fbpx Skip to main content

Atualizado em 20/12/2021

Internet como ferramenta no Ensino à Distância e tipos de Cursos à Distância

Saiba mais sobre a importância da internet na educação à distância e os tipos de cursos à distância disponíveis. Descubra como a internet pode ajudar a desenvolver habilidades e melhorar o seu desempenho acadêmico. Clique aqui para começar!

EaD - Educação à distância

Introdução

Em todas as etapas da história da humanidade os avanços tecnológicos foram responsáveis por alterações em processos nos mais diversos campos da atividade humana e sempre trazendo consigo mudanças nas atitudes sócio-culturais dos povos.

Entretanto o desenvolvimento super acelerado da eletrônica, da tecnologia digital e dos microprocessadores neste século propiciaram avanços em praticamente todas as áreas do conhecimento, processos de produção, saúde, transportes, educação, formas de entretenimento, métodos de comunicação e troca de informação entre outros.

O rápido desenvolvimento das redes de computadores associado aos avanços das telecomunicações, possibilitam a troca de informações em todos os níveis, sejam elas imagens, voz, gráficos ou textos. A comunicação em tempo real se tornou menos onerosa e mais completa.

A possibilidade de se obter qualquer tipo de informação em qualquer parte do planeta intensifica a relação entre os homens, possibilita seu desenvolvimento e, de certa forma, diminui suas diferenças. Quando a obtenção de informação se associa ao processo de aprendizagem esta afirmação se torna mais verdadeira. Quando passa a ser possível tornar relações não presenciais tão semelhantes às presenciais, esta tecnologia emergente começa a colaborar para o desenvolvimento de uma sociedade mais equalitária a despeito do tempo e do avanço e de muitos outros fatores limitantes.

A solução da maioria destas limitações vem através do uso da educação a distância. Sua origens remotas nos mostram que a incapacidade de se aproximar o aluno do professor não poderia impedir o processo de difusão da informação. Historicamente o isolamento geográfico dos estudantes foi o principal estímulo ao desenvolvimento desta modalidade de educação, inicialmente realizada por correspondência, depois associada a outros meios como o telefone, a televisão, o videocassete, programas de computadores e mais recentemente através das redes de computadores, em especial a Internet.

Chegará o dia que o volume da instrução recebida por correspondência será maior do que o transmitido nas aulas de nossas escolas; em que o número de estudantes por correspondência ultrapassará o dos presenciais” William Harper, 1886

O principal objetivo do uso destes recursos tecnológicos sempre foi oferecer oportunidade às pessoas que se encontravam distantes dos centros de difusão de informação a condição de se capacitarem. Vencer as barreiras do tempo, do espaço e da falta de recursos financeiros.

Percebe-se que os últimos avanços tecnológicos tornaram esta modalidade de educação mais confiável e mais acessível. A possibilidade de uma maior interação entre mestre e aprendiz criou condições para a realização de ensino e aprendizado em níveis próximos aos obtidos através das experiências presenciais.

Este fato se deu principalmente devido ao advento da Internet. Associação entre as capacidades de processamento de informação de um computador com as facilidades da transmissão de dados através da Internet criaram um novo paradigma no processo educacional a distância.

Vários esforços no sentido do uso desta nova tecnologia com este fim podem ser observados. Um grande número de instituições nacionais e principalmente internacionais, com tradição ou não no provimento da educação a distância, se lançaram neste caminho, experimentando programas de educação a distância através da Internet.

A Internet, a grande rede mundial da informação, tem sido pouco aproveitada no Brasil para área da educação. Um pais como o nosso de dimensões continentais, deve despertar para esta ferramenta de desenvolvimento cultural a qual hoje pouco se aproveita. Tomemos por exemplo os EUA, onde constatamos que até mesmo crianças que estão no ensino básico e médio já se utilizam de computadores sendo a Internet sua principal fonte de pesquisa em trabalhos e deveres escolares. A Internet no que diz a respeito a educação, passou a ser uma extensão da escola no lar americano. Se esta situação se aplica ao ensino básico e médio, imagine pois em que estagio se encontra o ensino universitário!

A implementação do ensino a distância tornou-se uma poderosa fonte de obtenção de conhecimento, o que permite a democratização do acesso ao conhecimento.

Aspectos Históricos

A designação ensino a distância aplica-se (em termos de uma definição rápida) ao conjunto de métodos, técnicas e recursos, postos à disposição de populações estudantis dotadas de um mínimo de maturidade e de motivação suficiente, para que, em regime de auto-aprendizagem, possam adquirir conhecimentos ou qualificações a qualquer nível.

Baseia-se tudo isto na idéia comprovada de que qualquer adulto, a quem não faltem os conhecimentos de base necessários à aquisição de conhecimentos mais avançados, pode aprender por si próprio, sem se postular a existência de uma relação direta professor/aluno, desde que lhe seja fornecido a totalidade dos elementos didáticos associados à lecionarão de uma dada disciplina: textos de base e complementares, indicações bibliográficas, exercícios e trabalhos de aplicação, várias formas de clarificação ou ilustração da matéria e, finalmente, elementos para avaliações parciais e finais.

Em termos de evolução histórica, o ensino a distância teve como antecessor o designado «ensino por correspondências, baseado exatamente nos mesmos princípios mas que, por carecer de um sólido suporte metodológico e por limitar os materiais didáticos àqueles que podiam assumir forma escrita, não era correntemente aplicado a níveis superiores de qualificação. No entanto, aquele método de ensino, com mais de um século de existência, conheceu uma expansão e importância significativas em países anglo-saxónicos e nórdicos, embora especialmente virado para o ensino básico e, freqüentemente, ensino técnico.

Embora a primeira aplicação conhecida de ensino a distância a nível superior tenha sido feita pela UNISA (University of South Africa) em 1946, é geralmente reconhecido que a fundação da Open University britânica em 1969 estabeleceu o primeiro modelo pedagogicamente válido de ensino superior a distância. Nesse modelo, a combinação de materiais escritos com emissões de rádio e de televisão e a criação de ocasiões de contato obrigatório (mesmo que a distância) entre os estudantes e o sistema de ensino, conjugados com uma pedagogia atualizada, uma correta seleção de autores e responsáveis pelas disciplinas e um suporte metodológico rigoroso, constituíram elementos essenciais para o sucesso alcançado.

Tal sucesso encontrou expressão no fato de sistemas de ensino semelhantes terem sido criados em praticamente todas as regiões do globo; a cronologia que antecede o presente texto destina-se a ilustrar esta afirmação.

A fundação da Universidade Aberta em Portugal insere-se neste processo de desenvolvimento e criação de estruturas de ensino a distância em quase todos os países do mundo. Embora tardia comparativamente a outros casos (1 988189), é talvez interessante referir que, desde 1973, as autoridades educacionais portuguesas se preocupam com estas matérias, como se pode apreciar em seguida, por via de uma descrição sumária da evolução da situação no caso português.

1973 – É constituída, por despacho do Ministro da Educação, uma comissão destinada a avaliar o interesse e a viabilidade de criação de uma universidade aberta em Portugal, tendo em conta as recentes experiências nesse domínio, verificados no Reino Unido (Open University, 1969) e em Espanha (Universidad Nacional de Educación a Distância, 1972). A comissão era constituída por Adérito Sedas Nunes, Alberto de Meio, Evangelista Loureiro e Fernando Bragança Gil, tendo apresentado o seu relatório em finais de 1974, concluindo por um parecer eminentemente favorável quanto à criação de uma universidade aberta em Portugal.

1975 – Um decreto-lei do VI Governo Provisório cria uma universidade aberta, como estrutura interuniversitária dinamizada pelas demais universidades portuguesas; a correspondente estrutura não chegou, no entanto, a ser implementada pelo Governo Constitucional seguinte, «caindo» o respectivo projecto por falta de concretizarão.

1977 – Para obviar as carências, em espaço e em pessoal docente qualificado, verificados para o alargamento da escolaridade secundária para além do antigo 7.11 ano, em substituição do ano de Serviço Cívico, que até então vigorou, recorreu o Ministério da Educação ao lançamento do chamado Ano Propedêutico, lecionado inteiramente em regime de ensino a distância, com uma forte componente de emissões de televisão. Ao fim do primeiro ano de funcionamento, com resultados que, no mínimo, se podiam considerar como desastrosos, foi decidida a extinção do Ano Propedêutico no prazo curto de dois ou três anos, para ser substituído, logo que possível, por um 12º ano de escolaridade, em regime presenciam.

1979 – Quase em simultâneo com a extinção do Ano Propedêutico, é criado o Instituto Português de Ensino a Distância (IPED), como Direção-Geral do Ministério da Educação, cuja função principal era a de mobilizar os conhecimentos, recrutar e formar o pessoal e adquirir e instalar os equipamentos necessários à futura criação de uma universidade aberta em Portugal.

1986 – Juntam-se o Instituto Português de Ensino a Distância e o Instituto de Tecnologia Educativa sob a mesma presidência e a mesma gestão orçamental, com vista a operar a curto prazo a reforma da Telescola e a incentivar o processo conducente à criação da Universidade Aberta.

1988 – É criada a Universidade Aberta pelo Decreto-Lei nº 444188, de 2 de Dezembro, integrando os dois Institutos acima mencionados.

1990 – Iniciam-se as atividades letivas da Universidade Aberta.

1994 – São publicados os Estatutos da Universidade Aberta, conformes à Lei da Autonomia Universitária.

Esta breve descrição permite avaliar a dimensão do percurso que levou à criação da nova instituição, adivinhando-se facilmente o conjunto de dificuldades com que se defrontaram os autores do respectivo projeto. No entanto, de notar que aquela criação não podia ter ocorrido em melhor oportunidade, pois coincidiu com o início de um significativo movimento de interesses de vários países europeus, bem como das próprias autoridades comunitárias, pelos métodos de ensino a distância e sua aplicação ao desenvolvimento e progresso dos cidadãos da Europa que se pretende construir (ver Cronologia).

Conceitos ao que é Ensino a Distância

Desta forma, as primeiras abordagens conceituais, que qualificavam a educação a distância pelo que ela não era, tomavam um referencial externo ao próprio objeto como paradigma, pois estabeleciam comparação imediata com a educação presencial, também denominada educação convencional, direta ou face-a-face, onde o professor, presente em sala de aula, é a figura central. No Brasil, até hoje, muitos costumam seguir o mesmo caminho, preferindo tratar a educação a distância a partir da comparação com a modalidade presencial da educação. Esse comportamento não é de todo incorreto, mas promove um entendimento parcial do que é educação a distância e, em alguns casos, estabelece termos de comparação pouco científicos.

Estudos mais recentes apontam para uma conceituação, se não homogênea, mais precisa do que é educação a distância.

Walter Perry e Greville Rumble (1987, 12) afirmam que a característica básica da educação a distância é o estabelecimento de uma comunicação de dupla via, na medida em que professor e aluno não se encontram juntos na mesma sala requisitando, assim, meios que possibilitem a comunicação entre ambos como correspondência postal, correspondência eletrônica, telefone ou telex, rádio, “modem”, vídeodisco controlado por computador, televisão apoiada em meios abertos de dupla comunicação, etc. Afirmam, também, que há muitas denominações utilizadas correntemente para descrever a educação a distância, como: estudo aberto, educação nãotradicional, estudo externo, extensão, estudo por contrato, estudo experimental.

Contudo, nenhuma dessas denominações serve para descrever com exatidão educação a distância; são termos genéricos que, em certas ocasiões, incluemna mas não representam somente a modalidade a distância. Para exemplificar: um livro ou fascículo, desses que se intitulam “faça você mesmo”; um texto isolado de instrução programada; uma programação insulada de rádio ou um programa assistemático de televisão; não são formas de educação a distância.

Esta pressupõe um processo educativo sistemático e organizado que exige não somente a duplavia de comunicação, como também a instauração de um processo continuado, onde os meios ou os multimeios devem estar presentes na estratégia de comunicação. A escolha de determinado meio ou multimeios vem em razão do tipo de público, custos operacionais e, principalmente, eficácia para a transmissão, recepção, transformação e criação do processo educativo.

Por seu turno, Desmond Keegan (1991, 29) afirma que o termo genérico de educação a distância inclui um conjunto de estratégias educativas referenciadas por: educação por correspondência, utilizado no Reino Unido; estudo em casa (home study), nos Estados Unidos; estudos externos (external studies), na Austrália; ensino a distância, na Open University do Reino Unido. E, também, téléenseignement, em francês; Fernstudium/Fernunterricht, em alemão; educación a distância, em espanhol; e teleducação, em português.

Em português, é bom lembrar, educação a distância, ensino a distância e teleducação são termos utilizados para expressar o mesmo processo real. Contudo, algumas pessoas ainda confundem teleducação como sendo somente educação por televisão, esquecendo que tele vem do grego, que significa ao longe ou, no nosso caso, a distância. Há diferenças entre educação a distância e educação aberta, porém ainda prevalece, principalmente nos projetos universitários, forte ilusão de semelhança entre ambos os conceitos.

No caso da educação aberta, esta pode ser a distância ou presencial, o que a diferencia da educação tradicional, é que todos podem nela ingressar, independentemente de escolaridade anterior. O aluno pode organizar seu próprio currículo e ir vencendoo por seu próprio ritmo (Cirigliano, 1983, 11). Além disso, na expressão educação a distância, pode-se ou não usar a crase, pois ela é facultativa neste caso, sendo obrigatória somente quando define-se a distância, por exemplo: à distância de três metros.

Visto isto, passemos a observar com maior detalhe, como pesquisadores da área expressam o que consideram essencial para a conceituação da educação a distância, conforme figura no estudo de Keegan (1991, 3638).

G. Dohmem (1967)

Educação a distância (Ferstudium) é uma forma sistematicamente organizada de autoestudo onde o aluno se instrui a partir do material de estudo que Ihe é apresentado, onde o acompanhamento e a supervisão do sucesso do estudante são levados a cabo por um grupo de professores. Isto é possível de ser feito a distância através da aplicação de meios de comunicação capazes de vencer longas distâncias. O oposto de “educação a distância” é a “educação direta” ou “educação faceaface”: um tipo de educação que tem lugar com o contato direto entre professores e estudantes.

O. Peters (1973)

Educação/ensino a distância (Fernunterricht) é um método racional de partilhar conhecimento, habilidades e atitudes, através da aplicação da divisão do trabalho e de princípios organizacionais, tanto quanto pelo uso extensivo de meios de comunicação, especialmente para o propósito de reproduzir materiais técnicos de alta qualidade, os quais tornam possível instruir um grande número de estudantes ao mesmo tempo, enquanto esses materiais durarem. É uma forma industrializada de ensinar e aprender.

M. Moore (1973)

Ensino a distância pode ser definido como a família de métodos instrucionais onde as ações dos professores são executadas a parte das ações dos alunos, incluindo aquelas situações continuadas que podem ser feitas na presença dos estudantes. Porém, a comunicação entre o professor e o aluno deve ser facilitada por meios impressos, eletrônicos, mecânicos ou outros.
B. Holmberg (1977)

O termo “educação a distância” escondese sob várias formas de estudo, nos vários níveis que não estão sob a contínua e imediata supervisão de tutores presentes com seus alunos nas salas de leitura ou no mesmo local. A educação a distância se beneficia do planejamento, direção e instrução da organização do ensino.

Keegan(1991, 38) sumariza os elementos que considera centrais dos conceitos acima enunciados:

  • separação física entre professor e aluno, que a distingue do ensino presencial;
  • influência da organização educacional (planejamento, sistematização, plano, projeto, organização dirigida etc), que a diferencia da educação individual;
  • utilização de meios técnicos de comunicação, usualmente impressos, para unir o professor ao aluno e transmitir os conteúdos educativos;
  • previsão de uma comunicação de mão dupla, onde o estudante se beneficia de um diálogo, e da possibilidade de iniciativas de dupla via;
  • possibilidade de encontros ocasionais com propósitos didáticos e de socialização; e participação de uma forma industrializada de educação, a qual, se aceita, contém o gérmem de uma radical distinção dos outros modos de desenvolvimento da função educacional.

Armengol (1987, 2224) enumera, com base em seus estudos sobre educação superior a distância e nos trabalhos de Borje Holmberg, Anthony Kaye e Greville Rumble, as seguintes características da educação a distância (tradução não integral e comentada, cf. Nunes, 1992b)


4. Ensino a Distância

O Ensino a Distância recebeu notável impulso a partir da aplicação de novas tecnologias, notadamente aquelas que envolvem a Internet. A intensa capitalização das redes interconectadas de computadores vem ampliando o público desta modalidade de ensino ao mesmo tempo em que confronta aqueles que trabalham em educação com novos desafios dentro de uma nova realidade.

O Ensino a Distância vem surgindo nos últimos anos como uma das mais importantes ferramentas de difusão do conhecimento e de democratização da informação. O incremento da diversidade dos recursos humanos colocada à disposição dos estudantes que o aprendizado a distância propicia pode colaborar de maneira bastante eficaz na preparação de profissionais para a competição num mercado mundial.

4.1. Questões Sobre Educação a Distancia

O que é Educação à Distância?

Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, no qual professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente. Apesar de não estarem juntos, de maneira presencial, eles podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telepáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes.

Na expressão “ensino a distância” a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que ensina a distância). Preferimos a palavra “educação”, que é mais abrangente, embora nenhuma das expressões seja perfeitamente adequada.

Hoje, temos a educação presencial, semipresencial (parte presencial/parte virtual ou a distância) e educação a distância (ou virtual). A presencial é a dos cursos regulares, em qualquer nível, nos quais professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de aula. É o ensino convencional. A semipresencial acontece uma parte na sala de aula e outra parte a distância, através de tecnologias. A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e/ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação.

Outro conceito importante é o de educação contínua ou continuada, que se dá no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender em serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência, ampliando-a com novas informações e relações.

A educação a distância pode ser feita nos mesmos níveis que o ensino regular. No Ensino Fundamental, Médio, Superior e na Pós-graduação. É mais adequada para a educação de adultos, principalmente para aqueles que já têm experiência consolidada de aprendizagem individual e de pesquisa, como acontece no ensino de pós-graduação e também no de graduação.

Há modelos exclusivos de instituições de educação a distância, que só oferecem programas nessa modalidade, como a Open University da Inglaterra ou a Universidade Nacional a Distância da Espanha. A maior parte das instituições que oferecem cursos a distância também o fazem no ensino presencial. Esse é o modelo atual predominante no Brasil.

