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Atualizado em 02/08/2023

Multimeios na Literatura Infantil: Como utilizar recursos digitais para enriquecer a experiência de leitura das crianças

Descubra como a literatura infantil evoluiu com o uso de múltiplos meios! Desde histórias interativas até animações, saiba como a literatura infantil se tornou mais divertida para as crianças. Clique aqui para descobrir!

Multimeios da Literatura Infantil


INTRODUÇÃO

A Literatura Infantil é a arte cujo instrumento de expressão é a palavra. Devendo ser despertada pela leitura infantil, é na verdade, o marco inicial da formação pessoal e cultural da criança. E em razão da criança de hoje, sente-se cada vez mais desestimulada à leitura, resolveu-se fazer uma pesquisa seguida de proposta realizada com professores e alunos do Ensino Fundamental da rede pública municipal de ensino; Unidade Escola “Nazaré Rodrigues”.

A proposta é fundamentada para a prática dos professores que atuam no primeiro segmento do Ensino Fundamental, propiciando à criança um maior interesse pela leitura, e um maior nível de conhecimento, estimulando sua imaginação e sua criatividade.

Apresenta-se o referencial teórico abordando o histórico da Literatura Infantil , seu desenvolvimento no Brasil e a importância segundo Carvalho. Aborda-se a educação e multimeios em que fazem um comentário sobre os meios audiovisuais tradicionais e atuais a utilização de multimeios na pratica pedagógica.

A análise e interpretação dos dados coletados através da pesquisa de campo, fazem parte da proposta metodológica, como planejar, executar e avaliar esta proposta a ser realizada na sala de aula.

Apresenta-se algumas sugestões a serem desenvolvidas pela comunidade, escola e aluno, finalizando-se com a conclusão e referência bibliográfica.


LITERATURA INFANTIL

HISTÓRICO

A literatura infantil iniciou no séc. XVII, quando a criança e a escola começaram a dar os seus primeiros passos, frente a sociedade da época. Século que marca o calendário artístico literário da criança com Perrault e Comenius .

Nos séculos anteriores o sistema de aprendizagem era indiscriminado e desordenados em comunidades que não eram escolas mas asilos monásticos, onde conviviam todas as idades, a criança não tinha tratamento especial específico e adequado à idade. No século XV , com a evolução da escola houve reações contra essa mistura de idades, mas restringido somente entre a classe estudantil e não enquanto criança , isto segundo Phillipie, essa separação visava, sobretudo, a proteger a criança e a juventude contra o resto da sociedade que situava os estudantes entre os vagabundos e mendigos. Essa separação estendeu-se até o séc. XVIII com o início da discriminação das classes sociais.

A escola única que domina o séc. XV ao XVIII, foi substituído pelo ensino duplo. O sistema educacional da França que constituía no séc. XVII, facilitava o intercâmbio entre as diferentes classes sociais, permitindo uma aproximação maior com o que vinha do povo, onde era possível uma divulgação dos fatos, dos casos, das narrativas, no contar e ouvir, que faz o folclore e do qual nasceu a autêntica Literatura Infantil. A partir daí as estórias escritas foram as que tradicionalmente era contadas oralmente, os contos de fadas eram o folclore que este pertenciam a todos, foram essas insubstituíveis estórias a primeira expressão da Literatura Infantil, através de Charles Perrault o primeiro recriador.

Charles Perrault, retratava e suas estórias infantis a sociedade de seu tempo, destacando nelas os nobres e poderosos, humildes e fracos; os opulentos e despóticos, as intrigas das classes elevadas, das princesas despeitadas por não serem convidadas para os grandes eventos. Os contos de Perrault são folclóricos e colhido na sua maioria dos contadores italianos, o seu primeiro conto foi “Pele de Asno”, de tradição real da época, considerado, portanto, o primeiro conto da história da Literatura Infantil.

No séc. XVIII, a Literatura Infantil ganha mais espaço, nesta época o tipo de educação era o pedagogo, a Literatura deixa de ser um jogo verbal para caracterizar-se pela busca do conhecimento. Essa preocupação da literatura dirigida a criança vai de encontro com a sociedade burguesa, nessa época o ensino secundário era privilégio da burguesia enquanto que o povo só tinha acesso ao primário, isso justifica a distância da literatura infantil entre os séculos XVII e XVIII.

Rousseau, foi um verdadeiro revolucionário da educação no século XVIII, reconheceu a individualidade da criança, em sus filosofia mostra que a natureza que à criança seja criança antes de serem homens, nessa teoria foi criando a escola natureza responsáveis pelas notáveis aventuras, grande marco do século, descobrindo aí um novo estilo de literatura a juvenil.

Daniel Defoe foi o primeiro a introduzir a literatura de ação, do século XVIII, na Inglaterra, estreando esse novo gênero da literatura com Robinson, obra que caracterizou um período de interesse da criança por obras de aventura.

Os nomes mais conhecidos da literatura Infantil e infanto – juvenil no séc. XIX, pode-se destacar os irmãos Grimn e Christian Anderson, sendo que os primeiros foram os pesquisadores do folclore e o segundo contrapõe o realismo de Perrault.


A LITERATURA INFANTIL NO BRASIL

Somente com chegada da Família Real no Brasil, inicia-se uma nova era para a educação, modificando o perfil político e social do Brasil na época dando portanto uma nova dimensão ao ensino.

Com a formação de professores e surgimento do livro texto, foram aparecendo livros recreativos, mas sem nenhuma existência de literatura infantil. Com a instituição da imprensa, fato importante para a época, foi instalado na Bahia, a primeira tipografia, em 1811, possibilitando a circulação de jornais, onde em 1831, surge em Salvador, o primeiro jornal infanto–juvenil “O Adolescente”, a partir daí foram criados em diversos estados brasileiros jornais destinados à leitura infanto e infanto-juvenil. Isso confirma o valor dos jornais para o público infantil e infanto-juvenil, despertando-lhes o interesse pela informação e pela cultura.

Deve-se admitir que o jornalismo e as traduções das obras dos outros países marca a primeira fase da Literatura Infantil no Brasil.

A Literatura Infantil, só começou esboçar-se no final do século XIX, quando a preocupação com a educação se tornou uma realidade.

Alberto Figueiredo Pimentel, em 11894, publica o seu primeiro livro para crianças – Contos da Carochinha, que é uma coletânea de 40 contos populares, com alguns contos de outros países como de Perreault, Grimn de Anderson e mais algumas estórias da tradição oral. Dois anos depois publicou seu segundo livro – Histórias da Baratinha – Pimentel, o grande precursor da Literatura Infantil, além de seus livros de estórias, publicou diversas poesias selecionadas numa coletânea em – Álbum das Crianças – fez teatro infantil – Teatrinho Infantil etc.

