Multimeios da Literatura Infantil
A Literatura Infantil é a arte cujo instrumento de expressão é a palavra. Devendo ser despertada pela leitura infantil, é, na verdade, o marco inicial da formação pessoal e cultural da criança. E em razão da criança de hoje, sente-se cada vez mais desestimulada à leitura, resolveu-se fazer uma pesquisa seguida de proposta realizada com professores e alunos do Ensino Fundamental da rede pública municipal de ensino; Unidade Escola “Nazaré Rodrigues”.
A proposta é fundamentada para a prática dos professores que atuam no primeiro segmento do Ensino Fundamental, propiciando à criança um maior interesse pela leitura e um maior nível de conhecimento, estimulando sua imaginação e sua criatividade.
Apresenta-se o referencial teórico abordando o histórico da Literatura Infantil, seu desenvolvimento no Brasil e a importância segundo Carvalho. Aborda-se a educação e multimeios em que fazem um comentário sobre os meios audiovisuais tradicionais e atuais, a utilização de multimeios na prática pedagógica.
A análise e interpretação dos dados coletados através da pesquisa de campo fazem parte da proposta metodológica, como planejar, executar e avaliar esta proposta a ser realizada na sala de aula.
Apresenta-se algumas sugestões a serem desenvolvidas pela comunidade, escola e aluno, finalizando-se com a conclusão e referência bibliográfica.
LITERATURA INFANTIL
HISTÓRICO
A literatura infantil iniciou no séc. XVII, quando a criança e a escola começaram a dar os seus primeiros passos frente à sociedade da época. Século que marca o calendário artístico literário da criança com Perrault e Comenius.
Nos séculos anteriores, o sistema de aprendizagem era indiscriminado e desordenado em comunidades que não eram escolas, mas asilos monásticos, onde conviviam todas as idades. A criança não tinha tratamento especial específico e adequado à idade. No século XV, com a evolução da escola, houve reações contra essa mistura de idades, mas restringido somente entre a classe estudantil e não enquanto criança, isto segundo Phillipie, essa separação visava, sobretudo, a proteger a criança e a juventude contra o resto da sociedade que situava os estudantes entre os vagabundos e mendigos. Essa separação estendeu-se até o séc. XVIII com o início da discriminação das classes sociais.
A escola única que domina o séc. XV ao XVIII foi substituída pelo ensino duplo. O sistema educacional da França que constituía no séc. XVII facilitava o intercâmbio entre as diferentes classes sociais, permitindo uma aproximação maior com o que vinha do povo, onde era possível uma divulgação dos fatos, dos casos, das narrativas, no contar e ouvir, que faz o folclore e do qual nasceu a autêntica Literatura Infantil. A partir daí, as estórias escritas foram as que tradicionalmente eram contadas oralmente, os contos de fadas eram o folclore que pertenciam a todos, foram essas insubstituíveis estórias a primeira expressão da Literatura Infantil, através de Charles Perrault, o primeiro recriador.
Charles Perrault retratava em suas estórias infantis a sociedade de seu tempo, destacando nelas os nobres e poderosos, humildes e fracos; os opulentos e despóticos, as intrigas das classes elevadas, das princesas despeitadas por não serem convidadas para os grandes eventos. Os contos de Perrault são folclóricos e colhidos na sua maioria dos contadores italianos, o seu primeiro conto foi “Pele de Asno”, de tradição real da época, considerado, portanto, o primeiro conto da história da Literatura Infantil.
No séc. XVIII, a Literatura Infantil ganha mais espaço, nesta época o tipo de educação era o pedagogo, a Literatura deixa de ser um jogo verbal para caracterizar-se pela busca do conhecimento. Essa preocupação da literatura dirigida à criança vai de encontro com a sociedade burguesa, nessa época o ensino secundário era privilégio da burguesia, enquanto que o povo só tinha acesso ao primário, isso justifica a distância da literatura infantil entre os séculos XVII e XVIII.
Rousseau foi um verdadeiro revolucionário da educação no século XVIII, reconheceu a individualidade da criança, em sua filosofia mostra que a natureza da criança deve ser respeitada, permitindo que ela seja criança antes de se tornar um adulto. Essa teoria levou à criação da escola natureza, responsáveis pelas notáveis aventuras, grande marco do século, descobrindo aí um novo estilo de literatura juvenil.
Daniel Defoe foi o primeiro a introduzir a literatura de ação, do século XVIII, na Inglaterra, estreando esse novo gênero da literatura com Robinson, obra que caracterizou um período de interesse da criança por obras de aventura.
