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Desenvolvimento psicossocial na terceira infância

Explore como promover o desenvolvimento psicossocial na terceira infância, abordando práticas que estimulam o crescimento emocional e intelectual das crianças.

Desenvolvimento psicossocial na terceira infância

Desenvolvimento Psicossocial na Terceira Infância

Desenvolvimento Psicossocial na Terceira Infância


1 – Como as crianças desenvolvem um auto-conceito realista?

Observamos como os jovens desenvolvem um conceito mais realista de si mesmos e como eles se tornam mais independentes dos pais e mais envolvidos com outras crianças. Estando com seus amigos, eles fazem descobertas sobre suas próprias atitudes, valores e habilidades. Ainda assim, a família continua sendo uma influência vital. A terceira infância permite aos jovens desenvolver conceitos mais realistas e complexos de si mesmos e de sua capacidade de sobreviver e ter êxito em sua cultura.


2 – Quais as origens da auto-estima?

A auto-estima se desenvolve à medida que as crianças começam a se ver como integrantes valiosos da sociedade.

Segundo Erikson (1982), um dos principais determinantes da auto-estima é a opinião das crianças sobre sua capacidade para o trabalho produtivo. A questão a ser resolvida na crise da terceira infância é “produtividade versus inferioridade”. A virtude que se desenvolve com a resolução desta crise é a competência, uma visão do eu como capaz de dominar habilidades e completar tarefas.

Outra perspectiva das origens da auto-estima provém da pesquisa de Susan Harter, onde a auto-estima depende tanto da percepção que a criança tem de si mesma quanto do apoio social que recebe, primeiro dos pais e colegas, depois de amigos e professores.

Outros aspectos que influenciam a auto-estima incluem a aparência física.

Tanto o desenvolvimento emocional quanto o cognitivo contribuem para a auto-estima. A internalização da vergonha e do orgulho afetam a opinião que a criança tem de si mesma.


3 – Que mudanças ocorrem nos relacionamentos familiares na terceira infância?

A terceira infância é uma etapa transicional de co-regulação, na qual os pais e a criança dividem o poder: os pais supervisionam, mas as crianças tomam decisões a todo momento. A co-regulação é um processo cooperativo, que só pode ter êxito se os pais e as crianças se comunicarem com clareza. Para que essa fase de transição funcione, os pais precisam influenciar seus filhos quando estão com eles e monitorar seu próprio comportamento.

A transição para a co-regulação afeta o modo como os pais manejam a disciplina.


4 – Quais os efeitos do trabalho dos pais, do divórcio, do segundo casamento e da orientação sexual?

Um aspecto significativo da atmosfera no lar é a condição socioeconômica da família, a qual reflete em grande parte o trabalho remunerado que um ou ambos os pais realizam. Em geral, a pesquisa tem demonstrado principalmente os efeitos benéficos do emprego das mães.

Em relação ao pai, a maioria dos estudos sobre o trabalho dos homens e sua influência na família foca na natureza do trabalho e no grau de satisfação psicológica que ele proporciona, além da interação entre o trabalho e a família.

Mais uma vez, a atmosfera familiar faz diferença. As famílias tradicionais não têm que lidar com o estresse e o rompimento de famílias que passam pelo divórcio ou pela morte de um dos pais, com as pressões financeiras, psicológicas e de tempo sobre pais solteiros, ou com a necessidade de se adaptar ao segundo casamento.

Em relação ao divórcio, cada criança reage de modo distinto; as reações são condicionadas pela idade e pela personalidade, e algumas crianças mostram muita resistência. Os fatores que influenciam a adaptação das crianças ao divórcio incluem como os pais manejam a separação.

Quando um dos pais ou ambos se casam novamente, a lealdade da criança a um pai ou mãe ausente pode interferir na formação de laços com um padrasto ou madrasta. Problemas emocionais e comportamentais muitas vezes reaparecem, e o ajustamento é mais difícil quando existem muitas crianças, incluindo aquelas dos casamentos anteriores do homem e da mulher, ou quando nasce uma nova criança.

Sobre educação sexual, os pais que têm abertura para falar sobre sexo e orientar o que é certo ou errado dentro do ponto de vista de cada um, tendem a ter relacionamentos positivos com seus filhos.


5 – Como os irmãos influenciam uns aos outros?

A relação entre irmãos é ambivalente, marcada por afeição especial, assim como por disputa e ressentimento intensos. É entre irmãos que se aprende a resolver conflitos; eles são forçados a se reconciliar um ao outro todos os dias. Aprendem que a expressão de raiva não termina um relacionamento.


6 – Quais as funções do grupo de amigos?

As brincadeiras oferecem modos socialmente aceitáveis de competir, despender energia e agir de modo agressivo. O declínio do egocentrismo e o crescimento das habilidades permitem que as crianças em idade escolar interajam de modo mais significativo com os amigos.

Os grupos se formam naturalmente entre crianças que vivem próximas umas das outras ou estudam juntas.

Os grupos de crianças do mesmo sexo ajudam-nas a incorporar papéis sexuais em seu autoconceito.


7 – O que influencia a popularidade e como as crianças desenvolvem as amizades?

A popularidade adquire maior importância na terceira infância, quando os jovens passam mais tempo com outras crianças e são muito afetados pela opinião dos pares. As crianças com habilidades sociais superiores fazem com que as outras pessoas gostem de estar com elas.

As ideias de amizade das crianças e seu modo de agir com seus amigos mudam com a idade, refletindo o crescimento cognitivo e emocional.

Por meio das amizades, as crianças aprendem a se comunicar e cooperar. As amizades ajudam as crianças a se sentirem bem em relação a si mesmas.

Os amigos muitas vezes discordam e competem entre si; aprender a resolver os conflitos é uma importante função da amizade.


BIBLIOGRAFIA

PAPALIA, Diane E. & OLDS, Sally Wendkos. Desenvolvimento Humano: sétima edição / Porto Alegre: Artes Médicas Sul. 200, pág 282 a 289..

Autor: Anônima

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