As tecnologias interativas, sobretudo, vêm evidenciando, na educação a distância, o que deveria ser o cerne de qualquer processo de educação: a interação e a interlocução entre todos os que estão envolvidos nesse processo.

Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual (que conectam pessoas que estão distantes em termos presenciais) – como a Internet, telecomunicações, videoconferência, redes de alta velocidade – o conceito de presencialidade também se altera. Poderemos ter professores externos compartilhando determinadas aulas, um professor de fora “entrando”, com sua imagem e voz, na aula de outro professor… Haverá, assim, um intercâmbio maior de saberes, possibilitando que cada professor colabore, com seus conhecimentos específicos, no processo de construção do conhecimento, muitas vezes a distância.

O conceito de curso, de aula também muda. Hoje, ainda entendemos por aula um espaço e um tempo determinados. Mas, esse tempo e esse espaço, cada vez mais, serão flexíveis. O professor continuará “dando aula”, e enriquecerá esse processo com as possibilidades que as tecnologias interativas proporcionam: para receber e responder mensagens dos alunos, criar listas de discussão e alimentar continuamente os debates e pesquisas com textos, páginas da Internet, até mesmo fora do horário específico da aula.

Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos tempos e espaços diferentes. Assim, tanto professores quanto alunos estarão motivados, entendendo “aula” como pesquisa e intercâmbio. Nesse processo, o papel do professor vem sendo redimensionado e cada vez mais ele se torna um supervisor, um animador, um incentivador dos alunos na instigante aventura do conhecimento.

As crianças, pela especificidade de suas necessidades de desenvolvimento e socialização, não podem prescindir do contato físico, da interação. Mas nos cursos médios e superiores, o virtual, provavelmente, superará o presencial. Haverá, então, uma grande reorganização das escolas. Edifícios menores. Menos salas de aula e mais salas ambiente, salas de pesquisa, de encontro, interconectadas. A casa e o escritório serão, também, lugares importantes de aprendizagem.

Poderemos também oferecer cursos predominantemente presenciais e outros predominantemente virtuais. Isso dependerá da área de conhecimento, das necessidades concretas do currículo ou para aproveitar melhor especialistas de outras instituições, que seria difícil contratar.

Estamos numa fase de transição na educação a distância. Muitas organizações estão se limitando a transpor para o virtual adaptações do ensino presencial (aula multiplicada ou disponibilizada). Há um predomínio de interação virtual fria (formulários, rotinas, provas, e-mail) e alguma interação on line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes). Apesar disso, já é perceptível que começamos a passar dos modelos predominantemente individuais para os grupais na educação a distância. Das mídias unidirecionais, como o jornal, a televisão e o rádio, caminhamos para mídias mais interativas e mesmo os meios de comunicação tradicionais buscam novas formas de interação. Da comunicação off line estamos evoluindo para um mix de comunicação off e on line (em tempo real).

Educação a distância não é um “fast-food” em que o aluno se serve de algo pronto. É uma prática que permite um equilíbrio entre as necessidades e habilidades individuais e as do grupo – de forma presencial e virtual. Nessa perspectiva, é possível avançar rapidamente, trocar experiências, esclarecer dúvidas e inferir resultados. De agora em diante, as práticas educativas, cada vez mais, vão combinar cursos presenciais com virtuais, uma parte dos cursos presenciais será feita virtualmente, uma parte dos cursos a distância será feita de forma presencial ou virtual-presencial, ou seja, vendo-nos e ouvindo-nos, intercalando períodos de pesquisa individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns cursos poderemos fazê-los sozinhos, com a orientação virtual de um tutor, e em outros será importante compartilhar vivências, experiências, idéias.

A Internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em tempo real de som e imagem (tecnologias streaming, que permitem ver o professor numa tela, acompanhar o resumo do que fala e fazer perguntas ou comentários). Cada vez será mais fácil fazer integrações mais profundas entre TV e WEB (a parte da Internet que nos permite navegar, fazer pesquisas…). Enquanto assiste a determinado programa, o telespectador começa a poder acessar simultaneamente às informações que achar interessantes sobre o programa, acessando ao site da programadora na Internet ou outros bancos de dados.

As possibilidades educacionais que se abrem são fantásticas. Com o alargamento da banda de transmissão, como acontece na TV a cabo, torna-se mais fácil poder ver-nos e ouvir-nos a distância. Muitos cursos poderão ser realizados a distância com som e imagem, principalmente cursos de atualização, de extensão. As possibilidades de interação serão diretamente proporcionais ao número de pessoas envolvidas.

Teremos aulas a distância com possibilidade de interação on line (ao vivo) e aulas presenciais com interação a distância.

Algumas organizações e cursos oferecerão tecnologias avançadas dentro de uma visão conservadora (só visando ao lucro, multiplicando o número de alunos com poucos professores). Outras oferecerão cursos de qualidade, integrando tecnologias e propostas pedagógicas inovadoras, com foco na aprendizagem e com um mix de uso de tecnologias: ora com momentos presenciais; ora de ensino on line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes); adaptação ao ritmo pessoal; interação grupal; diferentes formas de avaliação, que poderá também ser mais personalizada e a partir de níveis diferenciados de visão pedagógica.

O processo de mudança na educação a distância não é uniforme nem fácil. Iremos mudando aos poucos, em todos os níveis e modalidades educacionais. Há uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas. Alguns estão preparados para a mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões adquiridos (gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, dos profissionais e da sociedade. E a maioria não tem acesso a esses recursos tecnológicos, que podem democratizar o acesso à informação. Por isso, é da maior relevância possibilitar a todos o acesso às tecnologias, à informação significativa e à mediação de professores efetivamente preparados para a sua utilização inovadora.

A Educação à Distância é caracterizada:

  • pela separação do professor e aluno no espaço e/ou tempo (Perraton,1988);
  • controle do aprendizado realizado mais intensamente pelo aluno do que pelo instrutor distante (Jonassen,1992);
  • comunicação entre alunos e professores é mediada por documentos impressos ou alguma forma de tecnologia(Keegan,1986;Garrison and Shale,1987).

A primeira forma de Educação à Distância foram os cursos por correspondência na Europa. Este meio de Educação à Distância foi muito utilizado até o meio deste século, quando o rádio e televisão instrucional tornaram-se populares.

No entanto, com o surgimento de tecnologias interativas sofisticadas, educadores passaram a utilizar ferramentas como: e-mail, BBS’s, Internet, audioconferência baseada em telefone e videoconferências com 1 ou 2 caminhos de vídeo e 2 caminhos de áudio. Uma ferramenta da Internet que tem sido muito utilizada é o WWW, o qual possibilita a elaboração de Cursos à Distância com avançados recursos de multimídia.


Teorias e Filosofias da Educação à Distância

A base teórica dos modelos instrucionais afetam não só a forma como a informação é comunicada ao aluno, mas também na forma como o aluno entende e constrói um novo conhecimento à partir das informações apresentadas. Atualmente, existem duas aproximações que influenciam projetos instrucionais: processamento de símbolos (symbol-processing) e conhecimento localizado(situated cognition).

O processamento de símbolos foi a aproximação dominante até recentemente. É baseada no conceito de um computador executando operações formais em símbolos. O conceito chave é que o professor pode transmitir um corpo fixo de informações aos alunos por meio de uma representação externa. Representa uma idéia abstrata por uma representação concreta e então apresenta a representação ao aluno através de um meio. O aluno, compreende, decodifica e armazena a representação. Horton(1994) modifica esta aproximação adicionando dois novos fatores: o contexto do aluno (ambiente, situação corrente e outras entradas sensoriais) e intelecto (memórias, associações, emoçõe, interferências e raciocínios, curiosidades e interesse). O aluno então desenvolve sua própria representação e a usa para construir novo conhecimento, em contexto, baseado em seu conhecimento anterior e suas habilidades.

O conhecimento localizado é baseado no princípio do construtivismo, no qual o aluno ativamente constrói uma representação interna do conhecimento através de interação com o material a ser aprendido.

Sistemas de Educação à Distância.

Tradicionalmente, pensamos em alunos de programas de ensino a distância como sendo adultos. Instituições inteiras de ensino superior, tais comoUnited Kingdom’s Open University, Vancouver’s Open Learning Agency, Norway’s NKS e NKI Distance Education; entre outras, têm se dedicado a prover educação à distância no nível pós-secundário, por décadas. A tradição do estudante adulto está mudando com novos programas, tais como o programa do governo federal dos EUA – Star School Program-que serve a população de estudantes K12.

Embora a tecnologia seja uma parte fundamental da educação à distância, qualquer programa de sucesso deve focalizar mais nas necessidades instrucionais dos alunos do que na própria tecnologia. Devem ser considerados, por exemplo, suas idades, sua base cultural e sócio-econômica, interesses e experiências, níveis de educação, e familiaridade com métodos de educação à distância.

Considerações de Projeto.

Projeto e Desenvolvimento Sistemático

Willlis(1992) descreve o processo de desenvolvimento instrucional para educação à distância, consistindo dos estágios habituais de projeto, desenvolvimento, evolução e revisão.

No projeto de instruções à distância eficientes, devem ser considerados não só os objetivos, necessidades e características dos professores e alunos, mas também os requisitos de conteúdo e limitações técnicas. Se um sistema não comum for requisitado, ele deve ser acessível todos os participantes

Revisões geralmente são baseadas em feedback dos instrutores, especialistas, e alunos. Cursos que dependem de informações voláteis devem ser constantemente atualizadas.

Interatividade

Educação à Distância com sucesso envolve interatividade entre professores e alunos, entre alunos e o ambiente de aprendizado, e entre os estudantes.

Millbank(1994) estudou a eficiência de uma mistura de áudio e vídeo para treinamento coletivo. Quando ele introduziu interatividade em tempo real, a taxa de retenção de informação dos trainees elevou de 20% (usando métodos de aula comuns) para 75%.

Aprendizado Ativo

Como participantes ativos no processo de aprendizado, estudadntes afetam a maneira pela qual lidam com o material a ser aprendido. Esstudantes devem ter um senso de posse dos objetivos do aprendizado. Eles devem ser tanto prestativo como apto a receber mensagens instrucionais. Salomon verifica que o esforço mental que o estudante investirá na tarefa de aprendizado depende de sua percepção frente a dois fatos:

  • a pertinência do meio e da mensagem contida no mesmo;
  • sua habilidade em fazer algo significativo fora do material apresentado.

Imagens Retóricas

Pesquisadores descobriram que a televisão instrucional pode motivar e cativar estudantes, e estimular um interesse no processo de aprendizado.

No entanto, Ravitch(1987), alerta-nos para um efeito não planejado da TV educacional. Visuais estimulantes podem distorcer o currículo através do desvio da atenção dos estudantes para as características provocativas e de entretenimento da apresentação ao invés de encorajar análises interessantes sobre o seu significado.

Estudantes devem aprender a distinguir qual a informação de qualidade e qual deve ser desprezada, identificar distorções e sensacionalismo distinguir fatos de persuasão.

Comunicação Efetiva

Ben Shneiderman (1992) alerta todos os projetistas instrucionais a começarem seus projetos com um conhecimento dos usuários alvos, e reconhecê-los como indivíduos cujos pontos de vista podem ser diferentes do seu ponto de vista.

Horton(1994) nota que é recomendável ao projetista:

  • usar organizadores avançados para criar um contexto apropriado para instrução;
  • selecionar imagens eficazes, usando objetos apropriados, com atributos relevantes, que irão convergir a mesma idéia do projetista para o usuário.

Métodos e Estratégias.

Prática Orientada

Quanto mais familiares os professores estão com o projeto instrucional e com o processo de passar essas instruções, mais eficientes serão suas apresentações.

na prática, eles precisam utilizar métodos de diversificar as apresentações, selecionando várias atividades e interações entre aluno e professor, escolhendo situações e exemplos relevantes aos seus alunos e avaliando o nível do aprendizado de alunos à distância. Eles também precisam prover orientação abundante, desenvolvendo cursos à que utilizam áudio, full motion video, gráficos e textos.

Também, orietadores locais podem oferecer programas de treinamento que enfatizem a prática com os equipamentos que os alunos irão usar durante o curso. Estando familiarizados com o ambiente de trabalho, os alunos poderão engajar-se melhor no processo de aprendizado.


Desafios Baseados em Mídia

Instruções em língua estrangeira apresentam dificuldades especiais, não só devido a falta de uma interação de 2 caminhos imediata que caracteriza muitos projetos de eduacação a distância, mas também devido a perda de detalhes em videoconferências. Isto pode ser superado provendo-se práticas orais e estratégias instrucionais que encorajam diálogos frequentes entre alunos e professores.

Ensino à Distância eficiente requer uma preparação extensiva, assim como uma adaptação de estratégias tradicionais ao novo ambiente de aprendizagem.

Willis (1993) descreveu estratégias que são eficientes no ensino à distância:

  • desenvolver métodos apropriados de feedback e reforços;
  • adaptar aos diferentes estilos de aprendizado dos alunos;
  • usar estudo de casos e exemplos;
  • ser conciso;
  • complementando os cursos com informações impressas.

A variedade de mídias, também, apresenta um grande problema de pesquisa. Não se pode comparar cursos baseados em impressão, projetos eletrônicos na Internet, audioconferências, e TV interativa, e esperar que essa comparação seja válida.

Mcnabb (1994) nota que mais estudos experimentais devem ser feitos na área de seleção de mídia, onde os pesquisadores possam comparar a notabilidade de diferentes tecnologias na transmissão de conteúdos similares para um mesmo público.

Aprendizado por Investigação

O aprendizado por Investigação é uma nova técnica para muitos professores. O professor não é mais o sábio no estágio de fornecedor de um corpo fixo de informações, ele torna-se um facilitador da aprendizagem por descoberta de seus alunos, através de conferências progressivas.

Equipe de Trabalho

Professores progressistas, que são os primeiros adeptos da tecnologia, podem tornar-se agentes de mudanças para suas observações. Eles podem apoiar outros professores através de planejamentos, como um grupo, e trabalhando com módulos de aprendizado e equipamentos usando-os antes em sala de aula.

Alunos à Distância.

Muitas questões importantes deriva-se das características dos alunos à distância, cujos anseios e objetivos devem ser completamente diferentes dos alunos tradicionais. Como já foi mencionado, sistemas de educação à distância foram originalmente desenvolvidos para atender o nível pós-secundário, e só recentemente começou a ser usado para o nível K12.

  • Anseios e Objetivos
  • Modos de Aprendizado
  • Fatores que Influenciam o Sucesso
  • Suporte ao aluno

Anseios e Objetivos

Adultos têm uma muitaas razões para buscar o ensino à distância: falta de tempo, distância, e finanças, a oportunidade de fazer cursos, e a possibilidade de entrar em contato com outros estudantes de diferentes classes sociais, culturais, econômicas e experimentais. Como consequência eles ganham não só conhecimento, mas também novas habilidades sociais, incluindo a habilidade de comunicar e colaborar com colegas largamente dispersos, quem eles podem nunca ter visto.

Modos de Aprendizado

Outra variável importante na eficácia do aprendizado é a preferência do aluno por um modo particular de aprendizado, ou seja, cooperativo, competitivo, ou individualizado. Muitos projetos de educação à distância incorporam aprendizado cooperativo, projetos colaborativos, e interatividade entre grupos de alunos e entre (sites).

No entanto, o aprendizado eficaz requer tanto conhecimento do estilo do aluno como a preparação avançada da parte do professor ou do orientador local. Professores e orientadores locais são mais aptos a fazer desisões de currículo para atender as preferências de seus alunos, tal como agrupar determinados alunos produtivamente para um projeto, ou designar alunos para projetos de pesquisa individuais, se eles podem determinar o modo de aprendizado predominante dentro de sua sala de aula.

Fatores que Influenciam o Sucesso

Silvia Charp (1994) notou que com grande autonomia, características dos alunos, tais como audição dinâmica e a habilidade de trabalhar independentemente sem um instrutor presente, tornam-se crucial para o sucesso.

O estudo de Bernt e Bugbee examinou dois tipos de estratégias usados por alunos à distância:primária, estratégia do conhecimento, tais como audição dinâmica e concentração, e secundária, estratégias afetivas, tais como habilidade de trabalhar independentemente dos instrutores.

Instrutores tendem a responsabilizar a alta taxa de desistência entre estudantes ao mal gerenciamento do tempo e protelação. No entanto, deve se considerar tamb&eaccute;m o clima, geografia, eficiência do sistema postal, o suporte de rede da Universidade, facilidades de telecomunicações, e outros fatores.

Suporte ao aluno

Há muitas maneiras de facilitar o suporte ao aluno. Professores de ensino a distância (studio teachers) podem visitar o site distante, ou os alunos podem ir até o estúdio. Teleconferências &audio-visuais ou conversas interativas com mentores ou outros alunos são duas alternativas de visitar o site em tempo real. Uma outra alternativa são questões enviadas pelos alunos por e-mail, ou fax.

Professores também precisam de suporte quando estão aprendendo sobre novas tecnologias, independente do seu nível de experiência de aula. Neste ponto, eles precisam ter a possibilidade de comunicar-se com outros professores que já passaram por este problema.

Questões Operacionais.

Envolvem o planejamento, administração, gerência, e economia, os quais são cruciais para o sucesso do programa de educação à distância. Em particular nós devemos considerar as regras da tríade professor – orientador local – aluno, treinamento dos professores e auxiliares, implementação e adoção de novas tecnologias, e questões de planos de ação como facilidades, custos e programação de horário.

  • Tríade professor – orientador local – aluno
  • Adoção de Tecnologia

Tríade professor – orientador local – aluno

Já que os professores de ensino à distância não estão em contato direto com seus alunos, a comunicação é mediada nao só peloa tecnologia, mas também por uma equipe que inclui editores, projetistas, produtores, técnicos, especialistas em mídia, tutores locais, auxiliares, orientadores locais, e provedores de serviço. Em particular iremos destacar as regras de duas pessoas chaves: o professor e o orientador local (site facilitator).

O professor

Schlosser e Anderson (1993) identificaram as novas habilidades que os professores devem aprender para assumir o papel de educadores à distância:

  • entender a natureza e filosofia da educação à distância;
  • identificar e desenvolver cursos interativos para satisfazer cada nova tecnologia;
  • adaptar as estratégias de ensino para transmitir instruções à distância;
  • organizar recursos instrucionais de uma forma satisfatória ao ensino à distância;
  • treinar e praticar o uso de sitemas de telecomunicações;
  • ficar envolvido na organização, planejamento colaborativo e decisões;
  • avaliar realizações, atitudes, e percepções dos alunos à distância;
  • trabalhar com questões de direitos autorais.