Os nomes mais conhecidos da literatura Infantil e infantojuvenil no séc. XIX podem ser destacados os irmãos Grimm e Christian Andersen, sendo que os primeiros foram os pesquisadores do folclore e o segundo contrapõe o realismo de Perrault.
A LITERATURA INFANTIL NO BRASIL
Somente com a chegada da Família Real no Brasil, inicia-se uma nova era para a educação, modificando o perfil político e social do Brasil na época, dando, portanto, uma nova dimensão ao ensino.
Com a formação de professores e o surgimento do livro texto, foram aparecendo livros recreativos, mas sem nenhuma existência de literatura infantil. Com a instituição da imprensa, fato importante para a época, foi instalada na Bahia a primeira tipografia, em 1811, possibilitando a circulação de jornais, onde em 1831, surge em Salvador, o primeiro jornal infantojuvenil “O Adolescente”, a partir daí foram criados em diversos estados brasileiros jornais destinados à leitura infanto e infantojuvenil. Isso confirma o valor dos jornais para o público infantil e infantojuvenil, despertando-lhes o interesse pela informação e pela cultura.
Deve-se admitir que o jornalismo e as traduções das obras de outros países marcam a primeira fase da Literatura Infantil no Brasil.
A Literatura Infantil só começou a esboçar-se no final do século XIX, quando a preocupação com a educação se tornou uma realidade.
Alberto Figueiredo Pimentel, em 1894, publica o seu primeiro livro para crianças – Contos da Carochinha, que é uma coletânea de 40 contos populares, com alguns contos de outros países como os de Perrault, Grimm e Andersen, além de algumas estórias da tradição oral. Dois anos depois, publicou seu segundo livro – Histórias da Baratinha – Pimentel, o grande precursor da Literatura Infantil, além de seus livros de estórias, publicou diversas poesias selecionadas numa coletânea em – Álbum das Crianças – fez teatro infantil – Teatrinho Infantil etc.
Vários precursores destacaram-se, como Arnaldo de Oliveira Barreto, que foi o humanista da Literatura Infantil, adaptando obras da mitologia grega – O Velocino de Ouro – Os Lusíadas – de livros alemães. Em 1915, foi lançada por este autor a primeira tradução de O Patinho Feio de Andersen.
Monteiro Lobato, considerado o maior clássico da Literatura Infantil Brasileira, por criar os seus próprios contos. Sua maior inspiração foi a criança, suas fantasias, suas aventuras, travessuras, objetos de brinquedos e tudo o que povoa a sua imaginação foram motivos de inspiração para o autor.
Em suas obras, Lobato não mente à criança, mas não lhe supõe os problemas, segundo a sua concepção, “a criança merece beleza e respeito, sem precocidades vulgares, pois o objetivo do adulto é dar-lhe condições de crescer”, dessa forma ele traz em suas obras, condições para ela ser “criança enquanto for criança”.
No ano de 1921, iniciou sua dedicação à literatura infantil. Segundo sua biografia publicada em suas obras, faz-se os seguintes comentários sobre os personagens criados em sua coleção de obras, como “Narizinho Arrebitado”, lança o Sítio do Pica-Pau Amarelo e seus célebres personagens. Através de Emília, diz tudo o que pensa; na figura do Visconde de Sabugosa, Lobato critica o sábio que só acredita nos livros já escritos. Dona Benta é a personagem adulta que aceita a imaginação criadora das crianças, admitindo as novidades que vão modificando o mundo. Tia Nastácia é o adulto sem cultura, que vê o que é desconhecido como mal, o pecado. Narizinho e Pedrinho são as crianças de ontem, hoje e amanhã, abertas a tudo, querendo ser felizes, confrontando suas experiências com o que os mais velhos dizem, mas sempre acreditando no futuro.
As obras de Monteiro Lobato retratam o universo infantil, extrapolando o esquema convencional em que os outros autores evidenciam em suas obras. Para Irlemar Chiampi, Lobato abrange em todo este universo, “a capacidade de expressar um espaço cultural, numa sociedade, uma problemática histórica, com uma perspectiva não documental, mas integradora das várias faces do real”.
IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL
No mundo mágico e a evolução, a literatura é um instrumento fundamental para aguçar o sentido crítico, ampliar a visão da vida e aumentar a perspectiva das coisas. E tudo isso começa a partir dos primeiros passos e das primeiras sílabas no mundo maravilhoso da literatura infantil.
