virtude notável de sua teoria; somos regidos por nossos sentimentos, e sem eles não somos. Rogers os adaptou com muita seriedade.
Quando Rogers cita a confiança e o amor como aspectos valorizados em sua teoria, percebemos o dito. No instante em que o educador deixa de ser “dirigente das soluções dos problemas” e transforma-se em um “indicador de soluções possíveis”, ou facilitador, como preferem as bibliografias, oferecendo recursos sem impor qualquer forma de ação áspera, acaba por conferir ao aluno uma responsabilidade maior sobre o processo de aprendizagem e sobre sua própria vida automaticamente, o que irá colaborar para uma formação não apenas curricular, mas também uma formação existencialista. Deve-se ter muito cuidado ao usar o termo facilitador. Alguns entendem como um educador que facilita a avaliação, o que não procede, pois na avaliação do professor rogeriano há mais complexidade do que na avaliação tradicional, em detrimento do abandono de uma única prova e da constante observação das atividades.
Esse método de uma avaliação ampla diminui os riscos de reprovação de um aluno aplicado, mas que poderia estar com algum problema durante a única avaliação. É facilitador este educador porque facilita o processo de aprendizagem, indicando caminhos. Em nada a teoria de Rogers diminui a responsabilidade do professor, e sim equilibra antigas tarefas com as novas, pois agora o educador estará presente em outra realidade que traz novas dificuldades, como esta avaliação mais complexa, sistematizando diariamente o andamento da classe. Para uma aprendizagem plena, é determinante a participação paralela entre educando e educador.
Em seu método, é defendida a ideia de que a aprendizagem não ocorre quando apenas uma das partes se pré-disponha, e com toda razão, educando e educador devem entender-se como conjunto, como engrenagens do processo de aprendizagem. Os educandos deste método de ensino estão mais expostos e aptos ao convívio em comunidade, essencial para o amadurecimento do indivíduo. Abandonando o postulado de líder no processo pedagógico, transforma-se em parte dele, o educador colabora para a construção da consciência interna de cada indivíduo e, sem dúvida, é retribuído por cada um deles com maior participação e interesse do educando.
Aulas mais dinâmicas são um importante aspecto da aplicação pedagógica da teoria de Carl Rogers, e em nossa contemporaneidade este é o objetivo mais buscado pela maioria dos educadores.
2.2 David Ausubel.
Ausubel pode ser interpretado como o teórico que se preocupou com uma das maiores inquietações dos educandos: No que este conteúdo irá contribuir? De que adianta esse conhecimento?
Assim percebe-se a importância que esta teoria tem no diálogo entre educador e educando.
O educador deve, antes de aplicar o conteúdo, conhecer o ambiente ao qual vai realizar seu trabalho, isso se desejar uma aprendizagem dinâmica e eficaz. A perda do ritmo coletivo de aprendizagem ou a insatisfação e o fracasso individual podem ser sintomas da falta de diálogo entre educando e educador.
A teoria de Ausubel reforça esta importância quando refere-se à aprendizagem significativa e à mecânica.
Claro que o objetivo é implementar a aprendizagem significativa em detrimento da mecânica, mas não podemos nos deixar tomar pela utopia; a aprendizagem mecânica é inevitável e Ausubel salientava isso. A leitura feita por este teórico sobre a aprendizagem afirma que ela é uma organização de conhecimentos na estrutura cognitiva do indivíduo.
Mais do que compreender ideias, os indivíduos devem ser capazes de aplicá-las no cotidiano, dando utilidade ao conhecimento adquirido na escola.
Por isso, a escola não deve limitar-se aos parâmetros do conhecimento técnico; ela deve também desenvolver a tomada de decisões conscientes de cada indivíduo e, por isso, a aprendizagem significativa de Ausubel é importante, para que os educandos ganhem autonomia no processo de aprendizagem, construindo seus próprios conceitos e seus próprios caminhos. Quando o educador ensina de acordo com o conhecimento adquirido anteriormente, ele dinamiza suas aulas, mas óbvio que o educando deve mostrar interesse pelo relacionamento com o conteúdo.
Se o educador utilizar a sua paixão com o conhecimento curricular, podemos entender que o interesse do aluno estará muito próximo de concretizar-se.
