Cosmogênese Filosófica Exeriana
Explore a Cosmogênese Exeriana, uma abordagem filosófica que busca responder aos mistérios do universo, considerando tanto a ciência contemporânea quanto as tradições filosóficas antigas.
Na Grécia antiga, muitos filósofos propunham que o mundo, a base geológica pelo menos, ou mesmo o universo sensível, era eterno e imutável, e que apenas os seres viventes estavam num processo contínuo de nascimento e morte. Porém, um ser imutável e eterno, LOGOS, ÁPEIRON, MOTOR IMÓVEL, etc., imanava toda a criação de forma constante e inevitável.
A filosofia medieval apresentou uma visão diferente, com um mundo, universo, criado num momento do tempo por uma entidade atemporal, DEUS, pela sua própria vontade consciente.
No que se refere ao universo sensível, esse foi um dos poucos pontos onde a Ciência contemporânea deu maior concordância à concepção medieval religiosa.
Pela teoria do BIG-BANG, o universo teve um início com data marcada.
Isso evidentemente não exclui a possibilidade da existência de algo supra-sensível que regeria esse BIG-BANG. Mas esse raciocínio serve apenas para lembrar que a cultura de uma época é severamente determinante em suas concepções filosóficas.
Uma filosofia cosmogênica moderna pode e deve levar em consideração as descobertas científicas recentes.
Por esse caminho vamos então…
…A ORIGEM DO UNIVERSO.
Uma imensa explosão começou tudo, o movimento inicial.
“E ‘DEUS?’ disse faça-se a luz”
“No princípio era o CAOS.”
Incontáveis quantidades de matéria foram lançadas no espaço que serviria de habitat ao nosso universo conhecido.
Nesse momento, tudo estava sob o comando de duas forças fundamentais e inversas.
A Atração e a Repulsão.
A Repulsão forçava o universo a se expandir, a matéria a se separar, era a própria força primordial do BIG-BANG e impedia a união de elementos por natureza repulsivos entre si.
A Atração passou a atuar no mesmo exato instante, aglomerando partes da matéria em compostos cada vez mais complexos, e servindo de reação à propagação gerada pela explosão.
Essas duas forças fundamentais podem ser nomeadas: | Repulsora | Atratora |
CAOS | EROS | |
Negativa | Positiva | |
Mas decidi chamá-las pura e simplesmente de forças: | MASCULINA | FEMININA |
Importantíssimo!!!!
Estamos aqui num momento primordial da criação.
Antes sequer da aglomeração das estrelas.
Não existe nenhum julgamento moral do que quer que seja.
Conceitos como Bem e Mal, Certo e Errado, NÃO SE APLICAM!!!!
Falamos de forças absolutas em si, atribuir valores culturais a elas seria o mesmo que dizer que o elétron ou o núcleo do átomo são “bons” ou “maus”, que o polo positivo do ímã é “melhor” que o negativo e assim por diante.
O MASCULINO e FEMININO tratados aqui são arquetípicos e metafísicos, a princípio não se relacionando com funções e características psicológicas dos sexos nos seres vivos.
Aliás, reitero novamente, estamos num momento muito anterior a qualquer coisa que possa ser considerada VIVA, da forma como a conhecemos.
E por ter mencionado átomos, é exatamente neles que baseio minha analogia.
O Taoísmo chinês apresenta a singular e magnífica visão do YIN-YANG, numa forma precisa e muito esclarecedora de explicar a dinâmica universal. Com o melhor e mais comunicativo, e ao mesmo tempo esotérico símbolo já criado pelo ser humano, na minha opinião deste autor.
Esse símbolo reflete o estado de interdependência das duas polaridades básicas do universo. Uma está contida na outra, elas giram em torno de si, se completam e se integram numa formação que transcende a dualidade, chamada TAO.
Mas para efeito do propósito desta teoria, proponho uma nova abordagem, não contrária à do TAO, mas de possibilidades especulativas e comparativas diferentes.
A seguinte se baseia num modelo atômico.