A produção literária para as crianças, mais do que nunca, continua tendo uma função primordial na formação infantil.
“A fantasia continua sendo uma das bases da literatura infantil. Contudo, esta fantasia surge de maneira meramente formal, pois a maioria dos escritores modernos reconhece que está diante de uma nova criança” (Monteiro e Oliveira, 1993).
Essa fantasia faz parte da própria vida e, portanto, é sentida pela criança como uma realidade própria. Não se trata mais de uma transformação da realidade, mas dela própria em uma nova maneira de se viver.
“A literatura infantil, se entendida como manifestação de arte, como objeto estético, como representação da realidade em que vive, pode ser tanto como o jornal, a via para a leitura do mundo. Através da escrita, das ilustrações e das relações que estas duas fontes estabelecem entre si e com a vida, elas possibilitam a compreensão da realidade e orientam as ações para uma transformação” (Lopes e Caboclo, 1996).
É importante que o professor trabalhe textos literários infantis ou jornalísticos, não apenas como pretextos e finalidade pedagógica, mas como leitura de forma dinâmica e rica, como a vida apresenta às crianças através das mensagens que traduzem o mundo.
O hábito de ler deve começar nos primeiros anos e antes mesmo da entrada da criança na escola. Pois a ponte ou o abismo que pode existir entre alguém alfabetizado e os livros são determinados ainda no Ensino Fundamental de 1ª a 4ª série. Portanto, é na sala de aula que se desenvolve o gosto pela literatura.
A Literatura dá uma visão de conjunto. Sandroni e Machado (1991) ressaltam que “a literatura atende à curiosidade infantil em diversos campos e, assim, chega a reunir muitas disciplinas que compõem o leque do aprendizado”. A obra literária não tem nenhuma obrigação de ser didática, mas o trabalho pode e, se bem feito, deve idealizar os livros de ficção para complementar, introduzir ou aprofundar conceitos de Linguagem, Estudos Sociais, Ciências e Matemática.
“Se a leitura deve ser um hábito, deve ser também fonte de prazer e nunca uma atividade obrigatória cercada de ameaças e castigos e encarada como uma imposição do mundo adulto. Para se ler é preciso gostar de ler” (Sandroni e Machado, 1991). O adulto que pega uma criança no colo e a embala com aquelas cantigas tradicionais, que brinca com o bebê usando as histórias, adivinhações, rimas e expressões de nosso folclore, que folheia uma revista ou um livro buscando as figuras conhecidas e pergunta o nome delas, está colaborando para uma atitude positiva diante da leitura.
Por motivos diversos, principalmente de ordem econômica e social, a maioria de nossa população não lê. Assim, a escola torna-se o local possível, embora não o ideal, dado o seu caráter obrigatório, onde se pode incentivar a criança e o jovem ao hábito de ler.
EDUCAÇÃO E MULTIMEIOS
Sobre as peculiaridades dos meios e das linguagens, deduziremos que nem todos os conteúdos são válidos para todos os meios. E vice-versa, nem todos os meios são válidos para qualquer tipo de conteúdo. Nas palavras de Edmund Carpenter, um meio não é um envelope fechado que possa conter qualquer tipo de conteúdo (Carpenter e McLuhan, 1974). Os meios condicionam as linguagens. O livro, por exemplo, é hiperfuncional para a linguagem verbal escrita, mas a televisão não. Segundo este condicionamento, os meios também imitam os conteúdos.
Existem conteúdos hiperfuncionais para determinados meios e vice-versa, da mesma maneira que há conteúdos hiperfuncionais para determinadas linguagens e vice-versa. Neste sentido, deveria ser feita a seleção de meios e de linguagens em função dos conteúdos.
Por isso, devemos considerar como ideal um ensino usando diversos meios, um ensino no qual todos os meios deveriam ter oportunidade, desde os mais modestos até os mais elaborados: desde o quadro, os mapas e as transparências de retroprojetor até as antenas para os satélites de televisão. Até deveriam ter oportunidade também todas as linguagens: desde a palavra falada e escrita até as imagens e sons, passando pelas linguagens matemáticas, gestuais e simbólicas. Tudo em função dos conteúdos.
A educação com multimeios tem algumas vantagens suplementares. Cada meio ativa nos alunos alguns mecanismos perceptivos e mentais dos diversos alunos, compensando as déficits derivados da aprendizagem com outros meios expressivos. Além disso, a abordagem de uma mesma realidade a partir de perspectivas diferentes e complementares enriquece o processo de aprendizagem.
