Educação x Competência
Introdução
No registro de construção de saberes e competências necessárias ao professor, é importante ser: 1 – Organizador de uma pedagogia construtiva, 2 – Garantir no sentido do saber, 3 – Criador de situações de aprendizagem, 4 – Administrador de heterogeneidade, 5 – Regulador dos processos e percursos de formação (Perrenoud, p. 14).
Além disso, é fundamental ter posturas que promovam a prática reflexiva e implicações críticas.
A concepção da escola e do papel dos professores não será unânime. Os princípios básicos na formação dos professores não são ideologicamente neutros e estão ligados a uma visão de escola cujo objetivo pode ter como eixo norteador a democratização do acesso aos saberes, a autonomia dos sujeitos, seu senso crítico e suas competências em defender seus pontos de vista enquanto atores sociais. Isso se reflete tanto individual quanto coletivamente na responsabilidade dos professores.
Vimos que a formação dos professores é uma das questões menos consideradas nas observações empíricas e metódicas sobre o trabalho real dos professores no dia a dia, sua prática na diversidade e nos ambientes escolares.
Reformas escolares fracassam, novos programas não são aplicados, e belas ideias como métodos ativos, o construtivismo, a avaliação formativa e a pedagogia diferenciada são pregadas, mas não praticadas. Portanto, é urgente criar bases para uma transposição didática, onde, a partir das práticas efetivas, os professores terão melhores condições para o exercício da profissão.
Competências
Segundo Perrenoud (2001), o pensamento de que o objetivo principal defendido na escola não é o ensino dos conteúdos disciplinares, mas o desenvolvimento das competências pessoais, está no centro das discussões e provoca um grande número de mal-entendidos.
Os currículos fixam as matérias, a matriz curricular e o tempo para explorá-las, que é o que deve ser aprendido ao final da educação básica.
Essa forma de pensar parece estar em crise há algum tempo.
As ciências (o conhecimento das ciências) precisam servir às pessoas, e a escola deve priorizar o desenvolvimento das competências pessoais. As ciências precisam ser vistas como instrumentos de realização de projetos pessoais.
As avaliações que têm ocorrido nos diferentes níveis de ensino têm demonstrado que há uma necessidade de uma alternativa para a organização do trabalho escolar.
A ideia de que disciplina e competência necessitam de tempos e espaços diferentes é um grande equívoco. Para reforçar o entendimento sobre o assunto, a organização da escola continuará por disciplina, e os professores continuarão a ser professores de disciplinas; não haverá um professor de competências.
Algumas competências necessárias ao professor, com acompanhamento do orientador educacional, devem ser desenvolvidas quando: classes agitadas, o professor deve apaziguá-las; alunos resistentes à aprendizagem, suscitar o desejo de aprender; alunos ausentes e faltosos, os saberes do professor e do aluno com o mundo dão sentido aos saberes do trabalho escolar. Se os programas estão fora da realidade dos alunos, devem ser adaptados e sua importância abrandada.
Aprenda a lidar com dificuldades de atenção e concentração para melhorar o ambiente de aprendizagem.
Referências Bibliográficas
PHILIPPE PERRENOUD. A formação dos professores e o desafio da avaliação – Porto Alegre: Artmed Editora, 2001;
Maria Rodrigues Bento. Sou professora pedagoga com especialização em educação infantil e docência no ensino superior.
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