Vários precursores destacara-se, como, Arnaldo de Oliveira Barreto foi o humanista da Literatura Infantil, adaptando obras da mitologia grega – O Velocino de Ouro – Os Lusíadas – de livros alemãs. Foi o mais notável, tradutor dos autores de todo o mundo. Em 1915, foi lançado por este autor a primeira tradução de O Patinho Feio de Anderson.

Monteiro Lobato, considerado o maior clássico da Literatura Infantil Brasileira, por criar os seus próprios contos, . Sua maior inspiração foi a criança, suas fantasias, suas aventuras, travessuras, objetos de brinquedos e tudo o que povoa a sua imaginação foram motivos de inspiração para o autor.

Em suas obras, Lobato não mente à criança, mas não lhe supõe os problemas, segundo a sua concepção, “a criança merece beleza e respeito, sem precocidades vulgares, pois o objetivo do adulto é dar-lhe condições de crescer”, dessa forma ele trás em suas obras, condições para ela ser “criança enquanto for criança”.

No ano de mil novecentos e vinte e um, iniciou à sua dedicação à literatura infantil. Segundo sua biografia publicada em suas obras, faz-se os seguintes comentários sobre os personagens criados em sua coleção de obras, como “Narizinho Arrebitado” lança o Sítio do Pica pau Amarelo e seus célebres personagens. Através de Emília diz tudo o que pensa; na figura do Visconde de Sabugosa, Lobato crítica o sábio que só acredita nos livros já escritos. Dona Benta é a personagem adulto que aceita a imaginação criadora das crianças, admitindo as novidades que vão modificando o mundo. Tia Nastácia é o adulto sem cultura, que vê o que é desconhecido o mal, o pecado. Narizinho e Pedrinho são as crianças de ontem, hoje e amanhã, abertas a tudo, querendo ser felizes, confrontando suas experiências com o que os mais velhos dizem mas sempre acreditando no futuro”

As obras de Monteiro Lobato, retrata o universo infantil, extrapolando o esquema convencional em que os outros autores evidenciam em suas obras. Para Irlemar Chiampi, Lobato, abrange em todo este universo, “a capacidade de expressar um espaço cultural, numa sociedade, uma problemática histórica, com uma perspectiva não documental, mas integradora das várias faces do real”.
IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL

No mundo mágico e a evolução, a literatura é um instrumento fundamental para aguçar o sentido crítico, ampliar a visão da vida, aumentar a perspectiva das coisas. E tudo isso começa a partir dos primeiros passos e das primeiras sílabas no mundo maravilhoso da literatura infantil.

A produção literária para as crianças mais do que nunca, continua tendo uma função primordial na formação infantil.

“A fantasia continua sendo uma das bases da literatura infantil. Contudo esta fantasia surge de maneira meramente formal, pois a maioria dos escritores modernos reconhece que está diante de uma nova criança” (Monteiro e Oliveira, 1993).

Essa fantasia faz parte da própria vida e, portanto, é sentida pela criança como tomada própria realidade. Não se trata mais de uma transformação da realidade, mas dela própria em uma nova maneira de se viver.

“A literatura infantil, se entendida como manifestação de arte, como objeto estético, como representação da realidade em que vive, pode ser tanto como o jornal, a via para a leitura do mundo. Através da escrita, das ilustrações e de relações que estas duas fontes estabelecem entre si e com a vida, elas possibilitam a compreensão da realidade e orientam as ações para uma transformação”. (Lopes e Caboclo, 1996).

É importante o professor trabalhar textos literários infantis ou jornalísticos, não apenas como pretextos e finalidade pedagógica, mas, como leitura de forma dinâmica e rica, como a vida apresenta às crianças através das mensagens que traduzem o mundo.

O hábito de ler, deve começar nos primeiros anos e antes mesmo da entrada da criança na escola. Pois a ponte ou o abismo que pode existir entre alguém alfabetizado e os livros são determinados ainda no Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série. Portanto, é na sala de aula que desenvolve-se o gosto pela literatura.

A Literatura dá uma visão de conjunto. Sandroni e Machado )1991) ressalta que “a literatura atende a curiosidade infantil em diversos campos e, assim, chega a reunir muitas disciplinas que compõem o leque do aprendizado”. A obra literária não tem nenhuma obrigação de ser didática, mas o trabalho pode e, se bem feito, deve idealizar os livros de ficção para complementar, introduzir ou aprofundar conceitos de Linguagem, Estudos Sociais, Ciências e Matemática.

“Se a leitura deve ser um hábito , deve ser também fonte de prazer e nunca uma atividade obrigatória cercada de ameaças e castigos e encarada como uma imposição do mundo adulto. Para se ler é preciso gostar de ler” (Sandroni e Machado, 1991). O adulto que pega uma criança no colo e a embala com aquelas cantigas tradicionais que brinca com o bebê usando as histórias, adivinhações, rimas e expressões de nosso folclore, que folheava uma revista ou um livro buscando as figuras conhecidas e pergunta o nome delas, está colaborando para uma atitude positiva diante da leitura.

Por motivos diversos, principalmente de ordem econômica – social, a maioria de nossa população não lê. Assim, a escola torna-se o local possível, embora não o ideal, dado o seu carácter obrigatório, onde se pode incentivar a criança e o jovem ao hábito de ler.


EDUCAÇÃO E MULTIMEIOS

Sobre as peculiaridades dos meios e das linguagens, deduziremos que nem todos os conteúdos são válidos para todos os meios. E vice – versa, nem todos os meios são válidos para qualquer tipo de conteúdo. Nas palavras de Edmund Carpenter, um meio não é um envelope fechado que possa conter qualquer tipo de conteúdo (Carpenter e Mcluhan. 1974). Os meios condicionam as linguagens. O livro, por exemplo, é hiper – funcional para a linguagem verbal escrita, mas a televisão não. Segundo este condiconamento, os meios também imitam os conteúdos.

Existem conteúdos hiperfuncionais para determinados meios e vice – versa, da mesma maneira que há conteúdos hiperfuncionais para determinadas linguagens e vice – versa. Neste sentido, deveria ser feita a seleção de meios e de linguagens em função dos conteúdos.

Por isso, devemos considerar como ideal um ensino usando diversos meios, um ensino no qual todos os meios deveriam ter oportunidade, desde os mais modestos até os mais elaborados: desde o quadro, os mapas e as transparências de retroprojetor até as antenas para os satélites de televisão. Até deveriam, ter oportunidade também todas as linguagens: desde a palavra falada e escrita até as imagens e sons, passando pelas linguagens matemáticas, gestuais e simbólicas. Tudo em função dos conteúdos.

