Educar: do medo à autoconfiança
O medo na infância
Quando a criança pequena demonstra medos que aos nossos olhos parecem demasiado estranhos, ficamos naturalmente inseguros.
Exemplos de medos comuns
Medo de um brinquedo novo, medo de um ruído… durante muito tempo, o Leo tinha um medo enorme do aspirador. Nem precisava estar ligado; se ele o visse, chorava e gritava com um verdadeiro e sentido sentimento. A minha estratégia foi deixá-lo lidar com seu medo, expliquei-lhe o que era aquilo e para que era usado.
Superando o medo
E pouco a pouco, o Leo foi se sentindo mais confiante até o dia em que o encontrei tocando no aspirador, explorando-o. Não disse nada, deixei-o ali com os seus pensamentos e, desde esse dia, o Leo não tem mais medo; ele não gosta, mas não tem medo.
O papel do medo
O medo faz parte da vida, não é verdade? Devemos saber lidar com ele…
Reflexões sobre o medo
Uma vez, numa conversa com amigos sobre as diferentes formas de medo, um deles disse: “Eu não conheço o sentimento de medo.” E eu fiquei perplexa, não sabia se devia felicitá-lo, lamentar ou simplesmente não acreditar no que dizia. Decidi por lamentar. Eu sei dar valor ao meu medo, sei apreciar o seu valor. Quando criança, eu tinha medo de ficar sozinha em casa, de participar na sala de aula, mas aprendi a lidar com esses medos e, através dessa aprendizagem, ganhei autoconfiança. O medo também me ajudou a reagir adequadamente em situações difíceis. O medo faz parte.
Medos e características pessoais
Claro que nem todas as pessoas têm os mesmos medos ou sentem medo com a mesma intensidade. O medo faz parte das características psicológicas de cada um, tem o objetivo de nos proteger contra os perigos com que nos deparamos ao longo da vida.
Medo e desenvolvimento infantil
Para os nossos filhos, o medo é também uma parte do seu desenvolvimento saudável. Eles estão nos seus primeiros anos de vida e são confrontados diariamente com situações novas que podem, aos seus olhos, parecer ameaçadoras. Dependendo da personalidade, sensibilidade e imaginação da criança, o medo pode se manifestar com intensidades diferentes. Mas também faz parte; são medos diferentes dos nossos, naturalmente, mas são medos válidos e, como em tudo, temos que ter a sensibilidade de os olhar com os olhos de uma criança e não desvalorizá-los à luz da nossa compreensão do mundo.
Fases do medo
E mais uma vez, muitos medos não passam de uma fase, como é o caso do medo da separação e da perda, que vão enfraquecendo e desaparecendo gradualmente. Só no caso de a criança demonstrar medos que se tornam mais fortes e se solidificam, tornando-se limitações no seu dia a dia, interferindo na sua saúde, devemos procurar ajuda profissional, mas nesses casos passamos para outro campo mais complicado, que são as fobias.
Como lidar com os medos das crianças
No entanto, banalizar o medo que a criança sente não é uma boa estratégia. Devemos, num primeiro passo, falar abertamente com o nosso filho sobre os seus medos. A criança vai acalmar-se, vai sentir que é levada a sério. Devemos falar sobre medo e incentivar o nosso filho a descrever o que sente, a descrever os seus sentimentos de medo e ansiedade. Nunca devemos confrontá-lo com o medo, mas sim deixá-lo à vontade para, quando se sentir preparado, enfrentar.
Rituais positivos
Existem rituais com vertentes positivas que podem ajudar as crianças em idade escolar, crianças que enfrentam medos e que, mesmo entendendo-os, não se sentem capazes de os ultrapassar sozinhas. Pequenos rituais, como bater palmas quando sentem esse medo, fechar as mãos com força e contar até dez, podem ajudar. Às vezes, fazer um desenho descrevendo o que sentem, uma encenação do medo ou exercícios de relaxamento, como por exemplo ioga, pode ser benéfico.
Construindo autoconfiança
Em caso algum devemos inferiorizar a criança por sentir medo; não devemos dissuadi-la. Frases do tipo “Tu não precisas ter medo” não trazem resultados positivos. A segurança e aprendizagem na primeira infância são os pilares para o desenvolvimento saudável. Todos os relacionamentos posteriores serão baseados nelas.
Enfrentando os medos
Se nós, pais, permitirmos que os nossos filhos enfrentem os seus próprios medos, sem superproteger, estaremos a oferecer-lhes segurança e autoconfiança. E uma criança com autoconfiança ultrapassará posteriormente as situações estressantes e ameaçadoras da vida com mais facilidade.
Explorando sem medo
Acredito que, se deixarmos os nossos filhos explorar sem superproteger, sem lhes mostrar o nosso próprio medo ou a nossa própria ansiedade com o seu desenvolvimento, estaremos a construir as melhores cartas, as melhores ferramentas para que um dia o nosso filho possa dizer: “Os meus pais foram para mim um porto seguro onde eu sempre pude ancorar”.