2.3 Frederic Skinner.
A teoria sobre o desenvolvimento da aprendizagem apresentada por este teórico acredita que tal processo está interligado com o condicionamento ao qual o aprendiz é subordinado. Frederic Skinner é um teórico behaviorista, o que justifica seu estreitamento ao limitar-se a estudar o comportamento observável. Provavelmente induzido por uma de suas paixões, os animais, Skinner desenvolveu diversos estudos com animais de laboratório, tidos erroneamente como animais irracionais.
Seu método acredita que os condicionamentos aos quais submetia tais animais reproduziriam o mesmo sucesso se aplicado em homens e mulheres. A ideia de investigação sobre os animais é justificada pela grande contribuição que tais animais trazem à compreensão de problemáticas humanas. O condicionamento apresentado na teoria de Skinner é verdadeiro; ele existe. Certamente, o comportamento é motivado por alguns estímulos externos que fazem parte do ambiente circundante do educando.
A crítica necessária sobre esta teoria não diz respeito ao desenvolvimento dos seus estudos, mas sobre o que fazer com eles. O radicalismo como Skinner propôs seu método pedagógico deve ser questionado por toda a comunidade educacional. Identificar o homem a robôs demonstra que o objetivo de sua teoria é doutrinar e manipular o comportamento. Não que a questão das recompensas e/ou perdas deva ser descartada, mas precisa-se rever as maneiras das recompensas oferecidas e destas perdas. Em uma sociedade capitalista desenfreada, não podemos admitir que estes estímulos resumam-se em benefícios materiais.
O papel do educador é formar seres humanos, e a lógica imposta pelo capitalismo saqueia a autonomia humana. Os estímulos praticamente anulam como referência no processo de aprendizagem a prática do professor. Uma curiosidade sobre os estudos de Skinner refere-se à sua caixa de ensinar.
Skinner, muito preocupado em manipular a educação com estímulos, inventou a caixa citada, mas, apesar do nome, não ensina e, para ser útil, precisa da manipulação de um agente externo, ou seja, o professor.
2.4 Jean Piaget.
Ao contrário do que muitos pensam, Jean Piaget não propõe um método de ensino; ele elabora uma teoria sobre o desenvolvimento do conhecimento humano, e com muita propriedade, pois a virtude desta teoria é, sem dúvida, a observação contínua de crianças. O educador, antes de aplicar o método pedagógico, deve fazer uma leitura sobre a realidade presente no ambiente pedagógico a fim de dinamizar o desenvolvimento da aprendizagem. O trabalho de Piaget é muito lembrado pelos estágios do desenvolvimento, mas que, antes de serem seguidos categoricamente, precisam ser analisados conforme o ambiente escolar, para que o desenvolvimento possa ser aprimorado verdadeiramente.
É óbvio que crianças desnutridas que ingressam tardiamente na escola não podem ser cobradas a nível de avaliação ou desenvolvimento da mesma forma que Piaget acompanhou crianças europeias sem estes problemas. Isso reforça a ideia de que o ambiente influi na capacidade do desenvolvimento. Os estágios não devem ser considerados pela idade para a prática pedagógica, mas pelo conhecimento apresentado por cada indivíduo. Mesmo o ambiente interferindo no desenvolvimento, não basta esperar que todo o processo se molde por este fato. A tarefa principal do educador deve ser instigar o exercício da inteligência do indivíduo, como uma construção contínua.
Sendo o professor mediador do desenvolvimento, ele precisa de recursos para tornar-se um facilitador e não um transmissor de informações. A teoria de Piaget está preocupada com a formação dos homens e mulheres do amanhã, que serão responsáveis pelos caminhos a serem trilhados pela humanidade, e por isso sua teoria está centrada na questão de desenvolver educandos criativos e desbravadores.
Porém, a educação deve servir para descobrir métodos, caminhos e compreensões e, de forma alguma, para doutrinar.
Só assim o educando passa a compreender o mundo que o cerca.
2.5 Jerome Bruner.
Complexidade. A teoria elaborada por Jerome Bruner descarta que o processo do desenvolvimento da aprendizagem esteja restrito a apenas uma possibilidade.
