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Atualizado em 02/12/2017

Artigo: Educação Especial no contexto das Altas Habilidades/ Superdotação

Descubra como a educação especial pode apoiar crianças com altas habilidades/superdotação, incluindo estratégias que ajudam no desenvolvimento educacional e emocional. Leia mais em nosso artigo!

EDUCAÇÃO ESPECIAL

NO CONTEXTO DAS ALTAS HABILIDADES/ SUPERDOTAÇÃO

O interesse acerca de altas habilidades/superdotação se destacam nos  diversos períodos históricos e nas  diversas culturas. Na Grécia Antiga, Platão defendia a ideia de que as crianças que mostrasse indicativos de inteligência superior precisariam ser selecionadas e treinadas para o benefício do Estado . Em Esparta, as pessoas consideradas mais capazes fisicamente eram escolhidas para fazer parte do exército. Na China, existia vários um exames com o objetivo de selecionar as crianças que se sobressaíam, as quais passavam a ser atendidas de maneira especial, e eram encaminhadas à Corte, tidas como um sinal de prosperidade (ALENCAR, 2001).

Na Europa do século XX, os primeiros textos sobre altas habilidades / superdotados foram publicados em 1910. Na Alemanha, Wilhelm Stern criou o termo “QI” (quociente de inteligência) para representar o nível mental e Galton, na Inglaterra, fazia a primeira pesquisa sobre testar a inteligência. Os testes de inteligência surgiram na China, e começaram a ser empregados cientificamente na França, no século XX. Em 1905, Alfred Binet, um psicólogo francês e o seu colega Theodore Simon inventaram a Escala de Binet-Simon, utilizada para identificar estudantes que necessitasse de ajuda na sua aprendizagem escolar.

Em 1939, David Wechsler criou o primeiro teste de QI desenvolvido para adultos. A partir do trabalho de psicólogos, o conceito de superdotação foi expandido, passando a abranger a criatividade e seus vários elementos, como por exemplo, pensamento divergente, solução de problemas e a capacidade de tomar decisão. Desta forma, a ideia de inteligente ganha novas definições.

A partir da década de 80 do século passado, novas teorias sobre inteligência ampliam a visão sobre superdotação e, na década de 90, as pesquisas cognitivas foram enriquecidas com o desenvolvimento das neurociências. A relação entre psicologia cognitiva e neuropsicologia se estreita e a interface entre o cérebro e o comportamento humano é cada vez mais investigada. As teorias de processamento da informação substituem as visões mais estáticas da inteligência humana, definida na psicometria como aptidões ou quocientes de inteligência estáveis da mente […]. (SIMONETTI, 2010, p.17)

No Brasil, Helena Antipoff  foi pioneira nas pesquisas sobre altas habilidades, além de contribuir para a qualificação  de muitos pesquisadores  professores.

A Política Nacional de Educação Especial (1994) define como portadores de altas habilidades / superdotados os alunos que apresentarem notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual geral; aptidão acadêmica especifica; pensamento criativo ou produtivo; capacidade de liderança; talento especial para artes e capacidade psicomotora. Dos tipos mencionados, destacam-se os seguintes:

Tipo Intelectual – apresenta flexibilidade e fluência de pensamento, capacidade de pensamento abstrato para fazer associações, produção ideativa, rapidez do pensamento, compreensão e memória elevada, capacidade de resolver e lidar com problemas.

Tipo Acadêmico – evidencia aptidão acadêmica especifica, atenção, concentração; rapidez de aprendizagem, boa memória, gosto e motivação pelas disciplinas acadêmicas de seu interesse; habilidade para avaliar, sintetizar e organizar o conhecimento; capacidade de produção acadêmica.

Tipo Criativo – relaciona-se às seguintes características: originalidade, imaginação, capacidade para resolver problemas de forma diferente e inovadora, sensibilidade para as situações ambientais, podendo reagir e produzir diferentemente e, até de modo extravagante; sentimento de desafio diante da desordem de fatos; facilidade de auto-expressão, fluência e flexibilidade.

Tipo Social – revela capacidade de liderança e caracteriza-se por demonstrar sensibilidade interpessoal, atitude cooperativa, sociabilidade expressiva, habilidade de trato com pessoas diversas e grupos para estabelecer relações sociais, percepção acurada das situações de grupo, capacidade para resolver situações sociais complexas, alto poder de persuasão e de influência no grupo.

Tipo Talento Especial – pode-se destacar tanto na área das artes plásticas, musicais, como dramáticas, literárias ou cênicas, evidenciando habilidades especiais para essas atividades e alto desempenho.

Tipo Psicomotor – destaca-se por apresentar habilidade e interesse pelas atividades psicomotoras, evidenciando desempenho fora do comum em velocidade, agilidade de movimentos, força, resistência, controle e coordenação motora.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SIMONETTI, D. C. Altas habilidades: revendo concepções e conceitos. 2007. Disponível em:. Acesso em:12-08-2017.

 

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