A Força Masculina orbita frenética e frequentemente a Força Feminina, tal como o elétron ao redor do núcleo de um átomo. Ela pode se soltar e se mover livremente por algum tempo, mas cedo ou tarde retornará para um núcleo feminino, ainda que não o mesmo.
Os elétrons geram eletricidade, magnetizam, produzem luz e calor, ou seja, aparecem e se movem mais, são mais ativos. Mas vivem em função dos núcleos.
Os núcleos, por sua vez, não são inertes, embora se movam menos, atraem os elétrons de forma irresistível, conduzem-nos. E, além disso, quando decidem se agitar e liberar sua energia, superam infinitamente a dos elétrons, na mesma relação de diferença de potência entre a energia eletromagnética e a energia nuclear.
Sem entrar em detalhes sobre as características das forças físicas aqui usadas para comparação, vamos prosseguir no raciocínio.
A Força FEMININA é atratora | A Força MASCULINA é repulsora. |
Enquanto a Força MASCULINA, o CAOS, promove a separação, a Força FEMININA, o EROS, promove a união. Ambos são importantes para a edificação do universo.
Não se constrói coisa alguma sem antes desconstruir, não se levanta uma parede de tijolos sem antes destruir rochas e areia, isto é, tirá-las de seu estado natural. Não se pode fazer um bolo sem destruir as frutas, o leite e o trigo.
DESTRUIÇÃO É TRANSFORMAÇÃO!!!
Cabe à Força FEMININA unir o que está separado e produzir a construção propriamente dita. Por isso, ela atrai tudo para si mesma, mas não pode fazer isso sozinha.
Força FEMININA sem Força MASCULINA tende à inércia.
Força MASCULINA sem Força FEMININA tende à auto-destruição.
Elas dependem uma da outra, Força FEMININA é também ORDEM, por construir e manter as coisas unidas. É o EROS por atrair. Se extrapolarmos nossas concepções comuns, podemos dizer que a própria Força Gravitacional é erótica!
Sem a Força MASCULINA, a FEMININA não teria matéria-prima para usar na construção do universo, e nem mesmo na sua manutenção.
Sem a Força FEMININA, a MASCULINA não teria muito o que separar e acabaria por destruir a si mesma, pois só a Força FEMININA pode controlá-la, isto é, dar-lhe um sentido controlado.
No princípio da formação do universo, o CAOS imperava, impulsionava a expansão, mas cada vez mais a ORDEM agrupava partículas elementares.
Essas partículas elementares, moléculas primordiais, são aquilo que os gregos antigos chamariam de Átomo, o Indivisível (A = Não, TOMO = Divisão), muito diferente da partícula que recebe esse nome hoje em dia, uma vez que se descobriu que esta também pode ser dividida.
Talvez, de acordo com as mais recentes descobertas, essa partícula seja na verdade o QUARK, menor que os possíveis “Bósons” e “Mésons” que formam os Prótons e Neutrons do Núcleo atômico.
Mas, para evitar que possíveis novas descobertas confundam ainda mais essa teoria, decidi chamar arbitrariamente essas partículas fundamentais de MENTONS.
Esses MENTONS foram separados violentamente pela Força CAOS, as partículas que antes construíam, quarks, glúons, gravitons, táquions, etc., foram desconstruídas pela Força MASCULINA.
Imediatamente, a Força FEMININA se encarrega de uni-las, recriando-as numa nova forma, em novas partículas progressivamente maiores, com a ajuda e manutenção da Força MASCULINA, que orienta formações específicas, impedindo certos agrupamentos que poriam a matéria em colapso.
E assim vão surgindo todas as partículas até chegarmos aos “átomos”. E na aglomeração dos elementos primordiais, Hidrogênio, Hélio, vão surgindo as massas gasosas, estrelas, e em elementos mais densos, os planetas sólidos.
O processo de separação e união continua no surgimento de moléculas, e no caso dos planetas cuja disposição permitir, aminoácidos, células e toda a cadeia das coisas vivas em si.
