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Dica de Português: Conceito Básico de Pontuação

Aprenda os conceitos básicos da pontuação na língua portuguesa! Este artigo ensina as regras e aplicações práticas para você escrever melhor e melhorar seu português.

Dica de Português: Conceito Básico de Pontuação

Conceito Básico de Pontuação

Conceito de Pontuação

Pontuação é o conjunto de sinais gráficos que indicam na escrita as pausas da linguagem oral.

Os sinais de pontuação são os seguintes:

  • Ponto ( . ) – empregado geralmente para indicar o final de uma frase declarativa ou de um período:

A partida de basquete foi emocionante.

Emprega-se também o ponto nas abreviaturas:

Sr. (Senhor), d.C. (depois de Cristo), E.V. (Érico Veríssimo).

  • Vírgula ( , ) – empregada:

Nas datas e nos endereços:

Itú, 5 de Maio de 1985.

Av. Marquês de São Vicente, 1697.
Em termos independentes entre si:

O cinema, o teatro, a praia e a música são as suas diversões.
No vocativo e no aposto:

Meninos, prestem atenção!

Norberto, o meu vizinho, é o síndico do prédio.
Em certas expressões explicativas, por exemplo:

Ontem teve início a maior festa da minha cidade, isto é, a festa da padroeira.
Para separar adjuntos adverbiais:

“Hoje, Padre Lucas me falou de ti com entusiasmo.” (Josué Montello)

Ele vai, pouco a pouco, assumindo o papel que era do pai.


Para separar orações adverbiais:

“Quando acabou de corrigir as provas, ainda chovia.” (Josué Montello)
Com certas conjunções:

Isso, entretanto, não foi suficiente para agradar o diretor.
Para separar partes de um provérbio:

O que os olhos não vêem, o coração não sente.
Para indicar a elipse de um termo:

Uns entraram, pela porta principal, outros voltaram.

Obs.:

Não se emprega vírgula entre o sujeito e o verbo da oração, quando estão juntos:

A partida de vôlei transcorreu normalmente.


Não se emprega vírgula entre o verbo e seus complementos quando estão juntos:

Convém que preservemos a Natureza.

  • Ponto e Vírgula ( ; ) – empregado:

Para separar as partes de um período:

“Os olhos negros e inquietos pareciam garotos travessos em hora de recreio; os braços gesticulavam a cada palavra; o corpo torcia-se pelos bancos e pelas carteiras da sala…” (Viriato Corrêa)


Para separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma sequência:

“A história da ortografia pode dividir-se em três períodos:

  1. O fonético, que coincide com a fase arcaica da Língua, vai até o século XVI;
  2. O pseudo-etimológico, inaugurado no Renascimento, estende-se até os primeiros anos do século XX;
  3. O histórico-científico, que se inicia com a adoção da chamada “nova ortografia”, começa em 1911.
  • Dois Pontos ( : ) – empregado:

Para apresentar uma citação:

Papai sempre dizia: Devemos guardar pelo menos um décimo do que ganhamos.


Para anunciar a fala das personagens no texto:

“De repente, o menino levanta a cabeça e pergunta:

– Papai, que é plebiscito?” (Arthur de Azevedo)


Para dar uma explicação:

“Cristovão, com voz branda, explica:

– Não são modinhas, papai, são sonetos.” (Érico Veríssimo)


Antes de apostos ou orações apositivas:

“Tudo, porém, inutilmente, porque os gigantes haviam calçado as suas botas sete-léguas e levavam no coração duas forças terríveis: a ambição e o maravilhoso.” (Cassiano Ricardo)


Depois de certos verbos declarativos (verbos que introduzem a fala das personagens no discurso direto, como dizer, perguntar, responder…):

“Meus avós disseram:

– Aquela cai dentro de vinte minutos.” (Luís Jardim)

  • Reticências ( . . . ) – empregadas:

Para indicar supressão de palavras:

“Luizinha fez um gesto de que estava impaciente.

