Termos Piagetianos
– Abertura: realização das possibilidades operativas de uma estrutura de comportamento (verbal, motora e mental).
– Acomodação: reestruturação dos esquemas de assimilação. O novo conhecimento representa a acomodação.
– Adaptação: movimento de equilíbrio contínuo entre a assimilação e a acomodação. O indivíduo modifica o meio e é também modificado por ele.
– Animismo: concepção de objetos inanimados com vida ou intencionalidade. Por exemplo: quando a criança diz que “o carro do papai foi dormir na garagem”.
– Aprendizagem: modificação da experiência resultante do comportamento.
No sentido restrito (específico) aprender que alguma coisa se chama “lua”, “macaco”.
No sentido amplo “aprender a estruturar todos os objetos no universo em sistemas hierárquicos de classificação” (Kamii, 1991: 22). É desenvolvimento.
No sentido amplo “aprender a estruturar todos os objetos no universo em sistemas hierárquicos de classificação” (Kamii, 1991: 22). É desenvolvimento.
– Assimilação: incorporação da realidade aos esquemas de ação do indivíduo ou o processo em que o indivíduo transforma o meio para satisfação de suas necessidades. O conhecido (conhecimento anterior) representa a assimilação. Só há aprendizagem quando os esquemas de assimilação sofrem acomodação. Assimilação e acomodação são processos indissociáveis e complementares.
– Auto-regulação: características que as estruturas têm de se ordenarem e organizarem a si mesmas.
– Causalidade: interação entre objetos.
Como vínculo causal – é afirmar a relação entre antecedente e conseqüente como necessária (dado A . B é inevitável, não pode deixar de ser).
Como uma espécie particular de síntese, constituindo no fato de que a alguma coisa A, outra coisa completamente diferente, B, liga-se seguindo uma regra (no sentido lógico-matemático).
Como vínculo causal – é afirmar a relação entre antecedente e conseqüente como necessária (dado A . B é inevitável, não pode deixar de ser).
Como uma espécie particular de síntese, constituindo no fato de que a alguma coisa A, outra coisa completamente diferente, B, liga-se seguindo uma regra (no sentido lógico-matemático).
– Centração: fixação da atenção em um só aspecto da totalidade, isto é, do objeto ou da situação (Ramozzi-Chiarottino, 1988: 37-43).
– Cibernética: a ciência e a arte da auto-regulação.
– Condutismo, culturalismo ou behaviorismo: teoria psicológica que sustenta que o desenvolvimento do comportamento humano é determinado pelas condições do meio em que o organismo está inserido. Esta teoria valoriza o meio ou a aprendizagem por condicionamento;
– Conservação: uma invariante que permite a formação de novas estruturas.
“A invariância é a conservação. A estrutura é apenas um patamar: o funcionamento levará à formação de novas estruturas” (Lima, 1980: 56)
“A invariância é a conservação. A estrutura é apenas um patamar: o funcionamento levará à formação de novas estruturas” (Lima, 1980: 56)
Pode ser observada na área:
Lógico-matemática: conservação dos números, etc.
Físicas: Substância, peso, volume, etc.
Espaciais: Medida, área, etc.
Lógico-matemática: conservação dos números, etc.
Físicas: Substância, peso, volume, etc.
Espaciais: Medida, área, etc.
– Construtivismo: o desenvolvimento da inteligência é como se fosse uma construção realizada pelo indivíduo. “refere-se ao processo pelo qual o indivíduo desenvolve sua própria inteligência adaptativa e seu próprio conhecimento” (Kamii, 1991: 21).
“um construtivismo, com a elaboração contínua de operações e de novas estruturas. O problema consiste, pois, em compreender como se efetuam tais criações e por que, ainda que resultem construções não-pré-determinadas, elas podem acabar por se tornarem lógicamente necessárias” (Piaget apud Piattelli-Palmarini, 1983: 39).
… “é de natureza construtivista, isto é, sem pré-formação exógena (empirismo) ou endógena (inatismo) por contínuas ultrapassagens das elaborações sucessivas, o que do ponto de vista pedagógico leva incontestavelmente a dar ênfase nas atividades que favoreçam a espontaneidade na criança” (Piaget, 1908)
“um construtivismo, com a elaboração contínua de operações e de novas estruturas. O problema consiste, pois, em compreender como se efetuam tais criações e por que, ainda que resultem construções não-pré-determinadas, elas podem acabar por se tornarem lógicamente necessárias” (Piaget apud Piattelli-Palmarini, 1983: 39).
… “é de natureza construtivista, isto é, sem pré-formação exógena (empirismo) ou endógena (inatismo) por contínuas ultrapassagens das elaborações sucessivas, o que do ponto de vista pedagógico leva incontestavelmente a dar ênfase nas atividades que favoreçam a espontaneidade na criança” (Piaget, 1908)
– Construtivismo sequencial: o desenvolvimento da inteligência faz-se por complexidade crescente, onde um estágio (nível) é resultante de outro anterior.