O orientador local

O orientador local é uma extensão do professor à distância, embora ele nao precise ser um professor. Suas responsabilidades são: motivar e encorajar os alunos de sites remotos, elevar seus entusiasmos, e manter a disciplina.

Já que suas atividades são similares às dos professores, os orientadores locais precisam de um treinamento similar. Entretanto, alguns orientadores locais consideram-se usuário finais, ao invés de projetistas, então eles sentem que precisam de menos ecirc;nfase no projeto de sistemas instrucionais.

Adoção de Tecnologia

Comprar, e manter equipamentos apropriados, e terinar professores e orientadores locais para usá-los eficientemente, são condições necessárias, porém nao suficientes para assegurar uma escola de um excelente programa de ensino à distância. Há outros fatores, muitos dos quais são mais afetivo do que de conhecimento, tais como amistosidade do usuário e habilidade em implementar suporte ao aprendizado.Ravitch (1993) nota que a organização escolar tem sido tradicionalmente hierárquica e burocrática, enquanto que as novas tecnologias desafiam este modelo.

Para uma adoção de tecnologia no ensino à distância com sucesso, quatro condições devem ser atendidas:

  • treinar as habilidades necessárias para trabalhar com tecnologia;
  • educação provendo visao e entendimento do estado de arte de desenvolvimentos e aplicações;
  • suporte para experimentos e inovações;
  • tempo suficiente para aprender e praticar.

Questões de Gerenciamento e Metas.

Educação a Distancia modifica a relação de aprendizado do modelo de escola comum, centralizado para um modelo mais descentralizado e flexível. ele também reverte a dinâmica social, levando a escola ao aluno, ao invés do aluno à escola. Isto leva a novas questões de debate:

  • o impacto da educação eletrônica no ensino vigente;
  • fazer balanço do orçamento com potenciais opções de educação eletrônica de baixo custo;
  • redefinir o que significa ter uma professora presente na sala de aula;
  • revisar requirimentos de certificação de professores para acomodar aqueles que atravessam fronteiras de áreas de serviços eletronicamente.

Outros itens a serem considerados são:

  • novas formas de determinação e avaliação, incluindo meios de verificar se o trabalho do aluno é original e autêntico;
  • um conjunto de padrões de aceitação nacional que garantam a qualidade do ensino à distância;
  • conjunto de padrões de aceitação nacional para certificação de professores, o qual atende a um critério mínimo, incluindo treinamento de teoria de educação à distância, métodos e estratégias;
  • a necessidade de cooperação entre setores comercial, governamental e educacional;
  • treinamento e acesso à tecnologia para todos, nao só para os melhores alunos e professores.

Pessoal de Equipe

Uma equipe de educação à distância requer indivíduos bem treinados, além de professores, orientadores locais, e administradores. Regras sao redefinidas e novas vão surgindo.

4.2. Vantagens do Ensino a Distância

Os cursos oferecidos na Internet podem ser seguidos de qualquer lugar e em um horário que seja conveniente, permitindo a troca de informações entre estudantes e instrutores em tempo real ou via e-mail. Além disso um curso feito a distância elimina a necessidade de alunos ou instrutores viajarem, o que representa significativas economias em transporte, hospedagem e refeições.

O ensino a distância oferece, a seus participantes, um aprendizado voltado, principalmente, à pesquisa, que, comprovadamente, através de sua sistemática, proporciona um maior grau de conhecimentos adquiridos, formando assim um profissional mais qualificado e gabaritado a atuar nas instituições empresariais e acadêmicas.

O Ensino a Distância é o sistema de Educação do futuro, já presente e operante,qualitativamente, em outros continentes e que começa a tomar forma em toda a América do Sul. Precisamos compartilhar este moderno instrumento de grande alcance social e educacional e de alta significação no desenvolvimento de gerações do futuro. Não podemos estagnar no meio do caminho, pois o processo educacional está acelerado.

Ao se considerar o ensino a distância como uma possibilidade pedagógica (Chute, em Schaaf 1997), apresenta seus benefícios em três amplas categorias: (a) alta relação de custo-benefício, pois pode treinar um maior número de pessoas e com maior freqüência, reduz custos de deslocamentos de pessoal, e novos alunos podem ser incluídos no sistema sem custo adicional; (b) grande impacto, uma vez que o conhecimento pode ser comunicado e atualizado em tempo real, treinamento efetivo pode ser recebido pelo aluno no seu computador em casa ou no trabalho, e vários locais podem ser integrados sendo a aprendizagem em grupo realizada ao vivo e mediante programas interativos; e (c) o aluno possui um maior número de opções para atingir os objetivos de aprendizagem, especialistas remotos estão prontamente acessíveis, ao vivo ou via programas pré-gravados, e as oportunidades de interação do aluno com o professor são multiplicadas.

Um aspecto ainda mais complexo diz respeito ao fato da EAD requerer que as instituições alterem significativamente sua rotina de trabalho, como por exemplo: políticas e procedimentos de inscrição de alunos em disciplinas, horários das aulas, procedimentos de avaliação, formatura e presença nas atividades de ensino.

Enfim, a EAD se apresenta na esfera pedagógica como mais uma opção metodológica que, por ser relevante, merece a nossa atenção. Ela traz consigo características próprias que impõem a necessidade de novas aprendizagens por parte de quem a planeja, desenvolve e avalia, implicando, inclusive, na necessidade de que seja construída uma nova maneira de compreender o processo de ensino-aprendizagem. Isto porque o ensino e a aprendizagem que acontecem no processo educativo a distância possuem muitas características distintas das identificadas na educação presencial, como já especificado anteriormente (Beaudoin, em Wolcott, 1995).

Cursar uma Universidade no sistema americano de ensino com disciplinas equivalentes e até idênticas ao currículo de seu país, mesmo conhecendo a nova flexibilidade curricular no nível superior brasileiro, que, com a nova legislação, aproxima o relacionamento educacional com outros países;

Estudar no seu próprio país e na sua própria cidade;

Não afastar-se do convívio profissional e familiar, indispensável a estabilidade pessoal de cada indivíduo;
Estudar de acordo com sua disponibilidade de tempo e dinâmica pessoal;

Beneficiar-se de educação moderna com qualidade e de alto nível;

Receber supervisão individualizada de um Conselho de Tutores, constituído por profissionais diplomados, competentes, qualificados e devidamente credenciados pela Universidade americana, após processo de identificação de competência;

Fazer suas avaliações, individualmente, das disciplinas exigidas, através da produção de um artigo científico e da síntese do livro principal, conforme planejamento do Conselho de Ensino e Pesquisa da Universidade;

Estudar durante todo o curso e apresentar seu trabalho monográfico final utilizando, basicamente a língua portuguesa, sendo o Summary (síntese do trabalho) apresentado em inglês;

Defender seu trabalho monográfico final (Mestrado, Doutorado, Livre Docência e Pós-Doutorado), também em língua portuguesa, em cidades da América do Sul, quando programado o Encontro Científico da AWU ou, se desejado pelo estudante, realizado nos Estados Unidos com todas as responsabilidades dos custos inerentes;

Beneficiar-se de custos dos cursos, significativamente, reduzidos, quando comparados aos valores de mercado de seu país;

Obter seu diploma numa Universidade americana, credenciada, registrada e autorizada nos Estados Unidos, acreditada e reconhecida internacionalmente, com seus diplomas autenticados nos EUA.

4.3. Utilização do Ensino a Distância no Brasil

No Brasil, ela surgiu em 1939, com a criação do Instituto Rádio Monitor, seguida das experiências do Instituto Universal Brasileiro, a partir de 1941. Na década de 50, outras instituições, motivadas pela necessidade de democratizar o saber e tomando como realidade as dimensões continentais brasileiras, passaram a fazer uso do ensino a distância via correspondência. Os anos 60 assistiram o auge do Instituto Universal Brasileiro seguido de uma série de outras iniciativas nacionais: SENAC, SENAI, SENAR, que tinham nesta estratégia o objetivo da profissionalização e/ou capacitação de trabalhadores. As experiências sobre Educação a Distância abriram caminhos que permitiram o desenvolvimento de projetos consistentes, como “Verso e Reverso”, “Educando o Educador”, da Fundação Educar (1988); “Um salto para o Futuro”, da Fundação Roquete Pinto (1991), além de outros ligados principalmente a pesquisa universitária.

Apesar de certas divergências pontuais, começa se a chegar a um conjunto relativamente homogêneo de características que acabam por conceituar o ensino a distância e darlhe uma dimensão prática adaptada aos dias atuais e às demandas por universalização de processos de ensino.

É importante observar que o ensino a distância não pode ser vista como substitutiva da educação convencional, presencial. São duas modalidades do mesmo processo. O ensino a distância não concorre com a educação convencional, tendo em vista que não é este o seu objetivo, nem poderá ser.

Se o ensino a distância apresenta como característica básica a separação física e, principalmente, temporal entre os processos de ensino e aprendizagem, isto significa não somente uma qualidade específica dessa modalidade, mas, essencialmente, um desafio a ser vencido, promovendose de forma combinada, o avanço na utilização de processos industrializados e cooperativos na produção de materiais com a conquista de novos espaços de socialização do processo educativo.

Esta modalidade de ensino não pode ser encarada como uma panacéia para todos os males da educação brasileira. Há um esforço muito grande dos educadores e pesquisadores da educação em mostrar que os problemas da educação brasileira não se concentram somente no interior do sistema educacional, mas, antes de tudo, refletem uma situação de desigualdade e polaridade social, produto de um sistema econômico e político perverso e desequilibrado. “Certamente que a educação, nas suas mais diversas modalidades, não tem condições de sanear nossos múltiplos problemas nem satisfazer nossas mais variadas necessidades. Ela não salva a sociedade, porém, ao lado de outras instâncias sociais, ela tem um papel fundamental no processo de distanciamento da incultura, da acriticidade e na construção de um processo civilizatório mais digno do que este que vivemos”(Luckesi, 1989, 10).

Nesse sentido, o ensino a distância pode contribuir de forma significativa para o desenvolvimento educacional de um país, notadamente de uma sociedade com as características brasileiras, onde o sistema educacional não consegue desenvolver as múltiplas ações que a cidadania requer.

Possibilidades de atuação

Dessa forma, podemos enumerar, rapidamente, alguns campos onde o ensino a distância poderá ser utilizada dentro de um programa amplo de prestação de um serviço que a nacionalidade está a exigir:

Democratização do saber passo fundamental nesse sentido é dado pela educação formal, na medida em que possa conseguir garantir mínimas condições de acesso à cultura a milhões de cidadãos, principalmente através da universalização do ensino básico (meta constitucional a ser atingida, CF art. 214). Contudo, isto não basta. Em um mundo que vive sob a égide das transformações e mudanças, o acesso às informações sistematizadas e às formas de capacitação para a tomada de decisões independentes e autônomas, requisita ações que vão além das fronteiras da educação formal. No campo da educação nãoformal e informal, a educação a distância pode desempenhar papéis múltiplos, que vão desde a atualização de conhecimentos específicos, até a formação profissional. Além disso, por meio de procedimentos adequados e sistematizados, pode a educação a distância contribuir sobremaneira para que o acúmulo de informações assistemáticas jogadas ao público através da mídia sejam processadas de forma organizada, contribuindo para o fortalecimento de uma mentalidade crítica e criativa, rompendo a barreira da passividade muitas vezes provocada por processos manipuladores de opinião pública.

Mais que substituta da educação presencial o ensino a distância, no Brasil, pode ser utilizada como forma complementar de educação, atualizando conceitos e conhecimentos, auxiliando na permanente tomada de consciência dos profissionais sobre os avanços promovidos em suas áreas específicas e, principalmente, gerando processos continuados de acesso ao conhecimento acumulado pela humanidade à milhões de cidadãos.

Formação e capacitação profissional em que pese a polêmica, sadia, sobre o papel da profissionalização no processo de educação formal, não há dúvidas quanto à eficácia e pertinência de projetos do ensino a distância neste campo fundamental da existência social. Ao contrário, é justamente por este caminho que a educação a distância começou a trilhar seu desenvolvimento. Tanto em nível da formação profissional básica quanto em níveis universitários, a educação a distância tem demonstrado ser uma modalidade com grandes potencialidades, ainda mais por ser um meio de educação de massa.

Do ponto de vista tecnológico, a presença da informática nos processos de capacitação tem gerado grandes avanços nos procedimentos de treinamento a distância ou treinamento independente com ajuda do computador. Caso notório são os procedimentos adotados pelas grandes companhias aéreas e setores das Forças Armadas, com a utilização de simuladores e bancos de dados interativos.

É cada vez maior o número de empresas que descobrem as vantagens do treinamento a distância para a capacitação e atualização de seus funcionários, não somente por conta da redução dos custos, mas principalmente pela possibilidade de envolver um grande número de pessoas ao mesmo tempo e em regiões distantes (Rumble; Oliveira, 1992).

No caso de instituições especializadas no treinamento de pessoal é importante observar que a modalidade do ensino a distância não somente pode introduzir ganhos de eficiência e eficácia, como também reduzir custos relativos, quando se tratar de processos de treinamento de contingentes numerosos de alunos e, também, elevar a qualidade, através de processos de definição de conteúdos elaborados por equipes multidisciplinares altamente qualificadas a custo relativo baixo. O ensino a distância, como modalidade complementar da presencial pode auxiliar na introdução de novos instrumentos tecnológicos para o acompanhamento dos alunos em sua ação prática, em serviço. Seus materiais instrucionais poderão igualmente ser de grande utilidade na educação presencial. Temos como exemplo em outras situações o caso da Universidade Nacional Autônoma de Honduras, onde o setor do ensino a distância nutre toda a Universidade de materiais para os cursos presenciais.

A dinâmica própria das transformações tecnológicas atuais, que devem ser incorporadas rapidamente pelas empresas produtivas e do setor serviços, bem como a sofisticação e o requerimento de agilidade no trato de informações, como também a necessária qualificação para o trato de um mercado consumidor mais exigente, fará com que grandes empresas e conglomerados sejam forçados a adotar procedimentos de formação, qualificação e capacitação de pessoal, que atendam a requisitos de celeridade e custo, que somente o ensino a distância poderá realizar.

No que diz respeito aos serviços públicos, já se observa a necessidade de formação e atualização profissional de servidores em quantidade e com características de dispersão geográfica que irão exigir a implantação de sistemas adaptados de educação a distância que atendam aos reclamos da população por melhores e mais ágeis serviços públicos de qualidade.

A introdução cada vez maior de elementos tecnológicos e científicos nos mais variados campos da ação humana, incluindo se o serviço público, exige a atualização de procedimentos de trabalho em velocidade que o ensino formal não consegue acompanhar.

Ademais, a veloz transformação tecnológica que a microinformática está processando, como o aparecimento de equipamentos mais rápidos, com maior confiabilidade e capacidade de processamento, aliado ao fato de estarem sendo colocadas à disposição do público linguagens interativas, fará do microcomputador um instrumento indispensável à formação e capacitação de pessoal, utilizando processos de multimídia, com a interação de bancos de dados muito poderosos, capazes de fornecer aos educadores instrumentos eficientes e céleres de comunicação de duplavia com os alunos, e proporcionando maior liberdade no manuseio de materiais autoinstrucionais amigáveis (CBT de 3a. geração, quer sejam produzidos para aplicações multimídias, quer sejam aplicativos que são gerados a partir de módulos integrados por programas especialistas que se utilizam de inteligência artificiallA).

O desenvolvimento no Brasil de modernos meios de comunicação de dados, a partir dos investimentos que estão sendo feitos pela TELEBRÁS e pela EMBRATEL, fará com que as organizações governamentais e não governamentais possam copatrocinar, com as empresas privadas, a formação de bancos de dados de utilização múltipla que sirvam de suporte a projetos que objetivem a redução dos custos de preparação de materiais instrucionais e educativos.

Estas são tendências que já se observam em vários países, onde os grandes estabelecimentos bancários estão optando pelo ensino a distância como modalidade por excelência para a formação de seu pessoal. O mesmo já ocorre com as empresas aéreas e organismos militares. Empresas produtivas, com várias unidades de produção espalhadas pelo mundo, estão se servindo de projetos de ensino a distância de pequena e larga escala (dependendo do custo e impacto para a escolha da escala), para a melhoria da produtividade do trabalho de seus empregados. Todos descobrindo, como os japoneses e alemães, que o custo de formação de mãodeobra, bem administrado, se transforma rapidamente em lucros crescentes, via a elevação da produtividade geral do trabalho.

Mas é importante observar que o ensino a distância não é necessariamente sinônimo de sofisticação tecnológica. Ela pode ser desenvolvida a partir de meios econômicos e populares. De fato, as modernas tecnologias somente passam a ser instrumento adequado do ensino a distância quando ganham dimensão econômica de massa.

Nesse sentido, é importante observarse a oportunidade do ensino a distância não somente para a preparação profissional daqueles que já estão no mercado formal de trabalho, como, nos casos de desemprego elevado, principalmente uma forma de treinamento em massa de milhares de desempregados.

Como forma integradora de parcelas da sociedade, o ensino o a distância pode ser empregada para a formação e atualização de contingentes populacionais com pouca escolaridade mas grande experiência de vida, adaptandose às múltiplas realidades dessas pessoas e buscando, inclusive, transformálas em cidadãos ativos na sociedade.

A pouca familiaridade desses cidadãos, como é notório no Brasil, com a leitura não pode ser vista como impedimento do ensino a distância, mas sim como dificuldade a ser vencida. Que pode muito bem ser vencida.

Capacitação e atualização de professores apesar de inscrever-se no item acima merece destaque, no caso brasileiro, esta questão, dadas as características de nossos quadros de professores, notadamente aqueles responsáveis pela educação de crianças e jovens que se encontram em nossas escolas tentando concluir o ensino básico. Contudo, é importante salientar, que não bastam programas esporádicos de formação de professores para que o problema da capacitação para o magistério seja minimizado. Há necessidade de promoverse ações integradas e permanentes, envolvendo as capacidades locais e as instituições sociais.

Contudo, mesmo que exista uma grande deficiência na qualificação técnica dos professores, não recomendamos que os projetos de treinamento do professorado tenham por base somente a especialização técnica particular dos professores, isso pode ser muito melhor atingido se o eixo dos processos de ensino for a construção da cidadania.

