Planos de Aula BNCC

Projeto EJA – Marcas que nos Identificam

Descubra como as marcas podem nos identificar e se conectar a nós de uma forma significativa. Desvende seu projeto EJA e crie uma conexão real para com as marcas.

Projeto EJA – Marcas que nos Identificam

PROFESSORA: ___________________________________________________
DURAÇÃO: Todo o ano letivo
FAIXA ETÁRIA: EJA – Educação de Jovens e Adultos
TEMA: MEU NOME

EJA - Educação de Jovens e Adultos

Objetivos gerais

  • Resgate da identidade dos educandos, para conhecê-los e possibilitar a inter-relação dos colegas;
  • Do contexto oral, retirar temas e palavras geradoras para escrita e leitura.

Objetivos específicos

  • Apoiar o desenvolvimento e a capacidade do alfabetizando de ler e escrever compreensivamente o mundo, a partir da construção de seu conhecimento começando pelo seu nome;
  • Propor uma educação democrática onde todos participarão do processo educativo, ampliando e implementando uma ação baseada no diálogo e na reflexão crítica sobre a realidade, identificando seu nome e o dos colegas do grupo a que pertence.
  • Ampliar o conhecimento dos jovens e adultos sobre a escrita, leitura e cálculo, a partir da realidade que vivem;
  • Resgatar a história de vida, abrangendo o conhecimento dos dados culturais dos alfabetizandos.

O Projeto e a proposta pedagógica

Entender diferentes concepções de educação não significa apenas conhecer o que diferentes filósofos e pensadores escrevem a respeito. Significa também a possibilidade de melhor compreender nossa prática educativa e, consequentemente, de poder transformá-la.

Se acreditamos que a educação tem um papel importante no processo de humanização das relações entre os homens e na transformação da realidade social, é preciso apontar suas responsabilidades: a educação pode servir de instrumento tanto de libertação quanto de domesticação do homem.

A educação, como qualquer outra produção histórico-social, reflete representações e valores de um determinado grupo, isto é, reflete ideologia. Qualquer representação de uma pessoa elabora sobre si mesma, sobre os homens, sobre a sociedade, sobre tudo que exprime valores como certo/errado, bom/mau, verdadeiro/falso, revela a sua inserção como indivíduo em um grupo que possui uma determinada ideologia.

É necessário detectar as contradições entre essas representações do grupo e a história de vida e de produção de cada um para que o indivíduo se torne consciente de si e de seu papel social. Precisamos conhecer a ideologia inerente a cada concepção de educação para que possamos optar por aquela que seja coerente com nossa visão de homem e de mundo e com nosso papel social.

Na concepção dialética, percebe-se o mundo como uma realidade em contínua transformação. Em tudo que existe há contradição interna e é a partir dela que se dá o movimento que transforma os termos contrários em um terceiro, que supera o estar/sendo anterior.

A educação dialógica pressupõe um homem histórico, compromissado com as tarefas de seu tempo e com as transformações sociais, partindo da problematização da prática, onde se detecta as necessidades pela teorização dessa prática, onde se busca refletir e conhecer melhor o tema problematizado para depois retornar à prática, a fim de transformá-la.

Portanto, na educação dialética, o educador é o mediador do diálogo do aluno com o conhecimento, nega o autoritarismo e o espontaneísmo, busca resgatar o lúdico, o prazer do estudo, sem, contudo, reduzir a aprendizagem ao que é apenas prazeroso em si mesmo.

Justificativa

O NOME dos alunos pode ser um centro de interesse ricamente explorado pelo alfabetizador. Além do aspecto cognitivo, relacionado à compreensão do sistema da escrita alfabética, o nome próprio possui um aspecto afetivo-social para o alfabetizando. O nome próprio não é apenas mais uma palavra no vocabulário, é antes de tudo, um reforçador da individualização e da identidade do aluno como pessoa, algo bastante significativo para ele.

Metodologia

Orientou-se pela proposta de Paulo Freire, que se fundamenta em uma educação dialógica, crítica e transformadora, ou seja: “a leitura do mundo precede a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele (…). De alguma maneira, porém, podemos ir mais longe dizer que a leitura da palavra não é apenas precedida da leitura do mundo, mas por uma certa forma de “escrevê-lo” ou de “rescrevê-lo”, quer dizer, de transformá-lo através de nossa prática consciente.”

Assim, buscamos orientar o processo educativo de produção do conhecimento considerando:

Alfabetização básica: entendida como a construção do saber correspondente à primeira e segunda séries do ensino fundamental.

Alfabetização avançada: correspondente às 3ª e 4ª séries do ensino fundamental.

Tendo ambos os níveis conteúdos relativos ao conhecimento do mundo do trabalho e ao exercício da cidadania crítica.

A metodologia é concebida com base nos princípios de uma educação libertadora e na prática da leitura de mundo, considerando-se a realidade do educando.