– Desequilíbrio: é a ruptura do estado de equilíbrio do organismo e provoca a busca no sentido de condutas mais adaptadas ou adaptativas. Assim, educar seria propiciar situações (atividades) adequadas aos estágios de desenvolvimento, como também, provocadoras de conflito cognitivo, para novas adaptações (atividades de assimilação e acomodação). O que vale também simplesmente dizer que educar é desequilibrar o organismo (indivíduo).
– Desenvolvimento: é o processo que busca atingir formas de equilíbrio cada vez melhores ou, em outras palavras, é um processo de equilibração sucessiva que tende a uma forma final, ou seja, a aquisição do pensamento operatório formal. Pode-se dizer ainda que é a construção de estruturas ou estratégias de comportamento. Gira em torno da atividade do organismo que pode ser motora, verbal e mental. É a evolução do indivíduo.
– Dinâmica de grupo: “A expressão ‘dinâmica de grupo’ refere-se a vários tipos de atividades exercidas por treinadores sobre grupos humanos” (Lima, 1980: 73).
– Epistemologia: (epistemo = conhecimento; e logia = estudo) estudo do conhecimento.
– Epistemologia genética: estudo de como se passa de um conhecimento para outro conhecimento superior.
– Equilibração: concepção global do processo de desenvolvimento e de seus resultados estruturais sucessivos. O processo de equilibração define as regras de transição que dirigem o movimento de um estágio a outro dentro do desenvolvimento (Azenha, 1993). Ou refere-se ao processo regulador interno de diferenciação e coordenação que tende sempre para uma melhor adaptação (Kamii, 1991: 30).
– Equilibração majorante: mecanismo de evolução ou desenvolvimento do organismo. É o aumento do conhecimento.
– Esquema: modelo de atividade que o organismo utiliza para incorporar o meio.
– Estágios: patamares de desenvolvimento que se dá por sucessão.
– Estrutura: um conjunto de elementos que se relacionam entre si. A modificação de um gera a modificação do outro. Ou ainda, “é um conjunto de elementos relacionados entre si de tal forma que não se podem definir ou caracterizar os elementos independentemente destas relações” (Ramozzi-Chiarottino, 1988: 13).
– Evolução: processo de organização em níveis progressivamente superiores.
– Experiência: contato do organismo com a realidade ou a interação do sujeito com o objeto.
– Função semiótica:
capacidade que o indivíduo tem de gerar imagens mentais de objetos ou ações.
“A função semiótica começa pela manipulação imitativa do objeto e prossegue na imitação interior ou diferida (imagem mental), na ausência do objeto. É a função semiótica que permite o pensamento”. (Lima, 1980: 102)
– Função semiótica:
capacidade que o indivíduo tem de gerar imagens mentais de objetos ou ações.
“A função semiótica começa pela manipulação imitativa do objeto e prossegue na imitação interior ou diferida (imagem mental), na ausência do objeto. É a função semiótica que permite o pensamento”. (Lima, 1980: 102)
– Funcionamento: capacidade que o organismo tem de adquirir determinada ordem na maneira de agir.
– Imagem mental: é um produto da interiorização dos atos de inteligência. Constitui num decalque, não do próprio objeto, mas das acomodações próprias da ação que incidem sobre o objeto. Cópia do objeto realizada através do sensório-motor. É a imagem criada na mente de um objeto ou ação distante.
– Inatismo: teoria psicológica que sustenta que o desenvolvimento do comportamento humano dá-se a partir de condições internas do próprio organismo, como se este já trouxesse dentro de si as possibilidades de seu desenvolvimento. Esta teoria valoriza a maturação do organismo;
– Inovação: reorganização em nível superior.
– Inteligência: capacidade de adaptação do organismo a uma situação nova.
Ou, “a inteligência é uma adaptação” (Piaget, 1982).
Ou, “dizer que a inteligência é um caso particular da adaptação biológica é, pois, supor que ela é essencialmente uma organização e que sua função é a de estruturar o universo como o organismo estrutura o meio imediato” (Piaget, 1982).
Ou, “a inteligência é uma adaptação” (Piaget, 1982).
Ou, “dizer que a inteligência é um caso particular da adaptação biológica é, pois, supor que ela é essencialmente uma organização e que sua função é a de estruturar o universo como o organismo estrutura o meio imediato” (Piaget, 1982).
– Interacionismo: teoria psicológica que sustenta que o desenvolvimento do comportamento humano é uma construção resultante da relação do organismo com o meio em que está inserido. Esta teoria valoriza igualmente o organismo e o meio.
– Interesse: sintoma da necessidade.