A educação com multimeios tem algumas vantagens suplementares. Cada meio ativa nos alunos alguns mecanismos perceptivos e mentais dos diversos alunos, compensando as déficits derivados da aprendizagem com outros meios expressivos. Além disso, a abordagem de uma mesma realidade a partir de perspectivas diferentes e complementares enriquece o processo de aprendizagem.
OS MEIOS AUDIOVISUAIS

Tradicionais

Dentro do modelo de uma pedagogia que usa meios diversos, devemos ser capazes de tirar vantagem daquilo que cada meio é capaz de oferecer, sempre de acordo com as necessidade dos alunos e com as exigências dos conteúdos curriculares. Nesta colocação não podem ser esquecidos ou marginalizados os meios audiovisuais mais tradicionais:

  • O quadro de giz;
  • O retroprojetor;
  • O projetor de slides;
  • A fotolinguagem;
  • Os visuais diretos (os flanelógrafos, os murais, os postrs, os cartazes, as colagens…);
  • A fita de áudio;
  • A montagem audiovisual.

Atuais

A tecnologia eletrônica – televisão, vídeo cassete, máquina de calcular, gravador e computador – pode ser utilizada para gerar situações de aprendizagem com maior qualidade, ou seja, para criar ambientes de aprendizagem em que a problematização, a atividade reflexiva, atitude crítica, capacidade decisória e a autonomia sejam privilegiados.

Os meios eletrônicos de comunicação oferecem amplas possibilidades para ficarem restritos apenas à transmissão e memorização de informações. Permitem a intenção como diferentes formas de representação simbólica – gráficos, textos, notas e musicais, movimentos, ícones, imagens e podem ser importantes fontes de informação, da mesma forma que textos, livros, revistas, jornais da mídia impressa. Entrevistas, debates, documentários, filmes, novelas, músicas, noticiários, softwares, CD-ROM, BBs e Internet são apenas alguns exemplos de formatos diferentes de comunicação e informação possíveis utilizando-se esses meios. Na escola, podem ser usados para obter, comparar e analisar informações, de diferentes naturezas, sobre períodos da História, fenômenos naturais, acontecimentos mundiais, usos da linguagem oral e escrita etc., por meio de uma apropriação ativa da informação que gera novos conhecimentos.

Algumas tecnologias informacionais, como livros, jornais e revistas, já fazem parte da escola há muito tempo. Mas para a grande maioria das escolas brasileiras os meios eletrônicos de comunicação e informação ainda constituem-se como “novidades”, embora socialmente sejam instrumentos bastante conhecidos e utilizados (exceção feita ao computador, que ainda é algo novo para muitas pessoas).

Essa é uma realidade que precisa mudar em curto espaço de tempo, em virtude da necessidade da escola acompanhar os processos de transformação da sociedade, atendendo às novas demandas. É premente que se instaure o debate, a implantação de políticas e estratégias para o desenvolvimento e disseminação de propostas de trabalho inovadores utilizando os meios eletrônicos de informações e comunicação, já que eles possuem um enorme potencial educativo para complementar e aperfeiçoar o processo de ensino e aprendizagem.

A UTILIZAÇÃO DE MULTIMEIOS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Ao contar uma história para a criança deve-se utilizar vários meios, pois contar histórias é uma arte, é ela que equilibra o que é ouvido com o que é sentido, e por isso não é nem remotamente declamação ou teatro.

Tendo em vista um trabalho consciente e pedagogicamente correto com os multimeios, é necessário que sejam sistematizadas três fases distintas entre si, referentes à capacitação didática e metodológica do professor e do aluno que pretendem deles fazer uso e conseguir o maior índice possível de aproveitamento.

Seleção

Uma seleção pedagogicamente adequada dos multimeios, inclusive os tecnológicos considerados mais modernos, é importantíssima para o sucesso do seu uso efetivo; deve-se levar em consideração as características do professor e dos alunos, os objetivos e conteúdos a serem trabalhados, as condições materiais existentes à sua utilização e o domínio da sua linguagem e do seu próprio manuseio, isto é, o conhecimento das suas limitações e possibilidades.

Elaboração:

Se refere a observação e avaliação das características específicas de cada multimeio-forma, cor, tamanho, letras, som, etc.

Utilização

Entende-se como a etapa referente à própria ação, quando o professor e o aluno agem comsobre o recurso, tendo uma relação interativa e uma percepção ativa, no sentido de não basta apenas verouvir, é necessário que haja uma inter-relação entre aquilo que é mostrado e visto pelo aluno, som os objetivos e conteúdos sistematizados pelo professor e com o conhecimento que o educando já possui.

O professor diante de uma prática pedagógica de utilização adequada dos multimeios, não tem mais a postura de detenta do saber, tornando-se em mais um aprendiz junto ao aluno; este, por sua vez, torna-se um sujeito ativo na construção do conhecimento e não mais um ser passivo e crítico diante das informações que lhe são repassadas.

A cerca da importância da utilização dos materiais no desenvolvimento do aluno, os parâmetros curriculares nacionais (1997, pág. 104) diz: “A utilização de materiais diversificados como jornais, revistas, folhetos, propagandas, computadores, calculadoras, filmes, faz o aluno sentir-se inserido no mundo à sua volta.

Vê-se claramente a importância dada a utilização dos multimeios na formação e desenvolvimento do educando. Os Parâmetros, alerta para o fato de que a escola pode trabalhar conteúdos utilizando vários recursos para desenvolver modos de pensar, bastante específicos, no desenvolvimento das capacidades indispensáveis à apropriação do sujeito da experiência culturalmente acumulada.


DESCRIÇÃO DE ALGUNS RECURSOS

Toda criança sente uma atração para teatralizar, pois tem inata a tendência de representar, onde em suas brincadeiras está sempre dramatizando, fazendo teatro, imitando em seu mundo – miniatura.

A dramatização é uma atividade criadora que envolve todos os tipos de expressão (oral, corporal, plástica, musical) e é, por isso mesmo, riquíssima. Envolve o ciclo observação, transfiguração, expressão.

A partir das histórias lidas, a criança observa, modifica, acrescenta, transpõe para o plano pessoal, fantasiado, inventando, para então reproduzir, exprimindo-se.


OS DIVERSOS GÊNEROS DE TEATRO

Teatro de marionetes: são utilizadas figuras que aparecem como silhuetas sobre uma tela iluminada por trás ou então na parede clara.

Teatro de fantoches: São representados por bonecos de isopor, esponja de náilon, esponja de aço, papel machê e suas roupas podem ser feitas de papel crepom ou então de tecido. Os fantoches pode ser de varetas, meios e dedo.


VIDEOCASSETE

O videocassete é um sistema de gravação e reprodução de imagem e som.