Educação aberta e continuada por meio do ensino a distância é possível promoverse a proliferação de experiências de grande alcance social, como já foi abordado anteriormente, para a formação cultural da nacionalidade, dando acesso à educação a grandes contingentes afastados das instituições formais de ensino, ou que têm dificuldade de acesso a elas. Cursos sobre saúde, ecologia, tecnologia e artes podem ser veículos muito importantes para a integração social de grandes parcelas da população, principalmente se forem respeitadas as formas comunitárias de organização social e as instituições da sociedade civil.

O ensino a distância poderia estar sendo muito bem desenvolvida no Brasil em regimes de cooperação entre o Estado e a sociedade, para a disseminação de conhecimentos básicos e operativos, para a prevenção da AIDS/SIDA, para o conhecimento de técnicas e métodos de higiene e saneamento comunitário, organização espacial urbana, capacitação massiva para a formação de empresas autogestionárias, entre outros.

Educação para a cidadania um conjunto significativo de ações educativas podem ser levadas a termo com o ensino a distância, transformando processos cívicos obrigatórios por lei em processos realmente participativos e conscientes. Temas fundamentais da existência contemporânea de nossa sociedade podem, e devem, ser tratados de forma sistemática através de cursos, ou meios educativos sistemáticos, capazes de elevar o nível de participação responsável da sociedade no processo de construção da nacionalidade. A integração das organizações da sociedade civil com os movimentos populares certamente produzirá frutos fundamentais, apoiados por procedimentos educativos a distância.

Nesse caso inscrevemse os cursos dirigidos à segmentos definidos da sociedade, que carecem muito de informação e de formação, para atuarem concretamente na sociedade, como cursos de formação sindical, cursos de cidadania, cursos de prevenção de doenças, organização comunitária, organização social, formação política etc.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação no Brasil, editada em 20 de dezembro de 1996 (Lei n° 9.394/96), era restrito ao ensino médio, secundário e profissionalizante. A nova lei, ao regrar as modalidades de ensino presencial e a distância, estendeu esta última a todas as áreas e níveis de ensino e de educação continuada (art 80, caput). No entanto, as instituições de ensino estabelecidas ou ministrando aulas no Brasil, estão sujeitas ao credenciamento para ofertarem seus cursos, sobretudo a distância (Resolução Nº 01/ MEC – de 28 de fevereiro de 1997). Esta exigência não alcança as instituições estrangeiras, na sua origem, isto é, quanto a certificação e validade jurídica, porquanto esta decorre da soberania do país onde está situada. Aliás, esse princípio é o vigente no Brasil, cuja lei de Introdução do Código Civil diz claramente que:

“Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituírem.

§1°. Não poderão, entretanto, ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos antes de serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira.”

Neste particular, reside um aspecto de importância vital, o de saber-se da legalidade da instituição estrangeira, isto é, se está constituída conforme a lei de seu país de origem.

Acrescenta-se para clareza dos fatos que esta Resolução (Nº 01/MEC – Fev. 97) não se aplica a Universidades, instalada, emitindo diplomas ou ministrando aulas no Brasil.


Diplomas Estrangeiros no Brasil

Os Diplomas de Graduação, expedidos por Universidades estrangeiras, deverão, para terem validade jurídica no território nacional, como prova de formação, ser revalidados por Universidades Públicas que tenham curso no mesmo nível e área ou equivalente, sempre respeitando os acordos culturais internacionais de reciprocidade ou equiparação, assinados pelo Ministério das Relações Exteriores com os países conveniados. Já os Diplomas de Pós-Graduação só poderão ser reconhecidos por Universidades Brasileiras (Públicas ou Particulares), que possuam cursos no mesmo nível, reconhecidos e avaliados, na mesma área de conhecimento ou afins e em nível equivalente ou superior, conforme situações explicitadas nos §2° e §3° do art. 48 da Lei 9.394/96, respectivamente.

O Decreto Federal 2.494, de 10.02.98, ao regulamentar o art. 80 da Lei 9.394/96, isto é, os programas de educação a distância e de educação continuada, estabelece no seu art.6°, in verbis:

“Os certificados e diplomas de cursos a distância emitidos por instituições estrangeiras, mesmo quando realizados em cooperação com instituições sediadas no Brasil, com vista a aplicabilidade acadêmica ou no serviço público, deverão ser revalidados para gerarem efeitos legais, de acordo com as normas vigentes para o ensino presencial.”

O mesmo decreto examinado, no art.2°, §1°, excepciona quanto aos programas de Mestrado e Doutorado, in verbis:

“Art.2º (…)

§1°. A oferta de programas de mestrado e doutorado na modalidade a distância será objeto de regulamentação específica.”

Portanto, conforme a redação do próprio decreto mencionado, aguardar-se-á regulamentação específica para os cursos de mestrado e doutorado na modalidade de ensino a distância, ficando, porém, vigente o que menciona o §3° do art.48 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação no Brasil, oportunizando o reconhecimento do diploma estrangeiro. Uma regulamentação específica é a normatização da lei e não respaldam modificações que queiram implantar, para transformar ou mascarar a lei já estabelecida.

Nos USA, os diplomas, certificados e demais documentos emitidos pelas Universidades americanas sujeitam-se, para exame da validade jurídica no exterior, além das prescrições legais dos países interessados, ao registro e reconhecimento consular destes.

Visando a oportunização da revalidação ou do reconhecimento, as Universidades americanas prestam o serviço de registro e autentificação de seus Diplomas e Certificados no Ministério das Relações Exteriores representado pelo Serviço Consular da Embaixada Brasileira nos USA, o qual isenta, por lei, reconhecimentos de firmas ou autenticações nos Estados Unidos (Notary Public) ou no Brasil (cartórios). Este serviço, mesmo importante, prestado pela Universidade, é opcional ao estudante, mas quando efetuado, o estudante deve atender aos custos básicos programados.

Conforme as leis brasileiras, quaisquer documentos redigidos em língua estrangeira, para possuírem validade nacional, deverão ter tradução juramentada, portanto deve o estudante buscar as formas de obtenção da tradução exigida, procurando obedecer todas as determinações que se fazem necessárias no caminho de atender a Lei. Orientações serão dadas pelo Procurador da universidade americana. A universidade americana poderá, se desejar, com validade, emitir qualquer documentação na língua de origem do estudante.

Os Diplomas e certificados, quando reconhecidos ou revalidados pelas Universidades brasileiras, dentro da lei, ou, apenas registrados, conforme acordos culturais internacionais atuais, terão validade em todo o território brasileiro, podendo seus possuidores atuar tanto profissionalmente, registrando-se em suas Entidades de Classe, quanto, academicamente, nas instituições de ensino, além de participar de provas de acesso a Ordens brasileiras, conforme Estatutos específicos.

A universidade americana não pode interferir diretamente no processo de requerimento de revalidações ou reconhecimentos, junto às Universidades brasileiras, nem mesmo tomar providências pelo cidadão brasileiro, sendo esta providência pessoal ou através de representante legal constituído em seu país. A universidade americana estará sempre disposta a fornecer orientações e informações sobre o assunto. O Procurador da universidade americana, brasileiro nato, se sentirá honrado em prestigiar um brasileiro, provendo-o de orientações importantes para a solução destes asuntos e no seu desenvolvimento moral e educacional.

A universidade americana sugerirá, também, ao estudante, a busca do apoio da ABEA – Associação Brasileira de Ex-alunos da AWU/USA, que através de seu Departamentos Jurídico, Social e Científico poderá representá-lo em todos os aspectos relevantes que os casos venham requerer, além de Escritórios Jurídicos com domínio pleno do assunto.

Universidades Americanas

Nos Estados Unidos a legislação educacional difere, acentuadamente, da legislação aplicada no Brasil. As Universidades americanas são totalmente autônomas, portanto não são subordinadas, obrigatoriamente, a órgãos do governo ou Associações diversas. Somente as Universidades que recebem verba pública são oficialmente catalogadas em publicações do governo americano, não desautorizando com isto as milhares de outras instituições não constantes destas relações. As Universidades americanas são livres para decidirem a aceitação de diplomas e certificados de outras Universidades na continuidade de seus estudos.

Há portanto mais liberdade, mas com o cumprimento da total responsabilidade, sob pena das leis sérias, atuantes e aplicadas com vigor.

Um certo número de Universidades, Faculdades e Instituições não-superiores de ensino a distância é credenciado e associado a Distance Education and Training Council (DETC), que tem certa credibilidade junto ao governo dos Estados Unidos, caracterizando-se como uma instituição de accreditation dos Estados Unidos, entre muitas outras existentes, legais e com a mesma credibilidade.

A vinculação associativa das Instituições Universitárias americanas ao DETC não é obrigatória. Nos EUA existem mais de 3.000 (três mil) Instituições de Ensino Superior, de projeção e a maioria não está vinculada ao DETC. As que não estão associadas ao DETC não deixaram de ser legítimas, autorizadas e competentes para continuarem a oferecer seus programas de ensino nacional e internacional.

Algumas associações não-governamentais mantém credenciamento de Faculdades e Universidades, julgando suas capacidades acadêmicas, quanto a qualidade de ensino oferecido. É o caso da World Association of Universities and Colleges (WAUC), que, desde 1992, desenvolve este trabalho, não apenas nos Estados Unidos, mas ao redor do mundo, credenciando Universidades que oferecem educação superior, através do ensino a distância, entre elas a AWU.

Outra característica das Universidades americanas é que seus diplomas não têm o reconhecimento em todo território americano, mas somente nos seus estados e nos estados que mantém acordos educacionais ou similares, ficando o profissional responsável por reconhecer seu diploma, também em outro estado que lhe convier.

A grande diferença é que, nos Estados Unidos, há respeitabilidade constitucional completa e também entre as Instituições e aos documentos emitidos, principalmente em nível superior.

Vale lembrar que o conhecimento e o título adquirido no exercício de suas atividades acadêmicas, sejam elas no Brasil ou em outro país, fazem parte do patrimônio cultural do indivíduo, portanto não existe lei que impeça de utilizá-los em beneficio próprio ou da sociedade.

4.4. Como são feitas as Avaliações

A forma de avaliação é acompanhamento de um curso oferecido via Internet é bem simples, sendo que esta fica a critério é criatividade de cada um, cito apenas algumas informações. Devemos nos preocupar com o objetivo do curso, pois se este deve oferecer no final um certificado de conclusão ao aluno, devemos pois criar mecanismos de avaliação durante e ao final do curso, sendo que se este certificado for reconhecido por órgãos de competência, o aluno deverá realizar pelo menos uma avaliação (preferencialmente no final) em corpo presente, isto devido a legislação brasileira.

Os mecanismos de avaliação podem ser dos mais diversos tipos, dependendo do nível de implementação do curso oferecido, sendo que poderá ser desde um questionário respondido via e-mail até testes on-line com resultado instantâneos.

Com relação a integridade, ou seja, a confiabilidade da avaliação, a qual muitos não acham de total credibilidade, esta fica por conta de quem construiu a avaliação. Não podemos criticar o ensino a distância simplesmente pelo fato do aluno não estar de corpo presente para ser avaliado, alegações como “cola” ou respostas em grupo não tem nenhum sentido, pois a avaliação pode ser dinâmica oferecendo questões diferentes a cada um dos participantes e com nível de profundidade na disciplina que só quem realmente realizou o curso poderá responder, além do seu tempo de resposta poder até ser cronometrado.

Uma forma de garantir a validade e qualidade do certificado oferecido ao final do curso, é a realização de um rigoroso acompanhamento, da mesma forma que ocorre em um curso convencional, ou seja, acompanhamento de presença, trabalhos, participação em grupos de debate, etc. Todo este tipo de acompanhamento pode e deve ser realizado para que o curso oferecido possa transmitir ao mercado um comprometimento com a seriedade e qualidade do ensino proposto, pois se não houver um comprometimento do aluno este será reprovado (o que não é o objetivo de nenhum curso, por isso a necessidade do acompanhamento) ou apenas não receberá o certificado de conclusão.

Avaliações geralmente feitas pelas Universidades

Eleita, pelas Universidades, como objetivo principal do ensino de seus cursos, a pesquisa é a forma de aprendizado qualitativa, que mais se adapta ao modelo de ensino a distância. Com isso, o desenvolvimento e a confecção dos trabalhos acadêmicos, para avaliação de conhecimentos em cada disciplina, se desenvolve através de um Artigo Científico e de uma Síntese do Livro Didático principal, resultantes sempre da combinação de leitura e pesquisa.

O Artigo Científico é a forma de pesquisa em que o estudante, após a leitura do livro didático para uma disciplina, estabelece um tema específico ao assunto abordado, e, utilizando, opcionalmente, fontes alternativas de pesquisa, demonstra o conhecimento adquirido quanto ao tema escolhido, obedecendo critérios de formatação e redação para sua realização qualitativa.

A Síntese do Livro Didático principal busca qualificar e aperfeiçoar a leitura e a forma de escrever, verificando o aprendizado geral de cada disciplina.

A avaliação final da disciplina será a média ponderada entre a avaliação do artigo científico e a avaliação da síntese do livro didático principal, devendo, o estudante, entregar os dois trabalhos, simultaneamente. As avaliações de disciplinas são aplicadas em todos os cursos de Graduação e Pós-Graduação (Especialização, Mestrado e Doutorado), respeitados os respectivos níveis de qualificação.

Período de Entrega de Trabalhos para a Avaliação de Disciplinas

Os trabalhos científicos para avaliação de disciplinas dos cursos, tanto de Graduação, quanto de Pós-Graduação devem ser entregues em períodos mínimos preestabelecidos,caracterizada pela dinâmica de cada estudante, que são :

  • Curso Prazo Mínimo
  • Graduação 1 Trabalho a cada 60 dias
  • Lato Sensu 1 Trabalho a cada 45 dias
  • Mestrado 1 Trabalho a cada 75 dias
  • Doutorado 1 Trabalho a cada 75 dias
  • Livre Docência e Pós-Doutorado Não é exigido Trabalho

Obs.: O atendimento aos prazos dependerá da dinâmica e da flexibilidade do estudante no controle das suas atividades pessoais, profissionais, sociais e educacionais. Não há rigidez no cumprimento destes prazos, servindo como parâmetros de sua produtividade, dentro do período mínimo de término do curso.
4.5. Material de Apoio

A base de sustentação para as atividades de estudo e pesquisa é a leitura. Portanto, as disciplinas dos cursos superiores, foram todas baseadas e apoiadas em livros técnicos e didáticos, promovendo, em caráter obrigatório, a consulta pelo estudante em seus momentos de estudo.

Ao mesmo tempo, sempre quando necessário, será indicada referência bibliográfica auxiliar para o desenvolvimento de assuntos aprofundados, sem descartar a obrigatoriedade do livro didático principal indicado.

Vale lembrar que toda bibliografia, principalmente a obrigatória, será baseada em livros de autores brasileiros ou estrangeiros, editados em língua portuguesa. Indicações editadas em inglês poderão existir somente quando o livro pertencer a uma indicação auxiliar, considerando sua aquisição opcional.

A leitura completa, interessada e destacada em seus pontos mais importantes é indispensável ao aproveitamento objetivado do curso escolhido, inclusive porque a síntese dos livros é exigida para avaliação das disciplinas.


4.6. Legislação Educacional

No dia 11 de fevereiro de 1998, o Diário Oficial da União publicava o Decreto nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, regulamentando o Art. 80 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Basicamente, na Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, é o Art. 80, no Título VIII: Das Disposições Gerais que contém as determinações sobre o Ensino/Educação a Distância. que são as seguintes:

a) o Poder Público deve incentivar o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância;

b) o ensino a distância desenvolve-se em todos o níveis e modalidades de ensino e de educação continuada;

c) a educação a distância organiza-se com abertura e regime especiais;

d) a educação a distância será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União;

e) caberá à União regulamentar requisitos para realização de exames; para registro de diplomas relativos a cursos de educação a distância;

f) caberá aos sistemas de ensino normatizar a produção, controle e avaliação de programas e autorizar sua implementação;

g) poderá haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas;

h) a educação a distância terá tratamento diferenciado, que incluirá: custos reduzidos na transmissão por rádio e televisão; concessão de canais exclusivamente educativos; tempo mínimo gratuito para o Poder Público, em canais comerciais.

Em outros artigos, encontramos menção à educação a distância, como :

a) no Art. 32, § 4º, o Legislador, determina que o ensino fundamental seja presencial, limitando a utilização do ensino a distância, neste nível, a dois casos: complementação da aprendizagem e situações emergenciais

b) menciona, ainda, explicitamente a educação a distância no Art. 47 § 3º, quando trata do ensino superior, isentando professores e alunos da freqüência obrigatória nos programas de educação a distância.

c) finalmente, podemos indicar uma referência implícita à educação a distância no Art. 37 § 1º quando, ao tratar da educação de jovens e adultos, estabelece que “Os sistemas de ensino assegurarão … oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames“.