Agora vamos pousar num planeta vivo, o nosso planeta.
O nível de complexidade da natureza é progressivamente maior. A cada degrau da evolução biológica, cada vez mais elementos diversos são misturados, aumentando a variedade.
Os vegetais são mais complexos que os minerais, ou seja, têm maior quantidade de elementos químicos diferenciados.
Os animais são ainda mais complexos que os vegetais.
Os animais de sangue quente possuem complexidades maiores que os de sangue frio.
Num dado momento, a complexidade orgânica é tanta que se torna difícil distinguir a mais elaborada, como no caso dos mamíferos. Mas a diferenciação começa a se tornar evidente na estrutura cerebral.
O sistema nervoso dos animais superiores é cada vez mais complexo.
O cérebro dos primatas é mais complexo que o dos outros mamíferos até que…
Surge o SER HUMANO. O homo sapiens.
E agora um momento dos mais importantes…
O SER HUMANO É A ESTRUTURA MAIS COMPLEXA DO UNIVERSO!!!!!
De todo o universo conhecido, no plano físico, não há nada, nem animal, nem planta, nem planeta ou estrela, que reúna um número mais vasto de elementos químicos diferentes, combinações mais elaboradas e estruturas mais diferenciadas que o ORGANISMO HUMANO.
O Universo chegou então à sua mais elaborada criação física, as Forças FEMININAS e MASCULINAS trabalharam incessantemente até atingir esse nível de realização, que entretanto pode ainda não estar terminado.
O curioso é que esta mais complexa criação Universal,
seja exatamente aquela que desenvolveu a Auto-Consciência!
Observemos que, dentre os animais, quanto mais complexos, mais mostram sinais de possuírem algum tipo de Consciência da realidade à sua volta. Ou seja…
…o nível de Consciência é diretamente proporcional ao nível de complexidade da matéria!!!
E agora, nesse momento, cá estão os seres humanos tentando entender o Universo. Nós somos parte do Universo, integrantes e inseparáveis, feitos de uma matéria que partiu da mesma fonte primordial.
Se nós estamos tentando entender o Universo, podemos concluir que, nesse exato momento:
O UNIVERSO ESTÁ TENTANDO COMPREENDER A SI MESMO!!!
E o está fazendo através de nós, suas mais complexas criações, pelo menos das que conhecemos.
As partículas fundamentais do Universo, os Mentons, possuem diversas maneiras de serem montados pelas Forças FEMININA e MASCULINA, existem vários modos de se conectarem uns aos outros, dando origem às mais diversas naturezas e características universais.
Mas, de qualquer forma, as forças MASCULINA e FEMININA estão presentes em maior ou menor grau em tudo o que é produzido no Universo.
Nossa Ciência atual reconhece a existência de 4 forças físicas fundamentais.
Força Gravitacional
Força Eletromagnética
Força Nuclear Fraca (que une o núcleo do átomo)
Força Nuclear Forte (que une as partículas subnucleares)
A teoria Exeriana não vai contra nada disso, apenas apresenta uma outra forma de ver as coisas. A gravidade, como já foi dito, possui predominância de características femininas, já o eletromagnetismo possui as duas naturezas, pois tanto atrai quanto repele, dependendo da polaridade.
Isso se expande a tudo na natureza.
A dualidade continua sendo a força motriz de Tudo o que “Vem a Ser” no Universo, o DEVIR, e todas as dualidades físicas são manifestações diferenciadas das naturezas FEMININA e MASCULINA.
Tais características permeiam todo o cosmo, e fatalmente também permeiam o ser humano.
Pergunta crucial: QUAL A RAZÃO DE TUDO ISSO?!?!
Por quê, e para quê, surgiu o Universo? Isso não é algo simples de se responder sem adentrar o plano especulativo daquilo que está além do universo sensível. Teríamos que recorrer ao LOGOS, ao Princípio Imutável, ao “DEUS” primordial.
Considero muito mais simples observar que somos nós que damos sentido a essa pergunta e cabe a nós descobrir a resposta.