Na escola o vídeo-cassete é usado como recursos audiovisual e instrumento didático dos mais versáteis.

O uso do vídeo-cassete difundiu-se rapidamente nos últimos anos, em especial devido às seguintes vantagens,

  • Facilidade de conservação e manejo do material. O equipamento de videocassete é fácil de operar, pois a imagem é transmitida pelo receptor comum de televisão.
  • A gravação pode ser assistida imediatamente, pois não há necessidade de revelar a fita, como um filme cinematográfico.
  • Permite a regravação na hipótese de um registro ruim.
  • Possibilita o registro rápido e imediato dos acontecimentos.
  • A gravação pode ser reapresentada sempre que forma necessário, permitindo uma análise mais acurada da mensagem.
  • Não requer escurecimento da sala para a apresentação da fita. Por isso, na sala de aula, os alunos podem assistir a uma transmissão de videocassete e, ao mesmo tempo, realizar tarefas, como, por exemplo, fazer anotações.

Orientações para tornar o uso do videocassete mais proveitoso do ponto de vista pedagógico:

Planeje antecipadamente a apresentação do vídeo, escolhendo com antecedência a fita a ser reproduzida, que deve estar integrada à unidade de ensino e relacionada ao conteúdo estudado.

Defina os objetivos que pretende atingir com a reprodução da fita de videocassete, indicando as noções e conceitos a serem desenvolvidos e as atitudes e comportamentos a serem desenvolvidas e as atitudes e comportamentos a serem trabalhados, com os alunos.

Evite usar a transmissão de videocassete como um meio meramente recreativo. A apresentação da fita de vídeo deve ser considerada como uma situação de aprendizagem.

Proponha atividades anteriores e posteriores à transmissão da fita de vídeo e a ela relacionadas, como leitura e pesquisa, trabalho e discussão em grupo, produção de texto.

Verifique previamente se o equipamento de videocassete está funcionado bem, se você sabe manejá-lo corretamente e se a fita está rebobinada.

Verifique qual a melhor posição do monitor na sala de aula, para assegurar que todos os alunos tenham uma boa visão do aparelho.


GRAVADOR

O gravador é um recurso auditivo bastante interessante e de grande aceitação, pois pode ser utilizado na sala de aula em situações variadas. A gravação em fita magnética proporciona um registro e, em seguida, a sua audição, pode ser utilizada vezes a mesma fita, permite ao professor ou ao aluno parar e voltou atrás na gravação, ou reproduzi-la quantas vezes desejar, para melhor assimilar o conteúdo apresentado.O gravador pode ser usado na sala de aula em situações variadas, como:

  • para gravar e reproduzir histórias narradas às crianças, ou por elas elaboradas e contadas;
  • analisar e interpretar obras literárias;
  • desenvolver a apreciação artístico – musical;
  • permitir ao aluno que grave sua voz ao falar, cantar, dramatizar uma história, recitar uma poesia, ler depois ele pode ouvir a gravação e verificar a necessidade de possíveis correções.
  • tornar as aulas de gramática mais interessante, ajudando o aluno a praticar e fixar.
  • facilitar no aprendizado de uma língua estrangeira, permitindo verificar, praticar e fixar a pronúncia correta das palavras e frases, a entonação, o ritmo, as estruturas da língua.
  • gravar e reproduzir entrevista com pessoas que podem contribuir com informações sobre o conteúdo estudado.


TELEVISÃO
Os aparelhos de Televisão estão, hoje no centro da vida doméstica, como meio de entretenimento e fonte de informação permanente para toda família; informam adultos e crianças sobre os mais diferentes aspectos do mundo que nos rodeia.

É sem sombra de dúvida, o meio de comunicação que mais intervém, diariamente, no sistema educacional; é um veículo indiscutível de expansão dos espaços de aprendizagem que a sociedade moderna oferece.

No Brasil, a falência da escola pública e o consequente aumento dos índices de analfabetismo, colocou a Televisão no lugar na mídia impressa, como o mais socializado espaço para a detenção de informações. As crianças estão mais expostas aos conhecimentos que a Televisão, a criança entra em contato com novas relações entre temas já conhecidos. Aprendem sobre o mundo em que vivem; se informam sobre as últimas conquistas da ciência, aprendem com ficção dos filmes e das novelas etc.

Os professores podem aprender a utilizar o que já existe de qualidade nos programas de televisão para alimentar sua ação na sala de aula, para atualizar suas fontes de informações e as informações veiculadas por livros didáticos anacrônicos.

A televisão é um recurso audiovisual muito forte e importante para o processo ensino – aprendizagem, que vem até causar mudanças na escola, pois esta precisa atualizar-se para ser mais dinâmica. A televisão pode ser aplicada na educação quando ela se presta como fonte de ampliação de conhecimentos, como motivação da aprendizagem ou mesmo como veículo de formação e instrução.
CINEMINHA

É um recurso antigo e simples, mas que desperta o interesse e a curiosidade da criança, já que a história aparece em pequenos pedaços. A história pode ser desenhada ou podem ser utilizadas as gravuras do próprio livro, quando se presta para isso.

O filme é enrolado na vareta inferior, a partir da última cena (deixando-se um pedaço de papel em branco) e a outra extremidade é presa na vareta superior, de modo que a primeira cena fique aparecendo na boca de uma. É interessante que o filme receba luz por trás.

O professor vai virando a vareta superior, à medida que vai contando a história.

Este recurso, permite que o professor pare em uma das folhas, em uma das cenas e introduza aí outros recursos como: cantos, expressão corporal, mímica, etc.


ÁLBUM SANFONADO

O Álbum sanfonado é feito em pedaços de papel – cartão e dobrado em forma de sanfona, ligando as partes do cartão com fita adesiva, fita de pano ou cadarço. É semelhante ao álbum seriado, em que a história é contada em seqüência, só que em vez de virarmos as folhas para trás, as partes são desdobradas.

O Álbum sanfonado cria suspense, expectativa e envolvimento, despertando o interesse e a curiosidade da criança. Este recurso ao ser aberto, vai mostrando as cenas em seqüência das figuras, o aluno vai criando sua história.


TRANSPARÊNCIA

As gravuras ou ilustrações poderão ser passadas para a transparência (usada no retroprojetor) e o professor vai contando a história enquanto vai projetando. Num segundo momento, os alunos poderão recontar a história.

Nesse tipo de trabalho pode-se fazer o inverso, o professor projeta e os alunos criam sua própria história. Depois o professor conta a sua.


MÚSICA

A música tem como finalidade auxiliar o professor em suas tarefas diárias. Ajuda o aluno em seu desenvolvimento intelectual, motor e social. Também ajuda a combater a agressividade, pois canaliza o excesso de energia; ajuda a enfrentar o isolacionismo; desenvolve o espírito de iniciativa e funciona como higiene mental. Portanto, a música é um grande benefício para a formação, o desenvolvimento do equilíbrio, da personalidade da criança.

