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Atualizado em 04/08/2023

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA PROPOSTA PEDAGÓGICA

Toda proposta pedagógica têm que ter uma fundamentaão teórica.

 

Toda proposta pedagógica é sempre orientada por pressupostos teóricos que explicitem as concepções de criança, de educação e sociedade.

Recorre-se sempre para sua formulação à: histórica, sociologia,

antropologia e a psicologia. Pois indicam delineamento à proposta.

Bases teóricas: Situando a educação de crianças de 4 a 6 anos no Brasil.

Contribuição da visão histórica– Nos últimos 50 anos que a educação passou a ser encarada como dever do Estado e direito de todos os cidadãos, situando-se nesse aspecto a educação elementar de 4 a 6 anos de duração (antiga escola primária).

– Criação da L.D.B.

– Década de 70 – reconhecimento da educação para criança de 4 a 6 anos/ Mas não é assegurada pela legislação.

Atual momento histórico: Necessidade de ampliação da oferta de educação para criança de 0 a 6 anos, garantindo acesso e permanência.

Contribuições da Sociologia: Há uma estreita relação entre educação e sociedade.

O trabalho pedagógico precisa se orientar por uma visão das crianças como seres sociais, indivíduos que vivem em sociedade, cidadã e cidadãos.

Recomendam trabalhar em grupos com as crianças para que tenham uma ação construtiva, desenvolver a autonomia, cooperação e solidariedade com as demais. Valorização dos jogos e da formação ética e moral.

Contribuição da Psicologia: Os estudos provenientes da psicologia têm dado contribuições bastante relevantes que nos permitem conhecer o desenvolvimento infantil nas diferentes áreas (sensório-motora, sócio-afetiva, simbólica e cognitiva).

Permitem compreender de que modo e forma as crianças constroem seu conhecimento como sujeitos ativos do ponto de vista sócio-afetivo, cognitivo, linguístico, psicomotor etc.

É responsabilidade da proposta pedagógica oferecer ambiente para os respectivos desenvolvimentos.

Contribuições Antropológicas-Os estudos antropológicos exigem que levemos em conta o contexto de vida mais imediato das crianças e as próprias características específicas dos professores e da escola como instituição.

Compreendendo cada criança a partir de suas experiências e condições concretas de vida.

Colaboração da família no conhecimento e colaboração na montagem da proposta pedagógica. Presa pelo critério único como requisito para uma educação democrática.

DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS A EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR À NOSSA PROPOSTA

A prática pedagógica é contrária e de difícil adaptação e está sempre em movimento. Está sempre referenciada em alguns princípios.

A educação se alimenta de várias ciências, norteadas por um eixo político e movida pela história.

Várias são as fontes de influências às teorias educacionais e as tendências pedagógicas nelas fundamentadas.

A tendência romântica: A pré-escola é um jardim, as crianças são as flores ou sementes, a professora é a jardineira – A educação deve favorecer o desenvolvimento natural.

Essa tendência se identifica com o próprio surgimento da educação pré-escolar. Nasce no século XVIII, num contexto em que os princípios do liberalismo, no plano filosófico.

Fundamentos da Escola Nova (século XIX e XX)

  • Valorização dos interesses e necessidades das crianças;
  • Defesa da idéia do desenvolvimento natural/ênfase no caráter lúdico das atividades infantis/crítica à Escola Tradicional (aquisição de conteúdos)/

Froebel (1782-1852) defendia a idéia da evolução natural da criança e enfatizava a importância do lúdico simbolismo infantil.
Sua proposta – currículo de atividades.
Jardim de infância – lugar de agrupar as crianças.

Decroly (1871-1932) destacava o caráter global das atividades infantis e a função de globalização do ensino.
Sua proposta – (pedagógica) organizar a escola por “centros de interesse”, onde a criança possa ter três momentos: observação/associação/expressão.

-Para Decroly “a sala de aula está em toda parte”.
-Objetivo do trabalho escolar – aquisição do conhecimento.

Destes princípios derivam as diretrizes metodológicas de Montessori que estão calcadas na importância da escola ativa, na visão de que a criança “absorve” o meio, na noção de “silêncio” e autocontrole (para Montessori uma conquista), capacidade de concentração e disciplina.

Este autor deu grandes contribuições, mas observa-se seu limite por não levarem em consideração a heterogeneidade social e o papel político que a pré-escola desempenha no contexto mais amplo da educação e da sociedade brasileira.

Tendência Cognitiva: A criança é o sujeito que pensa e a pré-escola o lugar de tornar as crianças inteligentes – A educação deve favorecer o desenvolvimento cognitivo. A aprendizagem construída por estágios que devem ser respeitados.

Discípulos – Jean Piaget (fontes inspiradoras).
Para Piaget, o desenvolvimento resulta de combinações entre aquilo que o organismo traz e as circunstâncias oferecidas pelo meio.

Interacionismo: (organização interna e adaptação ao meio)
Piaget – os estágios evoluem como um espiral de maneira que cada estágio engloba o anterior e amplia.

Principais objetivos da educação: formação de homens “críticos, inventivos e descobridores”.

Desenvolvimento da inteligência (prioridade no trabalho)

Emília Ferreiro: (pesquisadora argentina)
Obra pode ser considerada continuadora de Piaget, na área da construção da linguagem escrita.
Ferreiro tem conferido grandes contribuições extremamente relevantes à questão da alfabetização.

A tendência crítica: a pré-escola é lugar de trabalho, a criança e o professor são cidadãos, sujeitos ativos, cooperativos e responsáveis. A Educação deve favorecer a transformação do contexto social.

– Proposta muito recente no Brasil.
– Uma das propostas pedagógicas que mais tem trazido contribuições a essa discussão é a Celestin Freinet.

Freinet: foi criador, na França, do movimento da escola moderna, que atinge atualmente professores dos vários graus (da pré-escola à universidade).
Seu objetivo básico era desenvolver uma escola popular.

Críticas de Freinet à “Escola Tradicional”
Denuncia as práticas, os manuais e os prédios escolares como os produtores de “doenças” escolares graves, tais como a dislexia, anorexia escolar etc.

– Crítica à proposta da Escola Nova (Decroly e Montessori)

Freinet: constrói uma pedagogia, não cria um método como calminho fechado, mas técnicas construídas lentamente como base na experimentação e documentações, que fornecem à criança instrumentos para aprofundar o seu conhecimento e desenvolver a ação.

Freinet destaca a extrema importância de participação e integração entre famílias/comunidade e escola.

Proposta pedagógica de Freinet
Centra-se em técnicas, dentre as quais pode-se citar: aulas passeio, desenho livre, etc.

Currículo da Pré-escola: elaborado levando em conta as características especificas das crianças e do momento em que vivem (seu desenvolvimento psicológico).

Conclusão

Mais importante do que adotar uma metodologia pré-elaborada é construir na prática pedagógica, aquela metodologia apropriada às condições e necessidades e aos objetivos formulados.

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