Paradoxalmente, essa resposta deve ser algo simples, mas difícil de se observar, numa contradição inerente à natureza.
Se somos nós, os seres mais conscientes de nosso universo conhecido, pelo menos dos que temos “provas” da existência, seremos então nós que encontraremos esse sentido em nossa própria natureza, afinal somos o expoente do Universo tentando se entender.
Há algo indiscutível na natureza humana, o homo sapiens se diferencia dos demais animais pela sua capacidade de romper com a ordem vigente, de ver novos caminhos, de exercer sua LIBERDADE.
É o Livre-Arbítrio.
Enquanto os animais fazem suas atividades da mesma forma há milhares de anos, nós humanos temos incrível facilidade em propor coisas novas e romper com padrões antigos.
Estamos sempre mudando, criando, inventando e para isso é preciso questionamento, indagação, vontade de saber e entender. Querer fazer coisas de modos diferentes, melhores, novas.
TEMOS UM DESEJO IRRESISTÍVEL, INABALÁVEL E INCONTROLÁVEL
DE CONHECER TUDO À NOSSA VOLTA. A NATUREZA. O UNIVERSO.
Todos os feitos dignos de serem nomeados como humanos surgiram de um profundo ímpeto para o novo, o revolucionário, o desconhecido que ao mesmo tempo tanto nos assusta. Por isso tentamos conhecê-lo.
Bem, nesse momento estamos tentando entender o Universo, entender a nós mesmos, o Universo tenta se entender através de nós.
Por quê nascemos com esse impulso tão forte que busca o conhecimento, quer seja mitológico, artesanal, científico ou filosófico? Por que buscamos mudar as coisas e dominá-las? Por que insistimos em criar novas formas de entender e explicar a realidade? Não temos certeza.
Se não podemos vencer essa pergunta, podemos nos aliar a ela! Façamos disso então a nossa Lei! Ou melhor, vamos reconhecer esse ímpeto como algo legítimo do ser humano, a maior criação conhecida do Universo. E o que essa criação quer? Conhecer! Portanto:
O OBJETIVO DO UNIVERSO É O AUTO CONHECIMENTO!!!
Pode ser que isso seja um equívoco, que talvez seja uma mera obra do acaso, ou uma auto ilusão de grandeza de todos, de muitos, de alguns ou apenas deste que está por trás desta teoria. Mas…
…Isso é tudo o que temos, e que teremos por um bom tempo.
No princípio, o CAOS imperava forçando a expansão, mas a reação do EROS é cada vez mais forte, a ponto que, de acordo com certas teorias científicas, num dado momento o Universo deixará de se expandir e se estabilizará temporariamente, para em seguida começar a se contrair.
Na verdade, por uma fração ínfima de tempo, houve no primórdio da grande explosão um momento de Repulsão absoluta, onde todos os Mentons foram forçados a se separarem.
Portanto, houve um período onde a Força MASCULINA imperou suprema. À medida que a expansão diminui de intensidade, podemos inferir que está sendo equiparada pela sua contraparte, a Atração.
Assim, o momento de equilíbrio será quando as Forças MASCULINA e FEMININA atingirem a equivalência. E, por conseguinte, a Força FEMININA passará a prevalecer, forçando o Universo à contração, enfrentando uma oposição cada vez mais fraca da repulsão, até que surgirá um momento de EROS absoluto, onde toda a matéria do Universo estará concentrada.
Em seguida, essa agregação entrará em colapso, pois uma dessas Forças não pode imperar sozinha, e então ocorrerá novamente uma grande explosão, reiniciando o processo indefinidamente, mantendo o Universo em constante pulsação.
Por enquanto, nosso Universo ainda está em expansão, sob o prevalecimento da Força MASCULINA. Mas a futura superação da Força FEMININA é inevitável. Essas características, como já foi dito, influem em todos os níveis da criação, até os mais complexos. Até ao ser Humano.
A Força FEMININA gera a força de atração, puxa, absorve, se alimenta e concentra em todos os níveis da matéria, dessa forma, absorvendo e concentrando também energia.