Quando a criança pequena demonstra medos que aos nossos olhos parecem demasiado estranhos, ficamos naturalmente inseguros. Medo de um brinquedo novo, medo de um ruído… durante muito tempo, o Leo tinha um medo enorme do aspirador. Nem precisava estar ligado; se ele o visse, chorava e gritava com um verdadeiro e sentido sentimento. A minha estratégia foi deixá-lo lidar com seu medo, expliquei-lhe o que era aquilo e para que era usado. E pouco a pouco, o Leo foi se sentindo mais confiante até o dia em que o encontrei tocando no aspirador, explorando-o. Não disse nada, deixei-o ali com os seus pensamentos e, desde esse dia, o Leo não tem mais medo; ele não gosta, mas não tem medo. O medo faz parte da vida, não é verdade? Devemos saber lidar com ele…
Uma vez, numa conversa com amigos sobre as diferentes formas de medo, um deles disse: “Eu não conheço o sentimento de medo.” E eu fiquei perplexa, não sabia se devia felicitá-lo, lamentar ou simplesmente não acreditar no que dizia. Decidi por lamentar. Eu sei dar valor ao meu medo, sei apreciar o seu valor. Quando criança, eu tinha medo de ficar sozinha em casa, de participar na sala de aula, mas aprendi a lidar com esses medos e, através dessa aprendizagem, ganhei autoconfiança. O medo também me ajudou a reagir adequadamente em situações difíceis. O medo faz parte. Claro que nem todas as pessoas têm os mesmos medos ou sentem medo com a mesma intensidade. O medo faz parte das características psicológicas de cada um, tem o objetivo de nos proteger contra os perigos com que nos deparamos ao longo da vida.
Para os nossos filhos, o medo é também uma parte do seu desenvolvimento saudável. Eles estão nos seus primeiros anos de vida e são confrontados diariamente com situações novas que podem, aos seus olhos, parecer ameaçadoras. Dependendo da personalidade, sensibilidade e imaginação da criança, o medo pode se manifestar com intensidades diferentes. Mas também faz parte; são medos diferentes dos nossos, naturalmente, mas são medos válidos e, como em tudo, temos que ter a sensibilidade de os olhar com os olhos de uma criança e não desvalorizá-los à luz da nossa compreensão do mundo.
E mais uma vez, muitos medos não passam de uma fase, como é o caso do medo da separação e da perda, que vão enfraquecendo e desaparecendo gradualmente. Só no caso de a criança demonstrar medos que se tornam mais fortes e se solidificam, tornando-se limitações no seu dia a dia, interferindo na sua saúde, devemos procurar ajuda profissional, mas nesses casos passamos para outro campo mais complicado, que são as fobias.
No entanto, banalizar o medo que a criança sente não é uma boa estratégia. Devemos, num primeiro passo, falar abertamente com o nosso filho sobre os seus medos. A criança vai acalmar-se, vai sentir que é levada a sério. Devemos falar sobre medo e incentivar o nosso filho a descrever o que sente, a descrever os seus sentimentos de medo e ansiedade. Nunca devemos confrontá-lo com o medo, mas sim deixá-lo à vontade para, quando se sentir preparado, enfrentar.
Existem rituais com vertentes positivas que podem ajudar as crianças em idade escolar, crianças que enfrentam medos e que, mesmo entendendo-os, não se sentem capazes de os ultrapassar sozinhas. Pequenos rituais, como bater palmas quando sentem esse medo, fechar as mãos com força e contar até dez, podem ajudar. Às vezes, fazer um desenho descrevendo o que sentem, uma encenação do medo ou exercícios de relaxamento, como por exemplo ioga, pode ser benéfico.
A segurança e aprendizagem na primeira infância são os pilares para o desenvolvimento saudável. Todos os relacionamentos posteriores serão baseados nelas. Se nós, pais, permitirmos que os nossos filhos enfrentem os seus próprios medos, sem superproteger, estaremos a oferecer-lhes segurança e autoconfiança. E uma criança com autoconfiança ultrapassará posteriormente as situações estressantes e ameaçadoras da vida com mais facilidade.
Acredito que, se deixarmos os nossos filhos explorar sem superproteger, sem lhes mostrar o nosso próprio medo ou a nossa própria ansiedade com o seu desenvolvimento, estaremos a construir as melhores cartas, as melhores ferramentas para que um dia o nosso filho possa dizer: “Os meus pais foram para mim um porto seguro onde eu sempre pude ancorar”.
Educar com Carinho
Cuidar e educar na educação infantil é fundamental para o desenvolvimento saudável das crianças.
A importância do brincar com bolas na educação infantil também pode ajudar a enfrentar medos e desenvolver habilidades.
Explore brinquedos educativos que podem ajudar no desenvolvimento emocional das crianças.
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