Método Montessori e a Pedagogia Montessoriana
Aprenda tudo sobre o Método Montessori e a Pedagogia Montessoriana para criar aprendizagem ativa e construtivista para seus filhos. Descubra como o Método Montessori pode auxiliar na educação de seus filhos e aproveite os benefícios desta metodologia.
O Método Montessori faz parte das diversas metodologias de ensino que contradizem o principal sistema de ensino atual, o tradicional. Desenvolvido por Maria Montessori, defende a capacidade que as crianças têm em aprender e se desenvolver por meio do processo natural e espontâneo.
Neste texto, abordaremos as principais questões relacionadas ao Método Montessori e qual a influência dele no processo de ensino-aprendizagem no contexto da Educação Infantil.
Pedagogia Montessoriana: O que é?
Pedagogia Montessoriana trata-se de uma concepção pedagógica que traz a percepção e os estudos teóricos e práticos de Maria Montessori sobre o ensino e a prática educacional. Esse método propõe que a educação infantil deve ser libertadora, valorizando a criança como um ser pensante.
Essa perspectiva é compreendida como escolas ativas ou novas e, também, foi idealizada por outros nomes da educação e da pedagogia, como: Dewey, Decroly e Cousinet. Apesar de terem variações em seus métodos, seus posicionamentos em relação à educação são os mesmos. Por isso, essas perspectivas fazem parte do que se compreende como Tendência Liberal Renovada Progressivista.
Entenda mais sobre esse conceito e como ele se relaciona à Pedagogia Montessoriana.
Tendência Liberal Renovada Progressivista
Na metodologia do ensino tradicional, o professor é o principal protagonista no processo de ensino-aprendizagem. Logo, compreende-se o Ensino como a prospecção de conteúdos estabelecidos como importantes para a cultura local. E Aprendizagem, o acúmulo dessas informações. Já na Tendência Liberal Renovada Progressivista, valoriza-se o estudo por meio do meio social e natural, estimulando o estudante a ser ativo e fazer novas descobertas.
Sendo assim, a Tendência Liberal Renovada Progressivista reverte a perspectiva do ensino tradicional, estabelecendo o aluno como foco principal. Deste modo, o estudante passa a ter autonomia em sala de aula.
Assim como o papel do professor e do aluno é totalmente modificado na Escola Nova, os papéis de todos os responsáveis pelo processo de ensino-aprendizagem também sofrem alterações.
Veja a seguir a influência da Tendência Liberal Renovada Progressivista na escola, nos conteúdos de ensino, no método de ensino, no relacionamento professor-aluno e nos pressupostos de aprendizagem.
O papel da escola
A escola busca adequar-se às necessidades do meio social em que está inserida. Integrar o indivíduo às exigências sociais, as quais estão dentro dos interesses do estudante. Todo esse processo é realizado a partir de um processo ativo de construção e reconstrução do objetivo estabelecido.
Os conteúdos de ensino
Nessa perspectiva, o conhecimento é um resultado da ação, ou seja, da própria busca do estudante. Então, os conteúdos de ensino são desenvolvidos com a pretensão de criar experiências a esses sujeitos, de modo que a vivência deles, frente às atividades e desafios cognitivos propostos, propunham essa prática.
Aqui, a proposta principal é “aprender a aprender” e não o conhecimento em si.
O método de ensino
Trata-se sempre de uma abordagem ativa. Dessa maneira, o estudante aprende fazendo. As atividades criadas, tecnicamente, para aplicar/desenvolver os conceitos da Tendência Liberal Renovada Progressivista serão concretizadas por meio de pesquisas, tentativas experimentais, descoberta e solução de problemas.
Os métodos desenvolvidos variam conforme a perspectiva trabalhada, afinal são vários os estudiosos que compartilham de uma visão sobre a escola ativa, também conhecida por novas. Mas em geral, todas partem do princípio de que as atividades devem adequar-se à cultura do estudante e às etapas de seu desenvolvimento, e são melhores desenvolvidas se feitas em grupo.
O relacionamento professor-aluno
Como dito anteriormente, aqui, o professor não é mais o centro, mas o mediador do processo de ensino-aprendizagem. Sendo assim, ele torna-se responsável em criar um ambiente democrático em sala de aula, a fim de retratar a vida em sociedade.
Pressupostos de aprendizagem
O ambiente de aprendizagem deve transmitir motivação e estimulação para que o aluno tenha interesse em aprender. Aprender no sentido de descobrir. Assim, somente é retido aquilo que, através da descoberta pessoal, se incorpora à atividade do aluno.
Já a avaliação, nessa concepção, é fluída e avaliada através dos esforços e dos êxitos dos alunos, que são reconhecidos pelo professor.
Essa concepção é muito estudada nos cursos de licenciatura, e por isso, vem sendo aplicada por diversas escolas, em sua maioria particulares. Isso acontece porque falta condições objetivas e, também, devido a forte presença do ensino tradicional nas escolas públicas ainda não permitem que uma nova prática pedagógica seja aplicada.
Alguns métodos dessa perspectiva são desenvolvidos nas escolas particulares, o método de Decroly, o método de Dewey, o ensino de Piaget e o de Montessori. E algumas escolas são fundadas especificamente para desenvolver a tendência progressivista, sendo algumas delas: “experimentais”, “escola secundária moderna” e as “escolas comunitárias”.
Sobre Maria Montessori e seu Método
Maria Montessori foi fundadora do Método Montessori. De origem italiana, Maria Montessori era formada em medicina e deu ênfase ao campo pedagógico. Ela acreditava na autoeducação, ou seja, que o aluno tem autonomia para aprender de maneira ativa.
O Ensino Montessoriano
A palavra aprender, na visão de Maria Montessori, tem como conceito descobrir o mundo. Ela acreditava que é através do movimento e do toque que as crianças exploram o mundo ao seu redor.
Por isso, muitas das atividades exploradas pela educadora tinham como finalidade chamar a atenção dos alunos. As ferramentas utilizadas por ela eram feitas para estimularem todos os sentidos, ou seja, através de barulhos, tamanhos, formas, cores, texturas, pesos e cheiros.
Nessa visão, a sala de aula torna-se um ambiente propenso ao aprendizado. Não há lugares estabelecidos. As crianças têm a liberdade de ficar em qualquer lugar (sozinhas ou em grupo) para desenvolverem as atividades propostas.
Os professores se juntam a elas e observam suas conquistas e as ajudam em suas dificuldades. Sendo, de tal modo, completamente diferente do ensino tradicional em que se encontra o docente no centro das atenções dos alunos.
Outra circunstância que se diferencia nas escolas sob influência do processo de ensino Montessori é a não existência do intervalo. Isso porque não há diferença entre lazer e a atividade didática em si. Todos os momentos são prazerosos e estimulam o aprendizado ao mesmo tempo.
Dessa maneira, o Método Montessori consiste-se em seis pilares:
- Autoeducação;
- Educação como ciência;
- Educação Cósmica;
- Ambiente Preparado;
- Adulto Preparado;
- Criança Equilibrada.
A princípio, Maria Montessori dedicou seus estudos às crianças consideradas anormais. E após muito estudar, compreendeu que a educação de crianças com deficiências mentais ia além de suas limitações, estava no atendimento pedagógico propriamente dito.
Ao identificar um atraso dos métodos de ensino de sua época, decidiu aplicar seu método em crianças normais. O que gerou muita repercussão, mas que logo irradiou-se ao mundo inteiro.