A prática pedagógica, assim, pressupõe uma construção coletiva, a participação do educando e do educador como sujeitos do processo, uma relação dialógica, dinâmica, contínua e principalmente crítica, que tenta resgatar a cultura e a cidadania desses sujeitos.

Desenvolvimento

Pela diversidade regional e cultural de uma turma, há necessidade de uma conversa informal para conhecer melhor os alunos e, posteriormente, fazer um trabalho voltado para essa diversificação. Esse é o primeiro passo para um processo de alfabetização.

Durante todo esse processo, resgatando o lugar do educando como um sujeito pensante, que se apodere do processo construtivo e discursivo da alfabetização, que avance também nos modos de conhecer, colocando-se por inteiro na situação de aprendizagem, tentando escrever o ainda não ensinado, partindo de suas hipóteses, recriando um texto lido e produzindo sua leitura.

A partir daí, planejamos novas situações que provoquem o crescimento e o avanço na concepção sobre a língua escrita, a ampliação das experiências de cada aluno e de sua visão de realidade, iniciando com seu nome.

Para dar início a algumas atividades, lançamos mão da carteira de identidade do aluno, nela contém todos os dados que iremos precisar para desenvolver todo um trabalho que o identifique como único, aproveitando nome da mãe, pai, data de nascimento, naturalidade… Podemos contar também com a certidão de nascimento ou casamento, carteira de trabalho, título de eleitor, CPF, carteira de reservista.

Além do nome e do sobrenome, os documentos também são importantes para identificar as pessoas.

Nome é a marca de identificação. Que outras marcas identificam as pessoas? A partir daí, começamos a problematizar através de uma conversa com a turma, sempre questionando as respostas e anotando as principais ideias que aparecem na conversa.

Atividades com nomes e história dos educandos

  1. crachás;
  2. bingo (do primeiro nome, de 5 nomes, de sílabas do primeiro nome);
  3. letra-viva – Recompor o nome de um colega, ficando cada aluno com uma letra do nome;
  4. dominó – de nome e sílabas, letra impressa e/ou cursiva;
  5. classificações – letra inicial igual, primeira sílaba igual, nomes de igual número de sílabas e igual número de letras;
  6. cartela foto/nome do aluno ou desenho/caricatura e nome;
  7. tesouro de nomes significativos para o aluno, escritos em fichas e guardados numa caixa para leitura;
  8. criação, recriação e outras atividades com os nomes dos educandos.
  9. cartaz símbolos/som – Apresentação, justificativa, escrita de textos coletivos, variações nas chamadas, leitura, análise de palavras e suas letras e sílabas, ampliação de temas surgidos;
  10. objetos de estimação – apresentação, justificativa, exposição, texto coletivo, escrita dos nomes dos objetos, cartela dos nome/objetos.
  11. recorte e colagem de fatos marcantes de sua vida (confeccionar um pequeno cartaz, apresentar, produzir escritas a partir desse contexto oral);
  12. relato pelo alfabetizando: “Por que tenho esse nome?”, “O que o significado do meu nome é….”;
  13. relato pelo alfabetizando: “Por que vim para a cidade?”, “Como era minha vida na minha terra natal?”, desenhar ou escrever;
  14. a partir dos conteúdos surgidos nas várias atividades anteriores, produzir textos coletivos.

Avaliação

A avaliação acontecerá no decorrer do projeto, de acordo com a participação dos alunos.

Interdisciplinaridade

  • LÍNGUA PORTUGUESA

Vocabulário, linguagem oral e escrita.

  • MATEMÁTICA

Formato, cores, quantidade e textura.

  • GEOGRAFIA

Regiões Brasileiras.

  • ARTES

Desenhos, pintura, modelagem e dramatização;

  • CIDADANIA

Socialização;

  • PLURALIDADE CULTURAL

Diferentes tipos de cultura.

  • ÉTICA
  • MEIO AMBIENTE

Recursos

  • revistas, jornais;
  • Diferentes tipos de papel;
  • Cola branca e colorida;
  • Lápis de cor, giz de cera;
  • Tesoura;
  • Massa de modelar;
  • Tinta guache;
  • CD’s;

Pessoal envolvido

  • Alunos da EJA;
  • Professora e demais funcionários da Unidade;
  • Pais e familiares dos alunos.

Autor: Soraya Mendonça Marques

Para saber mais sobre a importância da alfabetização, confira o artigo sobre Critérios para um Atendimento em Creches.

Além disso, para enriquecer o aprendizado, considere utilizar materiais educativos como materiais educativos que podem facilitar a compreensão dos alunos.

Por fim, a prática pedagógica deve sempre buscar a inclusão e a diversidade, como abordado no projeto Respeitando e Convivendo com as Diferenças.


Professora Fábia Monteiro
Professora Fábia Monteiro
Responsável pelo conteúdo desta página.
Este site faz parte da Webility Network network CNPJ 33.573.255/0001-00