As crianças que têm acesso à música têm possibilidade de criar, interpretar ou ouvir. Todas estas atividades podem e devem ser estimuladas e também executadas.

O canto coletivo e a banda rítmica são elementos que a um só tempo farão sentir as participantes a necessidade da cooperação e do respeito mútuo, que são elementos importantes na socialização do aluno.

A atividade musica deve ser planejada pelo professor, pois precisa estar bem claro o que ele pretende ensinar (conteúdo), por que (objetivos), a quem (verificando as possibilidades e necessidades do aluno) e como (técnicas e recursos didáticos para alcançar os objetivos).

A música na escola pode ser utilizada como incentivo à aprendizagem de um determinado conteúdo, como por exemplo desenvolver hábitos de higiene, neste caso então o professor ensina aos seus alunos uma música que trate desse assunto.

A música também pode ser utilizada para ensinar uma “noção nova”, sendo assim um auxílio para reforçar a aprendizagem. Exemplo: O professor ensina a música dos indiozinhos para ampliar o conceito de contagem mecânica: um, dois, três indiozinhos, etc.

A música incentiva o civismo, isto é, a responsabilidade e o cumprimento do dever, de respeito ao próximo, de cooperação com a comunidade.

As músicas folclóricas incentivam, por sua vez, o amor às coisas da nossa terra, do mesmo modo que os hinos e as marchas alusivas às datas cívicas.

Através da música, os alunos também têm oportunidade de recreação, quando o professor utiliza o canto coletivo, os brinquedos cantados, as histórias cantadas, as danças e o teatro musicado.

Para ensinar a música, o professor pode seguir os seguintes passos.

1º) Canto da música toda pelo professor sozinho, com precisão, clareza e suavidade.

2º) Avisar os alunos que irá ensinar a música por trechos e que eles só cantarão quando for dada a ordem pelo professor.

3º) Cantar a primeira frase diversas vezes, até perceber que a classe já é capaz de repetir.

4º) Mandar a classe repetir o mesmo trecho até o professor perceber o total domínio da música. Porém, quando houver erro, fazer a classe parar e corrigir.

5º) Continuar dessa maneira até completar toda a música.

6º) A classe cantará a música toda sozinha. O professor não deve cantar junto com a classe, pois a sua voz pode encobrir erros que possam, ficar gravado nos alunos e, depois, são difíceis de s

e corrigir.

7º) S

Tabela 02 – Sobre o que é leitura

Especificação Nº de respostas %
1.É a busca de informação e conhecimentos 03 38%
2.É a junção da letras,sílabas e palavras 01 12%
3.Não responderam 04 50%
Total 08 100%

Fonte – Escola Publica

Tabela 03 – Se o professor tem dificuldade para trabalhar leitura e produção textual com os alunos.

Especificação Nº de Respostas %
Sim 05 64%
Não 03 36%
Total 08 100%

Fonte – Escola Publica

Tabela 04- Dificuldade para trabalhar leitura e produção textual

Total de Alunos %
Sim 67 91%
NÃO 07 100%
Total 74 100%
Especificação Nº de Respostas %
01- Falta de metodologia 05 64%
02- Falta de hábito de leitura dos alunos 01 12%
03- Falta de concentração dos alunos 01 12%
04- Não responderam 01 12%
Total 08 100%

Fonte- Escola publica

e for o caso, o professor ensinará os gestos que acompanham a melodia.


ÁLBUM SERIADO

Trata-se de um interessante recurso visual, formado por páginas em sequência lógica, desenvolvendo uma só mensagem em forma progressiva e lógica. É utilizado para auxiliar em aulas, palestras, demonstrações, reuniões, etc.

O álbum seriado pode conter fotografias, mapas, gráficos, organogramas, etc.

Como o álbum seriado registra um assunto previamente organizado, sua função básica é orientar o expositor no desenrolar da explanação, lembrando-lhe os tópicos principais e evitando a dispersão. Outra vantagem deste recurso é que ajuda a manter a atenção dos alunos voltada para o ítem que está sendo explicado, permitindo-lhes fixar os tópicos principais e visualizar , por meios de material ilustrativo, as idéias desenvolvidas. Convêm usar esse recurso quando for necessário sistematizar um conteúdo, apresentando-o em sequência, de forma organizada.

O professor Parra sugere que ” quando a confecção do álbum seriado for feito em escolas , é sempre interessante contar com a colaboração direta ou indireta dos alunos, na coleta do material em pesquisa em pesquisas sobre o assunto”.


MURAL DIDÁTICO

O mural didático é um conjunto de elementos subordinados a um tema, dispostos harmoniosamente com o fim de transmitir determinada mensagem . O mural didático pode ser fixo ou imovél. Sua base pode ser de cortiça, madeira, eucatex acústico ou papelão. È aconselhada a forma retângular e a sua altura pode ser de 1 m, sendo o seu comprimento variável, podendo abranger a parede inteira.

Ao planejar a transmissão de uma mensagem utilizando o mural didático, é importante que o professor observe os seguintes aspectos.

  • A mensagem deve ser simples e direta
  • O titulo deve ser breve e chamar atenção.
  • Os materiais para ilustrar a mensagem pode ser objetos, fotografias, gravuras, mapas, desenhos, gráficos, tabelas, etc.
  • Os textos devem trazer maiores detalhes das mensagens que foi em parte transmitida pelas ilustrações.
  • As legendas precisam realçar os pontos principais apresentando informações complementares às ilustrações.

Vantagens da utilização do mural didático:

  • Despertar a atenção e o interesse;
  • Transmitir informações;
  • Desenvolve a capacidade auto – expressão;
  • Estimula o trabalho em grupo.


DOBRADURAS

Podem ser utilizadas como mais uma atividade para livros de história. Assim, se a história apresenta condições de fazer animais ou objetos, cada criança pode escolher sua história e, a partir daí, falar porque a escolheu, fazer a descrição da dobradura: peixe, barco, chapéu, casa. Essa dobradura pode ser colada em uma folha de papel sulfite e, com alguns desenhos, completar a nova história.


JOGOS

Os jogos são atividades que desenvolvem o pensamento e a comunicação. Ao jogar, cada criança estará se relacionando com o grupo e terá que aprender regras pré-estabelecidas, o que implica respeitar o pensamento e a ação dos outros.

Os jogos podem ser feitos pelo professor, para a classe de alunos menores, e jogos que podem ser criados pelos alunos maiores.

Baseada nas histórias lidas, surgem dominós, baralhos, jogos de montagem, adivinhações, quebra-cabeça e outros.