OS MEIOS AUDIOVISUAIS
Tradicionais
Dentro do modelo de uma pedagogia que usa meios diversos, devemos ser capazes de tirar vantagem daquilo que cada meio é capaz de oferecer, sempre de acordo com as necessidades dos alunos e com as exigências dos conteúdos curriculares. Nesta colocação, não podem ser esquecidos ou marginalizados os meios audiovisuais mais tradicionais:
- O quadro de giz;
- O retroprojetor;
- O projetor de slides;
- A fotolinguagem;
- Os visuais diretos (os flanelógrafos, os murais, os cartazes, as colagens…);
- A fita de áudio;
- A montagem audiovisual.
Atuais
A tecnologia eletrônica – televisão, vídeo cassete, máquina de calcular, gravador e computador – pode ser utilizada para gerar situações de aprendizagem com maior qualidade, ou seja, para criar ambientes de aprendizagem em que a problematização, a atividade reflexiva, a atitude crítica, a capacidade decisória e a autonomia sejam privilegiados.
Os meios eletrônicos de comunicação oferecem amplas possibilidades para ficarem restritos apenas à transmissão e memorização de informações. Permitem a intenção como diferentes formas de representação simbólica – gráficos, textos, notas e musicais, movimentos, ícones, imagens e podem ser importantes fontes de informação, da mesma forma que textos, livros, revistas, jornais da mídia impressa. Entrevistas, debates, documentários, filmes, novelas, músicas, noticiários, softwares, CD-ROM, BBs e Internet são apenas alguns exemplos de formatos diferentes de comunicação e informação possíveis utilizando-se esses meios. Na escola, podem ser usados para obter, comparar e analisar informações, de diferentes naturezas, sobre períodos da História, fenômenos naturais, acontecimentos mundiais, usos da linguagem oral e escrita etc., por meio de uma apropriação ativa da informação que gera novos conhecimentos.
Algumas tecnologias informacionais, como livros, jornais e revistas, já fazem parte da escola há muito tempo. Mas para a grande maioria das escolas brasileiras, os meios eletrônicos de comunicação e informação ainda constituem-se como “novidades”, embora socialmente sejam instrumentos bastante conhecidos e utilizados (exceto o computador, que ainda é algo novo para muitas pessoas).
Essa é uma realidade que precisa mudar em curto espaço de tempo, em virtude da necessidade da escola acompanhar os processos de transformação da sociedade, atendendo às novas demandas. É premente que se instaure o debate, a implantação de políticas e estratégias para o desenvolvimento e disseminação de propostas de trabalho inovadoras utilizando os meios eletrônicos de informações e comunicação, já que eles possuem um enorme potencial educativo para complementar e aperfeiçoar o processo de ensino e aprendizagem.
A UTILIZAÇÃO DE MULTIMEIOS NA PRÁTICA PEDAGÓGICA
Ao contar uma história para a criança, deve-se utilizar vários meios, pois contar histórias é uma arte, é ela que equilibra o que é ouvido com o que é sentido, e por isso não é nem remotamente declamação ou teatro.
Tendo em vista um trabalho consciente e pedagogicamente correto com os multimeios, é necessário que sejam sistematizadas três fases distintas entre si, referentes à capacitação didática e metodológica do professor e do aluno que pretendem deles fazer uso e conseguir o maior índice possível de aproveitamento.
Seleção
Uma seleção pedagogicamente adequada dos multimeios, inclusive os tecnológicos considerados mais modernos, é importantíssima para o sucesso do seu uso efetivo; deve-se levar em consideração as características do professor e dos alunos, os objetivos e conteúdos a serem trabalhados, as condições materiais existentes à sua utilização e o domínio da sua linguagem e do seu próprio manuseio, isto é, o conhecimento das suas limitações e possibilidades.
Elaboração:
Refere-se à observação e avaliação das características específicas de cada multimeio-forma, cor, tamanho, letras, som, etc.
Utilização
Entende-se como a etapa referente à própria ação, quando o professor e o aluno agem com e sobre o recurso, tendo uma relação interativa e uma percepção ativa, no sentido de que não basta apenas ver o ouvir, é necessário que haja uma inter-relação entre aquilo que é mostrado e visto pelo aluno, somando os objetivos e conteúdos sistematizados pelo professor e com o conhecimento que o educando já possui.
