Os Níveis de Escrita ✍️
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Este artigo descreve de forma simples e resumida as hipóteses de escrita pelas quais todas as crianças passam na fase de alfabetização. Todo professor deve se basear nessas fases para propor atividades adequadas e que estimulem os alunos a evoluírem.
Primeiro Nível – Pré-silábico I – Indiferenciado
Neste nível, o aluno pensa que se escreve com desenhos. As letras não significam nada para ele. A professora pede que ele escreva “bola”, por exemplo, e ele desenha uma bola, rabiscos, garatujas.
Segundo Nível – Pré-silábico II – Diferenciado
O aluno já sabe que não se escreve com desenhos. Ele já usa letras ou, se não conhece nenhuma, usa algum tipo de sinal ou rabisco que lembre letras.
Nesse nível, o aluno ainda nem desconfia que as letras possam ter qualquer relação com os sons da fala. Ele só sabe que se escreve com símbolos, mas não relaciona esses símbolos com a língua oral. Acha que coisas grandes devem ter nomes com muitas letras e coisas pequenas devem ter nomes com poucas letras. Acredita que, para uma palavra ser lida, ela deve ter pelo menos três símbolos. Caso contrário, para ele, “não é palavra, é pura letra”.
Terceiro Nível – Silábico
O aluno descobriu que as letras representam os sons da fala, mas pensa que cada letra é uma sílaba oral. Se alguém lhe pergunta quantas letras são necessárias para escrever “cabeça”, por exemplo, ele repete a palavra para si mesmo, devagar, contando as sílabas orais e responde: três, uma para “ca”, uma para “be” e uma para “ça”.
Dentro deste nível, podemos identificar três fases importantes:
- Quantitativo: para cada sílaba, o aluno põe uma letra sem pensar na correspondência sonora.
- Qualitativo: escreve para cada sílaba uma letra com correspondência sonora. Exemplo: para casa escreve “ca” ou “cz”.
- Silábico-alfabético: ora escreve as sílabas completas (simples) e ora usa apenas uma letra para representá-la.
Quarto Nível – Alfabético
O aluno compreendeu como se escreve usando as letras do alfabeto. Descobriu que cada letra representa um som da fala e que é preciso juntá-las de um jeito que formem sílabas de palavras da nossa língua. Porém, inicialmente escrevem com fortes marcas da oralidade.
O vídeo abaixo explica de forma detalhada os níveis de escrita e leva à compreensão de que é indispensável para o alfabetizador ter esses conhecimentos que ajudarão no planejamento de atividades futuras e no ajuste de intervenções pedagógicas às necessidades da criança que está sendo alfabetizada.
Desafios para as crianças em cada nível conceitual de escrita
Abaixo descrevo de forma simples e resumida as hipóteses de escrita que toda criança passa na fase de alfabetização. Todo professor deve se basear nessas fases para propor atividades adequadas que estimulem os estudantes a evoluírem dentro dessas. Conheça mais sobre a pedagogia progressista.
Primeiro nível → Pré-silábico I – Indiferenciado
Nesse nível, o aluno pensa que se escreve com desenhos. As letras não querem dizer nada para ele. A professora pede que ele escreva “bola”, por exemplo, e ele desenha uma bola, rabiscos, garatujas.
- Associar palavras e objetos;
- Memorizar palavras globalmente;
- Analisar palavras quanto ao número de letras, inicial e final;
- Distinguir letras e números;
- Reconhecer as letras do alfabeto (cursiva e bastão);
- Familiarizar-se com os aspectos sonoros das letras através das iniciais de palavras significativas;
- Relacionar discurso oral e texto escrito;
- Distinguir imagem de escrita;
- Observar a orientação espacial dos textos;
- Produzir textos pré-silabicamente;
- Ouvir e compreender histórias;
- Identificar letras e palavras em textos de conteúdo conhecido.
Segundo nível → Pré-silábico II – Diferenciado
O aluno já sabe que não se escreve com desenhos. Ele já usa letras ou, se não conhece nenhuma, usa algum tipo de sinal ou rabisco que lembre letras.
Nesse nível, o aluno ainda nem desconfia que as letras possam ter qualquer relação com os sons da fala. Ele só sabe que se escreve com símbolos, mas não relaciona esses símbolos com a língua oral. Acha que coisas grandes devem ter nomes com muitas letras e coisas pequenas devem ter nomes com poucas letras. Acredita que, para que uma escrita possa ser lida, deve ter pelo menos três símbolos. Caso contrário, para ele, “não é palavra, é pura letra”.
Terceiro nível → Silábico
O aluno descobriu que as letras representam os sons da fala, mas pensa que cada letra é uma sílaba oral. Se alguém lhe pergunta quantas letras são necessárias para escrever “cabeça”, por exemplo, ele repete a palavra para si mesmo, devagar, contando as sílabas orais e responde: três, uma para “ca”, uma para “be” e uma para “ça”.
- Reconhecer a primeira letra das palavras no contexto da sílaba inicial;
- Comparar palavras memorizadas globalmente com a hipótese silábica;
- Contar o número de letras das palavras;
- Desmembrar oralmente as palavras em suas sílabas;
- Reconhecer o som das letras pela análise da primeira sílaba das palavras;
- Reconhecer a forma e as posições dos dois tipos de letras: cursiva e maiúscula;
- Identificar palavras em textos de conteúdo conhecido (qualquer tipo de palavra);
- Produzir textos silabicamente;
- Ouvir e compreender histórias;
- Completar palavras com as letras que faltam (observando que o número de letras presentes exceda sempre o número de sílabas da palavra).
Quarto nível → Alfabético
O aluno compreendeu como se escreve usando as letras do alfabeto. Descobriu que cada letra representa um som da fala e que é preciso juntá-las de um jeito que formem sílabas de palavras de nossa língua. Porém, inicialmente escrevem com fortes marcas da oralidade.
- Compor palavras com sílabas;
- Decompor palavras em suas sílabas;
- Produzir textos alfabeticamente;
- Escrever textos (curtos) de memória;
- Reescrever partes de histórias conhecidas;
- Ler textos de seu nível;
- Completar palavras com as sílabas que faltam;
- Observar a segmentação entre as palavras no texto;
- Observar os sinais de pontuação;
- Ouvir e compreender histórias;
- Completar textos com palavras;
- Construir frases com palavras dadas.