Paradoxalmente, quando algo concentra energia, também passa a emanar algum fenômeno resultante. Se superaquecemos continuamente um metal, chegará um momento em que ele passará a brilhar, emanar luz, por ter acumulado excessivo calor.
Por outro lado, a Força MASCULINA, ao gerar repulsão, separar, deve por relação exercer uma natureza contrária à de emanação.
Pode parecer estranho e contraditório, mas façamos uma relação entre trabalho e consumo.
Pergunta: De onde a Força FEMININA retira seu poder de atrair?
Resposta: Talvez da própria matéria que absorve, se alimenta.
Isso é bastante evidente, a força que permite a um animal a se movimentar, inclusive ao ato de comer, vem da própria matéria que ele absorve. Mas e no que se refere à Força MASCULINA?
Pergunta: De onde a Força MASCULINA retira seu poder de repelir?
Resposta: Talvez da própria matéria que repeliu!
Isso é menos evidente, mas também ocorre na natureza. Ao se alimentar, um animal carnívoro, por exemplo, precisa destruir a carne, cortá-la e triturá-la, para que as proteínas se soltem com mais facilidade e ele possa absorvê-las.
Essa é sem dúvida a parte mais complicada desta teoria, pois é PARADOXAL.
As Forças então, ao mesmo tempo que realizam uma ação, parecem realizar outra de natureza contrária, MAS NÃO É AMESMA AÇÃO CONTRÁRIA!
Podemos relacionar dizendo:
A Força MASCULINA repele Matéria e atrai Energia.
A Força FEMININA atrai Matéria e repele Energia, ou seja, emana.
Esse é apenas um exemplo do princípio de uma característica que, a meu ver, permeia toda a natureza sensível. A característica do PARADOXO.
Todas as coisas são paradoxais em si, possuem ambiguidades inclusas. A doutrina do TAO deixa isso claro, não há algo no Universo que não possua as qualidades do YIN e do YANG simultaneamente, ainda que uma ou outra prevaleça.
Uma das consequências desse fundamento é o relativismo absoluto de tudo o que existe, que implaca fortemente mesmo no plano físico, que dizer no psicológico, tornando praticamente todos os conceitos dúbios, principalmente os de natureza moral.
Extraí disso então, uma de minhas máximas mais radicais.
O PARADOXO É A ÚNICA CONSTANTE DE UM UNIVERSO SEM CONSTANTES.
A própria frase em si é paradoxal, pois se o Universo não tem constantes, como pode ser ela a Única constante? Equivale a dizer “Toda regra tem exceção”. Esta é também uma regra, cuja exceção, uma regra sem exceção, violaria a própria regra. Mas é aí que está o grande recurso do paradoxo, que é tornar certas afirmações insensíveis à contradição, uma vez que trazem a contradição em si mesmas.
De certa forma, ela se torna incômoda, nada explica de prático, e, se esclarece, ao mesmo tempo obscurece, chega a ser irritante para a maioria das pessoas. Mas, mesmo longe de querer emitir uma verdade inabalável ou sequer de me orgulhar de fazê-la, desafio qualquer um a me mostrar uma afirmação, conceito ou proposição que não possa ser vista de mais de uma forma, até pela forma inversa, ou pelo menos que se possa levantar uma característica contraditória.
Não nos é possível emitir verdades absolutas! Não sobre o mundo sensível.
Exemplo: A LUZ ILUMINA.
O que poderia haver de paradoxal nessa frase? Em primeiro lugar, como está grifado anteriormente, o Paradoxo predomina na natureza sensível.
Dizer que a luz ilumina é a princípio uma afirmação abstrata, onde o paradoxo, apesar de existir, é bem mais sutil. Mas vamos trazer a afirmação para o mundo sensível, como a luz iluminando um ambiente, ainda é vago. Mas que consequências sensíveis podem advir disso?
A luz torna as coisas em um ambiente mais claras? Essa afirmação já está bem contextualizada no plano sensível, e sendo assim, perde totalmente as características absolutas.