O professor, diante de uma prática pedagógica de utilização adequada dos multimeios, não tem mais a postura de detentor do saber, tornando-se em mais um aprendiz junto ao aluno; este, por sua vez, torna-se um sujeito ativo na construção do conhecimento e não mais um ser passivo e crítico diante das informações que lhe são repassadas.
A cerca da importância da utilização dos materiais no desenvolvimento do aluno, os parâmetros curriculares nacionais (1997, pág. 104) dizem: “A utilização de materiais diversificados como jornais, revistas, folhetos, propagandas, computadores, calculadoras, filmes, faz o aluno sentir-se inserido no mundo à sua volta.
Vê-se claramente a importância dada à utilização dos multimeios na formação e desenvolvimento do educando. Os Parâmetros alertam para o fato de que a escola pode trabalhar conteúdos utilizando vários recursos para desenvolver modos de pensar, bastante específicos, no desenvolvimento das capacidades indispensáveis à apropriação do sujeito da experiência culturalmente acumulada.
Recursos didáticos inovadores podem enriquecer a experiência de aprendizagem.
DESCRIÇÃO DE ALGUNS RECURSOS
Toda criança sente uma atração para teatralizar, pois tem inata a tendência de representar, onde em suas brincadeiras está sempre dramatizando, fazendo teatro, imitando em seu mundo – miniatura.
A dramatização é uma atividade criadora que envolve todos os tipos de expressão (oral, corporal, plástica, musical) e é, por isso mesmo, riquíssima. Envolve o ciclo observação, transfiguração, expressão.
A partir das histórias lidas, a criança observa, modifica, acrescenta, transpõe para o plano pessoal, fantasiado, inventando, para então reproduzir, exprimindo-se.
OS DIVERSOS GÊNEROS DE TEATRO
Teatro de marionetes: são utilizadas figuras que aparecem como silhuetas sobre uma tela iluminada por trás ou então na parede clara.
Teatro de fantoches: são representados por bonecos de isopor, esponja de náilon, esponja de aço, papel machê e suas roupas podem ser feitas de papel crepom ou então de tecido. Os fantoches podem ser de varetas, meios e dedo.
VIDEOCASSETE
O videocassete é um sistema de gravação e reprodução de imagem e som.
Na escola, o vídeo-cassete é usado como recurso audiovisual e instrumento didático dos mais versáteis.
O uso do vídeo-cassete difundiu-se rapidamente nos últimos anos, em especial devido às seguintes vantagens:
- Facilidade de conservação e manejo do material. O equipamento de videocassete é fácil de operar, pois a imagem é transmitida pelo receptor comum de televisão.
- A gravação pode ser assistida imediatamente, pois não há necessidade de revelar a fita, como um filme cinematográfico.
- Permite a regravação na hipótese de um registro ruim.
- Possibilita o registro rápido e imediato dos acontecimentos.
- A gravação pode ser reapresentada sempre que for necessário, permitindo uma análise mais acurada da mensagem.
- Não requer escurecimento da sala para a apresentação da fita. Por isso, na sala de aula, os alunos podem assistir a uma transmissão de videocassete e, ao mesmo tempo, realizar tarefas, como, por exemplo, fazer anotações.
Orientações para tornar o uso do videocassete mais proveitoso do ponto de vista pedagógico:
Planeje antecipadamente a apresentação do vídeo, escolhendo com antecedência a fita a ser reproduzida, que deve estar integrada à unidade de ensino e relacionada ao conteúdo estudado.
Defina os objetivos que pretende atingir com a reprodução da fita de videocassete, indicando as noções e conceitos a serem desenvolvidos e as atitudes e comportamentos a serem trabalhados com os alunos.
Evite usar a transmissão de videocassete como um meio meramente recreativo. A apresentação da fita de vídeo deve ser considerada como uma situação de aprendizagem.
Proponha atividades anteriores e posteriores à transmissão da fita de vídeo e a ela relacionadas, como leitura e pesquisa, trabalho e discussão em grupo, produção de texto.
Verifique previamente se o equipamento de videocassete está funcionando bem, se você sabe manejá-lo corretamente e se a fita está rebobinada.
Verifique qual a melhor posição do monitor na sala de aula, para assegurar que todos os alunos tenham uma boa visão do aparelho.