O Decreto nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998 (D.O.U. 11/02/98, seção 1, pág. 1), como diz sua própria ementa, “regulamenta o Art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e dá outras providências”. Sua publicação já define alguns pontos, bastante claros e de imediata aplicação. Citemos alguns:

a) conceituação de educação a distância como:

  • “uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem”
  • “com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados”
  • “apresentados em diferentes suportes de informação”
  • “utilizados isoladamente ou combinados”
  • “e veiculados pelos diversos meios de comunicação” (Art. 1º, caput); (2)

b) regime especial é expresso como “flexibilidade de requisitos para admissão, horário e duração, sem prejuízo, quando for o caso, dos objetivos e das diretrizes curriculares fixadas nacionalmente” (Art.1º, Parág. Único);(3)

c) somente “instituições públicas ou privadas especificamente credenciadas para esse fim” (Art. 2º, caput) podem oferecer cursos a distância que conferem certificado ou diploma de conclusão:

  • de ensino fundamental para jovens e adultos,
  • do ensino médio,
  • da educação profissional, observando legislação específica (§ 3º)
  • de graduação, observando legislação específica (§ 3º)

[a oferta de programas de mestrado e de doutorado na modalidade a distância será objeto de regulamentação específica] (Art. 2º, § 1º)

d) promoção dos atos de credenciamento de instituições está delegado:

  • ao Ministro de Estado da Educação e do Desporto:
  • instituições vinculadas ao sistema federal de ensino
  • instituições de educação profissional e de ensino superior dos demais sistemas (Art. 11);
  • às autoridades integrantes dos demais sistemas de ensino:
  • instituições localizadas no âmbito de suas respectivas atribuições, para oferta de cursos, em EAD
  • para jovens e adultos
  • de ensino médio (Art. 12);

e) o prazo de credenciamento das instituições e de autorização dos cursos será limitado a cinco anos, podendo ser renovado após avaliação (Art. 2º, § 4º);

“a falta de atendimento aos padrões de qualidade ( a serem definidos em ato próprio de Ministro ) e a ocorrência de irregularidade de qualquer ordem serão objeto de diligência, sindicância e, se for o caso, de processo administrativo que vise a apurá-los, sustando-se, de imediato, a tramitação de pleitos de interesse da instituição, podendo ainda acarretar-lhe o descredenciamento” (Art. 2º, §6º)

f) período de adaptação para cumprimento das exigências do Decreto, em relação às instituições que já oferecem cursos a distância: 1 (um) ano (até 11 de fevereiro de 1999);

g)icertificados e diplomas obtidos em cursos de EAD, em instituições estrangeiras (mesmo conveniadas com instituições brasileiras), “deverão ser revalidados para gerarem efeitos legais, de acordo com as normas vigentes para o ensino presencial” (Art. 6º);

h)”avaliação do rendimento do aluno para fins de promoção, certificação ou diplomação” (Art. 7º):

no processo, por meio de exames presenciais que “deverão avaliar competências descritas nas diretrizes curriculares nacionais, quando for o caso, bem como conteúdos e habilidades que cada curso se propõe a desenvolver” (Art. 7º, Parág. Único)

  • de responsabilidade da instituição credenciada para realizar o curso
  • segundo procedimentos e critérios definidos no projeto autorizado.

i) credenciamento de instituições “exclusivamente para realização de exames finais” (Art. 8º)

nos níveis fundamental para jovens e adultos, médio e educação profissional (4)

nas seguintes condições:

  • “construção e manutenção de banco de itens que será objeto de avaliação” (Art. 8º, § 1º)(5)
  • exames para educação profissional “devem contemplar conhecimentos práticos, avaliados em ambientes apropriados” (idem, § 2º) admitido convênio ou parceria com outras instituições, inclusive empresas, “adequadamente aparelhadas”

j) a divulgação periódica do elenco das instituições credenciadas e dos cursos autorizados será feito pelo poder público (Art. 9º).

Entretanto, o Decreto ainda não é suficiente para preencher a agenda das instituições que já desenvolvem – ou têm a intenção de desenvolver – programas de EAD. Isto porque há itens fundamentais, cuja definição está sendo remetida para regulamentações mais específicas, de alçada do Ministro de Estado da Educação e do Desporto, a saber:

a)o credenciamento institucional, obedecerá a “exigências a serem estabelecidas em ato próprio” do Ministro de Estado (Art. 2º, caput);

b) dependem de “regulamentações a serem fixadas pelo Ministro de Estado”, tanto o credenciamento de instituições do sistema federal de ensino, quanto a autorização e reconhecimento de programas a distância de educação profissional e de graduação de qualquer sistema (Art. 2º § 2º)(6);

c) a avaliação para recredenciamento e renovação de autorização de cursos, terá seus procedimentos, critérios e indicadores de qualidade definidos em ato próprio, a ser expedido pelo Ministro de Estado (Art. 2º, § 5º).

A Educação a Distância deixa de ser, por força de sua inclusão nas Disposições Gerais da Lei 9.394/96, a esporádica freqüentadora das sessões de órgãos normativos dos sistemas de ensino dedicadas aos projetos experimentais; ou a solução paliativa (proclamada como panacéia) para atender as demandas educativas de jovens e adultos excluídos do acesso e permanência na escola regular, na idade própria; ou o alvo preferido de preconceitos à direita e à esquerda, compreensivelmente gerados tanto nos ambientes de defesa de qualidade como privilégio educacional “dos meus filhos”, quanto de desrespeito à qualidade como direito de todos e, portanto, também “dos filhos dos outros”; ou, ainda, como projetos peregrinos ao sabor de momentâneas e despóticas arbitrariedades, definindo sobre continuidades e interrupções, repasses ou cortes de verbas, manutenção ou dispersão de equipes, criação ou demolição de instituições.

É de uma estratégia de ampliação democrática do acesso à educação de qualidade, direito do cidadão e dever do Estado e da Sociedade, que os textos legais e as normas oficiais passam a tratar. Estratégia que, neste País, tem sido praticada com seriedade em uma história de acertos e erros, estes últimos em grande parte debitáveis a açodamentos, descontinuidades, sofisticações.

É verdade que a EAD, não poucas vezes, tem sido vitimada – em sua correta execução – tanto pelos prestidigitadores que, com falso e politiqueiro apreço de ocasião, erigiram-na como panacéia dos males educacionais, quanto pelos céticos que, fechando seus olhos para suas concretas possibilidades, excluem-na como solução ou – o que é pior – transformam-na numa oferta de segunda classe para dar impressão de atendimento aos excluídos de sempre.

Uma proposta de reflexão sobre o tema da Educação à Distância, no Brasil, inscreve-se na responsabilidade de influir na construção coletiva da educação que precisamos e queremos, onde os princípios fixados no Artigo 206 da Constituição, se erigem como fundamentos. A EAD é, por todos os títulos e modos, a mesma educação de que sempre tratamos e que sempre concebemos como direito preliminar de cidadania, dever prioritário do Estado Democrático, política pública básica e obrigatória para ação de qualquer nível de governo, conteúdo e forma do exercício profissional de educadores. A Educação à Distância sempre deverá ser considerada no contexto da Educação e, portanto, como a Educação, necessariamente vinculada ao contexto histórico, político e social em que se realiza como prática social de natureza culturalA Educação à Distância de modo algum pode ser concebida como um distanciamento da Educação.

Concebendo a EAD como modo de realizar a educação, como esta, ela também pressupõe, radicalmente, um ato imanente à pessoa que se educa. Esta pessoa, entretanto, necessariamente está em relação com o outro. A relação interpessoal é, portanto, tão essencial à educação quanto o é para o social. Qualquer análise mais profunda da relação pedagógica vai mostrar que sua vivência se completa em um projeto de transformação e participação. Um projeto que, em verdade são dois: o do educando e o do educador. E que se articulam em um projeto comum no contexto de uma sociedade, onde se objetiva, toma formas concretas, precisas e sucessivas. É neste sentido que o projeto educativo não tende, apenas, para um futuro individual, mas se dirige, também e principalmente para um futuro da sociedade. Em última análise, o projeto individual se confunde com o projeto coletivo, a ponto de não poder existir sem ele. Estes são os fundamentos da educação, da qual a educação a distância é uma modalidade de realização.

A EAD, portanto, como estratégia de ampliação das possibilidades de acesso à educação deve aprofundar o compromisso do Projeto Pedagógico com o Projeto Histórico, Político e Cultural da Sociedade.

Para exercer este papel, a EAD não pode ser concebida, apenas, como um sucedâneo da educação presencial. Por isso sua função social não se restringe a promover a ampliação do número dos que têm acesso à educação. Esta é, certamente, uma importante característica da EAD e que muito contribui na definição de seu papel social.

Mas é, sobretudo, como instrumento de qualificação do processo pedagógico e do serviço educacional, que a EAD traz uma fundamental contribuição. Bastam duas menções para confirmar esta afirmação. Sua utilização para a capacitação e atualização dos profissionais da educação e a formação e especialização em novas ocupações e profissões. Esta, sem dúvida, foi uma das mais ponderáveis razões do crescimento desta modalidade de ensino nos níveis médio e superior. Além disso, a EAD, por suas próprias características, se constitui em canal privilegiado de interação com as manifestações do desenvolvimento científico e tecnológico no campo das comunicações.

É preciso, porém, ter muita clareza sobre as condições de ter a EAD como alternativa de democratização do ensino. As questões educacionais não se resolvem pela simples aplicação técnica e tecnocrática de um sofisticado sistema de comunicação, num processo de “modernização cosmética”. Não nos serve – como a ninguém serve – qualquer tipo de educação à distância.

Sob o ponto de vista social, a EAD, como qualquer forma de educação, não apenas deve pretender ser, mas precisa concretamente realizar-se como uma prática social significativa e conseqüente em relação aos princípios filosóficos de qualquer projeto pedagógico: a busca da autonomia, o respeito à liberdade e à razão.


4.7. Como são feitos os Estudos no Ensino a Distância

Os estudos no ensino a distãncia são feitos através de:

  • correio eletrônico básico;
  • correio eletrônico para lições baseadas em texto, tutorial on-line e envio de tarefas;
  • listserver ou outro ambiente de conferência para discussão em classe e círculos de aprendizagem;
  • tutoriais baseados na Web em formato impresso ou em multimídia;
  • tutoriais que podem ser baixados na forma de arquivos de texto, .pdf ou multimídia;
  • discussões, interativas em tempo real ou simulações utilizando MOOs, PowWow ou outra tecnologia de chat;
  • tecnologias streaming – áudio ou vídeo para oferecer conferência s e demonstrações;
  • videoconferência CU-SeeMe – para colaboração e interatividade.

Além dessas tecnologias individuais, normalmente utilizadas para ensino a distância, diversos produtos, como Lotus Learning Space, TopClass e WebCT da University of British Columbia, tentam fornecer um ambiente completo para ministração de curso e aprendizagem colaborativa.

Utilizando esses ambientes, os alunos podem acessar lições e recursos complementares que podem ser apresentados em uma grande variedade de mídias diferentes; eles também podem interagir com um instrutor e com outros alunos e compartilhar seus trabalhos. Alguns produtos também monitoram o progresso do aluno e testam seu desempenho e os níveis de participação em discussões de grupo.


4.8. Perguntas e Respostas dadas sobre o Ensino a Distância

Mesmo após a leitura de todos os segmentos deste Site, dúvidas ainda surgem pela falta de conhecimento pleno dos interessados, inclusive e principalmente de órgãos educacionais e diretivos, sobre a legislação pertinente, portanto devem ser esclarecidas com um pouco mais de detalhes.

1. A universidade americana necessita de autorização de algum órgão do Brasil diretivo da educação para oferecimento de seus cursos a cidadãos brasileiros interessados?

Logicamente que não! Sendo uma instituição de ensino superior americana, não instalada, nem ministrando aulas no Brasil, muito menos emitindo diplomas no Brasil, independe de quaisquer autorizações, por parte de órgãos diretivos brasileiros (Poder Público) para funcionamento em seu próprio país, os Estados Unidos da América.

Este posicionamento é também tomado pelos órgãos diretivos da educação no Brasil, que reconhecem que qualquer instituição estrangeira, que funciona em seu próprio país e emite diplomas no exterior, não é cabível de autorização, já que encontra-se sediada fora do território brasileiro. Estes esclarecimentos são baseados em documento oficiais emitidos por estes mesmos órgãos.

A universidade americana que oferece os seus cursos nos USA, diretamente dos USA, como o fazem muitas outras Universidades na Europa e na própria América do Sul. A exigência de autorização do Poder Público para funcionar no Brasil, só teria cabimento, caso a universidade americana ou qualquer outra universidade estrangeira tivesse a intenção de ter no Brasil, filiais, agências ou estabelecimentos de ensino.

No Brasil, foi divulgada a Resolução nº 01 / CNE-MEC, de fevereiro de 1997, a qual diz que “não serão revalidados ou reconhecidos diplomas de graduação e pós-graduação provenientes do ensino a distância, emitidos por universidades estrangeiras”, sendo importante ratificar-se que o mesmo texto, mesma oração, entre vírgulas, está grafado: “através de cursos ministrados no Brasil”.

2. A revalidação ou reconhecimento é obrigatório para o diploma estrangeiro ter validade jurídica no Brasil?

Vale lembrar que todo diploma emitido por uma instituição de ensino que goze da legalidade em seu país, prova o título conquistado por seu possuidor e ninguém pode lhe retirar ou contestar sua diplomação e seus conhecimentos adquiridos, os quais incorporam-se ao patrimônio subjetivo do indivíduo.

A validade jurídica, no Brasil, pressupõe a observância da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, já mencionada. No caso dos diplomas e certificados emitidos por uma Universidade estrangeira, há de observar-se as características abaixo:

a) Diploma de Graduação – Por se tratar de definição do exercício profissional, a revalidação do diploma de graduação torna-se obrigatória em uma Universidade Pública, inclusive para se obter o registro profissional no seus conselhos e ordens inerentes, utilização específica de trabalho na área do serviço público e desenvolvimento do exercício profissional, além de comprovação de titulo em concurso público, respeitados os acordos internacionais;

b) Diploma de Pós-Graduação – O reconhecimento de diplomas de pós-graduação (lato sensu, mestrado e doutorado) é obrigatório quanto a necessidade do desempenho de funções de docência no ensino superior e quanto a reposicionamento na escala de categoria funcional no serviço público. O reconhecimento é dispensável, quanto ao uso empresarial, cabendo tão somente a empresa reconhecer e aceitar o titulo apresentado e ainda quanto aos acordos internacionais;

c) Registro de Diplomas – Qualquer diploma revalidado, reconhecido ou aceito, conforme acordos culturais, para possuir validade em todo território brasileiro, deverá ser registrado em Universidade brasileira, pois sem o devido registro não há direito subjetivo, mas apenas tolerância.

3. É garantida por uma universidade americana a revalidação ou reconhecimento de seus diplomas no Brasil?

Nenhuma instituição de ensino ou instituição de registro profissional nacional ou estrangeira pode garantir ou restringir a revalidação, reconhecimento ou registro de diplomas. A garantia é assegurada pela lei brasileira e suas regulamentações, ao referir-se sobre as condições de reconhecimento, registro e validade de diplomas estrangeiros no Brasil.

Poder-se-ia dizer, em outras palavras, que cada país é soberano para governar-se através de suas próprias leis ou ainda, que a validade da lei de um país limita-se à sua soberania.

Encontramos restrições a modalidade de ensino a distância ministrado por instituições estrangeiras no Brasil, enquanto não credenciadas pelo Poder Público Brasileiro, quando incorrerem nas hipóteses do parágrafo primeiro do art.11 da Lei de Introdução ao Código Civil ut retro), onde não se enquadra nossa Universidade, por não estar instalada, nem ministrar aulas no Brasil.

Para a sustentação das revalidações e/ou reconhecimentos, além do cumprimento legal, é também exigida a compatibilidade acadêmica da titulação do curso oferecido dentro da área educacional brasileira. Todas estas circunstâncias foram previstas pela Universidade americana, quanto ao planejamento dos cursos e equivalência das disciplinas e conteúdos oferecidos a cidadão brasileiro, reconhecendo a liberdade das grades definidas nos parâmetros curriculares brasileiros. Deve-se observar que o diploma obtido em Universidades estrangeiras terão suas revalidações ou reconhecimentos efetuados somente por Universidades Brasileiras e não por quaisquer outros órgãos diretivos educacionais.

4. Qual o tempo de duração do processo de revalidação ou reconhecimento de um diploma nas Universidades brasileiras?

Depende da organização e estrutura acadêmica atual da Universidade, onde se apresentar o requerimento específico e os documentos completos exigidos.

O procedimento de registro de diplomas brasileiros do ensino presencial tradicional foi amplamente facilitado pela nova LDB, podendo, atualmente, ser feito pela própria Universidade brasileira emissora, criando assim condições favoráveis para o funcionamento da estrutura interna de revalidação ou reconhecimento dos diplomas estrangeiros de cidadãos brasileiros.

Ressalta-se que, com as recentes leis e regulamentações, as Universidades brasileiras estão em fase de reestruturação de seus departamentos que lidam com as questões em pauta.

A experiência nos orienta informar que os processos anteriores tinham a duração média de 08 meses, após a entrada do requerimento e cumprimento das exigências básicas. Reconhece-se que neste período atual, as Universidades responsáveis pelos registros nacionais estão com suas responsabilidades acumuladas, gerando prazos diferenciados, inclusive para revalidações e reconhecimentos. Sugere-se, sempre, requerer seus protocolos de requerimento de reconhecimento ou revalidação.

5. Como se realizava uma revalidação ou reconhecimento de diplomas estrangeiros antes da atual LDB?

Os novos procedimentos acadêmicos e administrativos de revalidação ou reconhecimento de diplomas estrangeiros, no Brasil, ainda são aguardados em regulamentação especifica, mas não devem diferir radicalmente ou desrespeitar, no que diz respeito às exigências legais anteriormente estabelecidas.

A AWU se compromete, mesmo não podendo representar, oficialmente, o estudante, a orientá-lo, sobre todos os aspectos, para oportunizar o deferimento de seu requerimento de revalidação ou reconhecimento em Universidades Brasileiras.

A relação de documentos, normalmente, exigidos (existem ligeiros diferenciamentos de uma instituição para outra) era, anteriormente a nova LDB, basicamente, a seguinte:

a) Diploma estrangeiro com respectivo Histórico Escolar – cópia autenticada no Serviço Consular da Embaixada Brasileira nos Estados Unidos;

b) Cópia do Trabalho Cientifico Final (Dissertação ou Tese);

c) Tradução, por tradutor público juramentado, para a língua portuguesa, dos documentos que estiverem em inglês, excetuando-se o Trabalho Científico Final;

d) Diploma do 2° grau e respectivo Histórico Escolar – cópia autenticada;

e) Diploma da Graduação e respectivo Histórico Escolar – cópia autenticada;

f) Certidão de Nascimento ou casamento – cópia autenticada;

g) Titulo de Eleitor – cópia autenticada;

h) Certificado de Reservista – cópia autenticada;

i) Requerimento de Revalidação ou Reconhecimento – modelo cedido pela Universidade (Serviço de Documentação/Registros/Autenticação, etc.);

j) Taxa Administrativa referente ao serviço de Revalidação ou Reconhecimento – (valor variável por Universidade);

A entrada do requerimento na Universidade era, e deverá continuar a ser, exclusivamente, feita pelo estudante requerente ou seu advogado.

O Procurador da universidade americana se colocará à disposição do estudante concluinte, para orientá-lo em suas providências pessoais e até mesmo, se necessário, apresentá-lo a Consultores Jurídicos competentes e experientes.

6. A universidade americana tem estudantes desenvolvendo seus estudos no Brasil?

Um exemplo é a AWU, que oferece seus cursos a residentes na América do Sul, mais precisamente a brasileiros residentes no Brasil (inclusive a residentes em dezenas de outros países em todo o mundo), desde 1996, todos oficialmente aceitos nos Estados Unidos, e já conta, atualmente, com centenas de cidadãos brasileiros matriculados em seus cursos na graduação, especialização, mestrado, doutorado, livre docência e pós-doutorado.

O atual Corpo Discente na América do Sul, principalmente no Brasil, é constituído por pessoas com alto grau de interesse em suas formações profissionais e acadêmicas, contando com a participação, inclusive de personalidades ilustres nacionais e internacionais, além de uma gama de profissionais liberais, pesquisadores e estudiosos em geral.

