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Atualizado em 09/08/2024

Entenda o Mutismo Seletivo: Causas, Sintomas e Tratamentos

Descubra o que é o mutismo seletivo e como ajudar seu filho a lidar com essa condição. Saiba mais sobre os fatores de risco, sintomas e tratamentos disponíveis.

Mutismo Seletivo image

Por: Débora Carvalho Meldau

 

 

 

O mutismo seletivo, também denominado mutismo eletivo, consiste em um distúrbio psicológico caracterizado pela recusa em falar em certas situações, mas que, em outras, o indivíduo é capaz de falar. Costuma ocorrer em crianças tímidas, introvertidas e ansiosas que falam apenas com um ou ambos os pais, outras crianças ou animais.

 

Este transtorno ocorre em ambos os gêneros, mas é mais comum nos indivíduos do sexo feminino. Em adultos, este distúrbio é diagnosticado como fobia social.

Trata-se de uma das desordens psicológicas mais frequentes nas crianças. Indivíduos com este distúrbio conseguem falar e compreender a linguagem, mas o fazem somente em situações escolhidas por eles. Em outras áreas de aprendizagem e comportamento, a criança costuma se desenvolver normalmente.

Até pouco tempo, acreditava-se que este distúrbio afetava 1 em cada 1000 crianças. Todavia, mais recentemente, pesquisas realizadas pela American Academy of Child and Adolescent Psychiatry apontaram que a proporção é de sete para cada 1000, tornando o mutismo duas vezes mais prevalente do que o autismo. Já no Brasil, os estudos a respeito do mutismo seletivo são escassos, bem como profissionais especializados no diagnóstico precoce e tratamento do mesmo.

Habitualmente, este transtorno está relacionado com a existência de um elevado nível de ansiedade, que pode ter origem genética e associação com a atividade mais intensa da amígdala cerebelar. A ausência da fala também pode apontar a presença de transtorno de comunicação, envolvendo tartamudez, dificuldade auditiva, transtorno de aprendizagem, transtorno de adaptação ou de separação, depressão nervosa, autismo ou transtorno de ansiedade. Também pode estar ligado a um trauma psicológico.

Além da recusa em falar em certas situações sociais, as crianças com mutismo seletivo apresentam:

  • Dificuldade em manter contato visual;
  • Não costumam sorrir em público ou permanecem com expressões vazias;
  • Movimentam-se de forma rígida;
  • Não são capazes de lidar com situações nas quais deveriam falar normalmente, como saudações, despedidas ou agradecimentos;
  • Tendem a ter uma preocupação mais exagerada com as coisas quando em comparação com a população em geral;
  • Costumam ser mais sensíveis ao ruído e a locais lotados;
  • Apresentam dificuldade em falar sobre si ou expressar sentimentos.

Contudo, também apresentam alguns pontos positivos, como a maior sensibilidade aos pensamentos e emoções alheias e inteligência e percepção superior aos demais.

Para ser diagnosticado como mutismo seletivo, o quadro tem que persistir por pelo menos um mês, sem contar o primeiro mês de escolarização, uma vez que nessa época as crianças costumam ficar mais tímidas e evitam interagir com o professor.

Os pais costumam demorar meses ou anos para perceber a mudez, pois acreditam que se trate apenas de timidez normal até que as manifestações clínicas se tornam mais visíveis.

O tratamento com terapia cognitivo-comportamental apresenta bons resultados. Também podem ser utilizados fármacos para transtorno de ansiedade e depressão para aliviar os sintomas.

 

Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mutismo_seletivo

http://www.leticiadeoliveira.com.br/duvidas-pdf/Mutismo%20Seletivo.pdf

http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=2

 

 


Este texto foi publicado na categoria Saúde Mental e Psicológica.

 About Pedagogia ao Pé da Letra

Sou pedagoga e professora pós-graduada em educação infantil, me interesso muito pela educação brasileira e principalmente pela qualidade de ensino. Primo muito pela educação infantil como a base de tudo.

Uma resposta para “Entenda o Mutismo Seletivo: Causas, Sintomas e Tratamentos”

  1. A minha filha encontra.se com 16 anos , tentou suicídio após o término de uma relação com a namorada. Foi diagnosticada aos 4 anos com MS.
    Sempre foi uma opositora em relação a mim( mãe) e sempre se apoiou em mim até aos 12 anos, altura em que me separei do pai dela que me trazia e ela foi a primeira a desconfiar.
    A separação deu.se depois de confinamento de três meses devido ao COVID. Quis de livre vontade ir viver comigo, mas atingiu picos enormes de ansiedade. O pai visitava a regularmente durante a semana mas não durante fim de semana. A minha filha teve um crescente de oposição comigo, gritando e fazendo prevalecer as suas vontades. Levou.me a estados de extremo desespero, foi sempre acompanhada pela psicóloga dela, que ao final de três meses aproximadamente disse para consultar um pedopsiquiatria pois os fármacos poderiam ser uma solução para os picos de ansiedade. Os fármacos revelaram.se realmente eficazes, os níveis de ansiedade baixaram. Foi escolha dela viver com o pai,e eu vendo que seria bom para se ” regular” assim o permiti.
    Está no 11°ano e com a tentativa de suicídio eu ” deixei” que ela pudesse escolher quando ficar comigo. Agora penso ter feito mal a escolha sugerida pela pedopsiquiatra que não a conhecia( viu.a apenas no dia seguinte á tentativa) e o pai fez a escolha dessa mesma pedopsiquiatra para seguir a minha filha( do hospital Magalhães Lemos) que já mudou novamente de médica e não vejo alterações na minha filha, pelo contrário, está cada vez mais afastada de mim, a ” recorrer” a ” desculpas” constantes para não estar comigo.
    Também está no meu parecer e da psicóloga com dificuldade em se identificar sexualmente e como indivíduo, mudando a sua forma de estar conforme as ” vontades” na altura do pai e agora da nova namorada.
    Estou desesperada e precisava de orientação.
    Muito obrigada pela atenção
    Ana Lima

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