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Atualizado em 02/08/2023

Janela de Johari

A Janela de Johari é um recurso interessante para refletirmos sobre as relações interpessoais. Para favorecer o conhecimento desta abordagem preparamos a síntese a seguir, baseado em Fritzen (1992)...

A Janela de Johari ilustra o processo de dar e receber FEEDBACK, isto é, “Ver-nos a nós mesmos como os outros nos vêem”. Dar e receber informações sobre si e sobre os outros.

A Janela de Johari nos auxilia a:

· Familiarizar os membros com convivências que facilitam a comunicação interpessoal;
· Criar impactos nos participantes do grupo, conscientizando e sensibilizando-os para comportamentos e atitudes que dificultam o relacionamento;
· Formar uma idéia clara de muitos de nossos comportamentos;
· Encontrar solução para enfrentarmos nossas dificuldades nas relações interpessoais;
· Expandir na participação social da comunidade.
As informações contidas nas barras e colunas não são estáticas. Se o processo de DAR e RECEBER FEEDBACK for desencadeado, haverá alterações na Janela.
ARENA OU ÁREA LIVRE (Aberta): espaço superior esquerdo – primeiro quadrante:
· São as experiências e dados conhecidos pela própria pessoa e por aqueles que a rodeiam;
· É a troca aberta e livre de informações/ comportamento público;
· Nosso modo de trabalhar, nosso comportamento diante das situações.
MANCHA CEGA: espaço superior direito – segundo quadrante:
· São as informações do nosso EU que desconhecemos, mas que são conhecidas pelos outros? “o que sabem de nós e que não nos comunicam”;
· São maneiras de agir, jeitos de falar e estilo de relacionamentos de são conhecidas pelos outros e não conhecidas pelo “EU”.
FACHADA OU ÁREA OCULTA (Secreta): espaço inferior esquerdo – terceiro quadrante:
· São as informações que sabemos a nosso respeito, mas que são desconhecidas pelo grupo. Informações ocultadas por nós mesmos;
· Medo de revelar nossos sentimentos, percepções e opiniões a respeito do grupo e integrantes, na possibilidade de sermos rejeitados, atacados;
· Resulta, muitas vezes, da ausência de confiança no grupo.
DESCONHECIDO: espaço inferior direito – quarto quadrante:
São as nossas motivações inconscientes. Nosso desconhecido ou inexplorado.
Referem-se a ocorrências da primeira infância, potencialidades latentes, recursos por descobrir e dinâmica interpessoal.
ARENA aumenta de tamanho à medida que aumenta a confiança no grupo.

PRINCÍPIOS DE MUDANÇA

a) Uma mudança em qualquer quadrante afetará os demais quadrantes;
b) Gasta-se energia ao esconder, negar ou ocultar uma conduta que se encontra envolvida numa ação recíproca;
c) A ameaça tende a reduzir o conhecimento e a confiança mútua tende a aumentá-lo;
d) Forçar um indivíduo a tornar-se consciente de certas coisas não é desejável e geralmente não é efetivo;
e) Uma aprendizagem interpessoal levará à ampliação de área livre e à redução das outras;
f) A ampliação desta área facilitará o trabalho com os demais. Isto significa que muitos recursos e habilidades dos membros podem ser utilizados para o bem do grupo;
g) Quanto menor o quadrante da área livre, mais pobre a comunicação;
h) Existe uma curiosidade sobre o quadrante “desconhecido”, mas esta é restringida por costumes, formação social, temores diversos, dentre outros.

PRINCÍPIOS PARA APRIMORAR AS HABILIDADES ESSENCIAIS PARA SABER OUVIR

  1. Procure ter um objetivo ou ouvir;
  2. Suspenda qualquer julgamento inicial;
  3. Procure focalizar o interlocutor, resistindo a toda espécie de distrações;
  4. Procure repetir aquilo que o interlocutor está dizendo;
  5. Espere antes de responder;
  6. Procure recolocar com palavras próprias o conteúdo e o sentimento do interlocutor;
  7. Procure atingir os pontos centrais do que ouve por meio das palavras;
  8. Use o tempo diferencial para pensar e responder.
No livro publicado por Fritzen (1992) há uma série de dinâmicas visam favorecer esta troca de informação, colaborando com a ampliação da arena. Noutra postagem compartilharei com vocês umas dinâmicas que vivenciei dentro desta abordagem.

Referência

FRITZEN, José Silvino. Janela de Johari. 8. ed. Petrópolis – RJ: Vozes, 1992.

Fonte: Ateliê  de Educadores

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