7. Como um estudante participa de um Estágio Supervisionado e das Atividades Práticas dos Cursos de Graduação?

No caso do Estágio supervisionado, o estudante, após ter concluído um mínimo de 75% das disciplinas exigidas em seu curso, poderá iniciar suas atividades, as quais deverão ser exercidas numa instituição particular e/ou pública, no seu país, escolhida pelo próprio estudante e que deverá oferecer estágio conforme as atividades exigidas pelo curso matriculado. A Universidade americana poderá indeferir a indicação do estudante, se não enquadrar as funções da instituição como adequadas à situação proposta.

Os Estágios supervisionados são exigidos a todos os cursos da Graduação.

8. Por que os custos dos cursos a distância das universidades americanas são mais acessíveis?

Inicialmente ratificamos que há grande acessibilidade dos interessados aos cursos de ensino a distância, devido aos custos menores.

O valor cobrado pela Universidade de ensino a distância corresponde a um valor médio de 1/2 a 1/3 do valor exercido por uma Universidade particular brasileira.

Este sistema de educação oportuniza atender um maior número de alunos, devido aos seus estudos individualizados, ultrapassando as fronteiras da sala de aula para o mundo. No ensino brasileiro presencial, além das dificuldades conhecidas, as turmas estão reduzidas nas Universidades particulares, sabendo-se que, nas Universidades públicas, a participação ainda é menor, até mesmo pelo nível das exigências das instituições, mesmo havendo grande demanda de interessados.

9. O ensino a distância tem como objetivo reduzir a demanda de estudantes do ensino presencial das Universidades Particulares brasileiras?

Não. O perfil do estudante interessado no ensino a distância é outro.

O estudante do ensino a distância, que já foi caracterizado neste Site, normalmente, não está cursando as Faculdades ou Universidades presenciais, devido suas necessidades diferentes de um estudante do ensino presencial. Não se trata tão somente de diferenciais de sistema de aulas ou de estudo, mas de uma profunda dificuldade de acessibilidade aos centros de estudos, até por falta de oferecimento de cursos, da falta de compatibilidade de horários com suas funções e compromissos profissionais, identidade e responsabilidades maiores com a família e etc.

Em todos os grandes centros mundiais onde já se solicitou a grande participação no ensino a distância, permanece inalterada a figura da Universidade particular presencial, com seus alunos, com sua credibilidade, produtividade, idoneidade e com seus resultados financeiros satisfatórios.

11. Porque alguns órgãos da educação dão informações conflitantes com a legislação tão bem explicada nestes documentos, criando situações adversas ao ensino a distância?

Esta pergunta é difícil de ter resposta adequada. Acreditamos que muitas respostas dadas a interessados sejam corretas e educativas, mas algumas vezes escutamos pessoas, nos seus vários níveis funcionais, com muita má vontade com esta nova modalidade de ensino, nivelando todos os atuantes nesta área, como se fossem “malfeitores”, “bandidos do ensino” e outros adjetivos impublicáveis. Nossa única arma é continuar escrevendo, esclarecendo, orientando, ensinando que a educação a distância é um bem para a educação de nosso país e não uma doença, como alguns querem preceituar. Nosso compromisso é continuar agindo com respeito, legalidade, competência e compromisso idôeno com aqueles que acreditam em nossos objetivos.
4.9. Abordagem dos Primeiros passos para se criar um curso

É bastante razoável entendermos que uma implementação ao nível de “perfeição” – muito sofisticada – será trabalhosa e envolveria um certo custo para que seu projeto possa atingir sucesso. Podemos porem criar implementações simples na Internet, não tão sofisticadas mais que obterão um ótimo nível na qualidade do ensino como um todo. Isto é possível pelo fato da Internet ser por sua natureza um instrumento de pesquisa e comunicação, onde todas as atividades do aluno podem ser acompanhadas e direcionadas dentro da própria Internet, o que faz com que este desperte para a pesquisa e possa por si mesmo descobrir novas informações as quais estão disponíveis na Internet, ajudando no aprendizado e fortalecendo seu conhecimento.

Um dos primeiros passos para se criar um curso com sucesso na Internet, é realizar estas perguntas a nós mesmos: O que o curso abordará ? A quem é dirigido? Qual seu objetivo final?

O que o curso abordará ? Esta pergunta é lógica, mais deve ser friamente analisada, pois se tratando de um curso a distância este deve ser o mais objetivo possível e direcionado, devemos “tomar o aluno pela mão” e conduzi-lo durante todo o curso. Um curso que englobe varias disciplinas devera tratar cada disciplina como um curso separado. Trabalhando desta forma podemos saber logo de inicio o que será necessário de recurso básico para construção do curso e o que poderemos oferecer ao aluno visando facilitar o seu aprendizado.

A quem é dirigido ? Você tem que conhecer o seu publico alvo, com base neste conhecimento você poderá então criar o layout visual e navegacional do curso. Se for um publico adulto o curso deve possuir uma dinâmica e apresentação distinta de um publico mais jovem. Por exemplo: no caso de cursos dirigidos a crianças podemos utilizar de recursos visuais personagem de historias (desenhos), já o publico adulto tem preferencia por uma riqueza visual mais sóbria e que evite desperdício de tempo para sua manipulação, visto que a nossa linha de comunicação de dados no Brasil não são de boa qualidade, evite criar algo muito carregado de imagens pois poderá comprometer o curso.

Qual seu objetivo final ? Esta pergunta é fundamental para o sucesso do curso. Você deve propor um objetivo no curso, ou seja, quando o participante terminar o curso ele estará “capacitado” em que? Ou qual conhecimento será “adquirido”. Será fornecido algum certificado na conclusão? Respostas a estas simples perguntas poderão garantir o sucesso de divulgação do curso oferecido, motivando a participação do publico a qual foi destinado.

Após responder a estas três perguntas básicas, podemos sugerir algumas receitas (também básicas) para se criar um curso via Internet. Note que o abaixo apresentado é apenas uma pequena amostra do que pode ser criado:

Implementação Simples: O curso pode ser construído baseando-se em uma apostila que será disponibilizada na Internet (no site da instituição de ensino) ou enviada via e-mail para os alunos previamente inscritos. Os alunos terão como roteiro disciplinar o conteúdo da própria apostila, podendo tirar duvidas via e-mail com o professor(es) responsável pela disciplina. Este tipo de curso pode ser chamado de “curso por correspondência on-line”, onde apenas substituímos o meio tradicional de envio de correspondência pelo serviço de e-mail da Internet. O sucesso deste modelo de curso dependerá exclusivamente da criatividade do seu elaborador que deverá explorar os recursos disponíveis de troca de correspondência eletrônica (e-mail), um exemplo é a possibilidade de direcionar trabalhos de pesquisa em grupos formados por participantes do curso o quais estão remotamente situados, isto aumenta a dinâmica do curso e faz com que exista uma integração entre os participantes proporcionando uma maior troca de informações e experiências.

Implementação Media: Pode-se criar no site da instituição de ensino, uma apostila dinâmica (on-line) o aluno poderá interagir no seu aprendizado. Esta apostila on-line é dividida em tópicos que ao final de cada é realizada uma bateria de exercícios os quais poderão inclusive ser realizados on-line na forma de testes com múltipla escolha e questionários, fornecendo no final o resultado imediato do que o participante realmente conseguiu absorver daquele tópico. Esta modelo de curso é o aprimoramento do anterior o qual deixa de ser estático e passa a ganhar uma dinâmica maior com a participação ativa do aluno sobre o material de estudo, podendo este avançar ou regredir conforme seu desempenho. Podemos enriquecer com visuais dinâmicos e atrativos e com testes que serviram, a principio, para o participante avalie o seu próprio desempenho, desta forma ele mesmo pode decidir em prosseguir ou recapitular o tópico abordado. O sucesso deste modulo depende exclusivamente da parte visual da “apostila on-line”, pois apesar de podermos criar uma interface fantástica rica em imagens (dinâmicas e estáticas) existe o problema da velocidade de transmissão de dados, por isso pense bem antes de carregar sua “apostila on-line” com animações e imagens, pois isto poderá comprometer o curso.

Implementação Sofisticada: Construção de uma verdadeira “Universidade Virtual”. Esta implementação é sem duvida a mais custosa e trabalhosa a qual envolve um projeto de médio prazo. Partindo do principio de uma “Universidade” este tipo de implementação deve ser oferecer diversos cursos em diversos níveis, fornecer um certificado de conclusão reconhecido, oferecer recursos de acompanhamento tanto para o educador quanto para o educando, oferecer material didático rico e de qualidade indiscutível fornecendo inclusive, se possível, participação em “alunas virtuais” onde o aluno poderá acompanhar aulas ministradas por um professor via Internet (com vídeo e áudio), podendo interagir nesta aula inclusive formulando perguntas. Sem duvida este é o modelo de curso que acredito todas as instituições sonham, e posso afirmar seguramente que não é impossível, pelo contrario é extremamente viável, bastando apenas a instituição de ensino possuir um link próprio para Internet, ou seja, não depender de nenhum provedor de informação ou acesso a Internet. A única dependência para este modelo é realmente a vontade de realizar da parte das instituições de ensino. Como disse antes, já existe tecnologia para realizar tal projeto, basta apenas as nossa instituições

5. Tipos de Cursos a Distância

Atualmente, mais de 2.500 cursos de ensino a distância estão disponíveis na Internet, muitos oferecidos por instituições de renome. As ofertas de cursos em universidades e faculdades on-line variam de arte barroca a cálculo, de criminologia à apicultura.

Embora o ensino a distância tenha crescido mais rapidamente no nível universitário, um número crescente de organizações está agora oferecendo cursos de nível médio on-line. Até mesmo alguns assusntos da escola básica apareceram na Internet, a maioria deles destinados a alunos em casa. Também há muitos cursos livres ou gratuítos.

A maioria dos cursos de ensino a distância oferecidos no mercado, o MEC ainda não reconhece.

Tipos de cursos que estão disponíveis na Internet:

  • Cursos em níveis de Graduação e Pós-Graduação (Especialização, Mestrado e Doutorado)
  • Curso sobre redes eletrônicas
  • Curso de Fisiologia do Mount Royal College, em Alberta
  • Curso de Ciência e Tecnologia Educacionla, na University of Twente na Holanda

Os cursos estão classificados por área.

Línguas <http://www.cglobal.pucrs.br/~greptv/bibead/cd.htm>

Saúde <http://www.cglobal.pucrs.br/~greptv/bibead/cd.htm>

Tecnologias de informação <http://www.cglobal.pucrs.br/~greptv/bibead/cd.htm>

Computação <http://www.cglobal.pucrs.br/~greptv/bibead/cd.htm>

Curso de Especialização em Informática na Educação <http://www.pucrs.br/inf/>

(Ênfase em Educação à Distância) <http://www.pucrs.br/inf/>


5.1. Objetivos dos mesmos

Preparar o profissional para atuar com competência e ética no mercado, fazendo face às exigências crescentes do setor.

Autoformação, pois a autonomia do indivíduo, no seu sentido pleno, é um compromisso de todo processo educativo.


5.2. Exemplos em Cursos

A Fundação Educacional e Cultural Padre Landell de MouraFEPLAM, que completa agora 26 anos de existência, tem origem no desenvolvimento dos movimentos de educação nãoformal da América Latina, “que buscavam melhorar as condições de vida das populações carentes” (Malheiros, 1982, p.5). “O início da Feplam foi através de programas de rádio (Colégio do Ar) e a série Aprenda pela TV(cursos profissionalizantes). As bases comunitárias são o ponto de partida e chegada da sua prática educacional” (idem, ibdem). Suas áreas de atuação são: educação geral, educação cívicosocial, educação rural e iniciação profissional.

Na área de educação geral, onde estão inscritos os cursos de alfabetização, educação básica, préescola e educação supletiva, a Feplam já beneficiou 110.703 alunos. Na área de educação cívicosocial, com programas de educação comunitária e de reforço de currículos escolares, já foram beneficiadas 53.000 pessoas. Já na área de educação rural, composta de cursos de capacitação rural e outros de cunho informativo, já foram beneficiados 391.509 agricultores, com uma média de 16.313 por ano. No campo da iniciação profissional, em cursos de mecânica de automóveis, consertos de aparelhos eletrodomésticos, programação de computadores etc., já foram capacitadas 60.401 pessoas. Além desses, a Feplam ainda mantém Programas de educação para a saúde (FEPLAM, 1992).

O Serviço Nacional de Aprendizagem IndustrialSENAI, de São Paulo, criou experimentalmente em 1978, com operação regular a partir de 1980, o programa Autoinstrução com Monitoria (AIM), caracterizandoo como “um esquema operacional de Ensino a Distância, que envolve uma série de programações autoinstrutivas”(SENAI, s/d). Desde então, mantém um curso de Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico, cursos de matemática básica e cursos de eletrônica, estando em fase de preparação cursos de tecnologia mecânica, usinagem, elementos de máquinas, resistência dos materiais, eletrotécnica básica e formação de microempresários. Entre 1980 e 1990, dos 46.627 matriculados, 23.684 concluíram seus cursos.

Já a Petróleo Brasileiro S.A.PETROBRAS, que hoje conta com aproximadamente 53.000 empregados, distribuídos por quase todo o país e em alguns pontos do exterior, desenvolveu, a partir de 1975, o Projeto ACESSO, com a finalidade de proporcionar a escolarização a nível de 1°. e 2°. graus a seus funcionários e de oferecer profissionalização específica para a área de petróleo. Esse projeto foi desenvolvido pelo Centro de Ensino Técnico de BrasíliaCETEB, que desenvolveu a metodologia, elaborou os módulos e tem acompanhado todo o processo de implantação e desenvolvimento dos cursos. Para uma clientela adulta, na faixa de 20 a 40 anos de idade, com interrupção de estudos há mais de cinco anos, foi levado um curso de educação geral, de acordo com os currículos do ensino supletivo, e profissionalização específica para a indústria petrolífera. Segundo a PETROBRÁS, o Projeto ACESSO possui as seguintes orientações: estudo autônomo, através de módulos; demonstração de competência dos cursistas, por meio de instrumentos de aferição da aprendizagem em cada módulo; demonstração de suficiência pelo cursistas, quando o direito à aprovação no módulo só é alcançado quando o cursista consegue satisfazer os critérios previstos nos instrumentos auto instrucionais. A Empresa tem avaliado como excelentes os resultados alcançados. Em que pese as dificuldades várias enfrentadas por este projeto, mormente as operacionais, sendo que já concluíram os cursos de 1°. e 2°. graus, com seus respectivos cursos profissionalizantes, 2.258 funcionários.

A Fundação Brasileira para o Desenvolvimento do Ensino de Ciências-FUNBEC, desenvolveu, com o apoio do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos-INEP, o Curso de Matemática por Correspondência, dirigido a professores de 1°. grau. O curso foi veiculado pelo Jornal do Professor, editado pelo INEP, e recebeu 24.934 inscrições, sendo que até julho de 1991, 7.000 já haviam concluído a primeira etapa do curso e 13.361 haviam desistido.

O Centro de Ensino Técnico de Brasília-CETEB, unidade da Fundação Brasileira de EducaçãoFUBRAE, desde 1973 tem desenvolvido projetos de educação semidireta, notadamente para a formação e aperfeiçoamento de professores em serviço. Foi responsável pela execução dos Projetos LOGOS I e LOGOS ll, do Ministério da Educação, para a qualificação de professores leigos.

A Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior-ABEAS, mantém desde 1982 um Curso de Especialização por Tutoria à Distância (Pósgraduação “Latu Sensu”), já tendo formado mais de 5.000 profissionais das áreas de ciências agrárias.

Ainda neste campo, cabe citar as ações promovidas pela Associação Brasileira de Tecnologia EducacionalABT que, a partir de 1980, iniciou o Programa de Aperfeiçoamento do Magistério de 1°. e 3°. graus a distância, integrado por cursos nas áreas de Alfabetização, Metodologia Geral, Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Sociais e Ciências Físicas e Biológicas, para docentes que atuam no 1°. grau e o Curso de Especialização em Tecnologia Educacional Tutoria a Distância, para aqueles que desenvolvem atividades no 3°. grau. Até 1991, o Programa atendeu 18.368 professoresalunos localizados em 697 municípios, sendo esse atendimento, na maioria dos casos, efetuado através de convênios e contratos com Secretarias de Educação e Universidades.

Merece destaque a experiência da Fundação de Teleducação do Ceará-FUNTELC, também conhecida como TVE do Ceará. Criada no processo de implantação das televisões educativas na década de 70, ela se distingue das demais por preservar um projeto de educação a distância como elemento central da instituição. Desde 1974 essa instituição vem desenvolvendo ensino regular de 5ª. à 8ª. séries do 1 °. grau, com a implantação de telessalas em grande parte dos municípios do estado e caminha para atingir a marca de 100.000 alunos regulares em seu sistema. No ano de sua implantação contava com 4.139 telealunos, nas 5ª. e 6ª. séries, distribuídos em 8 municípios. Em 1992 já contava com 60.822 telealunos cursando da 5ª. à 8ª. séries, distribuídos em 94 municípios, 400 distritos, 725 escolas e 2.300 telessalas. Em 1993, a matrícula passou a 102.170 alunos, atingindo 150 municípios.

“A proposta políticopedagógica do Sistema de Teleducação, embora tenha surgido em pleno regime militar, se propôs a romper com os mecanismos autoritários e tecnicistas que imperavam à época lançarse como uma modalidade de educação voltada para o humanismo pedagógico, capaz de superar o parcelamento do saber e corrigir as falhas do individualismo e do academicismo. Foi gerado um método de ensino nascido das sérias discussões, estudos e debates de renomado e competente grupo de educadores, que buscou a melhor utilização possível de um sistema de multimeios e a mais interessante aplicação da televisão, tomada como elemento essencial, como veículo de democratização do saber” (Mesquita e Lúcio, 1992).

A Televisão Educativa do Ceará é uma das poucas propostas educativas que não sofreu o retrocesso à televisão comercial, que marca ainda muito da programação das demais televisões educativas do país. A busca de audiência somada a falta de perspectiva educativa, fez com que o instrumento televisão fosse desprezado pela política educacional brasileira. É certo que não se pode ter na televisão o único, nem o mais importante meio na educação a distância, mas ela pode cumprir, em países como o Brasil, papel de fundamental importância, não somente no que se refere à educação formal, mas também no que diz respeito a educação informal, educação continuada e à formação de servidores públicos. Para tanto podese utilizar canais abertos, transmissão e recepção em UHF, canais fechados, televisões a cabo, por assinatura etc.