Embora a maioria das coisas se tornem mais claras, um filme fotográfico ficaria mais escuro ainda que submetido a uma constante iluminação. Para um observador, um excesso de luz turva a visão. No que se refere apenas ao fenômeno óptico em si, a projeção de sombras impede uma iluminação global do ambiente, não raro fazendo com que o contraste entre as áreas diretamente iluminadas e as em sombra torne certos locais ainda mais indistinguíveis.
Claro. Isso é uma espécie de SOFISMO. Isolando detalhes e conferindo a eles importância maior do que a usual. Mas pelo menos uma única coisa fica evidente. “A Luz Ilumina”, não pode ser considerada uma afirmação de verdade absoluta, uma vez que os próprios conceitos de iluminação e luz podem ser relativizados.
A própria LUZ em si possui uma notável contradição, é ela que torna tudo visível, mas ela em si é invisível! E aonde isso nos leva?
A lugar nenhum! Esse é o problema do Paradoxo, portanto vamos voltar ao raciocínio original.
A Força FEMININA Atrai e Emana. | A Força MASCULINA Repele e Absorve. |
É difícil evitar que destes conceitos já nasça uma ideia não só radical, como ainda por cima contrária a toda uma tendência histórica errônea de se associar valores morais ao Feminino e Masculino.
A Força MASCULINA | gera TRANSFORMAÇÃO | que permeia a DESTRUIÇÃO e a MORTE. |
A Força FEMININA | gera CONSERVAÇÃO | que permeia a CONSTRUÇÃO e a VIDA. |
Mais uma vez eu insisto…
NÃO SE TRATA DE VALORES MORAIS!!!
Ambos os aspectos são fundamentais para a dinâmica do Universo!
Não se Cria sem Destruir, e isso é Transformação!
Todos os seres vivos dependem da morte de outros seres vivos. Quer nos alimentemos de vegetais ou de animais, nós os matamos para sobreviver, é uma troca, uma transformação. Não existe Vida sem Morte! Isso é Evidente.
Ambas as forças devem trabalhar. Em pé de igualdade. Pois o que acontece caso uma prevaleça sobre a outra?
Se a Força FEMININA prevalece sobre a MASCULINA, há menos Destruição, menos Morte, e consequentemente menos Transformação. Ocorrem menos mudanças e adaptações, ou seja, menos evolução. O Universo tende à estagnação, à inércia.
Mas não apenas isso, cedo ou tarde a União seria tão extensiva, que travaria o movimento por diferenciação, passaria a aglomerar indefinidamente, reunindo mais e mais estruturas dentro de estruturas maiores, mas sem o cuidado de haver uma discriminação organizante.
Essa contração fatalmente geraria o Colapso, que de fato é o que ocorrerá ao Universo conhecido no futuro, quando toda a matéria for contraída. Não só isso, por esse raciocínio, podemos inferir que a Astronomia já detectou a ação de Forças FEMININAS devoradoras no cosmo, os Buracos Negros!
Se a Força MASCULINA prevalece sobre a FEMININA, há mais Destruição, mais Morte e consequentemente mais Transformação. Ocorrem mais mudanças e adaptações, ou seja, evolução. Mas o Universo tende ao frenesi, ao Caos.
Não só isso, cedo ou tarde a Separação seria tão intensa, que evitaria a União de estruturas, causando indefinida ruptura de coisas, eliminando qualquer chance de harmonia dentro de um macro sistema, por forçar os micro sistemas a sempre se transformarem de forma caótica.
Essa desordem fatalmente geraria destruição em massa, Auto Destruição, que foi o que aconteceu no princípio do Universo, quando numa violenta explosão, toda a matéria se separou. A ciência já exemplificou casos de intolerância máxima entre estruturas, que forçam transformações radicais pela impossibilidade de União, a incapacidade de relação harmônica entre Matéria e Antimatéria.
Autor: Marcus Valerio XR
Filosofia Social e Política: Uma Visão Kantiana
Experimentos científicos para entender o universo