QUADROS

Os quadros são auxiliares visuais contendo ilustrações e às vezes texto, usado de forma sistemática nas situações de ensino – aprendizagem para ilustrar um conteúdo e facilitar a compreensão.

Desenhar ou fazer colagens é uma atividade que desperta o interesse e a criatividade. A história lida poderá ser representada com desenhos feitos pelos alunos, em forma de quadros que vão sendo colados na parede à medida que a história vai sendo contada. A colagem consiste em colar gravuras relacionadas com o tema. Exemplo: a história fala em animais, a criança procura e/ ou desenha animais.

As gravuras podem ser feitas em papel sulfite e desenhadas ou recortadas de revistas, jornais, folhetos e embalagens.

Os quadros servem para motivar os estudos, desenvolver a observação, complementar e enriquecer explanações.


CARTAZES

Cartazes, é um meio de comunicação de massa de natureza visual cuja finalidade é anunciar os mais diversos tipos de mensagens. A utilização do cartaz em sala de aula é muito limitada e tem como objetivo e motivar os alunos.

Os Cartazes são recursos visuais que consistem em uma folha de papel grosso ou cartolina com uma ou mais ilustrações e uma mensagem. Os cartazes podem ser de diversos tamanhos e formatos.

Os Cartazes devem ser confeccionados de preferência pelos próprios alunos, individualmente ou em grupo, sob a orientação do professor. Cabe aos alunos escolher o tema do cartaz, selecionar as ilustrações, elaborar a mensagem e dispor os elementos no espaço disponível.

Os Cartazes servem para:

  • Comunicar sugestões, recomendações e informações;
  • Despertar o interesse por determinado assunto;
  • Dar destaque a comunicações, acontecimentos importantes, datas cívicas, etc.

Vantagens do cartaz:

  • Despertar a atenção dos alunos;
  • São facilmente confeccionados;
  • Apresentam custo baixo;
  • Podem ser confeccionado pelos alunos, servindo assim como fator de desenvolvimento da criatividade;
  • Estimular o trabalho de equipe.

Orientações para elaboração de cartazes atraentes e objetivos:

  • selecionar um tema ou assunto a ser divulgado.
  • ilustrar com um desenho ou gravura simples, que não contenha muitos detalhes e não precise de explicações para ser entendido; usar poucas ilustrações (de preferências uma ou duas).
  • elaborar pequeno texto para completar a mensagem.
  • usar poucas cores fortes e vivas, contrastando com o fundo de cor clara.
  • escrever o texto com letras fáceis de ler, de tamanho adequado e cor contrastante com o fundo.
  • dispor os elementos (a ilustração e o texto) de forma harmônica no espaço disponível.

Como enfatiza Nélio Parra (1972), “Como é uma forma de comunicação rápida, o cartaz deve ser entendido rapidamente; portanto, a imagem deve ser a menos rebuscada possível, clara, breve e precisa”.

DIORAMA

O Diorama é como se fosse um palco em miniatura.

As figuras, no diorama, podem ser de papelão, papel-cartão, cartolina, madeira, etc. A cena é sempre representada em perspectiva e os elementos são tridimensionais, colocados numa superfície plana e no fundo há um desenho ou pintura, tudo obedecendo a uma perspectiva.

A cena é sempre disposta numa caixa com uma abertura por cima onde penetra luz e uma abertura na frente para dar a idéia de palco.

Para construir um diorama, deve-se observar os seguintes aspectos:

  • O tamanho da caixa irá influir no tamanho dos objetos do primeiro plano;
  • Utilizar caixas de papelão, pois são leves para o transporte e podem ser encontradas facilmente;
  • O Cenário do fundo da caixa pode ser feita de cartolina ou papel, usando gravuras, desenhos, pinturas, que depois serão fixados no fundo da caixa com fita adesiva.
  • No primeiro plano do diorama devem ser colocados os objetos ou figuras que vão “contar a história”. Portanto, procure usar a sua criatividade, lembrando sempre que os fatos relatados devem ser autênticos.

As figuras utilizadas podem ser modeladas com arames ou limpadores podem ser feitas em pano ou papel. Quando quiser, use desenhos de figuras de animais, recorte-os e cole-os em papel – cartão ou em pedaços de madeira e, a seguir, recorte-os, montando-os depois em bases; se forem de papel – cartão, a base deve ser igualmente desse material, do mesmo modo deve ser feito se forem de madeira.


FLANELÓGRAFO

O Flanelógrafo é um recurso didático barato e de fácil criação, usado para evitar a monotonia das aulas. As figuras ou cenas são apresentadas de maneira progressiva e dinâmica, estimulando a participação ativa dos alunos.

O Flanelógrafo é feito de mediante urna base de eucatex liso, madeira compensada, papelão, cortiça ou isopor, podendo ser recoberto de feltro, flanela, veludo ou tecido de lã. Suas dimensões podem ser 60 x90 cm ou então 80 cm x 1 m. Ao forrar a base do flanelógrafo, cortar o tecido que irá cobri-lo, deixando 10 x 15 cm de sobra de cada lado. Passa cola própria de tecido ou madeira em toda a sua superfície e sobre ela esticar bem o tecido, tomando cuidado para não formar rugas. Vire as sobras laterais das bordas prendendo no verso com percevejos, fita adesiva, grampos de escritório ou esparadrapo.

A cor do flanelógrafo pode variar. Use cinza – claro ou escuro, verde – claro ou escuro, azul ou preto, que são as cores mais empregadas.


TIPOS DE FLANELÓGRAFOS

De uso coletivo – são os que fazem parte do equipamento da sala de aula, fixos na parede ou portáteis. Estes podem ser tipo rolo, articulado ou conjugado.

De uso individual – podem ser criados com uma caixa de charutos ou de sapatos e na tampa pode-se colar flanela ou filtro. Assim cada aluno terá o seu próprio material.

É preciso planejar bem a utilização deste material, levando-se em conta os seguintes aspectos importantes:

  • Escolha da mensagem;
  • Análise do público ao qual o recurso se destina;
  • Preparar os pontos – chaves dos conteúdos que se quer apresentar de forma sequencial;
  • Planejar bem a apresentação, fazendo um ensaio em frente ao espelho;
  • Utilizar o contraste entre o fundo e as figuras, usando sempre cores mais fortes para as figuras; o fundo não deve chamar a atenção, mas sim as cenas que se desenrolam;
  • Numerar as flanelogravuras para melhor segurança durante a exposição; depois guardá-las num envelope;
  • Colocar na hora da apresentação o flanelógrafo em lugar bem visível para a classe, na posição ligeiramente inclinada, e para fixar as flanelogravuras fazer uma ligeira pressão com os dedos sobre elas;
  • Apresentar e explicar aos seus alunos o que é o recurso e como ele funciona, para evitar que durante a explicação a atenção deles fique voltada para o recurso em si mais do que a transmissão da mensagem.