GRAVADOR
O gravador é um recurso auditivo bastante interessante e de grande aceitação, pois pode ser utilizado na sala de aula em situações variadas. A gravação em fita magnética proporciona um registro e, em seguida, a sua audição, pode ser utilizada várias vezes a mesma fita, permitindo ao professor ou ao aluno parar e voltar atrás na gravação, ou reproduzi-la quantas vezes desejar, para melhor assimilar o conteúdo apresentado. O gravador pode ser usado na sala de aula em situações variadas, como:
- Para gravar e reproduzir histórias narradas às crianças, ou por elas elaboradas e contadas;
- Analisar e interpretar obras literárias;
- Desenvolver a apreciação artístico-musical;
- Permitir ao aluno que grave sua voz ao falar, cantar, dramatizar uma história, recitar uma poesia, ler; depois ele pode ouvir a gravação e verificar a necessidade de possíveis correções.
- Tornar as aulas de gramática mais interessantes, ajudando o aluno a praticar e fixar.
- Facilitar o aprendizado de uma língua estrangeira, permitindo verificar, praticar e fixar a pronúncia correta das palavras e frases, a entonação, o ritmo, as estruturas da língua.
- Gravar e reproduzir entrevistas com pessoas que podem contribuir com informações sobre o conteúdo estudado.
TELEVISÃO Os aparelhos de Televisão estão, hoje, no centro da vida doméstica, como meio de entretenimento e fonte de informação permanente para toda a família; informam adultos e crianças sobre os mais diferentes aspectos do mundo que nos rodeia.
É, sem sombra de dúvida, o meio de comunicação que mais intervém, diariamente, no sistema educacional; é um veículo indiscutível de expansão dos espaços de aprendizagem que a sociedade moderna oferece.
No Brasil, a falência da escola pública e o consequente aumento dos índices de analfabetismo colocaram a Televisão no lugar da mídia impressa, como o mais socializado espaço para a detenção de informações. As crianças estão mais expostas aos conhecimentos que a Televisão, a criança entra em contato com novas relações entre temas já conhecidos. Aprendem sobre o mundo em que vivem; se informam sobre as últimas conquistas da ciência, aprendem com a ficção dos filmes e das novelas etc.
Os professores podem aprender a utilizar o que já existe de qualidade nos programas de televisão para alimentar sua ação na sala de aula, para atualizar suas fontes de informações e as informações veiculadas por livros didáticos anacrônicos.
A televisão é um recurso audiovisual muito forte e importante para o processo ensino-aprendizagem, que vem até causar mudanças na escola, pois esta precisa atualizar-se para ser mais dinâmica. A televisão pode ser aplicada na educação quando ela se presta como fonte de ampliação de conhecimentos, como motivação da aprendizagem ou mesmo como veículo de formação e instrução.
CINEMINHA
É um recurso antigo e simples, mas que desperta o interesse e a curiosidade da criança, já que a história aparece em pequenos pedaços. A história pode ser desenhada ou podem ser utilizadas as gravuras do próprio livro, quando se presta para isso.
O filme é enrolado na vareta inferior, a partir da última cena (deixando-se um pedaço de papel em branco) e a outra extremidade é presa na vareta superior, de modo que a primeira cena fique aparecendo na boca de uma. É interessante que o filme receba luz por trás.
O professor vai virando a vareta superior, à medida que vai contando a história.
ÁLBUM SANFONADO
O Álbum sanfonado é feito em pedaços de papel-cartão e dobrado em forma de sanfona, ligando as partes do cartão com fita adesiva, fita de pano ou cadarço. É semelhante ao álbum seriado, em que a história é contada em sequência, só que em vez de virarmos as folhas para trás, as partes são desdobradas.
O Álbum sanfonado cria suspense, expectativa e envolvimento, despertando o interesse e a curiosidade da criança. Este recurso, ao ser aberto, vai mostrando as cenas em sequência das figuras, o aluno vai criando sua história.
TRANSPARÊNCIA
As gravuras ou ilustrações poderão ser passadas para a transparência (usada no retroprojetor) e o professor vai contando a história enquanto vai projetando. Num segundo momento, os alunos poderão recontar a história.
Nesse tipo de trabalho pode-se fazer o inverso, o professor projeta e os alunos criam sua própria história. Depois, o professor conta a sua.
MÚSICA
A música tem como finalidade auxiliar o professor em suas tarefas diárias. Ajuda o aluno em seu desenvolvimento intelectual, motor e social. Também ajuda a combater a agressividade, pois canaliza o excesso de energia; ajuda a enfrentar o isolacionismo; desenvolve o espírito de iniciativa e funciona como higiene mental. Portanto, a música é um grande benefício para a formação e o desenvolvimento do equilíbrio e da personalidade da criança.