– Intuição: é uma representação construída por meio de percepções interiorizadas e fixas e não chega ainda ao nível da operação. Ou, é um pensamento imaginado… incide sobre as configurações de conjunto e não mais sobre simples coleções sincréticas simbolizados por exemplares tipos.
– Jogo simbólico: reprodução de situações já vividas pelo indivíduo através de imagens mentais.
(no jogo simbólico) “a representação é nítida e o significante diferenciado pode ser um gesto imitativo, porém acompanhado de objetos que vão se tornando simbólicos” (Piaget, Inhelder, 1989: 48).
(no jogo simbólico) “a representação é nítida e o significante diferenciado pode ser um gesto imitativo, porém acompanhado de objetos que vão se tornando simbólicos” (Piaget, Inhelder, 1989: 48).
– Liberdade: estado de pleno funcionamento do organismo.
– Liderança: permissão dada pelo grupo para que cada um de seus componentes utilize suas aptidões para comandar este grupo, quando a situação exigir, e ele seja o mais indicado para tal situação.
– Logicização: processo de transformar o pensamento simbólico e intuitivo em pensamento operatório.
– Microssociologia: área de estudo das relações de interação, de um indivíduo com os outros.
– Motivação: sentimento de uma necessidade.
– Necessidade: desequilíbrio na organização interna do organismo.
– Nominalismo: “convicção de que os nomes (palavras) estão ligados, essencialmente, às coisas (pensamento pré-lógico)” (Lima, 1980: 134).
– Operação: ”ação interiorizada que alcançou as características do ‘grupo’ matemático (reversibilidade, associatividade, identidade, tautologia, etc.), devendo-se notar que o nível operatório é alcançado mediante reconstruções sucessivas de complexidade crescente (equilibração majorante)” (Lima, 1980: 151).
“As operações (…) são as ações escolhidas entre as mais gerais (…) interiorizáveis e reversíveis. Nunca isoladas, porém coordenáveis em sistemas de conjunto. Também não são próprias deste ou daquele indivíduo, são comuns a todos os indivíduos do mesmo nível mental e intervém não apenas nos raciocínios privados, senão também nas trocas cognitivas, visto que estas constituem ainda em reunir informações, colocá-las em relação ou correspondência, introduzir reciprocidade, o que volta a construir operações isomorfas às das que se serve cada indivíduo para si mesmo” (Piaget, Inhelder, 1989: 82).
– Pensamento: interiorização da ação.
– Permanência do objeto: quando o indivíduo pode conceber o objeto mesmo estando fora de seu alcance de visão.
– Psicologia genética: estudo dos problemas psicológicos do ponto de vista do conhecimento.
– Reação circular: ação qualquer que a criança executa por acaso provocando uma satisfação e, por isso, reproduz esta mesma ação.
– Realismo: explicação que afirma a relação necessária entre o pensamento e a realidade.
– Reversibilidade: quando a operação deixa de ter um sentido unidirecional. A reversibilidade seria a capacidade de voltar, de retorno ao ponto de partida. Aparece portanto como uma propriedade das ações do sujeito, possível de se exercerem em pensamento ou interiormente.
Lembramos que as operações nunca têm um sentido unidirecional; são reversíveis.
Lembramos que as operações nunca têm um sentido unidirecional; são reversíveis.
– Revolução: salto de uma estrutura para outra.
– Revolução copernicana do eu: no desenvolvimento mental da criança o eu deixa de ser o centro referencial da ação e do pensamento para colocar-se como um indivíduo entre os demais.
– Socialização: a combinação de indivíduos para formarem estruturas sociais ou um fenômeno de combinação de novas formas de relações individuais.
– Transformação: processo pelo qual as estruturas se constroem a partir dos elementos que as constituem.
Referências: KAMII, Constance, DEVRIES, Retha. Piaget para a educação pré-escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991. 101 p. LIMA, Lauro de Oliveira. Conceitos fundamentais de Piaget: (vocabulário). Rio de Janeiro: MOBRAL, 1980. 179 p. PIAGET, Jean, INHELDER, Barbel. A psicologia da criança. 10. ed., Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989. 135 p. PIATTELLI-PALMARINI, Massimo (org). Teorias da linguagem, teorias da aprendizagem: o debate entre Jean Piaget e Noam Chomsky. São Paulo: Cultrix/EDUSP, 1983. RAMOZZI-CHIAROTTINO, Zelia. Psicologia e epistemologia genética de Jean Piaget. São Paulo: EPU. 1988. 87 p.
Fonte: http://pedagogia2007ufpa.blogspot.com
Para entender melhor a importância das habilidades da BNCC no desenvolvimento infantil, é fundamental considerar as teorias de Piaget.
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A teoria de Piaget é essencial para compreender como as crianças aprendem e se desenvolvem. Para mais informações sobre a produção de texto na educação infantil, consulte nosso conteúdo.
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