Explorar cada ilustração ao máximo com perguntas e comentários, deixando os seus alunos manusearem as ilustrações<, procure solicitar a ajuda deles na confecção das flanelogravuras, pois, além de os alunos se sentirem participantes, eles também podem desenvolver a sua própria criatividade.

A superfície do flanelógrafo deve ser totalmente utilizada com as imagens, considerando-se três planos:

No primeiro e segundo pleno colocaremos os personagens que dialogam, os objetos e os elementos do cenário. Esses dois planos criam a visão de profundidade.

No terceiro plano entram os personagens, lugares e objetos afastados ou ausentes dos quais se está falando, bem como as ações ou acontecimentos expressos no passado ou que representam o futuro. À esquerda reservaremos lugar para o passado e à direita para o futuro.

Ao utilizar o flanelógrafo é preciso respeitar os seguintes princípios pedagógicos:

  • A imagem deve ser tomada sempre como ponto de partida para a explicação.
  • Deve-se sempre ir do simples para o complexo.
  • Ir do conhecido para o desconhecido.
  • Não fazer discurso. A linguagem deve ser simples.


POESIA

A Poesia é um instrumento educativo e, quando bem trabalhado, é uma atividade que irá atrair a criança desde a sua mais tenra idade. O pequeno mundo da criança é cheio de imagens e visões poéticas; assim, se despertarmos desde cedo o seu interesse pela poesia, a criança a amará para sempre.

A poesia serve para dar encanto e beleza à vida. Possui valores tais como: aprimora a linguagem; desenvolve e enriquece as experiências culturais dos alunos; leva o indivíduo a apreciar o belo; desperta bons sentimentos e emoções; eleva espiritualmente o declamador e os ouvintes; desenvolve a memória e a imaginação, estimulando a criatividade do aluno.


ENSINO DE POESIA: O PRAZER DO TEXTO

Escolha da poesia: ao escolher a poesia, deve verificar o seu valor literário, se é interessante aos alunos, bem como se é adequado ao nível do seu desenvolvimento.

Preparação da poesia pelo professor: ler a poesia em voz alta, com expressão e emoção. Preparar a biografia do autor, destacar as palavras difíceis e expressões bonitas e trabalhá-las com as crianças.

Apresentação da poesia: o professor deve usar a motivação, que pode ser realizada com ilustrações, uma rápida conversa sobre o tema e os personagens ou figuras em questão. Apresentar o nome da poesia, do autor e contar aos alunos o que sabe da vida do mesmo. Depois estudar com a turma as palavras difíceis. Na primeira leitura é importante usar bastante expressão para os alunos captarem o conteúdo; ler a poesia pela Segunda vez com bastante expressão para os alunos captarem o conteúdo; ler a poesia pela Segunda vez com bastante expressão, comentando o seu enredo e ressaltando os sentimentos que o autor quis transmitir. Finalmente, deve-se deixar que os alunos desenvolvam atividades espontâneas, como reescrever a poesia, fazer dramatizações, pinturas, desenhos relacionados com o texto, sempre respeitando o nível de desenvolvimento da criança.

As poesias podem enriquecer todas as atividades do currículo escolar e são um grande auxiliar para a evolução da linguagem oral. Além disso, a poesia contribui para aguçar a sensibilidade rítmica e artística.


COMPUTADOR

Muitas escolas já utilizam os computadores na sua prática diária. Na verdade é um ótimo instrumento didático para ser utilizado em determinados conteúdos programáticos, mas não substitui de maneira alguma os demais instrumentos de ensino, segundo muitos pensam, senão que os complementa, auxiliando de forma sensível em muitas áreas.

Na elaboração de programas é preciso que a escola tenha educadores especializados em micros, para verificar quando é necessário determinado programa educacional, já que muitas vezes é mais importante e útil levar o aluno ao estudo do meio ou fazer uma experiência em laboratório do que usar um programa de computador.

O microcomputador, enquanto auxiliar do ensino e do desenvolvimento do raciocínio, deve sempre ser usado com a finalidade de estimular o aluno a criar situações de aprendizagem.

A questão da informatização é um tema muito contraditório, porém todos os educadores devem acompanhar e pesquisar sobre o uso da informatização nas escolas e coletar o máximo de dados, já que o campo é muito vasto.

Enfrentar essa nova realidade significa ter como perspectiva cidadãos abertos e conscientes, que saibam tomar decisões e trabalhar em equipe. Cidadãos que tenham capacidade de aprender a aprender e de utilizar a tecnologia para a busca, a seleção, a análise e a articulação entre informações e, dessa forma, construir e reconstruir continuamente os conhecimentos, utilizando-se de todos os meios disponíveis, em especial de recursos do computador.

O computador trabalha realizando um processo de troca: recebe e transmite dados que, interpretados em função de uma necessidade, se transformam em informação. É um instrumento ativo e dinâmico, que fornece feedback, permitindo ao educando tentar novas alternativas e testar suas hipóteses.

No entanto, o computador não substitui o professor. É apenas mais um recurso de que este se utiliza para atingir os objetivos educacionais propostas e melhorar a qualidade do ensino.


PROPOSTA METODOLÓGICA

Análise crítica dos dados coletados.

Como forma de comprovar o problema previamente levantado de que a escola oferece vários meios para trabalhar a Literatura Infantil, entretanto o professor não os utilizam adequadamente, por desconhecer a importância dos multimeios como subsídios para a prática docente no processo ensino – aprendizagem, assim como, apresentar propostas de minimização do problema investigado, realizou-se uma pesquisa científica que teve como campo de ação o processo ensino – aprendizagem, em especial a prática docente, da escola pública municipal Unidade Escolar “Nazaré Rodrigues”, tendo como público alvo, professores e alunos. A pesquisa foi realizada através de questionários elaborados para professores e alunos retratando a necessidade de utilizar os multimeios como subsídios para a prática docente. Apresenta-se a seguir a análise crítica dos dados coletados:

O que pensam os professores.

No questionário aplicado aos professores obteve-se os seguintes resultados:


Conclusão

De acordo com a pesquisa realizada sobre a utilização dos multimeios na Literatura Infantil em escola publica Municipal na cidade de xxxxxxxx-XX, pode-se afirmar que os professores não vem desenvolvendo atividades interessantes por não utilizarem os diversos meios satisfatoriamente, dessa forma verifica-se o pouco entusiasmo e interesse dos alunos nas atividades de Literatura Infantil realizadas em sala de aula.