Realmente, a aprendizagem não acontece por um único caminho; precisamos de meios e ambientes que juntos favoreçam o desenvolvimento dessa habilidade. Respeitando os estágios do desenvolvimento, o método apresentado por este teórico acredita que é fundamental no processo pedagógico a interação entre educador e educando.
Quem não quer ensinar não ensina e quem não quer aprender não aprende!
Envolvido por esta lógica, Bruner acreditou, ao formular sua teoria, que era indispensável a participação ativa do aluno na aprendizagem e caberia ao professor induzir positivamente esta participação.
Quando o professor induz o interesse dos educandos, supõe-se que ele, o educador, proponha aulas mais dinâmicas, explorando alternativas e estabelecendo similaridades entre o currículo e o amadurecimento existencial. Cabe ao professor moldar o ensino; ele passa a ser o agente do processo educacional, devendo dominar os assuntos abordados, porém, não pode-se exigir do educando a perfeição, pois a memória é falha.
O educador deve, sim, com humildade, reconhecer seus limites e entender-se como humano. A virtude de seu método é esclarecer que o ambiente pedagógico, como qualquer outro ambiente, precisa de equilíbrio para um bom andamento.
Quando educando e educador participam juntos da moldagem do processo de aprendizagem, sem dúvidas, estão proporcionando a permanência ou a construção de um ambiente harmonioso e favorável para a aprendizagem.
2.6 Lev Vigotsky.
A teoria de Lev Vigotsky acredita que o desenvolvimento humano é resultado da interação do homem com o mundo, ou seja, suas experiências vividas.
Aprendendo com a vida! Sem dúvida, as diferentes situações presenciadas pelo homem contribuem para o desenvolvimento da consciência humana, mas Lev Vigotsky lembra, com muita sabedoria, que cada homem ou mulher dá às experiências vividas o significado que melhor lhe convém. Elaborou sua teoria com respeito às diferenças e às diferentes interpretações que o ser humano pode ter de cada acontecimento social ou até mesmo pessoal.
Isso clareia-se quando, em sua teoria, afirma que a maneira como cada indivíduo aprende é particular e individual, ou seja, uma derivação de atitudes. O indivíduo deve aproveitar as situações para aprender, o que, neste método, é essencial para o desenvolvimento.
Não está centrada em ambiente escolar a teoria de Vigotsky, mesmo sabendo que a escola deve fazer a intervenção pedagógica neste processo. Este visionário, ao estabelecer seu método sobre a aprendizagem, não permitiu que tal campo ficasse restrito à sala de aula, pois o princípio deve ser as relações sócio-históricas. As zonas de desenvolvimento demonstram a grande habilidade de Vigotsky ao tratar do humano e do conhecimento. Sua teoria contribuiu para que os educadores ampliassem suas leituras sobre os efeitos da educação transmitida aos educandos e respeitassem as individualidades e particularidades existentes, mesmo que em grupo, como nas classes escolares.
2.7 Paulo Freire.
Educar para a liberdade. Essa afirmativa traduz claramente o objetivo principal da teoria desenvolvida por esse professor. Seu método destacou-se por estar direcionado também à educação de adultos. Sem dúvida, Paulo Freire foi “induzido” a elaborar sua teoria sobre esta ótica por viver uma realidade concernente a um país de trabalhadores desempregados, excluídos, miseráveis e explorados.
Um país chamado Brasil. O que fazer com a educação recebida? Qual o objetivo principal da educação?
Provavelmente, essas foram algumas das perguntas que o professor Paulo Freire nos respondeu.
Educar-se para poder decidir seu próprio destino, seu caminho, tomar suas decisões e desenvolver a consciência crítica. Seu método convida os educandos a abandonarem a visão fatalista de impotência à qual são submetidos, principalmente adultos analfabetos, e os faz entender que cada um tem grande importância dentro de um contexto e que devem fazer de sua existência um processo infinito de libertação.
Esta foi a virtude desse educador: demonstrar que as teorias sobre o processo pedagógico precisam também preocupar-se com o fim e não apenas com o meio do processo de aprendizagem. De forma alguma pode-se afirmar que o método estabelecido por Paulo Freire era centralizador, mas, ao contrário, apostava no debate e nas discussões entre os próprios educandos a fim de, dentro de uma realidade, aprofundarem sua leitura sobre o mundo. Essa leitura não se limitava a uma leitura curricular, mas a uma leitura política, social, econômica e ideológica, estimulando a práxis.