As crianças que têm acesso à música têm a possibilidade de criar, interpretar ou ouvir. Todas estas atividades podem e devem ser estimuladas e também executadas.
O canto coletivo e a banda rítmica são elementos que, a um só tempo, farão sentir as participantes a necessidade da cooperação e do respeito mútuo, que são elementos importantes na socialização do aluno.
A atividade musical deve ser planejada pelo professor, pois precisa estar bem claro o que ele pretende ensinar (conteúdo), por que (objetivos), a quem (verificando as possibilidades e necessidades do aluno) e como (técnicas e recursos didáticos para alcançar os objetivos).
A música na escola pode ser utilizada como incentivo à aprendizagem de um determinado conteúdo, como, por exemplo, desenvolver hábitos de higiene; neste caso, então, o professor ensina aos seus alunos uma música que trate desse assunto.
A música também pode ser utilizada para ensinar uma “noção nova”, sendo assim um auxílio para reforçar a aprendizagem. Exemplo: O professor ensina a música dos indiozinhos para ampliar o conceito de contagem mecânica: um, dois, três indiozinhos, etc.
A música incentiva o civismo, isto é, a responsabilidade e o cumprimento do dever, de respeito ao próximo, de cooperação com a comunidade.
As músicas folclóricas incentivam, por sua vez, o amor às coisas da nossa terra, do mesmo modo que os hinos e as marchas alusivas às datas cívicas.
Através da música, os alunos também têm oportunidade de recreação, quando o professor utiliza o canto coletivo, os brinquedos cantados, as histórias cantadas, as danças e o teatro musicado.
Para ensinar a música, o professor pode seguir os seguintes passos:
1º) Canto da música toda pelo professor sozinho, com precisão, clareza e suavidade.
2º) Avisar os alunos que irá ensinar a música por trechos e que eles só cantarão quando for dada a ordem pelo professor.
3º) Cantar a primeira frase diversas vezes, até perceber que a classe já é capaz de repetir.
4º) Mandar a classe repetir o mesmo trecho até o professor perceber o total domínio da música. Porém, quando houver erro, fazer a classe parar e corrigir.
5º) Continuar dessa maneira até completar toda a música.
6º) A classe cantará a música toda sozinha. O professor não deve cantar junto com a classe, pois a sua voz pode encobrir erros que possam ficar gravados nos alunos e, depois, são difíceis de se corrigir.
7º) S
Tabela 02 – Sobre o que é leitura
Especificação | Nº de respostas | % |
1.É a busca de informação e conhecimentos | 03 | 38% |
2.É a junção de letras, sílabas e palavras | 01 | 12% |
3.Não responderam | 04 | 50% |
Total | 08 | 100% |
Fonte – Escola Pública
Tabela 03 – Se o professor tem dificuldade para trabalhar leitura e produção textual com os alunos.
Especificação | Nº de Respostas | % |
Sim | 05 | 64% |
Não | 03 | 36% |
Total | 08 | 100% |
Fonte – Escola Pública
Tabela 04- Dificuldade para trabalhar leitura e produção textual
Total de Alunos | % | |
Sim | 67 | 91% |
NÃO | 07 | 100% |
Total | 74 | 100% |
Especificação | Nº de Respostas | % |
01- Falta de metodologia | 05 | 64% |
02- Falta de hábito de leitura dos alunos | 01 | 12% |
03- Falta de concentração dos alunos | 01 | 12% |
04- Não responderam | 01 | 12% |
Total | 08 | 100% |
Fonte- Escola pública
Tabela 05- Que recurso didático total o professor utiliza para trabalhar literatura infantil.
Especificação | Nº de respostas | % |
01- Livro De Literatura Infantil | 08 | 43% |
02- Texto enigmático | 01 | 6% |
03- Música | 03 | 17% |
Gravuras | 02 | 11% |
Livros didáticos | 04 | 23% |
Total | 18 | 100% |
Fonte – Escola pública
Tabela 06- Atividade desenvolvida em sala de aula com literatura infantil.