– Pois então eu digo… a senhora não sabe… eu… eu lhe quero… muito bem.” (Manuel Antonio de Almeida)


Para indicar interrupção da frase:

“Hoje pela manhã ela começou a me dizer alguma coisa – “seu Rubem, o cajueiro…” – mas o telefone tocou, fui atender, e a frase não se completou.” (Rubem Braga)


Para indicar uma dúvida:

“- Eu tenho uma dúvida, que o senhor podia me esclarecer.

– Pois não.

– Eu estava pensando… A Turquia tomou parte na última guerra?”

– Parte ativa, propriamente, não.” (Fernando Sabino)
Para indicar, ao final de uma frase, que o sentido continua:

“Clarissa caminhava para a varanda. Abre a gaveta da cristaleira e tira dela um bloco de papel, tinta e caneta. Senta-se junto a uma das mesas. Abre o bloco, molha a pena no tinteiro e, caneta suspensa, olhos no texto, pensa…” (Érico Veríssimo)

  • Parênteses ( ) – empregados:

Para isolar palavras explicativas:

“- Pois te batizo Pitoco, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo – disse Estêvão, com voz eclesiástica. E todos (menos Celso) dissemos juntos: “Amém”,” (Érico Veríssimo)


Para destacar datas:

Joaquim Maria Machado de Assis (*1839 – 1908) é considerado um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos.
Para isolar frases intercaladas:

“Saiu correndo, deu a volta à casa, entrou pelos fundos, voltou depois (tinha dois ou três pingos de água na testa) com duas broas ainda quentes nas mãos.” (Rubem Braga)

  • Ponto de Exclamação ( ! ) – empregado:

Depois de palavras ou frases que indicam estado emocional:

“A menina toma a palavra:

– Coitado do papai! Zangou-se logo depois do jantar! Dizem que é tão perigoso!” (Artur Azevedo)
Depois do vocativo:

“Digo e repito: vai para o espaço, Totte!” (Fausto Cunha)
Obs.:

O ponto de exclamação pode substituir a vírgula depois de um vocativo mais forte:

Amigo! Ponha um ponto final nessas suas extravagâncias!

  • Ponto de Interrogação ( ? ) – empregado:

Nas perguntas diretas:

“Que é isso, João? Para onde se atira tão cedo, assim de armas e bagagens?” (Monteiro Lobato)
Obs.:

O ponto de interrogação não é empregado nas perguntas indiretas:

O porteiro perguntou o seu nome.

O ponto de interrogação e o de exclamação podem aparecer lado a lado em frases de entonação ao mesmo tempo interrogativa e exclamativa:

“Ele fecha-lhe a porta.

Ele bate de novo.

– O senhor outra vez?! Não lhe disse que não adianta pedir auxílio?!” (Carlos Drummond de Andrade)

  • Travessão ( – ) – empregado:

Para apresentar o início da fala de uma personagem:

“– Papai, por que o tio Juca não quis ir morar na cidade como nós?” (Francisco Martins)

Nos diálogos, para indicar a mudança de fala das personagens:

– E o tio Juca trabalha com eles?

– Sim, todos os dias. Ajudar a carpir, a plantar, a colher.” (Francisco Martins)

Para destacar frases ou expressões explicativas:

– O ano era 1940. Naquele dia – uma segunda-feira do mês de maio – deixei-me estar alguns instantes da rua da Princesa a ver onde iria brincar amanhã.” (Machado de Assis)

Para ligar grupos de palavras que indicam itinerários:

Este ônibus é da linha Brasil-Paraguai.

Autor: Josué Lucena de Araujo

Para mais informações sobre a importância da pontuação, você pode conferir as habilidades da BNCC para Língua Portuguesa no Ensino Fundamental.

Se você deseja aprimorar suas habilidades de escrita, considere investir em canetas esferográficas de qualidade para tornar sua escrita mais fluida.

Para entender melhor a aplicação da pontuação em textos, você pode acessar nossas dicas sobre coesão e coerência na redação.


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