Revolucionário. Essa palavra é constantemente parte dos comentários sobre sua teoria, mas precisamos aprofundar-nos no verdadeiro sentido que a palavra revolucionário tem em sua obra.
A revolução ligada à teoria de Paulo Freire não condiz com uma guerra contra os opressores, contra o sistema ou contra os países imperialistas, absolutamente não! O método de Paulo Freire é revolucionário, pois tira homens e mulheres excluídos de uma situação de submissão.
Não podemos estreitar a teoria desse educador. Não é objetivo de seu método sobrepor os oprimidos pelos opressores, mas sim reinventar uma sociedade sem exclusão, seja qual for.
É notável em seu trabalho a tentativa de demonstrar que o processo de aprendizagem deve ter uma utilidade prática e que ninguém deve amedrontar-se por pensar um mundo diferente.
As diferenças devem ser vistas como um valor e não como motivo para exclusão.
2.8 Robert Gagné.
Robert Gagné elaborou sua teoria influenciado pela ótica behaviorista, conhecida pela manipulação antidemocrática que o experimentador impõe ao sujeito. Seu método defende que estímulos diversos provenientes da interação do indivíduo com o ambiente circundante são responsáveis pelo desenvolvimento da aprendizagem.
Colocar toda a responsabilidade da aprendizagem nos estímulos externos pode não ser uma afirmação verdadeira, mas não deve-se negar que os estímulos e o meio proporcionam algumas variáveis em tal processo. A plena aprendizagem depende de mudanças observáveis no comportamento, causadas pelos estímulos citados.
Aparentemente, este processo de aprendizagem demonstra um objetivo de moldar os educandos da maneira que o educador desejar.
O observador externo responsável por diagnosticar a aprendizagem, além de verificar a aprendizagem, deve observar sua permanência. Não é à toa que o neo-comportamentalismo de Gagné norteia-se pelo controle do comportamento de homens, mulheres e animais. É pouco coerente estreitar o campo de avaliação somente pela mudança de comportamento; o educador deve procurar ampliar os horizontes sobre o processo de avaliação, pois o educador que trabalha sob esta ótica anula os esforços e a compreensão dos educandos. A aprendizagem pode, sim, trazer algumas modificações no comportamento humano, mas esta não pode estar condicionada exclusivamente a tal mudança.
De fato, entende-se que o processo de aprendizagem pode fazer com que o ser humano torne-se capaz de modificar seu comportamento, mas a autonomia do educando não deve ser invadida e a mudança de comportamento deve ser uma possibilidade e não uma obrigação.
3.0 Conclusão.
Certamente, quem imaginava a educação como uma simples alfabetização ou uma enciclopédia surpreende-se ao acompanhar as inúmeras teorias sobre o processo de desenvolvimento da aprendizagem.
A complexidade da questão requer permanentes esforços de reavaliação de conceitos dos educadores e educandos. Em nossa contemporaneidade, praticamente todas as práticas apresentam novas tendências e abordagens; na educação não poderia ser diferente. A evolução referente à educação não deve ser pensada do mesmo modo que a evolução da sociedade capitalista em que vivemos, que evolui a qualquer custo, ou nenhum.
O educador deve ter coerência para discernir os diferentes métodos a serem aplicados conforme o ambiente pedagógico que os circunda. A escolha de cada teoria a ser mais aprofundada e trabalhada deve ser uma decisão pessoal e intransferível de cada educador, mas este mesmo educador deve ter consciência de que cada teoria, por mais distinta que possa parecer, tem em sua essência o objetivo de aplicar o melhor processo de desenvolvimento da aprendizagem possível. Isso posto, afirma-se que, como nunca, o respeito pelo trabalho de cada teórico deve ser verdadeiro e o educador não deve impor sua preferência sobre o meio que convive; ele pode sugerir, não ordenar! Abordagem, conteúdo, moral, disciplina, ética… a discussão pedagógica é extensa, por isso a harmonia ainda é um caminho coerente para o avanço da educação. Saibamos, educadores e educandos, utilizar um pouco de cada processo, adequando-o ao ambiente pedagógico e, sem dúvida, a construção de uma nova escola estará mais próxima de ser concluída.
Autor: Rafael Santana
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