Especificação | Nº de respostas | % |
01- Reprodução da história e desenho | 03 | 27% |
02- Contar a história | 03 | 27% |
03- Reproduzir a história utilizando balões | 02 | 19% |
03- Reprodução oral | 03 | 27% |
Total | 11 | 100% |
Tabulação
Questionário do Aluno – Total de alunos
Total de Alunos | % | |
Sim | 67 | 91% |
NÃO | 07 | 100% |
Total | 74 | 100% |
Total de alunos | % | |
Contada pela professora | 23 | 14% |
Dramatizada | 38 | 24% |
Pela televisão | 69 | 43% |
Pelo gravador | 30 | 19% |
Total | 160 | 100% |
Fonte escola pública
GRÁFICOS DOS RESULTADOS GERAIS DA PESQUISA
Se o professor tem dificuldades para trabalhar leitura e produção textual com os alunos.
- Sim – 64%
- Não – 36%
Opinião do professor sobre a causa das dificuldades para trabalhar leitura e produção textual.
- Falta de Metodologia – 64%
- Falta de hábito de leitura dos alunos – 12%
- Falta de concentração dos alunos – 12%
- Não responderam – 12%
Tipos de recursos didáticos utilizados pelo professor para trabalhar literatura infantil.
- Livro de Literatura Infantil – 43%
- Livro didático – 23%
- Música – 17%
- Gravura – 11%
- Texto enigmático – 6%
Sobre as atividades desenvolvidas em sala de aula com Literatura infantil.
- Reprodução da história c/ desenho – 27%
- Contar história – 27%
- Reprodução oral – 27%
- Reproduzir a história utilizando balões – 19%
Se o aluno gosta de Literatura Infantil.
- Sim – 91%
- Não – 9%
Opinião do aluno sobre os recursos que sua professora utiliza para contar história infantil.
- Leitura c/ ilustração do livro – 61%
- Cartaz – 27%
- Dramatização – 12%
- Cineminha – 0%
- Teatro de sombra – 0%
- Vídeo – 0%
- Televisão – 0%
Sobre a preferência dos alunos em relação à contagem de histórias infantis.
- Pela televisão – 43%
- Dramatizada – 24%
- Pelo gravador – 17%
- Contada pela Professora – 14%
LISTA DE TABELAS
Professor:
- QUADRO 1 – Experiência como professor do Ensino Fundamental.
- QUADRO 2 – Sobre o que é Leitura.
- QUADRO 3 – Se o professor tem dificuldades para trabalhar leitura e produção textual com os alunos.
- QUADRO 4 – Causa das dificuldades para trabalhar leitura e produção textual.
- QUADRO 5 – Tipos de recursos didáticos que o professor utiliza para trabalhar literatura infantil.
- QUADRO 6 – Sobre as atividades desenvolvidas em sala de aula com literatura infantil.
Aluno:
- QUADRO 1 – Se o aluno gosta de história Infantil.
- QUADRO 2 – Opinião dos alunos sobre os recursos que sua professora utiliza para contar história infantil.
- QUADRO 3 – Sobre a preferência dos alunos em relação à contagem de histórias infantis.
LISTA DE GRÁFICOS
- GRÁFICO 1 – Se o professor tem dificuldades para leitura e produção textual com os alunos.
- GRÁFICO 2 – Opinião do professor sobre a causa das dificuldades para trabalhar leitura e produção textual.
- GRÁFICO 3 – Tipos de recursos didáticos utilizados pelo professor para trabalhar literatura infantil.
- GRÁFICO 4 – Sobre as atividades desenvolvidas em sala de aula com literatura infantil.
- GRÁFICO 5 – Se o aluno gosta de literatura infantil.
- GRÁFICO 6 – Opinião do aluno sobre os recursos que sua professora utiliza para contar história infantil.
- GRÁFICO 7 – Sobre a preferência dos alunos em relação à contação de histórias infantis.
BIBLIOGRAFIA
CAVALCANTI, Zélia. Caderno TV Escola, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação à Distância. Brasília; 1996.
CARVALHO, Bárbara Vasconcelos de. A Literatura Infantil. Visão Histórica e Crítica. 6ª ed. São Paulo: Globo Universitária, 1989.
CUNHA, Maria Antonia Antunes. Literatura Infantil. Teoria e Prática. 12ª ed. São Paulo: Ed. Ática, 1991.
HARDT, Região Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. Série Educação. 6ª ed. São Paulo: Ed. Ática, 1999.
JESUALDO. Literatura Infantil. São Paulo: Editora Cultrix, 1993.
SALTO PARA O FUTURO. TV e Informática. Secretaria da Educação e do Desporto. SEED, 1998.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Terceiro e quarto ciclo do Ensino Fundamental. Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais/ Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/ SEF, 1998.
Autor: Karla Jandyra Esmerio de Araujo
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