Uma das primeiras experiências universitárias de educação a distância no Brasil foi iniciada pela Universidade de Brasília-UnB em meados da década de 1970. Na época, motivada pelo sucesso da iniciativa Britânica, com a Open University, a UnB pretendia ser a Universidade Aberta do Brasil. Adquiriu todos os direitos de tradução e publicação dos materiais da Open University e começou a produzir também alguns cursos, na área ade ciência política.

A iniciativa inovadora da UnB não logrou sucesso, principalmente dado a inadequação do discurso de sua direção, que apresentava a educação a distância como substituto da educação presencial e um meio de resolver os conflitos políticos existentes à época. Ademais, a falta de competência na gestão do projeto, levou a UnB a estabelecer um programa de educação a distância que acabava por excluir a possibilidade de colaboração crítica dos quadros da própria Universidade na produção, avaliação e administração dos cursos.

Ora, quando se pretende desenvolver um programa de educação a distância em uma instituição presencial, não se pode conduzi-lo em conflito com a cultura existente, ao contrário, deve-se procurar adequá-lo a ela (não subordiná-lo mecanicamente), estabelecendo mecanismos de cooperação e convívio entre as duas modalidades de ensino. Possibilitando, com isso, que a educação a distância possa, inclusive, contribuir para melhorar os processos de ensino presenciais, adotando, no mínimo, os materiais produzidos pela educação a distância, como acontece em várias outras universidades a exemplo da Universidade Autônoma de Honduras, que tem um centro de educação a distância dentro da universidade presencial.

Naqueles momentos isso poderia ser mais difícil, tendo em vista que a administração central da Universidade vivia em conflito permanente com a comunidade acadêmica, pois aquela estava sendo dirigida por pessoas alheias a vida universitária e pouco afeitas à democracia.

A partir de 1985, com a democratização da UnB, o projeto de educação a distância foi retomado, agora sob novas bases e bem coordenado com as novas concepções de educação, universalização do saber e pluralismo de idéias. Em 1986, a UnB promoveu um curso sobre a Constituição, que estava por ser elaborada, organizou grupos de estudo e levou o debate constitucional a mais de 100.000 participantes do curso, em todo o país. A educação a distância começava a cumprir seu papel democratizador do saber.

Em sequência a esse curso, vários outros começaram a ser elaborados. Grande parte deles em estreita colaboração com os quadros da própria Universidade, dentro da área de Extensão Universitária e com a supervisão direta da Reitoria.

Atualmente a Universidade de Brasília conta com um Centro de Educação Aberta, Continuada e a Distância-CEAD, administrativamente subordinado a Reitoria, que já produziu vários cursos de grande sucesso, entre eles o Direito Achado na Rua, coordenado pelo Prof. José Geraldo de Sousa Júnior, que foi utilizado em várias universidades, nos cursos de Direito, como também por organizações da sociedade civil, no debate sobre a democratização da Justiça no Brasil. Este curso agora transformou-se em um curso de Introdução Crítica ao Direito, que é ministrado através de materiais impressos, vídeo e tutoria a distância. Além desse, a UnB produziu cursos sobre Abuso de Drogas, Freud, Introdução à Informática (chamado “Computador sem Mistério”), em diskettes, entre outros.

A nova administração central da Universidade, cuja gestão iniciou-se em fins de 1993, promete dar apoio à alavancagem da educação a distância, fortalecendo o CEAD, incentivando a participação de Institutos e Faculdades da Instituição no processo de trabalho do CEAD, estabelecendo mecanismos de cooperação inter-institucional, apoiando a produção teórica, organizando uma série dedicada à educação a distância em sua Editora e promovendo cursos de especialização na área. Algumas dessas atividades já estão sendo desenvolvidas em conjunto com o Instituto Nacional de Educação a Distância-INED.

Há várias outras experiências importantes que poderiam ser citadas, como: da Universidade da Força Aérea, do Banco Itaú, do Banco do Brasil, do Ministério da Educação (programa Um Salto para o Futuro), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (notadamente no acompanhamento das constituintes 19871991), da Fundação Roberto Marinho, da Universidade Aberta do Nordeste (Fundação Demócrito Rocha), da Universidade Federal de Santa Maria, da Universidade Federal do Mato Grosso, da Universidade Estadual de Santa Catarina e muitas outras. Mas o relevante é observarse que tem crescido a utilização da modalidade de educação a distância como meio adequado para a educação de grandes contingentes populacionais e também desenvolvido a formação de profissionais cada vez mais preocupados com a qualidade dos serviços prestados e com o aperfeiçoamento da educação a distância no Brasil, mesmo que este campo ainda sinta a falta de um envolvimento maior das universidades no desenvolvimento de pesquisas e na formação de pessoal em nível de especialização e pósgraduação.

No campo das organizações nãogovernamentais, ao mesmo tempo em que se começa a observar o crescimento da simpatia por adotarse a educação a distância como estratégia de formação de grandes contingentes populacionais, projetos nesse sentido já estão sendo iniciados pelo Instituto Nacional de Educação a DistâncialNED, em conjunto com o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e EconômicaslBASE e com outras ONGs. O INED mantém, desde 1992, uma publicação especializada chamada Educação a Distância, que em seus três primeiros anos será distribuída gratuitamente.

Há dois anos foi criada a Rede Brasileira de Educação à Distância READ/BR, sob os auspícios da Organização dos Estados Americanos e cuja secretaria está ao encargo da Associação Brasileira de Tecnologia Educacional. A formação dessa Rede pode ser um passo importante para a integração das variadas instituições que desenvolvem ações no campo da educação a distância e na divulgação de inovações que estejam sendo desenvolvidas no Brasil e exterior.

Tanto o desenvolvimento de novas tecnologias comunicativas, como o barateamento de se acesso e a necessidade crescente de formação e educação da cidadania, contribuem para um melhor desenvolvimento da educação a distância no Brasil, mas ainda falta muito para que a educação a distância seja introduzida no Brasil como ingrediente estratégico de educação e formação. A desorganização administrativa e política do Estado, a inexistência de um projeto nacional articulador e democrático, a permanência de uma prática privatista de administração da coisa pública e a instabilidade políticoadministrativa, ainda contribuem enormemente para a criação de barreiras ao desenvolvimento da educação em geral e da educação a distância em particular no Brasil.


5.4. Problemas Observados

O rápido desenvolvimento da Internet, dos sistemas gerenciadores de bancos de dados, do aumento da capacidade de processamento e armazenamento de informação em meio eletrônico e do acesso remoto, impulsionaram o aumento de conhecimentos a serem absorvidos pelo profissional do setor.

Entretanto, a despeito da crescente demanda por reciclagem profissional, as organizações tem experimentado cortes sucessivos em seus orçamentos destinados a este fim, em sua maioria decorrentes da acirrada busca pela redução de despesas para manutenção da competitividade imposta pela globalização das sociedades. Faltam verbas para a promoção de treinamentos e na maioria das instituições ocorreu até a redução do quadro de pessoal. Associado a isto, as dimensões continentais do Brasil tendem a excluir os profissionais afastados dos grandes centros das oportunidades de treinamento, quer seja pela indisponibilidade de tempo, impossibilidade de deslocamento ou escassez de recursos financeiros.

A prática do ensino a distância por parte de várias instituições de outros países tem se mostrado muito eficaz como solução para os problemas acima expostos. Várias iniciativas podem ser observados principalmente em países de grande extensão territorial cujo sistema de ensino necessita atingir milhares de pessoas afastadas geograficamente dos grandes centros de disseminação de informação. Várias universidades nos Estados Unidos da América têm oferecido programas a distância de pós-graduação e graduação. Seria esta solução possível num país com as características do nosso?

No Brasil, os problemas mais significativos que impediram o progresso e a massificação da modalidade do ensino a distância têm sido:

  • organização de projetospiloto sem a adequada preparação de seu seguimento;
  • falta de critérios de avaliação dos programas projetos;
  • inexistência de uma memória sistematizada dos programas desenvolvidos e das avaliações realizadas (quando essas existiram);
  • descontinuidade dos programas sem qualquer prestação de contas à sociedade e mesmo aos governos e às entidades financiadoras;
  • inexistência de estruturas institucionalizadas para a gerência dos projetos e a prestação de contas de seus objetivos;
  • programas pouco vinculados às necessidades reais do país e organizados sem qualquer vinculação exata com programas de governo;
  • permanência de uma visão administrativa e política que desconhece os potenciais e as exigências da educação a distância, fazendo com que essa área sempre seja administrada por pessoal sem a necessária qualificação técnica e profissional;
  • pouca divulgação dos projetos, inexistência de canais de interferência social nos mesmos;
  • organização de projetospiloto somente com finalidade de testagem de metodologias.

6. Universidades on Line

  • AWU – American World University <Page1.html>
  • UFSC/LED <http://www.led.ufsc.br/>
  • MEC – Ministerio da Educação e Cultura <http://www.mec.gov.br/>
  • UFRJ – Diversos links <http://www.cciencia.ufrj.br/educnet/links.HTM>
  • UFRJ – Educação a distância <http://www.cciencia.ufrj.br/>
  • Global Schoolhouse – veja que legal! <http://www.gsh.org/>
  • BOU – Brazilian Open University <http://www.bou.com.br/>
  • Universidade Católica de Brasília <http://www.catolicavirtual.br/siteext/port/index.htm>
  • Universidade ESTÁCIO DE SÁ <http://www.estacio.br/>
  • <http://www.camara.gov.br/wernerwanderer/ind_portal_ead.htm>


7. Conclusão e Apontes para o Futuro

A utilização das modernas tecnologias de informação e comunicação para o ensino a distância apresenta-se como uma resposta as necessidades de constante especialização e reciclagem da mão-de-obra atuante no setor produtivo, permitindo uma ampliação na oferta de cursos que possam ser realizados dentro da própria organização/empresa interessada. Mas, para que estas tecnologias possam ser utilizadas para atingir objetivos pedagógicos, é necessário uma estratégia de ensino-aprendizagem claramente definida, assim como a existência de alguns elementos estruturais básicos com a qual professores e alunos possam contar.

No futuro, a Internet deve aparecer como mídia principal em alguns cursos a distância, para isso estão sendo feitos grandes investimentos em pesquisa e desenvolvimento das ferramentas adequadas para o ensino a distância via Internet.

O desenvolvimento de espaços flexíveis de ensino-aprendizagem, nos quais possam ser utilizados os recursos e mídias disponíveis sem necessidade de grandes investimentos é o grande desafio para as Universidades e Empresas que vêm trabalhando em parceria para um melhor aproveitamento das possibilidades oferecidas pelo ensino a distância.

O Ensino a Distância é o sistema de Educação do futuro, já presente e operante, qualitativamente, em outros continentes e que começa a tomar forma, acentuadamente positiva, no Brasil e em toda a América do Sul. Precisamos compartilhar este moderno instrumento de grande alcance social e educacional e de alta significação no desenvolvimento de gerações do futuro.

Não podemos estagnar no meio do caminho, pois o processo educacional está acelerado. Devemos replanejar nosso futuro e adaptar-nos aos novos sistemas de ensino, à busca de modernidade e da sua qualidade, avaliando e programando todos nossos valores atuais.

Precisamos preparar ou adequar nossa consciência para o alcance dos objetivos maiores que hoje são determinados pela qualidade de vida e pelo novo sentido de educação que está se implantando em todo o mundo.

Para finalizar, utilizarei as palavras de Lipnack, 1992:

“O futuro não é alguma coisa que irá acontecer conosco. Construímos o futuro a cada momento que vivemos, uma idéia imemorial que é a própria essência do karma – mais facilmente compreendida no Ocidente através da passagem bíblica: colherás aquilo que plantares. Nosso futuro nasce das nossas idéias transformadoras, do nosso atributo humano básico e original, que é a capacidade de criar imagens de um mundo que ainda não existe, mas pode vir a existir. “

8. Referências Bibliográficas

LANDIM, Claudia Maria Ferreira. Educação a distância: algumas considerações. Rio de Janeiro, s/n, 1997.

LUCENA, Marisa. Um modelo de escola aberta na Internet: kidlink no Brasil. Rio de Janeiro: Brasport, 1997.

NISKIER, Arnaldo. Educação a distância: a tecnologia da esperança; políticas e estratégias na implantação de um sistema nacional de educação aberta e a distância. São Paulo: Loyola, 1999.

TAJRA, Sanmya Feitosa. Informática na educação: novas ferramentas pedagógicas para o professor da atualidade – São Paulo: Érica, 2000

GENARO, Sérgio. Sistemas Especialistas: o conhecimento artificial – Rio de Janeiro: LTC, 1986.

PFROMM NETTO, Samuel. Telas que ensinam: mídia e aprendizagem do cinema ao computador – Campinas, SP : Editora Alínea, 1998.

BOSSUET, Gérard. O computador na escola: sistema LOGO. Trad. De Leda Mariza Vieira Fischer – Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.

PORTER, Lynnette R. Creating the virtual classroom: distance learning with the internet – Estados Unidos, 1997.

SILVEIRA, Ricardo Azambuja. Inteligência Artificial em Educação: um modelo de sistema tutorial inteligente para microcomputadores. Porto Alegre, PUCRS, 1992.

MOREIRA, Gustavo. As Ferramentas de Modelagem Dinâmica e as Propostas de Utilização em Sala de Aula. Rio de Janeiro, 1998.

VIEIRA, Fábia Magali Santos. A Educação na era da comunicação e informação.

MORAES, Maria Cândida. Informática Educativa no Brasil: Uma História Vivida, Algumas Lições Aprendidas – PUCSP, 1997.

VALENTE, José Armando. Informática na educação: instrucionismo x construcionismo – artigo da internet..

VALENTE, José Armando. Porquê o computador na Educação? – artigo da Internet.

VALENTE, José Armando. Ensinando na era da informação – artigo da internet.

VALENTE, José Armando. Diferentes usos do computador na Educação – artigo da internet

CHAIBEN, Hamilton. Inteligência artificial na educação – UFPR, artigo da internet.

ADAMS, Eric C. Transparent Training and Technological Intuition. http://www.thejournal.com/magazine/vault/A2799.cfr.html

AQUIFOLIUM – http://www.aquifolium.com.br

BARRON, Dr. Ann, Director. Teacher’s Guide to Distance Learning. Florida Center for Instruct Technology, College of Education, University of South Florida, 1998.

DRUCKER, Peter. E-Ducação. Set.2000.

Grupo TLT. (Virtual) Teaching, Learning, and Technology Centers, Local (V) TLTCs and TLTCs, Starter-Kit. http://www.tltgroup.org/gilbert(V)TLTC/StarterKit(V)TLTC7-8-00Excerpt.htm

HARMAN, Willis e Hormann, John. O Trabalho Criativo. SP: Cultrix, 1990.

MATTOS, Luiz Alves de. Sumário de Didática Geral. RJ: Ed Aurora, s/data.

MILONE, Michael. Staff Development. Getting It Right the First Time. In Technology and Learning. Vol1(2), Sept.2000, pp.58-61.

MUIRHEAD, Brent. Attitudes Toward Interactivity in a Graduate Distance Education Program: A Quantitative Analysis. http://www.dissertation.com

ORTEGA, Jorge. ISTE Develops Unprecedent Tech Standards for Students Learning. http://www.facenet.org/Jan2000/ISTEnets.htm

POFTAK, Amy. The Back Page. Greenspan, Alan. Technology & Learning. V.21(3), Oct 2000, p.78.

ROSENTAL, Ilene. The Clinton-Gore Digital Divide Proposal. Technology & Learning. Vol.20(10), May 2000, p.10

SAMPAIO, Marisa N. e Leite, Ligia S. Alfabetização Tecnológica do Professor. RJ: Vozes, 1999.

SILVA, Marco. Sala de Aula Interativa. RJ: Quartet, 2000.

University of Central Florida. Learning On-Line. Skill Requirements. http://reach.ucf.edu/~coursedev/learning/skills.html

ARMENGOL, M.C. (1987). Universidad sin classes. Educación a distância en América Latina. Caracas:OEAUNAKepelusz

BATES, Anthony (1989). Broadcasting in education: an evaluation. London: Constable.

CIRIGLIANO, Gustavo F. J.(1983). La educacion abierta. Buenos Aires: El Ateneo.

COOMBS, Philip H. (1968). The World Educational Crisis: A Systems Analysis. London: Oxford University Press.

GUARANYS, L.R. dos. Castro, C.M. (1979). O ensino por Correspondência: uma estratégia de desenvolvimento educacional no Brasil. Brasília: IPEA.

HAWKRIDGE, D. (1983). New information technology in education. Baltimore: The Johns Hopkins University Press.

HOLMBERG, Börje(1985). Educación a distancia: situación y perspectivas. Buenos Aires: Editorial Kapeluz.

KEEGAN, D. (1991) Foundations of distance education. 2a.ed. Londres: Routledge.

KELLER, F.(1943) “Estudos sobre o Código Morse Internacional: um novo método para ensinar a recepção do código” IN: Kerbaury, Rachel R.(org) Keller. Coleção Grandes Cientistas Sociais, 41. São Paulo, Atica, 1983, pp. 5968.

KELLER, F.(1972) “Adeus, mestre! ” IN: Kerbaury, Rachel R. (org) Keller. Coleção Grandes Cientistas Sociais, 41. São Paulo, Atica, 1983, pp.128147.

LUCHESI, C.C. “Democratização da educação: ensino à distância como alternativa”. Tecnologia Educacional n°. 89/90/91, jul/dez. 1989, Rio de Janeiro, ABT.

MAGNEN, André (1992) Los proyetos de educación: preparacion, financiamiento y gestión. Santiago: Instituto Internacional de Planejamento em Educação, UNESCO/OREALC.

MALHEIROS, Rosa Maria. “FEPLAN: uma escola sem paredes”. IN: O Comunitário. FEPLAN, 29a. ed., maio/junho, 1992, p.5

MESQUITA, Maria Elenise de Sousa; Lúcio, Maria Elda. “Televisão Educativa do Ceará18 anos: uma experiência que vem dando certo”. Educação a Distância n°. 1, junho 1992, Brasília, INED.

MONTENEGRO, Eraldo de Freitas e Barros, Jorge P. D. de.(1988) Gerenciando em Ambiente de Mudança. São Paulo: McGrawHill.

NUNES, Ivônio B. (1992a) “Educação à Distância e o Mundo do Trabalho” Tecnologia Educacional. v.21 (107) . iul/a o 1992, Rio de Janeiro, ABT.