Torna-se necessário uma relação nas relações estabelecidas entre professor e aluno, através de processo contínuo e sistemático de ações conjuntas, afim de que o uso de multimeios na literatura infantil seja visto como uma forma prazerosa de se envolver com enredo da história. Portanto, é importante que nesse trabalho de parceria entre diretores, professores e alunos possam desenvolver de maneira harmoniosa o projeto de Literatura Infantil , contribuindo assim para a formação de futuros leitores e escritores.
Tabulação

Questionário Professor

Total – 08 professores

Tabela 01 – Experiência como professor no ensino fundamental

Especificação Nº de resposta %
1. Menos de 2 anos ____
2. Mais de 2 e menos de 5 ____
3. Mais de 5 anos 08 100%
Total

Fonte – Escola Publica

Tabela 02 – Sobre o que é leitura

Especificação Nº de respostas %
1.É a busca de informação e conhecimentos 03 38%
2.É a junção da letras,sílabas e palavras 01 12%
3.Não responderam 04 50%
Total 08 100%

Fonte – Escola Publica

Tabela 03 – Se o professor tem dificuldade para trabalhar leitura e produção textual com os alunos.

Especificação Nº de Respostas %
Sim 05 64%
Não 03 36%
Total 08 100%

Fonte – Escola Publica

Tabela 04- Dificuldade para trabalhar leitura e produção textual

Especificação Nº de Respostas %
01- Falta de metodologia 05 64%
02- Falta de hábito de leitura dos alunos 01 12%
03- Falta de concentração dos alunos 01 12%
04- Não responderam 01 12%
Total 08 100%

Fonte- Escola publica

Tabela 05- Que recurso didático total o professor utiliza para trabalhar literatura infantil.

Especificação Nº de respostas %
01- Livro De Literatura Infantil 08 43%
02- Texto enigmático 01 6%
03- Música 03 17%
Gravuras 02 11%
Livros didáticos 04 23%
Total 18 100%

Fonte – Escola publica

Tabela 06- Atividade desenvolvida em sala de aula com literatura infantil.

Especificação Nº de respostas %
01- Reprodução da história e desenho 03 27%
02- Contar a história 03 27%
03- Reproduzir a história utilizando balões 02 19%
03- Reprodução oral 03 27%
Total 11 100%

Tabulação

Questionário do Aluno – Total de alunos

Total de Alunos %
Sim 67 91%
NÃO 07 100%
Total 74 100%
Total de alunos %
Contada pela professora 23 14%
Dramatizada 38 24%
Pela televisão 69 43%
Pelo gravador 30 19%
Total 160 100%

Fonte escola pública
GRÁFICOS DOS RESULTADOS GERAIS DA PESQUISA

Se o professor tem dificuldades para trabalhar Leitura e Produção textual com os alunos.

  • Sim – 64%
  • Não – 36%

Opinião do professor sobre a causa das dificuldades para trabalhar leitura e produção textual.

  • Falta de Metodologia – 64%
  • Falta de hábito de leitura dos alunos – 12%
  • Falta de concentração dos alunos – 12%
  • Não responderam – 12%

Tipos de recursos didáticos utilizados pelo professor para trabalhar literatura infantil.

  • Livro de Literatura Infantil – 43%
  • Livro didático – 23%
  • Música – 17%
  • Gravura – 11%
  • Texto enigmático – 6%

Sobre as atividades desenvolvidas em sala de aula com Literatura infantil.

  • Reprodução da história c/ desenho – 27%
  • Contar história – 27%
  • Reprodução oral – 27%
  • Reproduzir a história utilizando balões – 19%

Se o aluno gosta de Literatura Infantil.

  • Sim – 91%
  • Não – 9%

Opinião do aluno sobre os recursos que sua professora utiliza para contar história infantil.

  • Leitura c/ ilustração do livro – 61%
  • Cartaz – 27%
  • Dramatização – 12%
  • Cineminha – 0%
  • Teatro de sombra – 0%
  • Vídeo – 0%
  • Televisão – 0%

Sobre a preferência dos alunos em relação a contagem de histórias infantis.

  • Pela televisão – 43%
  • Dramatizada – 24%
  • Pelo gravador – 17%
  • Contada pela Professora – 14%

LISTA DE TABELAS

Professor:

  • QUADRO 1 – Experiência como professor do Ensino Fundamental.
  • QUADRO 2 – Sobre o que é Leitura.
  • QUADRO 3 – Se o professor tem dificuldades para trabalhar leitura e produção textual com os alunos.
  • QUADRO 4 – Causa das dificuldades para trabalhar leitura e produção textual.
  • QUADRO 5 – Tipos de recursos didáticos o professor utiliza para trabalhar literatura infantil.
  • QUADRO 6 – Sobre as atividades desenvolvidas em sala de aula com literatura infantil.

Aluno:

  • QUADRO 1 – Se o aluno gosta de história Infantil.
  • QUADRO 2 – Opinião dos alunos sobre os recursos que sua professora utiliza para contar história infantil.
  • QUADRO 3 – Sobre a preferência dos alunos em relação a contagem de histórias infantis.

LISTA DE GRÁFICOS

  • GRÁFICO 1 – Se o professor tem dificuldades para leitura e Produção textual com os alunos.
  • GRÁFICO 2 – Opinião do professor sobre a causa das dificuldades para trabalhar leitura e produção textual.
  • GRÁFICO 3 – Tipos de recursos didáticos utilizados pelo professor para trabalhar literatura infantil.
  • GRÁFICO 4 – Sobre as atividades desenvolvidas em sala de aula com literatura infantil.
  • GRÁFICO 5 – Se o aluno gosta de literatura infantil.
  • GRÁFICO 6 – Opinião do aluno sobre os recursos que sua professora utiliza para contar história infantil.
  • GRÁFICO 7 – Sobre a preferência dos alunos em relação a contação de histórias infantis

BIBLIOGRAFIA

CAVALCANTI, Zélia. Caderno TV Escola, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação à Distância. Brasília; 1996.

CARVALHO, Bárbara Vasconcelos de. A Literatura Infantil. Visão Histórica e Crítica. 6ª ed. São Paulo: globo Universitária, 1989.

CUNHA, Maria Antonia Antunes. Literatura Infantil. Teoria e Prática. 12ª ed. São Paulo: ed. Ática, 1991.

HARDT. Região Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. Série Educação. 6ª ed. São Paulo: ed. Ática, 1999.

JESUALDO. Literatura Infantil. São Paulo: editora Cultrix, 1993.

SALTO PARA O FUTURO. TV e Informática. Secretaria da Educação e do Desporto. SEED, 1998..

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Terceiro e quarto ciclo do Ensino Fundamental. Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais/ Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/ SEF, 1998.

Autor: Karla Jandyra Esmerio de Araujo

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