NUNES, Ivônio B. (1992b) “Pequena Introdução à Educação a Distância”. Educação a Distância. n°. 1, junho/92, Brasília, INED.

PERRY, W.; Rumble, G. (1987). A short guide to distance education. Cambridge: International Extension College.

RUMBLE, G e Oliveira, J.(1992) Vocational Education at a Distance. International perspectives. London: Kogan Page.

SCRIVEN, M. (1981). “Breakthroughs in educational technology”. IN: CiriciobeColes, K. (ed.) The future of education: policy issues and challenges. São Francisco: Sage. APUD, Armengol (1987).

SENAI. Autoinstrução com monitoria. São Paulo, SENAI, Divisão de Material Didático, s/d.

SEWART, D.; Keegan, D.; Holmberg, B. (ed.) (1988) Distance Education. Internacional Perspectives. London: Routledge.

DE FARIA, L.I.L. Informação Tecnológica e Seleção de Materiais: Estudo de Caso sobre Pastilha de Freio Automotivo. Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais – PPG-CEM, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), 191 p., 1997. Dissertação de Mestrado.

SANTOS, R.N.M. et al. Informação científica e tecnológica: estratégia de exploração de informação para tomada de decisão. Ciência da Informação, v.23, n.2, p. 190-196, maio/ago. 1994.

BEGLEY, E.F., Dapkunas, S.J. A guide to locating and acessing computerized numeric materials databases. Journal of Materials Engineering and Performance, v.2, n.6, p.881-886, dezembro/1993.

ROSTAING, H. Veille technologique et bibliométrie: concepts, outils, applications. Marselha: Université de Droit et des Sciences d’Aix-Marseille, 1993, p.353. Tese(Doutorado) Faculté des Sciences et Techniques de Saint Jérôme, 1993.

ROSTAING, H. – La bibliométrie et ses techniques. – Ed. Sciences de la Societé/CRRM, Toulouse, 1996.

RAVICHANDRA RAO, I. K. – Métodos quantitativos em biblioteconomia e ciência da informação. – Associação dos bibliotecários do Distrito Federal / Organização dos Estados Americanos, 1986.

DOU, H. Maîtriser la prolifération de L’information grâce à la bibliometrie. Technologies Internationales, n.9, p.42-44, nov./1994.

DE FARIA, L.I.L. et al Mapping Knowledge Through Co-ocurrence of Keywords: The Case of Surface Treatment, Proceedings of The Seventh Conference of The International Society for Scientometrics and Informetrics, p.127-137, Colima, México, Jul./1999.

THESAURUS of ERIC Descriptors, 11th edition, 1987. Oryx Press, Phoenix, Arizona.

Palestra apresentada na Mesa Redonda “O Futuro da Educação a Distância no Brasil”, promovida pelo Centro de Educação Aberta, Continuada / CEAD, da Universidade de Brasília, em 05/04/99.

Professora e Coordenadora Pedagógica do Centro de Educação a Distância, da Pró Reitoria de Pós Graduação e Pesquisa da Universidade Católica de Brasília.

Pedagoga, Mestre em Educação, Professora da Universidade Católica de Brasília e Coordenadora do Centro de Educação a Distância da Universidade Católica de Brasília.

Sociólogo, Mestre em Transportes Urbanos, Professor da Universidade Católica de Brasília e Responsável pela Católica Virtual.

Computadores pessoais portáteis, os palm-tops, de última geração, do tamanho de um telefone celular e os lap-tops, do tamanho de uma pasta para carregar documentos.

A Enciclópédia Britânica, publicada desde o século XVIII, foi, neste ano, lançada em CD-ROM, abolindo sua versão em material impresso. O custo de aproximadamente 2.000 dólares caiu a cerca de 300 dólares.

Segundo Wilson Dizard, Jr (1998) a mídia antiga é a mídia impressa e a nova mídia, a eletrônica. A denominação proposta por Wilson Dizard, Jr será adotada neste trabalho quando da referência a material impresso e utilização de internet, respectivamente.

Rede Mundial de Computadores

in Tudo que é sólido desmancha no ar – A aventura da Modernidade, Berman, Marshall (1987)

in Escritos da Maturidade, Einstein, Albert (1994)

O conceito de tecnologia instrucional adotado é definido por Borges – Andrade(1986) como “um conjunto de princípios e prescrições articulados, derivados de um sistema teórico coerente aplicados à função educacional

DO GREGO, parto das idéias, do Filósofo Sócrates(480 AC – 399 AC) quando da caracterização de sua sistemática dialógica, cujo princípio fundante consistia na afirmação de que todo homem possui em si, o conhecimento de todas as coisas, necessitando apenas de questões adequadas que o façam refletir e buscar respostas.

Ver Emerenciano, M. S. Jordão e Wickert, M.L. Scarpini. Concepção Integrada, Brasília, Universa, 1997.

O CED possui o total de 261 alunos e 73 possuem e-mail.

O material impresso deve ter linguagem acessível, direta e com características dialógicas, sem perder em profundidade e fidelidade em relação aos elementos teórico-metodológicos dos conteúdos trabalhados.

ARETIO, Lorenzo Garcia (coord.). La educación a distancia y la UNED. Impresa, Madrid,1996.

BORDENAVE, J. D. & MARTINS, A. Estratégias de ensino / aprendizagem. Record, São Paulo, 1980.

BOTKIN, J. Aprender a ser. CEAC, Barcelona, 1974.

COLL, Cesar et all, O Construtivismo na sala de aula. Ática, São Paulo, 1996.

FREITAS, Maria Teresa de Assunção. Vygotsky & Bakhtin – Psicologia e Educação: Um intertexto. Ática, São Paulo, 1996.

DANIEL, John. Distance Education and National development. In INTERNATIONAL COUNCIL FOR DISTANCE EDUCATION. Developing Distance Education: Papers Submitted to the 14th ICDE World Conference, Oslo, 1988, pag.21-30

_________. La educación a distancia y los países en vías de desarrollo. In: ICDE, La Educación a Distancia: Desarrollo y Apertura, Caracas, UNA, 1990, pag.113-124.

DIAZ BORDENAVE, Juan. Pode a Educação à Distância Ajudar a Resolver os Problemas Educacionais do Brasil? In Tecnologia Educacional, 15 (70): 34-39, 1986; idem, 17 (80/81): 31-36, jan-abr 1988.

HOLMBERG, B. Educación a Distancia: Situación y Perspectivas. Buenos Aires, Kapelusz, 1985.

JOIA, Sonia. IBGE expõe uma década perdida. In Jornal do Brasil, 21/03/96, pág. 16

LOBO NETO, Francisco José da Silveira & LEOBONS, Solange G.P. Educação à Distância: Planejamento e Avaliação. In Estudos e Pesquisas, nº 21/22: 96-11, Rio, ABT, 1982; idem, Tecnologia Educacional, 17 (80/81): 19-30, jan-abr 1988.

LOBO NETO, Francisco José da Silveira. A Filosofia do ensino à distância e seu papel social. In BALLALAI, Roberto (org.). Educação à Distância. Niterói, GRAFCEN, 1991, pag. 115-126.

__________. Educação à Distância no Contexto Internacional: Situação do Presente e Tendências do Futuro. (Notas para palestra na ECEME, ago 94), Rio, mimeo. 1994.

__________. Educação à Distância: Alternativa de Democratização do Ensino. Notas para Palestra no Seminário sobre EAD, Fund. João Pinheiro, Belo Horizonte, mimeo.,junho 1994.

__________. Educação à Distância sem Distanciamento da Educação. In Tecologia Educacional, v. 23 (123/124): 13-16, mar-jun, 1995.

__________. Educação/Ensino À Distância: Condições de Êxito. Notas para Palestra no VI

Encontro de Ciências Humanas, Centro de Estudos de Pessoal do Ministério do Exército, Rio de Janeiro, mimeo., 14/09/1995.

__________. Educação/Ensino À Distância: Questões Atuais e Perspectivas. Notas para apresentação e discussão na ESE/UFF, em reunião de 20.10.95. In Cadernos CES, nº 01, 1995

NUNES, Ivônio Barros. Noções de Educação à Distância. In Educação a Distância, rev. INED/UnB-CEAD, 03 (04/05): 07-25, dez93-abr94.

PERRY, W. The State of Distance-Learning Worldwide. International Center for Distance Learning of the United Nations University, 1984.

POPA-LISSEANU, Doina. Un Reto Mundial: La Educación a Distancia. Madrid, UNED/Instituto de Ciência de la Educación, 1986.

BLUDNICKI, Mary. Supporting Virtual Learning for Adult Students. Technological Horizons in Education. 25(11), June, 1998, 73-75.

CANDIOTI, Carmen. La Incorporación de Nuevas Tecnologias en los Sistemas Educativos.

In Atracción Mediática: el fin de siglo en la educación y la cultura. Mercedes

CAFIERO, Roberto Marafioti e Nadia Tagliabue. Buenos Aires: Biblos, 1997,349-353.

HACKBARTH, Steve. Integrating Web-Based Learning Activities into School Curriculums.

Educational Technology, May-June, 1997, 59-66.

HAEBERLE, Álvaro Godoy. Un Medio de Comunicación para el Desarollo e el Rol de la Television en la Educación Masiva. In Atracción Mediática: el fin de siglo en la educación y la cultura. Mercedes Cafiero, Roberto Marafioti e Nadia Tagliabue. Buenos Aires: Biblos, 1997, 363-369.

KEARSLEY, Greg. Distance Education Goes Mainstream. Technological Horizons in Education. 5(10), May, 1998, 22-26.

KRODER, Stanley; Suess, Jayne e Sachs, David. Lessons in Launching Web-Based Graduate Courses. Technological Horizons in Education. 25(10), May, 1998, 66-69.

KUBALA, Tom. Addressing Students Needs: Teching on the Internet. Technological Horizons in Education. 25(8), March, 1998, 71-74.

MARKER, Gerald e Ehman, Lee. Linking Teachers to the World of Technology.

Educational Technology, March, 1989, 26-30.

MORAN, José Manuel. Mudanças na Comunicação Pessoal: gerenciamento integrado da comunicação pessoal, social e tecnológica. São Paulo: Paulinas, 1998.

PROTZEL, Javier. Formacion y Saberes Instrumentales. In Atracción Mediática: el fin de siglo en la educación y la cultura. Mercedes Cafiero, Roberto Marafioti e Nadia Tagliabue. Buenos Aires: Biblos, 1997, 145-148.

SCHAAF, Dick. Pipeline Full of Promises: Distance Training Is Ready to Deliver.

Distance Training. Oct., 1997, A6-A22.

SCHLUMPF, Jake. Linking Tradition With Technology. Technological Horizons in Education. 25(11), June, 1998, 16A.

VIZER, Eduardo. Medios y Sistema Educativo. In Atracción Mediática: el fin de siglo en la educación y la cultura. Mercedes Cafiero, Roberto Marafioti e Nadia Tagliabue. Buenos Aires: Biblos, 1997, 159-160.

WILLIS, Barry. Distance Education: Obstacles and Opportunities. Educational Tecnology. May-June, 1994, 34-36.

WOLCOTT, Linda L. The Distance Teacher as Reflective Pratictioner. Educational Technology. January-February, 1995, 39-43.

ZAMUDIO, Javier Arévalo. Una Experiencia Puntual de Educación a Distancia: multimidia

UPN, educación para los medios. In Atracción Mediática: el fin de

siglo en la educación y la cultura. Mercedes Cafiero, Roberto Marafioti e Nadia

Tagliabue. Buenos Aires: Biblos, 1997, 141-143.

BARCIA, Ricardo Miranda, CRUZ, Dulce M., RODRIGUES, Rosângela S., BOLZAN, Regina. Educação a distância e os vários níveis de interatividade . In: Seminário Internacional sobre Redes e Teleducação, CNI/SENAI/CET, Rio de Janeiro, 1996.

BARCIA, Ricardo Miranda. Universidade VIRTUAL: A experiência da UFSC em programas de Requalificação, Capacitação, Treinamento e Formação de mão-de-obra para a economia globalizada. Seminário “Tecnologias da Informação para a Competitividade: Experiências e Demandas em Educação e Treinamento” – SENAI/CTAI, Florianópolis, 1997.

CRUZ, Dulce M. e BARCIA, Ricardo Miranda. A Videconferência na Educação Continuada em Engenharia: A Experiência de Santa Catarina. Texto apresentado no Simpósio Internacional sobre Educação Continuada na Engenharia para o Desenvolvimento da Tecnologia, Rio de Janeiro, outubro de 1996.

CRUZ, Construção de uma metodologia de criação, produção e avaliação no Ensino a Distância baseado em videoconferência, Projeto de Doutorado, 1997.

CRUZ, Dulce M., FIALHO, Francisco A. Use of modern technology to face obsolescence and forgetting. Media and Cognition: what changes in a interactive class. Proceedings do 13 th Triennial Congress of Ergonomics. Tampere, Finlândia, julho, 1997.

MARLAND, Perc. Towards more effective open and distance teaching. Koogan Page, London, 1997.

NUNES, Ivônio Barros. Noções de Educação a Distância. http://www.ibase.org.br/~ined/ivonio1.html, (acessado em 21/09/96), 16p, 1996.

NOVAES, Antonio Galvão. Ensino à Distância na Engenharia: Contornos e Perspectivas. In:

Revista do Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal de São Carlos. v.1, n.3, Dez/1994, ISSN 0104-530X.

PIRRÓ E LONGO, Valdemir, et alli. Integração Universidade-Empresa: Passaporte para o Futuro. Seminário “Tecnologias da Informação e Comunicação em Educação à Distância – LDB, Rio de Janeiro, 1997.

Proposta de Implantação: Rede Tecnológica interativa de Telecomunicação para competitividade. LED/PPGEP/UFSC, mimeo., 1997.

B. Crooks, A. Kirkwood, Video-cassettes by design in Open University, in: Media and Technology, A.W. Bates (Ed.), Milton Keynes, P. 135-143

W. Laaser, Didactic Design of Video Instruction in Distance Education, in: Epistolodidaktika 1984, 1/2, P. 4-15

W. Laaser, Teaching Economicas by Video and Television, in: Media and Tecnology, A.W. Bates (Ed.), Milton Keynes 1990, P. 121-125

J. Taylor, Access to New Technologies Survey 1991, Plum Paper Nº 19, Open University, June 1992

J. Burrows, The Open University’s home computing policy, in: A.W. Bates (Ed.), Media and Technology in European Distance Education, Open University 1990, P. 173-176

A. Kirkwood, G. Kirkup, Access to computing for home-based students, in: Studies in Higher Education Vol. 16, No. 3 1991

W. Huismanm, F. de Vries, Functions and design of educational simulation programs, COP rapport 91/2, Open Universiteit Heerlen

W. Laaser, Interactive Courseware for Student’s Home Computers, in: 8th International Conference on Technology and Education, Conference Proceedings P. 270-273, Toronto 1991

W. Laaser, Produção e Projeto de Video e TV Instrucionais em Educação à Distancia, será publicado em “Educacao a Distancia”, No. 7 1995, INED, Brasilia (publicado em WEB na página: http://www.ibase.org.br/~ined)

W. Laaser, J. Schormann, Evaluation von Lehrsoftware, FernUniversität Hagen, ZFE, 1991

L. Webster, Educational Hypermedia on CD-ROM for Distance Education, Paper presented to the 16th ICDE-Conference, Bangkok 1992

Ilona Roth é doutora pela Universidade de Oxford (Inglaterra) e docente da Universidade Aberta (Tradução de Claudia Strauch). Publicado originalmente no jornal FOLHA DE S. PAULO, Caderno Mais!, 24 de maio de 1998, p.13

DEMO, P. A Nova LDB – Ranços e Avanços, 111 pags., Papirus, Campinas, 1997

GOMES, M.T.. Seja um Alunauta e Garanta seu Futuro , http://www.2.uol.com.br/exame, 02 pags., 04/07/97

GOMIDE, S. Volta às Aulas Virtual no Brasil, Internet World, março de 1996, 62-67

KLEMNN, W.R. & Utsumi, T. Affordable and Accessible Distance Education: A Consortium Iniciative, http://www.usq.edu.au, 06 pags., 14/07/97

LEWIS, J.H. & Romiszowski, A. Networking and the Learning Organization: Issues and Scenarios for the 21st Century, http://www.usq.edu.au, 14 pags., 14/07/97

MONLEVADE, J. Educação Pública no Brasil – Contos e Descontos, 191 pags., Idéia, Brasília, 1997

ROBERTS, J.M. The Story of Distance Education: A Practitioner’s Perspective, Journal of the American Society for Information Science, 47 (11): 811-816, 1996

SABA, F. Introduction to Distance Education, http://www.distance-educator.com, 04 pags., 14/07/97

SPENNEMANN, D.H.R. On-Line Study Packages for Distance Education, http://www.csu.edu.au, 15 pags., 15/07/97

SPODIK, E.F., The Evolution of Distance Learning – 4. Tools Available for Distance Education, http://sqzm14.ust.hk, 02 pags., 14/07/97

WILSON, J.M. Distance Learning for Continuous Education, http://www.educon.edu, 05 pags., 14/07/97

[*] Material apresentado no Mini-Curso / Workshop “Ferramentas para EAD OnLine: Uma Avaliação Pedagógica” / “Tools for OnLine Education: A Pedagogic Evaluation”, Semana Internacional de Educação a Distância promovida pela ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância, em São Paulo, de 13 a 18 de Agosto de 2000. O Mini-Curso / Workshop foi coordenado por Wilson Azevedo e ministrado por Eduardo O C Chaves (UNICAMP), Maria Inês de Matos Coelho (UFMG), Maria Cecília Chaves (USP), Elian Machado (UFC), Marçal dos Santos (UNICAMP), Marcelo Franco (UNICAMP) e Wilson Azevedo (UERJ).

Sites na Internet:

Site do Prof. Moran:

HYPERLINK http://www.eca.usp.br/prof/moran e www.eca.usp.br/prof/moran

Texto do Ivonio de Barros: Noções de Ensino a Distância: www.intelecto.net/ead/ivonio

Eduardo Chaves. Ensino a Distância: Conceitos básicos (no site: www.edutecnet.com.br )

Prof. Dr. G. L. Santa Rosa – http://members.nbci.com/Histology/educdist1.htm

Prof. Dr. G. L. Santa Rosa – http://members.nbci.com/Histology/educdist3.htm

Uma resposta para “Internet como ferramenta no Ensino à Distância e tipos de Cursos à Distância”

Não se preocupe, seu email ficará sem sigilo.